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sábado, 6 de abril de 2024

Economia verde

O Blockchain Summit Latam Panamá abordou a presença blockchain no ambiente de bens raízes destacando o fato de a América Latina ser região onde a adoção da tecnologia tem ascensão paulatina e cada vez mais setores que integram a cadeia de blocos buscam criar sistemas seguros para interagirem em cada ambiente. Aluguel é empresa que por meio da tokenização e tecnologia blockchain que permite clientes investirem em imóveis de modo  seguro a partir de 100€ via tokenização de "um imutável em tokens permitindo oportunidades de investimento a quem não tem capital para adquirir um completo, ou, tempo e recursos para gerir a exploração, compra, reforma e posterior venda permitindo diversificação e acesso que de outra forma não estariam disponíveis", destacando pontos positivos que, no caso de oferta de aluguel em relação à segurança, pode ser oferecida em investimento de imóveis através da tokenização. O principal é que o aluguel faz uso de tokens de segurança que na Espanha são tomados como valor financeiro, por isso, estão regulamentados, "uma abordagem de usuário com garantia jurídica, importando visibilidade e demonstrando qual equipamento atrás do projeto", assim como outros ambientes que implementam blockchain, o setor imobiliário busca ser regularizado com esta tecnologia integrada de modo que a experiência dos usuários neste ambiente seja de forma efetiva.

Especulações sobre o fim do mainframe não aconteceu tratando-se de ativo fundamental em muitas organizações à medida que as empresas avançam com jornadas de nuvem híbrida e multicloud, cujo foco mudou à determinar quais cargas de trabalho vão para onde enquanto organizações começaram a fazer inventário dos ambientes TI para selecionar quais cargas de trabalho e aplicativos são mais adequados à nuvem e quais devem permanecer no local, mantendo metas de negócios, inovação e segurança e, em 2023, mais organizações perceberam que não é mainframe "ou" nuvem, é mainframe "e" nuvem e ao unir estrategicamente nuvem e mainframe, as organizações podem experimentar níveis aprimorados de inovação, velocidade e segurança. A nuvem híbrida é chave para alcançar a redução de riscos em um ecossistema seguro e o aumento das transações online não para, olhando para 2023, setores regulamentados como serviços financeiros, seguros e saúde, enfrentam interrupções e como resultado, surge nova geração de provedores de tecnologia que responderão a mudanças para acompanhar demandas dos consumidores digitais, no entanto, é essencial que não introduzam riscos sistêmicos, especialmente à medida que a supervisão regulatória aumenta em que empresas fintech, insuretech e healthtech desenvolvam parceria com provedores de tecnologia estabelecidos para permanecer no caminho da inovação e, ao mesmo tempo, reduzir riscos de segurança. A IA em ponto crítico, por um lado, há tendência à modelos cada vez maiores e mais complexos para alcançar melhores resultados de desempenho, por outro lado, construir e manter esses modelos mais poderosos à cada tarefa que a organização deseja executar é insustentável e caro, portanto, o caminho é construir modelos de próxima geração, que certamente são mais complexos e exigentes para treinar, mas podem ser adaptados para suportar casos de uso, cada um dos quais mais rápido e mais barato manter, sendo que a próxima onda IA chamada de modelos fundamentais, substituirá modelos específicos de tarefas por outros que podem ser treinados em grande conjunto de dados não rotulados e usados e reutilizados à diferentes tarefas, com ajustes mínimos e, desta forma, melhor desempenho pode ser alcançado a custo menor comparado com a construção de cada modelo a partir do zero.  Por fim se insere o futuro quântico, com dados criptografados que aguardam tecnologia capaz de descriptografar o que os sistemas tradicionais não conseguem, o famoso "armazenar agora, descriptografar depois", no entanto, riscos de segurança cibernética associados a futuro quântico só chamaram a atenção de governos e empresas nos últimos 2 anos, deixando  lacuna que precisa ser preenchida com a computação quântica avançando e  aplicada a casos de uso cada vez mais positivos, como risco de crédito, sustentabilidade, química, IA, entre outros e, em 2023, houve mais impulso na criptografia quântica resistente à medida que a corrida ao futuro quântico torna-se cada vez mais real e o desenvolvimento de hardware, software e sistemas permite que mais computadores quânticos sejam criados.

Moral da Nota: a tokenização da economia impacta a sociedade e o ambiente de modo responsável em que aplicações blockchain ajudam  transformar a sociedade e reduzir as emissões de carbono e, com o crescimento da aplicação de políticas ESG por parte das  empresas no Brasil, Argentina, Colômbia e México, combinado com descentralização do dinheiro através das criptomonedas, cuja circulação cresceu independente dos governos, impulsionam o mercado de carbono e protegem o ambiente através de ativos digitais. Tais iniciativas devem transformar a América Latina em grande potência na economia verde por conta dos ativos digitais serem aceitos por várias empresas e estabelecimentos estimando-se que mais de 18 milhões de negócios ocorram com criptomoedas em vários países, desse modo, o Banco Central de Brasil busca o real digital, CBDC, com a função de fornecer infraestrutura à tokenização de ativos, conforme esclareceu o presidente do BC na Rio Crypto Summit, evento que reuniu atores deste mercado no Rio de Janeiro. Nesta linha, a Celo, representantes do Bacen e outros bancos tradicionais e digitais, demonstraram como funciona a cadeia de prosperidade que gera uma economia sustentável e de acordo com a Latam Lead da Fundação Celo, "dado que há maior uso de ativos nativos Celo através do comercio em trocas, cartões y bilhetes, por exemplo, para pagar faturas de serviços públicos, realizar atividades cotidianas como ir ao cinema ou fazer compras, investimentos, etc, quanto maior for a circulação de divisões, como o cREAL, maior a necessidade de ativos verdes na composição da reserva, gerando valor de modo que o mundo perceba como possibilidade de impulsionar projetos comprometidos com fatores sociais, ambientais e de boas práticas de Latam Lead da Fundação Celo". Estudo realizado em 2017 pelo The Boston Consulting Group, BCG, mostra que as empresas que adotam essas práticas de governança, sustentação e proteção do ambiente têm maior rentabilidade, o que a longo prazo supõe até mesmo aumento de seu valor comercial, sendo que a "Celo é pioneira em finanças regenerativas e tem modelo de governnça levado a cabo pela comunidade que pode decidir, por exemplo, reequilibrar as reservas com ativos verdes e trabalha para desenvolver a lógica das finanças regenerativas para que possa apoiar diferentes iniciativas do mercado descentralizado, público e privado".


quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Tokenização

Relato do CryptoSlate informa que a deputada federal por Roraima Joenia Wapichana, apresentou medida para tokenizar o ouro extraído no Brasil usando tecnologia blockchain. Afirmou incapacidade nacional de prestar contas das operações de mineração de ouro que ocorrem principalmente na Amazônia, sendo que a lei propõe regulamentações destinadas à transações e transporte de metais preciosos, argumentando que  o projeto auxiliaria na luta contra mineração não autorizada no país. Observou que quase metade do ouro do país é extraído ilegalmente, afirmando ainda que os efeitos da mineração no ecossistema pioraram decorrente as atividades  ilícitas, “acompanhadas de contaminação por mercúrio, violência e desmatamento, noticiado pela imprensa nacional e internacional e organizações da sociedade civil que lutam pela proteção da floresta e garantia dos direitos indígenas”. Afirmou que a  blockchain auxiliaria o país acompanhar a indústria e “a Agência Nacional de Mineração pode implementar sistema único digital, com registros seguros e tecnologia blockchain,  consolidando dados e processos das operações minerais com os registros eletrônicos adicionais e documentação sobre transações e vendas”. O CryptoSlate afirma que a legisladora não fez menção a blockchain preferido no procedimento de tokenização, no entanto, não é a primeira vez que governos buscam blockchain para combater mineração ilegal como o caso da República Centro-Africana que declarou recentemente  considerar tokenizar recursos naturais permitindo que mais pessoas os acessem.

Na busca por simbiose entre blockchain e governos, o Registro Nacional de Terras da Colômbia incluiu oregistro digital construído na plataforma XRPL da Ripple.  O projeto digitalizará  registros de propriedade em iniciativa de colaboração da Agência Nacional de Terras da Colômbia, a blockchain Ripple e a Peersyst Technology, criando o "Registro Nacional de Terras" para desenvolver o protocolo XRP Stamp, xrpstamp.com,  possíbilitando registrar ativos na blockchain pública XRPL e verificar autenticidade via código QR. A Peersyst Technology estima que "mais de 100 mil registros podem ser executados em curto período de tempo", contando com a participação do Escritório de Governo Digital da Colômbia e do Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicação, MinTIC. O objetivo é melhorar os problemas de registro de terras no país e aliviar a falta de confiança nas autoridades, com a chefe do Ministério de TIC afirmando que “a blockchain na qual se baseia o projeto protegerá os certificados de concessão de terras, proporcionando mais segurança ao processo de titulação”.

Moral da Nota: de acordo com o sindicato Colombia Fintech, o país tem 76% da população ativa no setor financeiro executando soluções fintech, dados, revelados pelo sindicato como parte de estudo à  edição do Latam Fintech Market 2022 que acontecerá em Medellín em setembro. As informações analisadas pelo portal Colombia Fintech informam que de 322 empresas dedicadas à inovação financeira distribuídas em nove segmentos, se destacam prioritariamente, pagamento digital, finanças empresariais e crédito. O relatório afirma que fintechs dedicadas ao serviço de crédito digital têm participação majoritária no setor com 33,11%, enquanto empresas dedicadas à tecnologia blockchain e criptomoedas representam 4% do total ativo com apenas uma dezena de empresas locais. Os empregos relacionados ao setor representam 9 mil e 75% das organizações que compõem o sistemar fintech colombiano ocupam força de trabalho média de não mais que 50 funcionários.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Dubai e tokenização

O C4IR UAE, Centro dos Emirados Árabes Unidos para a Quarta Revolução Industrial, o DFF, Dubai Future Foundation, e o WEF, Fórum Econômico Mundial, assinaram um MoU, Memorando de Entendimento, com o DIFC, Dubai International Financial Centre Authority e DFSA, Dubai Financial Services Authority, lançando testbed às empresas FinTech desenvolverem e testarem tokenização de ativos digitais através da blockchain. O MoU facilita fórum regulatório controlado nos EAU para testar ativos digitais e tokenização com blockchain, considerando tokenização quando dados confidenciais são criptografados e transformados em formato digital garantindo a segurança dos dados ou do ativo. O acordo permite parceiros do MoU avaliarem resultados e a escalabilidade com implicações regulatórias dos projetos-piloto, transformando em recomendações de políticas que levará ao licenciamento total de empresas do setor. O projeto avança na abordagem do setor à tokenização de ativos digitais, incluindo abordagem de requisitos regulamentares e comerciais promovendo cooperação e diálogo entre partes como governo, reguladores, empresas, start-ups e incubadoras. 

A DIFC, DFSA e C4IR constituem o “Dubai Future District” que  apóia a economia de Dubai oferecendo investimento tecnológico, legislativo, de serviços e ambiente favorável se alinhando a estratégia Future of Finance do DIFC, atraindo, licenciando e desenvolvendo startups com ativos digitais e espaço de tokenização. Os signatários se reunirão regularmente delineando pilotos e desenvolvendo estruturas para implementação, promovendo conscientização e desenvolvimento do setor financeiro através de outras formas de intercâmbio de conhecimento. A parceria destaca importância na construção de infraestrutura avançada e sistema regulatório ao desenvolvimento e adoção de ativos digitais e tokenização. A primeira fase do projeto foi o relatório publicado em novembro de 2020 e o piloto desenvolverá estruturas promovendo acessibilidade, segurança e transparência no setor financeiro. O DIFC desempenha papel fundamental associado ao C4IR impulsionando inovação nos EAU e Dubai, sendo que o acordo foca aproveitamento de oportunidades impulsionando o futuro das finanças e abraçando a adoção digital.

Moral da Nota: publicação recente explica que os bancos espanhóis ganham 0,25 euros para cada 100 mobilizados, destacando que o retorno sobre o patrimônio líquido, ROE, médio dos seis bancos Ibex 35 despencou para 4,35% no final de setembro de 2020 pelas contas trimestrais do setor. Ativos dos bancos Ibex atualmente em 3,1 bilhões de euros e o retorno sobre Ativos Médio ultrapassava 0,25% no final de setembro ante 0,54% há um ano. O Banco Sabadell é o que mais sofreu, com o Bankinter, Santander e BBVA em queda da rentabilidade que extraíram dos seus ativos de mais de 40% em 2020. Em consequência, o Santander anunciou arquivamento de regulamentação trabalhista, ERE, para 4 mil pessoas e realocação de mil funcionários em outras subsidiárias pretendendo fechar mil agências. O surgimento de modelos financeiros captando atenção das pessoas via múltiplos benefícios, faz emergir alternativas FinTech e DeFi colocando os mais diversos produtos e serviços do mundo financeiro. O termo finanças descentralizadas permite realização de operações de troca de dinheiro digital com rapidez e segurança, permitindo avanço deixando de lado tradicionais modelos de finanças. O DeFi adapta-se ao processo de adoção e utilização de dinheiro digital ou criptomoedas, com comunicação direta entre partes na transação, destinando-se a execução de serviços financeiros prestados pelos bancos. Entre os serviços DeFi mais populares estão empréstimos descentralizados, como ponto de encontro entre credores e prestadores sem necessidade de intermediários. O banco tradicional evolui na nova tecnologia de finanças digitais desenvolvendo plataformas seguras, cuja confiança em sistemas descentralizados para realizar operações diárias por pessoas, empresas ou organizações aumenta seu posicionamento global. O futuro das finanças está na FinTech e DeFi e com o passar do tempo a consolidação de ambas as tecnologias.


terça-feira, 20 de abril de 2021

Dívida e tokenização

A tokenização combinada a tecnologia Blockchain oferece flexibilidade ao ecossistema financeiro tradicional, resultando em ativos transferidos de instrumentos financeiros tradicionais como títulos à itens físicos exclusivos como obras de arte. Ativos padrão decorrente ao alto custo, através da divisibilidade dos tokens podem ser compartilhados entre grupos de pessoas permitindo participação com menores investimentos. Em vez de comprar uma propriedade, ativo ilíquido a preço de US$ 500 mil por exemplo, um grupo de investidores varejo compraria coletivamente como ativo via tokenização. Cada investidor poderia trocar seus tokens facilmente e sem problemas legais, significando mitigação da exclusão não apenas investidores de varejo pelo alto custo dos ativos do mercado mas aumento drástico da liquidez. A flexibilidade amplificada pela ausência de intermediários no sistema blockchain sem confiança, resulta em menos custos operacionais ao investidor. A desconfiança no sistema se estenderia à regulamentação, onde políticas rígidas ou a falta delas são superadas por contratos inteligentes, executando transações em informações do mundo real sem interferência humana.

Neste conceito, o El Periódico avisa que foi realizada a tokenização da dívida imobiliária espanhola via contrato inteligente, significando alternativa ao crédito bancário. Explicando que “para quem quer conhecer possíveis aplicações blockchain, esse é um exemplo. A operação é na prática uma forma de financiar o pequeno incorporador com dificuldades em obter financiamento bancário a taxas de juros atrativas de curto prazo”. No setor imobiliário a publicação detalha que “a Inveslar Fintech, empresa na gestão de apartamentos em regime de co-habitação, pediu fundos à reforma de imóvel e posterior exploração. A RealFund articula toda a operação e a Veltis responde por classificar o risco aos investidores. Cabe à empresa de serviços de investimento José Manzanares Allen validar o memorando de investimento conforme critérios da CNMV cabendo a Paymático a custódia dos fundos investidos”; isto constitui teste-piloto ao Inveslar no valor de 75 mil euros. A questão, segundo o El Periódico, é que “investidores podem vender sua dívida tokenizada a qualquer momento” e “em troca do seu dinheiro, obterão título digitalizado que lhes dará uma taxa fixa de 7% e direito à devolução do capital no prazo acordado de um ano com investimento mínimo de 200 euros. Por serem facilmente transferíveis os tokens podem ser vendidos com cobertura legal em mercados digitais secundários, aumentando a liquidez. Todos os tokens identificarão os compradores e o marco regulatório dessas operações será regido pela legislação espanhola”.

Moral da nota: os mercados emergentes, não todos, operam sob regimes políticos que dificultam a participação financeira com setores da população incapazes de acessar remotamente banco ou conta de investimento, limitando mobilidade social e liquidez além de aumentar a desigualdade. Em algumas oligarquias, parcela considerável dos mercados emergentes, a falta de acesso ao financiamento serve de propósito em limitar o avanço político mantendo opressão. A mobilidade socioeconômica não é tecnicamente restrita mas em algumas economias, problemas domésticos limitam oportunidades de uma forma ou de outra. A tecnologia Blockchain estimula o potencial à verdadeira revolução financeira, com mais participação e oportunidades potenciais. 


segunda-feira, 29 de março de 2021

Tokenização

Na indústria global de serviços financeiros, mercado avaliado em mais de US$ 22 bilhões, a tokenização é elemento importante garantindo que sejam seguros os casos de uso que dependem de sistemas DLT. Grupos de trabalhos de negócios de segurança DLT criam casos de uso para tokenização no setor, reduzindo riscos, diminuindo custos e aumentando recursos de segurança DLT. O white paper afirma que setores financeiros que utilizam sistemas DLT podem alcançar “medidas de identidade reforçadas, melhorias na preservação de informações, integridade de dados, eficiência de processamento, maior capacidade operacional e eficácia de conformidade”. Os grupos de trabalho examinam os contratos que escritos em tokens específicos são definidos em formato semelhante ao fluxo de trabalho, após identificação de padrões a partir da análise de dados compartilhados entre contratos. 

A tokenização transforma cadeias de suprimentos em papel e processos de comércio global, segundo o presidente executivo da 2tokens, organização dedicada a gerar tokenização, sendo os grupos de trabalho iniciativa nova já operando na aplicação de padrões de segurança a um caso de uso de tokenização para conhecimentos de embarque eletrônico. O caso de uso do conhecimento de embarque eletrônico se baseia no projeto TradeTrust iniciado e em uso pelo Porto de Rotterdam, Porto de Cingapura, Infocomm Media Development Authority of Singapore e Blocklab, com o grupo Global Trade and Supply Chain da IWA se preparando na criação de estrutura de taxonomia de token para este caso de uso ao lado do estabelecimento de um conjunto de regulamentos legais. As descobertas do 2tokens mostram que um conhecimento de embarque eletrônico tornaria a cadeia de suprimentos mais resiliente, reduzindo necessidade de processos em papel resultando em ganhos de receita. A Digital Container Shipping Association estima que a indústria economizaria mais de US$ 4 bilhões/ano se atingir 50% a adoção do conhecimento eletrônico de embarque. A adoção convencional de casos de uso de negócios tokenizados se complica consequente a falta de padrões e regulamentos, conforme o diretor sênior de inovação e estratégia digital da S&P Global Platts, divisão da S&P Global que fornece informações de energia e commodities à clientes em mais de 150 países, que embora faça sentido tokenizar um conhecimento de embarque os regulamentos devem primeiro ser considerados. 

Moral da Nota: desafios regulatórios atuais seguirão processo padrão de articulação e definição dos elementos de um caso de uso específico em estudo, sendo o ponto de partida estabelecer especificações de negócios dos itens de valor no caso de uso que será tokenizado. As descobertas serão transformadas em padrões e devolvidas aos grupos de trabalho de negócios para validação, envolvendo reguladores no processo de criação do padrão tornando-o mais coeso criando confiança com órgãos reguladores.


quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Tokenização

A tokenização apesar do longo caminho a percorrer tem objetivo de trazer  estabilidade aos mercados emergentes, cujo maior desafio é a volatilidade. A volatidade emerge na instabilidade política e econômica, dependência de limitado número de setores e acessibilidade limitada, agravadas por estruturas regulatórias deficientes ou inexistentes. Implementações financeiras e tecnológicas introduzidas fornecem busca por estabilidade, sendo a tokenização blockchain o veículo que permite tornar realidade. Os mercados precisam de liquidez parcialmente derivada da participação, caso a chance de um título ser líquido for baixa, permanecerá estagnado com maior risco e economias dependentes de indústrias fortes compensatórias, enquanto partícipes domésticos e estrangeiros não geram riqueza a participação leva a maior liquidez dificultada por sistemas político-econômicos.

O conceito de desenvolvimento blockchain decorre do sentimento enfrentado em mercados emergentes do poder centralizado e pouco fazer a respeito, daí, remover a centralização tem implicações no mercado global. A blockchain elimina intermediário capacitando pessoas individualmente com finanças, levando em teoria a maior acessibilidade e subsequente maior participação, especialmente aos sem banco ou com dificuldades financeiras. Embora a tecnologia Blockchain com poder de descentralizar finanças se faz através dos "tokens", verdadeiros culpados em aumentar a participação no mercado, sendo Token qualquer tipo de ativo negociável, digital ou tangível. Em relatório de 2018 a Deloitte expressou confiança no potencial de tokenização, dizendo textualmente “o ato de tokenizar ativos ameaça mudar setores, especialmente o financeiro e os despreparados correm risco de ficar para trás. A tokenização pode tornar o setor financeiro mais acessível, barato, rápido e fácil, potencialmente desbloqueando trilhões de euros em ativos atualmente ilíquidos e aumentando volumes de transações". Ideias manifestadas em aplicações diferentes, de títulos a ativos, tão exclusivos e se beneficiaram dos recursos de tokenização.

Moral da Nota: avança o projeto europeu com a sigla TOKEN, ministrado pela Câmara Municipal de Santander e pela Universidade da Cantábria buscando melhoria dos processos nos serviços públicos analisando impacto “blockchain” com duração de 32 meses a contar de março 2019. Trabalha com funcionários e gestores públicos, medindo a percepção da reação na administração dos aplicativos e a experiência dos cidadãos como usuários finais. Atuam no projeto desenvolvedores de TI/RTO com experiência no desenvolvimento de componentes blockchain/IoT e plataformas Big Data. Desenvolvem plataforma com solução blockchain como serviço, BCPaaS, a ser testado em áreas de aplicação replicáveis ​​comuns a muitos governos na Europa, a contar, distribuição de fundos públicos, gestão de contas públicas, logística urbana e recuperação de dados. A implementação do BCPaaS será avaliada em perspetiva multidimensional, impactos tecnológicos, culturais, socioeconômicos e jurídicos, em atenção à atitudes manifestadas por servidores públicos, pessoas-chave na prestação dos serviços públicos e testadas desde janeiro 2020 ao final de 2022. Fornecer serviços que criam valor pela tecnologia permitindo registrar, compartilhar e sincronizar transações e dados entre usuários em múltiplos locais, cria ambiente descentralizado circulando informação protegida e transparente.

Rodapé: o diretor do Grupo UC de Economia Aplicada Internacional e Política Econômica explica que o desafio neste cenário é a readaptação da administração pública, devendo ter pessoal qualificado lidando com tecnologias Blockchain. Explica que pesquisadores constatam que “gestores públicos têm resistência, mas enxergam benefícios potenciais de redução na intermediação e burocracia, melhorando coordenação e confiança nas informações, permitindo maior atividade do cidadão e mais qualidade na serviços públicos."






terça-feira, 13 de outubro de 2020

Propriedades tokenizadas

O jornal em língua inglesa de Hong Kong ‘South China Morning Post’, SCMP, informou que a Stan Group, imobiliária de Hong Kong, busca aprovar regulamento à propriedades tokenizadas para venda de ativos imobiliários. Representa em carteira de imóveis imóveis estimados em mais de US$ 6,38 bilhões, devendo-se reunir com a agência de fiscalização de Hong Kong e aprovar a venda de ativos imobiliários tokenizados. A empresa busca aprovação local sem precedentes da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong ao comércio regulado de tokens blockchain, que teriam propriedades imobiliárias como ativo subjacente. O Stan Group assinou memorando de entendimento com a plataforma de seguros de ‘Security Token Liquefy’ à explorar possibilidades da tokenização imobiliária, permitindo investidores possuir e trocar tokens blockchain no todo ou em parte, que confirmem posse de propriedade. A estrutura regulatória de negociação de ‘security token’ em Hong Kong é complexa, exigindo que investidores passem por rigoroso processo de determinação da origem de dinheiro com ampla divulgação e documentos. Apenas investidores profissionais com ativos líquidos no valor de mais de US$ 1 milhão que participam de tais operações, aparentemente, 100 mil dessas pessoas em Hong Kong se qualificariam para tal.

A plataforma de transação de propriedade blockchain ‘blockkimo Ltd’ e duas outras empresas, concluíram a suposta primeira transação imobiliária blockchain na Suíça em março deste ano. A Blockimmo, a empresa de tecnologia Elea Labs Ltd. e a firma de serviços de ativos digitais Swiss Crypto Tokens Ltd, conduziram a transação imobiliária blockchain, composta de 18 apartamentos e um restaurante a custo de US$ 2,98 milhões. A propriedade declarada tokenizada, significa que seu valor de ativo real é representado digitalmente na blockchain Ethereum, ETH, em forma de tokens. A transação, apoiada pela stablecoin da Swiss Crypto Tokens, vinculada ao franco suíço, o CryptoFranc (XCHF), evita riscos de flutuação de preços. A Elea Labs forneceu dados imobiliários da propriedade, garantindo que cada unidade tenha sua própria identidade ou ‘Property DNA’ possibilitando no futuro uma due diligence digital transparente, além de simplificar, acelerar e reduzir custos dos processos no setor. Os tokens de propriedade devem ser listados em bolsa regulamentada no segundo trimestre de 2020, sendo que a blockimmo planeja vender através de 'crowdsale público.

Moral da Nota: o presidente do Stan Group “prevê acesso melhor e maior liquidez no mercado imobiliário, devido a propriedade fracionária com a tokenização em desenvolvimento”. O CEO da Liquefy afirmou que proprietários de ativos definem o preço inicial de lançamento dos futuros de tokens, destacando investidores que negociariam ‘securities token’ de ativos ou da corretora de valores mobiliários parceira da Liquefy. A Suíça com reputação de país amigo blockchain ou crypto-friendly pelo seu tratamento positivo as tecnologias por conta de estudo da Universidade de Ciências Aplicadas de Lucerna, revela que o mercado fintech nacional cresceu 62% em 2018 supostamente dependente de empresas de tecnologia de contabilidade distribuída.



        


                                 






 

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Tokenização

O processo de conversão de ativos da vida real, bens e produtos, em ativos digitais é chamado Tokenização. Ativos estes, armazenados, transferidos e transacionados de modo seguro na contabilidade distribuída ou blockchain. O conceito de tokenização na Blockchain é protegido pela tecnologia cujo livro distribuído é imutável, os ativos contabilizados, garantindo posse de bens normalmente inacessíveis. A popularização da tokenização ocorreu em 2017 visando proteção de ativos, daí, instituições, investidores e indivíduos, adotaram o conceito como por exemplo em metais preciosos, ações, títulos, obras de arte e diferentes classes de ativos, acarretando liquidez, segurança e transparência, motivo da aceitação na blockchain.

A tokenização parece chave ao crescimento do modelo de negócios de plataforma sustentável na economia global digitalizada, tornando-se poderosa ferramenta. Modelos de negócios de plataforma são modelos de fato na economia digital, significando que práticas insustentáveis ​​de negócios de plataforma afetam a economia digital. Proprietários de modelos de negócios de plataforma devem sempre considerar a tokenização blockchain visando geração de efeitos de rede, quer dizer, plataformas geram valor criando mercados cujos partícipes fazem transações de modo otimizado. Combinando digitalmente oferta e demanda, modelos de negócios de plataforma fornecem base escalável à novas proposições de valor, novos modelos de receita ou meio de aproveitamento dos ativos.

Moral da Nota: modelos de negócios de plataforma vão desde aplicativos de carona a entrega de alimentos via redes de telefonia móvel, cujo sucesso depende da geração dos efeitos de rede, significando crescimento contínuo da demanda e oferta para a plataforma gerar valor. A escassez digital, principal avanço da tecnologia blockchain, surgiu decorrente a combinação da transferibilidade de arquivos digitais e escassez comprovada de produtos como o ouro, por exemplo. A escassez digital em formato de tokenização é aproveitada pelos modelos de negócios de plataforma para criar efeitos de rede. Quando critérios específicos como limitação de tokens, uso exclusivo, trocabilidade por moedas fiduciárias e disponibilidade na troca são atendidos, servem de incentivo aos fornecedores via copropriedade da rede. Há desafios como, dependendo da jurisdição, escolher o token de utilidade, patrimônio ou segurança. impactando na tributação e como é regulamentada. A usabilidade da transação e da troca é desafio a ser enfrentado. À medida que a economia global se torna mais digital, a sustentabilidade do modelo de negócios é importante sendo a tokenização blockchain imperfeita, mas ferramenta que o proprietário de plataforma deve considerar, não apenas ao negócio, mas aos participantes.