Análise de impacto do Gabinete Federal de Planejamento da Bélgica, indica que a UE deverá introduzir em 2027 o imposto de carbono ETS2 que deverá custar às famílias belgas entre 250 e 400 euros/ano se não mudarem o rumo das coisas, quer dizer, 2ª fase do sistema europeu de comércio de emissões resultando em preços mais elevados aos combustíveis fósseis, com o Gabinete de Planejamento, ao estimar pós implementação custo das licenças de emissão em 60 euros/tonelada de CO₂ , caso sejam integralmente repassados, as famílias belgas por exemplo, enfrentarão custo anual adicional. O imposto será aplicado às emissões de edifícios, transporte rodoviário e outros setores e, conforme o Gabinete de Planejamento, o aquecimento das casas encarecerá com o preço do óleo de aquecimento aumentando em 21 % e o gás natural em 16 %, daí, preços da gasolina e diesel na bomba aumentariam em 10 e 11 %, respectivamente, surgindo a questão das famílias de baixa renda que usam óleo de aquecimento para aquecer suas casas, pessoas solteiras e famílias monoparentais as que correm maior risco de aumento mais acentuado nas despesas como porcentagem da renda, quer dizer, ao grupo de menor renda o orçamento de energia aumentaria em 1,3 % enquanto ao grupo de maior renda aumentaria 0,5 %, considerando que os valores absolutos ao último grupo são maiores. O estudo decorre do Plano Climático Social à Flandres que inclui transferência de impostos de 362 milhões de euros da eletricidade à gás natural e óleo de aquecimento a partir de 2028 em esforço para reduzir custos de eletricidade e acelerar a transição verde da região sendo que impacto dessa mudança ainda não foi levado em consideração, nem quaisquer investimentos sustentáveis ou mudanças no comportamento das famílias. A medida, parte do Plano de Energia e Clima atualizado da Bélgica, incentiva moradores adotar carros elétricos e bombas de calor reduzindo emissões de gases de efeito estufa, já que o plano inclui apoio mais amplo às famílias, empresas e setores como agricultura, mobilidade e indústria buscando permitir que a Bélgica cumpra metas climáticas para 2030, parte do Plano Flamengo de Energia e Clima, VEKP de reduzir emissões em 40% até 2030 comparado a 2005, atualmente, as emissões caíram 33% e, para se alinhar às metas da UE, esse valor deveria ser idealmente de -47%. Chamando atenção o fato que na agricultura, segundo o ministro da pasta, 500 mil toneladas de CO₂ serão absorvidas por outros setores em pacote de medidas obrigatórias desenvolvido em cooperação com a indústria e, quanto a mobilidade, a ministra da pasta disse que o plano se concentra em "opções inteligentes, realistas e acessíveis" para tornar o transporte mais sustentável, preservando o papel da Bélgica como polo logístico incluindo novo Plano Diretor à Bicicletas, verificação uniforme da bateria à carros elétricos usados sendo que a taxa por km à caminhões será ajustada às regras da UE e o apoio às microempresas permitirá entrada de 500 caminhões com emissão zero adicionais até 2030. Por fim, a indústria terá acesso expandido a varreduras ecológicas e medidas de apoio ecológico revisadas com destaque ao empréstimo ecoboost de até 150 mil euros para trabalhadores autônomos e PMEs inseridos no "Climate Leap", projeto piloto que financia investimentos verdes mais eficazes por meio de licitações competitivas.
Estudo de caso da Índia utiliza princípios da economia circular para combater insegurança hídrica, com Vishwanath Srikantaiah, especialista em conservação de água e planejador urbano, esclarecendo iniciativas implementadas para melhorar a segurança hídrica em Bangalore, 3ª cidade mais populosa da Índia, sendo que muitas dessas iniciativas podem ser mapeadas intencionalmente ou não aos princípios da economia circular, considerando como sistema econômico projetado para ser sustentável mantendo materiais e produtos em uso pelo maior tempo possível, eliminando assim, desperdício e reduzindo poluição. Ao contrário da economia linear tradicional que segue o padrão "extrair, produzir, descartar", recursos extraídos e transformados em produtos eventualmente são descartados como resíduos na economia circular que visa criar sistema de ciclo fechado, nela, os recursos fluem continuamente através da reutilização, reparo, reforma e reciclagem, daí, fluxos de água formam um processo circular, conhecido como ciclo hidrológico e, à medida que as temperaturas aumentam, a água evapora da superfície e oceanos formando vapor d'água em processo chamado transpiração, liberado da folhagem de plantas e árvores e, à medida que sobe à temperaturas mais baixas e seu volume aumenta formam nuvens e, eventualmente, precipitação na forma de chuva, neve ou granizo que cai nos oceanos e na terra repondo níveis de água superficiais e do solo. A precipitação que não recarrega águas subterrâneas que é armazenada no solo chamada de água verde, indisponível à uso, enquanto a água azul se refere as águas superficiais e subterrâneas armazenadas em rios, lagos, aquíferos e represas que podem ser extraídas ao consumo humano, vale dizer ainda que, plantas e árvores contribuem ao ciclo absorvendo umidade do solo através das raízes liberando vapor d'água através das folhas, no entanto, as raízes e folhagens desempenham papel crucial no ciclo hidrológico retendo umidade do solo e reduzindo taxas de escoamento nas chuvas. Atividades humanas e mudanças climáticas interromperam o ciclo da água levando à superação do limite planetário à água doce, enquanto a urbanização transformou paisagens substituindo superfícies naturais permeáveis por concreto, mudança que causou declínio nos níveis das águas subterrâneas diminuindo abastecimento disponível à populações urbanas além de poluentes transportados pelo escoamento e depositados em ecossistemas aquáticos. Bangalore com população de mais de 14 milhões de habitantes enfrenta grave crise hídrica com esforços de conservação de água nas comunidades para tornar a cidade mais resiliente, como por exemplo a obrigatoriedade de torneiras com arejamento, ou, "sistema de eficiência hídrica", já que permitem reduzir o fluxo de água de 12/18 litros/min à 3/6 litros/min, economizando mais de 50% de água em pias de cozinha e lavatórios sem comprometer funcionalidade. A água drenada pós o uso representa desperdício de recurso escasso, daí, tratamento químico permitindo reutilização para fins não potáveis reduzindo necessidade geral, em Bengaluru, o tratamento de água por meio de Estações de Tratamento de Esgoto, ETEs, é obrigatório em apartamentos, já que nas unidades industriais necessitam de grandes quantidades de água diariamente, daí, os apartamentos estão autorizados vender o excesso de água tratada às indústrias e abastecer rios, lagos, córregos e áreas úmidas com águas residuais tratadas contribuindo ao aumento dos níveis, recarregando assim águas subterrâneas, valendo dizer que, a água tratada também é fornecida a agricultores nos arredores da cidade contribuindo à segurança hídrica e, por sua vez, segurança alimentar de Bengaluru.
Moral da Nota: estudo do Banco Mundial discute meios do Brasil reduzir emissões de gases efeito estufa em 59% até 2030, além de busca pela conquista de equilíbrio fiscal defendendo o fim dos subsídios à combustíveis fósseis destacando o mercado de carbono, ao dizer que, podemos ser exemplo em agenda de benefícios fiscais e ambientais na busca por reorganizar benefícios e fortalecer meios para economia verde, segundo o relatório Dois por Um: Políticas para Atingir Sustentabilidade Fiscal e Ambiental, o país tem potencial para se tornar líder no mercado de carbono contribuindo à redução das emissões de gases efeito estufa. O economista Cornelius Fleischhaker, líder do estudo, diz que “o mercado vai demorar tempo, mas no longo prazo pode ter impacto”, sendo que o documento relata ainda que remover subsídios aos combustíveis fósseis cujo conceito é fazer com que os preços reflitam o custo além de utilizar mecanismos compensatórios para proteger os mais vulneráveis, enquanto a economista Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, esclarece que devemos “reorganizar os benefícios de tal modo que sirvam as pessoas, ao país e as diferentes agendas, fiscal e ambiental, da melhor forma possível”, por fim, o relatório fala em tributação de atividades prejudiciais ao ambiente de modo incentivar mudanças comportamentais e gerar benefícios fiscais e ambientais, concluindo que, prevê análise de benefícios de aposentadorias, reforma do imposto de renda de pessoas físicas, uso mais eficiente da terra e mais equilíbrio fiscal.