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domingo, 18 de agosto de 2024

Regulamentação

A Câmara Fintech argentina lançou proposta de tokenização de ativos, atividade que o país lidera na região mas também no resto do mundo, buscando converter direitos de propriedade sobre um ativo em um token digital na blockchain, ou seja, transformá-los em criptomoeda para adquirir pequena fração, ser comercializado, ser compartilhado de forma fácil, segura, transparente e global. Na Argentina, existem startups como a Agrotoken que permite produtores agrícolas converterem uma tonelada de grãos em um token, que pode ser usado na compra de insumos, com operações na Argentina, Uruguai e Brasil, em fase de captar rodada de US$ 12 milhões, outra startup é a TravelX que oferece digitalização de passagens às companhias aéreas para que o usuário possa presenteá-las ou revendê-las caso não viaje, sem os obstáculos do sistema tradicional e, conforme a Câmara Fintech, a Argentina poderia tokenizar US$ 120 bilhões por ano apenas em produtos agrícolas, no entanto, existem mais usos para esta tecnologia. O projeto apresentado pela Câmara Fintech Argentina esclarece o que é considerado um security token ou título negociável registrado na blockchain privada, híbrida ou pública e, quando a CNV definir a questão, eles poderiam ser separados dos tokens criptográficos, ou seja, das criptomoedas, que não deveriam ser regulamentadas por legislação do mercado de capitais, uma vez que o formato digital não altera a natureza do bem subjacente, considerando que o formato existe na Europa, por exemplo, o grupo italiano Azimut tokenizou sua primeira carteira de empréstimos a PME na Itália através do Sygnum Bank, na Alemanha, a fintech Teylor se uniu à empresa de ativos digitais Taurus para oferecer o serviço e fornecer lucros mensais aos detentores de tokens, tudo, em ambiente regulamentado que oferece mercado secundário para liquidez aos investidores. Além da regulamentação que proporciona segurança jurídica aos empresários, a educação financeira é necessária não apenas em questões criptográficas, mas no mercado de ações acrescentando que “um mercado de capitais fechado, restrito e pouco ágil com pouquíssimas empresas podendo abrir o capital na Argentina, decorre de exigências maiores que nos EUA”, concluindo que "tokens são alternativa para levantar capital de pequenas empresas, ao mesmo tempo, em regulamentos e legislação que limitam a parte privada fora do sistema de mercado de ações de oferecer publicamente participações”.

A facilidade com que criptomoedas permitem troca de valores chega à empresas argentinas que utilizam a tecnologia para criar tokens, ativos digitais, vinculados a bens reais como soja, vinho e carros e, segundo contador especializado em criptografia “a tokenização da economia é tendência global e a única coisa que muda é o ativo subjacente não havendo diferenças com derivativo financeiro”, com o CTO da Agrotoken esclarecendo que “ao tokenizar commodities em ativo digital, os atritos do mundo físico são eliminados como a necessidade de vender grãos antes de ter o capital ou esperar tempo para obter preço e fazer a transação”. A Agrotoken permite compra e venda de grãos através de criptomoedas mostrando que a “expansão e consolidação da tecnologia permitiu o desenvolvimento da indústria que hoje vincula elementos digitais, coisas materiais e títulos negociáveis ​​a diversos criptoativos”, no entanto, lamenta que seja limitado pela rigidez de leis locais que impedem “acesso a pequenas empresas e a tokenização de bens de baixo valor” e já lançou os tokens SOYA, soja, CORA, milho, e WHEA, trigo, na Argentina, no Brasil a soja é SOYB, além do milho nos EUA, países que concentram 70% do mercado global dos 3 cereais. O uso blockchain pela OpenVino que “persegue objetivos como, preço, transparência e rastreabilidade”, utilizando tokens, fungível semelhante a moeda digital e outro não, conhecido como NFT e, para definir o preço, a empresa utiliza um token fungível ERC20 padrão na rede Ethereum, “entregue a quem comprar uma garrafa de vinho” transferido “contra a entrega e queima, destruição, do token” 3 anos depois de engarrafado, sendo que o criador do OpenVino e proprietário da vinícola Costaflores, diz que o “MTB18 corresponde a colheita que produziu 16.384 garrafas, portanto foram emitidas 16.384 fichas”. “O OpenVino busca dar transparência à qualidade e permitir auto certificação com a propriedade utilizando multiplicidade de sensores para medir as condições do solo e do ambiente que, juntamente com informações financeiras são registradas na blockchain” o que “permite mostrar a qualidade e expô-la publicamente sem necessidade de certificação por terceiros eliminando intermediário, que neste caso não é um banco, mas aquele que garante a qualidade do produto", ressalta que a certificação de qualidade tradicional parece limitada porque uma única bebida é testada em uma única garrafa entre 20 mil, algo que considera “caro e pouco confiável”. A tecnologia Blockchain é adicionada para fornecer selamento da informação que certifica que cada dado foi fornecido no momento especifico e não modificado posteriormente garantindo que “a rastreabilidade dos produtos até o usuário final é alcançada vinculando um NFT que o identifica à garrafa escaneada a QR único para acessar o token”. Por fim, a tokenização do lítio através de um Mercado de Metales y Futuros SA busca implementação da digitalização dos contratos para começar pela formação do preço em seus valores presente, spot e futuro, permitindo que as reservas sejam valorizadas em cada região de forma mais rápida" com a Atomico3 como primeira moeda da região apoiada em lítio.

Moral da Nota: IA é a próxima revolução, fonte de medos e ameaças e, dentro desta última categoria está o Slop, conceito que ganha cada vez mais relevância e causa prejuízos aos usuários sendo que a sigla à aprendizagem estruturada e otimização, está associada à imprecisão ou ruído nos dados e processos de aprendizagem de um modelo IA, segundo o gerente de serviços do Security Advisor podendo resultar dados mal rotulados, erros na coleta ou flutuações sem padrões reais, como exemplo, “informação ausente ou incorreta na história clínica de um doente, pode levar a previsão errônea em um modelo diagnóstico”. A analista de segurança da Kaspersky esclarece que Slop é termo usado referindo-se a conteúdo indesejado gerado por IA generativa revelando que “costuma ser traduzido como bazofIA e tem como finalidade rentabilizar de alguma forma gerando visitas a site ou a perfil nas redes sociais através de publicidade”, no entanto, “não é material interativo, não se interessa pela qualidade nem responde à necessidades dos utilizadores, seu objetivo é parecer conteúdo humano para atrair tráfego e gerar receitas publicitárias. O mais perigoso do Slop é que a ausência de supervisão humana o transforma em arma de manipulação poderosa que “afeta usuários que não só recebem grande quantidade de conteúdo que não desejam consumir antes de chegar às informações necessárias, mas muito do que têm que passar pode não ser verdadeiro, de boa qualidade ou prejudicial à saúde ", sendo que o fenômeno está relacionado ao conceito de infodemia, que se refere à rápida disseminação e amplo alcance de informações, tanto falsas quanto verdadeiras, sobre determinado tema, por exemplo, um sistema de reconhecimento facial pode registrar elevadas percentagens de falsos positivos ou negativos devido dados imprecisos, permitindo acesso a não autorizados ou negando acesso a autorizados, ou, assistentes virtuais e chatbots que fornecem respostas incorretas ou não compreendem solicitações dos usuários.


quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Tokenização

A tokenização de ativos do mundo real, RWA, segundo o Boston Consulting Group, deve se tornar nos próximos anos um setor de US$ 16 trilhões, no entanto, o impacto vai além das finanças em desenvolvimento encontrar modos de lidar com problemas do mundo real. Em painel no Swiss Web3 Fest, especialistas trocaram opiniões sobre como a tokenização pode ser aplicada a ativos do mundo real e como possibilita soluções antes nunca vistas e, conforme o reponsável pelo protocolo de seguro descentralizado Etherisc, sobre soluções de tokenização à produção agrícola, "agricultores no Quênia recebem pagamentos dias após o término da temporada de colheita e, se o rendimento for menor que o esperado, recebem pagamento imediatamente e, no espaço tradicional de seguros,  precisam esperar 6 meses que pode significar o fim dos negócios de uma família". Há demanda crescente das seguradoras tradicionais por soluções on-chain, segundo a Etherisc, "está acontecendo neste exato momento, essa é a grande mudança e vemos que seguradoras tradicionais estão, de alguma forma, mergulhando nisso" e conforme representante do BrickMark Group, a tokenização de ativos fornece acesso a produtos financeiros que não estão disponíveis à maioria das pessoas, ajudando fechar lacuna na distribuição de riqueza. A tokenização de La Pradera, fazenda de gado na Bolívia com 3 mil hectares de pastagem e mais de 3.500 vacas é explicada pelo representante da Finka como "a tokenização da criação de valor do que chamamos de "da grama ao dinheiro" é a tokenização da criação de valor e a conversão da grama em proteína e em dinheiro através de uma grande máquina dada pela natureza, é a vaca. Fomos pioneiros nesse campo, e foi desafiador representando esforços de engenharia financeira, questões legais, etc. para criar um token vincluado a receitas, portanto, a única coisa que não se desenvolveu da maneira que prevíamos foi a adoção pelo mercado, problema sistêmico que esperamos será eventualmente corrigido." A questão da adoção será superada com a implantação das moedas digitais de banco central, CBDCs, "fazendo que bilhões de pessoas tenham carteira digital", acrescentando que a regulamentação desbloqueará mais capital à tokenização de ativo na crença que "em dez anos, a maioria das pessoas estará interagindo com tokens diariamente, quer saibam disso ou não".

A tecnologia de tokenização, aliada a blockchain, se destaca pelo potencial de gerar mudanças consistentes também no setor imobiliário, garantindo transparência e flexibilidade a ativos altamente ilíquidos, setor que tem sido historicamente reconhecido como barômetro da economia, mercado que exige grandes investimentos, cujo movimento tem forte influência no mercado, sendo que  o aumento nas vendas de imóveis indica recuperação econômica, enquanto o contrário indica sinais de recessão, porém, por exigir montantes significativos de capital, o alto custo de investir no setor limita o número de possíveis interessados ​​e exige tempo de negociação, portanto, recentemente, novas tecnologias foram pensadas para transformar esta realidade. O amadurecimento das PropTechs, ou, tecnologias proprietárias, nos últimos 10 anos, abre espaço ao surgimento de plataformas de aluguel, venda de imóveis, ferramentas de planejamento e gestão de obras, incentivando uso de inovações como big data, geolocalização, drones, realidade aumentada, blockchain e criptomoedas no mercado imobiliário, no Brasil,  a pesquisa Relatório Distrito PropTech mapeou 343 PropTechs em 2020, totalizando US$ 800 milhões investidos. O diretor global de vendas da Bricksave e especialista em finanças do IBEMEC, avisa que entre essas inovações, a tecnologia de tokenização, aliada a blockchain,  se destaca pelo potencial de gerar mudanças consistentes no setor imobiliário,  garantindo  transparência e flexibilidade para ativos altamente ilíquidos com períodos de retorno de longo prazo, além de acesso a pequenos investidores. Os ativos imobiliários globais valem US$ 326 bilhões, mas o número de investidores imobiliários não atinge este valor, uma vez que o capital necessário não está ao alcance de todos e ao dividir o valor do imóvel em frações menores, a tokenização abre espaço à investidores iniciantes, com menos capital, criando  oportunidades de investimento no setor e removendo obstáculos como taxas notariais e bancárias, a tokenização agiliza o processo de investimento e gera receitas mais significativas, impulsionando avanço da tecnologia no mercado. O estudo Análise de Tamanho, Participação e Tendências do Mercado de Tokenização, da empresa de inteligência Grand View Research, indica que o segmento crescerá a taxa de 24% ao ano fechando a década em  US$ 13 milhões, enquanto o estudo Tokenization Market Revenue Perspectives, da empresa indiana P&S Intelligence, prevê montante de US$ 12 milhões em 2030. O avanço da tecnologia enfrenta desafios relacionados a aspectos legais e de segurança das operações, no Brasil e em grande parte do mundo criptoativos estão em processo de evolução e desenvolvimento, apresentando desafios analisados ​​pelos órgãos reguladores do sistema financeiro e especificamente no setor imobiliário, a utilização de tokens para negociação imobiliária resolve problemas fundamentais que impediam seu pleno desenvolvimento, além disso, esta estratégia permite criação de ecossistema de profissionais, pessoas físicas e empresas da área, estimulando novos negócios.

Moral da Nota: sete líderes no espaço DeFi, Finanças Descentralizadas, se uniram para formar a Coalizão de Ativos Tokenizados, TAC, Tokenized Asset Coalition, que trabalhará à adoção de blockchains públicas, tokenização de ativos e DeFi institucional, com Aave, Centrifuge, Circle, Coinbase, Base, Credix, Goldfinch e RWAxyz como membros fundadores da coalizão, embora a adesão esteja aberta a "qualquer organização que compartilhe visão de criar sistema financeiro unificado na blockchain", de acordo com o estatuto da TAC. As atividades iniciais incluem chamadas de membros, publicação trimestral, participação em eventos e criação de grupos de trabalho, em que a "tokenização de ativos do mundo real representa oportunidade aos sistemas financeiros tradicionais e de criptomoedas criarem fonte de verdade, onde protocolos, plataformas e participantes coordenam e combinam esforços para eliminar ineficiências do sistema financeiro atual." Vale ressaltar que a  Polygon Labs e a Mirae Asset Securities da Coreia do Sul, empresa de serviços financeiros com mais de US$ 565 bilhões em ativos sob gestão, anunciaram formação do Grupo de Trabalho de Tokens de Segurança da Mirae Asset, com "diversas empresas" em colaboração estratégica que além de conduzir pesquisas conjuntas,  "colabora em iniciativas, como ajudar redes e ecossistemas de segurança tokenizada domésticos e internacionais crescerem, organizar eventos para aumentar o reconhecimento da marca." O Grupo de Trabalho de Tokens de Segurança da Mirae Asset tem como objetivo examinar melhores práticas internacionais e integrá-las na infraestrutura sul-coreana para ajudar globalizar o setor financeiro da Coreia do Sul sendo que "as iniciativas da Mirae contribuirão para estabelecer interoperabilidade entre sistemas financeiros domésticos da Coreia do Sul e seus pares estrangeiros".


quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Tokenização e blockchain

A tokenização, aliada a blockchain,  se destaca pelo potencial de gerar mudanças consistentes no setor imobiliário, por exemplo, garantindo mais transparência e flexibilidade a ativos altamente ilíquidos. O setor imobiliário historicamente é reconhecido como barômetro da economia, decorrente demanda de grandes investimentos, seu movimento exerce influência no mercado sendo que o aumento das vendas de imóveis indica recuperação econômica, enquanto o contrário, recessão econômica. Justamente por exigir grandes volumes de capital, o alto custo de investimento no setor limita o número de interessados ​​e demanda tempo considerável de negociação,  recentemente, novas tecnologias têm sido desenhadas para transformar essa realidade. O amadurecimento das PropTechs ou tecnologias proprietárias abriu espaço ao surgimento de plataformas de aluguel, compra e venda de imóveis, ferramentas de planejamento e gestão de obras, além de estimular utilização  de inovações como big data, geolocalização, drones, realidade aumentada, blockchain e criptomoedas. Pesquisa District PropTech Report, mapeou 343 PropTechs no Brasil em 2020, totalizando mais de 800 milhões de dólares investidos e, hoje, os ativos imobiliários globais valem 326 trilhões de dólares, sendo que  o capital necessário não está disponível à todos, nesta ideia, dividir o valor do imóvel em frações menores através da tokenização, abre espaço à investidores iniciantes, com menos capital, criando oportunidades de investimento no setor. Ao remover obstáculos como taxas notariais e bancárias, a tokenização  agiliza o processo de investimento gerando receitas significativas aos investidores e promovendo avanço da tecnologia no mercado. Análise do Tamanho, Participação e Tendências do Mercado de Tokenização da empresa de inteligência Grand View Research, indica que o segmento crescerá a  taxa de 24% ao ano.

Já, a tokenização realizada pela Agrotoken em 2022 fecha o ano com mais de 200 negócios e mil produtores cadastrados. O setor agtech emerge em crescimento exponencial,  com empresas trazendo soluções inovadoras ao campo,  combinando conceitos de agricultura e tecnologia, incorporarão Big Data, Inteligência Artificial, IoT e blockchain melhorando produção, reduzindo custos, prevendo eventos climáticos, entre outras funções. A Agrotoken, plataforma global de tokenização de commodities agrícolas na Argentina, Brasil e Uruguai, ao longo de 2022, tokenizou mais de 200 mil toneladas na Argentina, cifra representando US$ 70 milhões tokenizados sendo que o mais operado foi o SoyA, 105 mil toneladas, seguido pelo CorA, 83 mil e WheA ,12 mil, respectivamente. As transações realizadas ultrapassaram US$ 4  bilhões e 100 mil tokens usados ​​no consumo agrícola representando 52% para suprimentos gerais, 15% em sementes, 12% Combustível, 11% Agroquímicos, 8% Veículos, maquinaria e 3% na compra de Fertilizantes. Criou alianças para fornecer ferramentas e facilidades ao uso de criptoativos, como possibilidade de solicitar empréstimos garantidos ao Santander, Banco de Córdoba e outras instituições, além de acordos com Visa, Pomelo e Algorand alem do cartão Agrotoken Visa e a associação com Mercado Libre e Agrofy. Para melhorar transparência, eficiência, velocidade e rastreabilidade blockchain, fez migração à rede Algorand, tornando-se a principal plataforma para realizar transações,  já que a Algorand é rede carbono negativa e energeticamente eficiente, construída com abordagem sustentável para minimizar impacto ambiental.

Moral da Nota: o CEO e cofundador da Blockchain Art Gallery, BAG, avalia que a América Latina é lugar onde blockchain e o ecossistema criptográfico têm maior impacto pelas características socioeconômicas. Destaca eventos na região, como o DevCon em Bogotá, mostrando expectativas ao futuro, dada a importância do evento principal em nível de desenvolvimento tanto ao ecossistema Ethereum quanto a blockchain indústria em geral. Destacou que a transição Ethereum do mecanismo de consenso PoW para PoS, conhecido como 'The Merge', tornou-se o 'avanço do ano', conseguindo restaurar confiança no ecossistema após eventos infelizes que ocorreram com o colapso do Terra e a plataformas de empréstimo de criptomoedas, como BlockFi. Avalia que a  recente queda do FTX reacendeu debate no setor sobre regulamentação e que “uma exchange não é um banco tradicional que funciona como multiplicador de dinheiro e é lastreado por um banco central que emite moeda fiduciária, uma exchange não pode se alavancar com dinheiro de clientes ou com seus próprios tokens,  devendo  mostrar de forma clara e transparente a existência dos fundos protegidos e a quantidade de dívida e tokens usados ​​no DeFi ou sistema centralizado.” Um exemplo é o relatório da Equifax e da UPAL no Peru e publicado pelo jornal El Comercio, constatando existencia de 29 entidades cadastradas no país em relação ao ecossistema blockchain. Focado em mostrar Panorama do Ecossistema Fintech, o estudo gerou análise do ecossistema blockchain detalhando entidades registradas concentradas nas categorias: exchange, 21%, networking ,7% , serviços blockchain, 3%, e educação, 3%, indicando que 57% das entidades registradas no setor blockchain estão concentradas na capital, Lima. Reflete que os representantes legais destas entidades registadas na blockchain são pertencentes à geração X, 43%, e aos Millennials, 31%, com predominância do sexo masculino, 72%, sobre o sexo feminino, 28%. 

Rodapé: a TecBan, empresa de tecnologia bancária por trás da rede de caixas eletrônicos Banco24Horas, testa contratos inteligentes para deixar compras com real digital mais seguras, permitindo que usuários realizem compras online com mais segurança e garantia de recebimento do produto. A solução usa os chamados smart contracts para liberar pagamento ao vendedor somente quando o comprador retirar seu pacote. Contratos inteligentes são protocolos autoexecutáveis criado com as criptomoedas visando garantir cumprimento dos acordos firmados. A TecBan firmou ainda  parceria com a SmartPay para levar a maior stablecoin do mercado,  USDT, à  mais de 24 mil ATMs no Brasil, sendo que o acesso ao SmartPay, permite usuários selecionar a melhor cripto ao caso de uso desejado, incluindo a USDT.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Setor imobiliário

A Colchis Capital, empresa de investimento alternativo, usará blockchain da Trails Provenance Blockchain, empresa de investimentos imobiliários, para aprimorar serviços de gerenciamento de ativos imobiliários decorrente ao fato da blockchain oferecer maior eficiência e transparência na gestão de investimentos imobiliários, base do modelo de negócio da Colchis. Com a parceria a Bison Trails fornece à Colchis Capital, sediada em São Francisco, infraestrutura de nós que será usada para aprimorar estratégias de investimento, além de desenvolver tecnologia à interoperabilidade com Provenance. As tecnologias funcionarão juntas fornecendo aos investidores informações em tempo real sobre fluxos de caixa e retornos sem custos associados à geração de grandes fluxos de dados, abrindo caminho à Colchis explorar a tokenização de ativos. Após o lançamento da blockchain Provenance pela Bison Trails, a controladora Figure Technologies anunciou conclusão de rodada de financiamento da Série D de US$ 200 milhões, com o detalhe que a Bison Trails foi adquirida pela Coinbase em 2021.

Ainda em referência ao setor imobiliário, a Moore Global, rede de consultoria e contabilidade sediada em Londres, publicou relatório reunindo opiniões de especialistas sobre o futuro do mercado imobiliário tokenizado. Continua sendo um nicho, em grande parte pela relativa novidade e incertezas regulatórias que persistem, no entanto, novo relatório aponta que mesmo que 0,5% do mercado imobiliário global fosse tokenizado nos próximos cinco anos, estaria a caminho de tornar-se mercado de US$ 1,4 trilhão. O valor total do mercado imobiliário global atingiu US$ 280 trilhões, superando outras classes de ativos, equiparando-se ao valor da dívida global acumulada para 2020, sendo que a Moore Global, contabilidade internacional e rede de consultoria Londrina, em relatório avalia como prospera o potencial de tokenização a esta classe de ativos, embora, tradicionalmente ilíquida. A expansão da tokenização imobiliária ficou aquém das expectativas por hesitação dos investidores institucionais e ausência de mercados secundários estabelecidos à negociação de tokens de títulos, no entanto, pode mudar gradualmente já que a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido concedeu licença operacional à troca de segurança digital Archax e, um ano antes, a BaFin, Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha aprovou seu primeiro título imobiliário blockchain emitido na Ethereum.

Moral da Nota: a Blockchain é promovida como possível solução aos desafios do setor imobiliário relacionados à confiança, transparência, processos contratuais e custos, se apresentando como meio de democratizar o setor cada vez mais restritivo à população em geral. A tokenização pode mudar o setor nos próximos cinco anos à medida que pequenas porções do mercado imobiliário global comecem tirar proveito da blockchain, em linha com a consultoria Moore Global que recentemente ofereceu previsão conservadora de como a tokenização de propriedade chegaria a US$ 1,4 trilhão nos próximos anos. Recentemente o token de segurança representando propriedade fracionada no St. Regis Aspen Resort no Colorado foi vendido na bolsa tZERO de Overstock por volumes recordes de transações, no entanto, um mês depois por desempenho estável e desaceleração do coronavírus, investidores receberam descontos nas estadias em resort para ajudar impulsionar as vendas de tokens e a tZERO fechou parceria para tokenizar US$ 18 milhões em ações do NYCE Group, plataforma apontada como potencial "Robinhood de investimento imobiliário."


sábado, 18 de junho de 2022

Tokenização Amazônica

A Tokenização chega ao mercado imobiliário e de florestas, com a Imovelweb lançando oferta de imóveis digitalizados em parceria com a Netspaces e, em paralelo, a digitalização de propriedades chega a Amazônia com iniciativa da Moss. A tokenização permitirá dispensa pelo comprador de pagar o valor total à vista ou financiar o pagamento do imóvel, como a proposta da Imovelweb estipulando que compradores paguem 20% do imóvel em um primeiro momento, mantendo possibilidade de adquirir o restante em uma ou mais parcelas a serem pagas a cada 12 meses, ao longo de um período máximo de 10 anos. O fracionamento de imóveis permite que uma unidade tenha mais de um proprietário,  com a Imovelweb estabelecendo que neste primeiro lançamento os imoveis poderão ser vendidos a uma única pessoa, embora não se tornem proprietários integrais do imóvel. Após a quitação da primeira parcela os compradores poderão utilizá-lo da forma mais conveniente, morando ou alugando e, em ambos os casos, a administração ficará a cargo da Imovelweb. No modelo de negócios projetado pela Imovelweb não há financiamento nem juros cobrados,  mas a transmissão do imóvel com a escritura  só será concretizada quando a quitação do valor total estiver completa, tal qual em financiamento imobiliário tradicional, ficando o imóvel alienado e a instituição financeira legalmente como proprietária do bem, no caso, a Imovelweb. A vantagem em relação ao financiamento junto a instituição financeira tradicional é que o parcelamento não é estipulado em função de pagamentos mensais, mas conforme as possibilidades e desejos do comprador e, em caso de valorização do imóvel, mesmo não tendo direitos integrais sobre a propriedade, o detentor do token pode se beneficiar da eventual revenda capturando rentabilidade proporcional ao montante investido. Além da Imovelweb, há incorporadoras que estudam e, outras, como a Cyrela e MRV, que estão com time dedicado  ao lançamento de prédios com contratos de apartamentos já digitalizados, além dessas,  há outros tokens de impacto com a Brasileira Raiar Orgânicos captando R$ 1,36 milhão em operação com token rural na plataforma Liqi.

A sigla NFT, token não fungível,  em voga agora, inclui  obras de arte, tweets, memes, música e etc,  listando coisas que podem ser vendidas como NFT ou “non-fungible-token” ou token não-fungível,  chegando em mercados físicos e até nos mais regulados como o imobiliário. Na prática, a tokenização do imóvel funciona  com o imóvel e, sua escritura, passando a ser ligados a token criptografado que representa algo único e não pode ser mudado, daí o nome de “não-fungível”  usando como base a blockchain, a mesma base do bitcoin e outras criptomoedas, sendo esse token comercializado e a compra, deixa  registrado que a pessoa passa a ser proprietária, naquele momento, desse token que, por sua vez, é “dono” de determinado imóvel. NFTs são sequências únicas de informações armazenadas na blockchain, certificando propriedade e exclusividade de um ativo digital, só no terceiro trimestre de 2021 no mundo, foram negociados mais de U$$ 10,7 bilhões em NFTs de diversas naturezas, segundo a empresa de dados DappRadar e, apesar de majoritariamente usados no mundo digital, estão cada vez mais conquistando o mundo físico como representação de propriedade. Nos EUA o mercado de NFT de imóveis está mais desenvolvido e há casos de propriedades vendidas a grande número de pequenos investidores via frações de tokens na blockchain, com a Elevated Returns em 2016, empresa de gestão de ativos sediada em Nova York, que concluiu seu primeiro negócio imobiliário de tokenização. O grande diferencial é que, com a digitalização das propriedades, além de poder comprar o token todo tornando-se, na prática, proprietário daquilo que ele representa,  pode-se adquirir apenas frações  e, portanto,  dono de parte do bem e, neste caso, parte do imóvel. Quem se interessar pelo imóvel não precisa comprar e pagar tudo de uma vez e nem financiar uma parte, a proposta do Imovelweb, por exemplo, é que interessados adquiram 20% do imóvel, podendo, daqui um ano, comprar mais uma  parte, ou, todo o resto. Outra diferença em relação ao financiamento é a possibilidade de quitar conforme disponibilidade de caixa e não necessariamente seguir o cronograma de parcelas do banco.

Moral da Nota: a Moss, empresa de tecnologia para serviços ambientais que em 2020 criou o primeiro token lastreado em crédito de carbono para compensação da emissão de gases efeito estufa,  lança projeto de tokenização em áreas da floresta amazônica através de NFTs. Embora não se tornem proprietários da floresta,  detentores do token não fungível  contribuirão na preservação da área, no entanto, os  tokens não fungíveis não devem ser encarados como investimento conforme explica ao Valor Investe o fundador e presidente da empresa, “não há retorno financeiro esperado, assim como não há retorno esperado quando se compra um colecionável de arte ou da NBA, ou, uma propriedade ou quando se doa ou adota um projeto de conservação ambiental, o retorno é socioambiental e, na medida em que áreas vão ganhando seus protetores via tokens, ou,  proprietários que compartilham responsabilidade de proteção com outros o ônus financeiro de defender a Amazônia é socializado”. Recentemente a MOSS anunciou que havia atingido a marca de mais de 2,3 milhões da criptomoeda brasileira MCO2, rompendo barreiras e listada na Gemini, representando mais de 2 milhões de créditos de carbono compensados.                                                       

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Fan token

O futebolista Lionel Messi, ex Barcelona ao se transferir ao PSG e, segundo a Reuters, incluiu pagamento em tokens de torcedor em criptomoeda como parte do "pacote de boas-vindas" que a mídia estima em US$ 29-35 milhões, visto como um grande momento na evolução dos ativos digitais e do desporto. Fan token ou tokens criptográficos de fãs, semelhantes a criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum, embora emitidos por franquia esportiva como o fan token do PSG e comercializado sob o símbolo $ PSG em parceria com o Socios. O token serve como meio aos fãs interagirem com o clube e participarem de enquetes online interativas e em seus primeiros dias, permitiu escolha de mensagem inspiradora na braçadeira de capitão. A transferência de Messi ao PSG fez com que o PSG-token avaliado em US$ 22 e no dia do anuncio do negócio o valor subiu à US$ 58, quer dizer, parte da taxa de assinatura de Messi paga em Fan Tokens ultrapassou US$ 1,2 bilhão nos dias anteriores à mudança aumentando 130% em valor antes de sua chegada.

Fan tokens são um tipo de criptomoeda que permite titulares votarem em decisões menores dos clubes e nesta ideia estão o Manchester City, o Milan e Barcelona, podendo ser negociados em bolsas, tendo em comum com outras criptomoedas tendência à grandes oscilações de preços, levando reguladores a alertar os investidores sobre ativos digitais, com Elon Musk, Jack Dorsey e Jay-Z apoiando a ideia. O PSG informou que houve grande volume de negociação dos fan tokens fornecidos pelo Socios.com, que aumentou os parceiros de 20 para 48 arrecadando mais de US$ 200 milhões em receitas e, com a transferência de Messi, sendo que o token do PSG atingiu capitalização de mercado de US$ 52 milhões. Clubes tentam empregar tokens digitalizados para fornecer aos titulares o direito de votar e comprar produtos esportivos, oportunidade, para avaliar o sentimento dos torcedores por qualquer decisão tomada. O Manchester United, Arsenal, Barcelona, Milan e a seleção portuguesa lançaram seus fan tokens no Socios, enquanto a Federação Francesa de Futebol anunciou tokens de jogador não fungível, NFT, ao lado de Sorare, jogo de futebol fantasia blockchain, com o modelo de negócios de monetizar o engajamento dos fãs.

Moral da Nota: a Chiliz, empresa blockchain que opera a plataforma de tokens esportivos Socios, onde são emitidos Fan tokens do $ PSG, revelou que fan tokens são mistura para fãs de futebol privados de jogos, com o principal clube poliesportivo turco Fenerbahce S.K., completando pré-venda inicial de 500 mil tokens na Ethereum rendendo ao clube $ 1,75 milhão em 30 segundos. Crypto.com tornou-se patrocinador da Copa Itália de futebol 2021 e a Serie A do italiano. O jogo de futebol fantasia blockchain Sorare licenciou permissão para emitir tokens não fungíveis de seus jogadores com a Federação Francesa de Futebol, ou FFF, lançando sua própria linha de tokens não fungíveis, ou NFTs. A França é uma das primeiras a fazer acordo de licenciamento para colecionáveis ​​digitais oficiais, no entanto, a Sorare disse que estava “em discussão ativa” à integrar outras associações no mundo ao vender mais de US$ 70 milhões em cartões digitais sobre passivo de 90 mil usuários ativos/mês em 140 países. 


terça-feira, 29 de junho de 2021

Token e tradição

O Fórum Econômico Mundial, WEF, avalia que blockchain deve capitalizar o mercado atual em US$ 2,3 trilhões dólares/ano consequente ao rápido crescimento da industria da criptografia, conversão de ativos de ações a títulos e commodities eventualmente convertidos em tokens. O fórum de Davos tem como membros do Conselho a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, o CEO da BlackRock, Larry Fink, o co-presidente executivo do Carlyle Group, David Rubenstein, e o empresário indiano Mukesh Ambani, antecipa indefinição das linhas entre ações tradicionais listadas em bolsa e ações tokenizadas de empresas privadas. O relatório sugere longo caminho antes que essa confusão seja comum, em parte consequente ao atrito das instituições financeiras estabelecidas e supervisores, que provavelmente resistirão à mudança explicando que digitalização é inevitável, divergẼncias limitarão a adoção de soluções de razão distribuída incluindo adesão limitada da liderança e casos de negócios incertos, necessidade de reestruturação significativa das operações de negócios, desafios relacionados à ponte de sistemas legados com novas soluções e percepções sobre incerteza regulatória.

Neste espaço, os Registros públicos indicam que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA, OFAC, parte do departamento de Tesouro, busca ferramentas comerciais de rastreamento e análise blockchain. No aviso de "fontes procuradas" usado por agências federais, o OFAC procura por "uma ou duas ferramentas fornecedoras de acesso a cinco usuários cada seja como licenças individuais ou licença simultânea. As ferramentas devem ser usadas na preparação de investigadores no grupo Office of Global Targeting, OGT, do OFAC para analisar e rastrear transações de moeda virtual como Bitcoin por exemplo, coletando informações de atribuição sobre partes envolvidas, ferramentas usadas no apoio a implementação de sanções cibernéticas realizada pelo OFAC. O aviso descreve recursos necessários como agrupamento de endereços, mapeamento e gráficos de fluxo de transações, explorador de carteira, análise do comportamento do usuário, taxa de câmbio, comércio e dados de mercado.

Moral da Nota: o Fórum de Davos estima em US$ 866,9 trilhões o tamanho potencial dos mercados tradicionais que podem estar prontos à ruptura, sendo US$ 95 trilhões em Mercados de Dívidas, US$ 106 trilhões em Produtos Securitizados, US$ 10 trilhões em Derivativos, US$ 560 trilhões em Financiamento de Títulos, US$ 4 trilhões em Acordos de Recompra, US$ 2,9 trilhões em Empréstimos de Títulos e US$ 89 trilhões em Gestão de Set/Administração de Fundos.


terça-feira, 22 de junho de 2021

Token ERC -1155

Tokens de padrão ERC-20 e ERC-721 pedem contrato separado implementado à cada tipo de token ou coleção, colocando grande quantidade de bytecode redundante na blockchain Ethereum. Ao limitar funcionalidades pelo fato de separar cada contrato de token no próprio endereço autorizado, pede um novo tipo de padrão de token necessário para fazer o backup. O token ERC-1155 é um padrão de token digital que pode ser usado para criar ativos fungíveis e não fungíveis na rede Ethereum, sendo seguros, intercambiáveis, ​​imunes a hackers, permitindo a comunidade de desenvolvimento construir aplicativos integrando ativos ERC-1155 com confiança. Características de design conferem funcionalidades como transferência simultânea de vários tipos de tokens, poupando custos de transação, além de eliminar necessidade de "aprovar" contratos individuais de tokens separadamente, podendo descrever e misturar tokens fungíveis e não fungíveis em um único contrato.

O token ERC-1155 origina pela necessidade de padrão flexível aos elementos envolvidos em um jogo, incluindo os que podem ser fungíveis e não fungíveis na mesma transação. Casos de uso aplicáveis ​​podem se usados em outros setores do comércio digital, daí, ser nomeado como padrão Ethereum. O ERC-1155 tem otimizações permitindo transações mais eficientes e seguras, podendo ser agrupadas e reduzindo custo de transferência. O ERC-1155 baseia em trabalhos anteriores como ERC-20, token de utilidade, e ERC-721, token colecionável, pegando o melhor de ambos e os combinando para alcançar transações de vários tokens com a respectiva economia já mencionada. O novo padrão ERC-1155 tem capacidade de armazenar diversos tipos de informações em um único contrato inteligente, além realizar trocas mais rápidas eliminando custos de transferência e corrigindo congestionamento na blockchain Ethereum. Apesar de nascer da necessidade de aprimorar características dos jogos desenvolvidos na blockchain Ethereum, este token possui aspectos técnicos que podem ser utilizados por outras indústrias da rede. O ERC-1155 permite armazenamento de vários itens em um único contrato inteligente, impossível no ERC-20 ou ERC-721, onde cada token deve ter seu próprio contrato inteligente. Focado em padrão de eficiência, permite vantagem sobre outros padrões deixando para trás a necessidade de ativos individuais serem trocados um de cada vez. O novo padrão permite transferência e conversão instantâneas de qualquer número de itens.

Moral da Nota: uma das limitações do ERC-20 é a necessidade de um contrato inteligente para cada tipo de token, recurso que faz com que um código redundante seja criado na plataforma Ethereum para cada contrato criado, além de permitir criação de tokens fungíveis, tokens de utilidade, enquanto com o ERC-1155 podem ser criados tokens fungíveis e não fungíveis. Uma das vantagens do ERC-1155 é que o novo padrão Ethereum permite enviar vários tokens em única transação, significando mais rapidez nas transações, evitando necessidade de esperar cada bloco nas transferências individuais. Gera economia de custo aumentando a capacidade de produção em massa de tokens com mínimo esforço, evitando duplicação de código que geralmente ocorre com ERC-20 e ERC-721. As operações no ERC-20 e ERC-721 são realizadas em 4 etapas, enquanto no padrão ERC-1155 apenas 2 etapas são necessárias resultando em maior velocidade e escalabilidade na execução das operações. Como um banco de dados, suporta pesquisas indexadas e categorizadas de cada ERC-1155 garantindo logs de eventos emitidos pelo contrato inteligente, fornecendo dados para criar um registro preciso de todos os saldos simbólicos atuais, recurso este de acordo com desenvolvedores, cada vez mais valioso à medida que o ecossistema Ethereum continue crescer. Uma das desvantagens apontada por desenvolvedores é a perda de rastreabilidade nas transações, por sua vez, há o caráter inovador. 


quarta-feira, 26 de maio de 2021

Token e blockchain

Token é unidade de valor liberada por organização baseada na blockchain, como alternativa à tarefas que a criptomoeda não pode ser usada, existindo digitalmente como registro distribuído. Importa notar que devem atrair investidores em oferta inicial de moedas ou ICO, ao passo que novos Bitcoins são produzidos pela mineração e novos tokens são feitos por indivíduo ou entidade possuidores de Bitcoins ou outros tipos de dinheiro digital, investidos por startup com garantia de obtenção de parte da receita nas transações. Utilizadas como estoque não dão direitos de gerenciamento ao proprietário, na empresa e no aplicativo, funcionando como moeda interna à compra de produtos e serviços e facilitando investimento de moeda fiduciária e projetos relacionados à criptomoeda atuando como obrigações com garantia de lucro em período fixo de tempo.

Neste conceito o BTG Pactual, maior banco de investimento da América Latina, tornou-se o primeiro banco do mundo a distribuir mais de R$ 1,094 milhão em lucro via tokens e blockchain ou Token imobiliário ReitBZ, construído na blockchain Tezos emitido pelo banco. O valor total da distribuição é de R$ 640 mil reais, somando a primeira rodada de distribuição de dividendos, o BTG atinge o valor de R$ 1,094 milhão em lucro distribuído aos detentores do token, único a pagar dividendos aos holders de um token emitido pela instituição. O ReitBZ, lançado em fevereiro de 2019, investe em carteira de imóveis recuperados gerida pela Enforce, startup especializada na recuperação de créditos corporativos, com 322 unidades adquiridas entre agosto e dezembro de 2019 e em maio de 2020 passou a ser emitido na plataforma blockchain do Tezos. 

Moral da Nota: a opção pelo setor imobiliário decorre ao fato que é investimento que todos no mundo estão acostumados a fazer diretamente ou através de um intermediário, de fácil explicação segundo informações de executivo do banco, pois a instituição já fazia operações com imóveis recuperados. Apesar do token ser emitido por Banco brasileiro enfrenta   restrições da CVM.