Relato do CryptoSlate informa que a deputada federal por Roraima Joenia Wapichana, apresentou medida para tokenizar o ouro extraído no Brasil usando tecnologia blockchain. Afirmou incapacidade nacional de prestar contas das operações de mineração de ouro que ocorrem principalmente na Amazônia, sendo que a lei propõe regulamentações destinadas à transações e transporte de metais preciosos, argumentando que o projeto auxiliaria na luta contra mineração não autorizada no país. Observou que quase metade do ouro do país é extraído ilegalmente, afirmando ainda que os efeitos da mineração no ecossistema pioraram decorrente as atividades ilícitas, “acompanhadas de contaminação por mercúrio, violência e desmatamento, noticiado pela imprensa nacional e internacional e organizações da sociedade civil que lutam pela proteção da floresta e garantia dos direitos indígenas”. Afirmou que a blockchain auxiliaria o país acompanhar a indústria e “a Agência Nacional de Mineração pode implementar sistema único digital, com registros seguros e tecnologia blockchain, consolidando dados e processos das operações minerais com os registros eletrônicos adicionais e documentação sobre transações e vendas”. O CryptoSlate afirma que a legisladora não fez menção a blockchain preferido no procedimento de tokenização, no entanto, não é a primeira vez que governos buscam blockchain para combater mineração ilegal como o caso da República Centro-Africana que declarou recentemente considerar tokenizar recursos naturais permitindo que mais pessoas os acessem.
Na busca por simbiose entre blockchain e governos, o Registro Nacional de Terras da Colômbia incluiu oregistro digital construído na plataforma XRPL da Ripple. O projeto digitalizará registros de propriedade em iniciativa de colaboração da Agência Nacional de Terras da Colômbia, a blockchain Ripple e a Peersyst Technology, criando o "Registro Nacional de Terras" para desenvolver o protocolo XRP Stamp, xrpstamp.com, possíbilitando registrar ativos na blockchain pública XRPL e verificar autenticidade via código QR. A Peersyst Technology estima que "mais de 100 mil registros podem ser executados em curto período de tempo", contando com a participação do Escritório de Governo Digital da Colômbia e do Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicação, MinTIC. O objetivo é melhorar os problemas de registro de terras no país e aliviar a falta de confiança nas autoridades, com a chefe do Ministério de TIC afirmando que “a blockchain na qual se baseia o projeto protegerá os certificados de concessão de terras, proporcionando mais segurança ao processo de titulação”.
Moral da Nota: de acordo com o sindicato Colombia Fintech, o país tem 76% da população ativa no setor financeiro executando soluções fintech, dados, revelados pelo sindicato como parte de estudo à edição do Latam Fintech Market 2022 que acontecerá em Medellín em setembro. As informações analisadas pelo portal Colombia Fintech informam que de 322 empresas dedicadas à inovação financeira distribuídas em nove segmentos, se destacam prioritariamente, pagamento digital, finanças empresariais e crédito. O relatório afirma que fintechs dedicadas ao serviço de crédito digital têm participação majoritária no setor com 33,11%, enquanto empresas dedicadas à tecnologia blockchain e criptomoedas representam 4% do total ativo com apenas uma dezena de empresas locais. Os empregos relacionados ao setor representam 9 mil e 75% das organizações que compõem o sistemar fintech colombiano ocupam força de trabalho média de não mais que 50 funcionários.