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domingo, 21 de novembro de 2021

Economia de transição

O Fórum Econômico Mundial informa que são reciclados 14-18% das 400 milhões de toneladas de plásticos fabricadas anualmente e que a fabricação de novos plásticos a partir de reciclados é processo que requer conhecimento da composição química específica do material reciclado, neste ambiente, emerge o consórcio blockchain entre IBM Japão, Mitsui Chemicals e Nomura Research Institute para reciclagem de plástico. A parceria entre IBM e Mitsui existe para resolver a questão da composição química, construindo plataforma blockchain para rastrear materiais, com o Nomura Research Institute se associando para acelerar e expandir a operação. O consórcio promove métodos de reciclagem com base na rastreabilidade, ao lado de sistema de incentivo ao público e empresas que contribuam nos esforços de reciclagem. A IBM Japão e a Mitsubishi através da blockchain rastrearão e capturarão CO2, cuja produção contribui no aquecimento global, sendo que a Mitsubishi se encarregará da infraestrutura física à captura enquanto a IBM cuidará da infraestrutura digital do projeto.

Ainda no foco da sustentabilidade, a Tesla, fabricante de carros elétricos, usa  blockchain para rastrear cobalto e níquel em projeto piloto de sua cadeia de suprimentos. A Glencore, empresa anglo-suíça de comercialização de commodities e mineração, revela que a Tesla colabora no rastreamento blockchain "da mina ao veículo elétrico", com pilotos na RDC e Europa além de planos para começar mais pilotos na Ásia e EUA. O piloto final em toda a cadeia de suprimentos da Tesla  tem previsão no quarto trimestre deste ano, com a solução final da indústria prevista para 2022 e, após a conclusão, o sistema permitirá que os usuários rastreiem cobalto da mina a bateria com garantia de compreensão do volume de material rastreável e dos esforços de sustentabilidade dos fornecedores. A Tesla colabora com a BHP em programa piloto blockchain rastreando níquel, declarando que, “durante período de três meses, rastreamos embarques de níquel das operações de Nickel West da BHP na Austrália Ocidental através das várias fases de transformação até a produção de veículos na Gigafactory Shanghai".

Moral da Nota: a blockchain permite escalabilidade da tecnologia e rastreamento de CO2 validando pegada ambiental aos veículos da Tesla, permite que a cadeia de suprimentos ajuste estratégias de longo prazo nas emissões de gases estufa. A tecnologia Blockchain encontra uso nas cadeias de abastecimento pela criação de registro imutável compartilhado instantaneamente, com dados que podem facilitar  aumento da colaboração entre entidades distintas incluindo o funcionário em campo, o de escritório ou supervisor, o regulador e outros participantes. A solução não garante precisão dos dados inseridos, necessita de supervisão manual e controle de qualidade evitando adulteração dos dados no sistema e permitindo compartilhamento com o usuário final. A blockchain, base do bitcoin, BTC, e outras criptomoedas, cada vez mais é adotada por empresas para rastreabilidade de CO2 com a Daimler AG da Mercedes Benz conduzindo piloto para rastreamento de emissões de CO2 na cadeia de fornecimento de cobalto e o National Australian Bank unindo forças com multinacionais para lançar o mercado de compensação de carbono movido pela blockchain Ethereum. Por fim, a IBM conduziu em maio de 2021 prova de conceito para sua solução de rastreamento em blockchain de CO2.


sábado, 30 de outubro de 2021

Economia circular

Plataformas que produzem dinheiro e preservam o ambiente se inserem na economia circular como o brechó online TROC, refletindo sobre a vida útil das peças que não precisam necessariamente serem descartadas depois de usadas. Neste contexto emerge em 2012 o Enjoei, marketplace buscando unir vendedores e compradores de peças usadas quebrando conceito daquilo que é novo, alavancando moda sustentável e economia circular. Dados do thredUP’s Annual Resale Report, avisam que em 2012 ativos ESG, meio ambiente, social e governança, representavam 11% do mercado financeiro mundial e para 2025, a meta é alcançar 50% com consumidores comprando mais no pós pandemia com aquisição online de produtos de segunda mão crescendo 69% entre 2019 e 2021, enquanto o varejo encolhe 15%. O Roupartilhar popularizou no consumo consciente arrecadando R$ 215 mil em leilões de grupos WhatsApp para doar roupas e leiloar com a participação de 50 mulheres com contato no mundo da moda, sendo que o primeiro evento online durou três dias arrecadando R$ 30 mil, dinheiro doado ao Hospital São Paulo e regiões de Paraisópolis e Maré.

A Repassa, startup inserida na economia circular, explica que “indústria têxtil responde por 20% da poluição da água, 5,2% dos resíduos em aterros sanitários e 10% da emissão global de CO2 e, para que usemos, em média, sete vezes cada peça que compramos”, daí, "temos que multiplicar o uso médio das roupas.” Em 2016, um ano pós lançamento, a empresa focou na moda padronizando o sistema com curadoria dos itens doados, higienização, fotos e cadastro no site com “60% do valor da venda ao dono da peça e, divididos com 25 ONGs, sendo que “cresceu 130% de 2019 para 2020. A Roupartilhar utiliza o leilão como meio de gamificar a experiência de compra, influenciando pessoas de modo positivo e com a empresa "prezando por curadoria especial à peças de procedência, bom estado e autenticidade, com fotos, contato com clientes, entregas e ambiente de desejo ao redor da moda de segunda mão”. A plataforma só aceita doações de peças de pessoas conhecidas, no entanto, busca abrir ao público em geral auxiliando “mais de 21 instituições que utilizam moda como instrumento de transformação social a partir de uma roupa”. A TROC se insere na “indústria da moda, segunda mais poluente, com "pessoas dispostas a vender peças usadas no modelo ‘sell for you’ com fotos e modelo prático para vendedores e compradores, além do selo TROC que quebra o estigma de que roupa de brechó é ruim”. A Enjoei, pioneira, funciona como marketplace em que pessoas podem se cadastrar na plataforma e vender suas peças e, de 2019 a 2020, os compradores ativos foram de 394 para 790. O Cansei, Vendi é brechó de luxo apostando na economia circular como modelo de negócio, fundada em 2013, com peças da Louis Vuitton ou Missoni, marcas que não tinham aderência nas opções e-commerce e no Instagram, encontrando donos aos itens sem uso e, com isto, se transformou em negócio próprio de revenda de roupas de outras pessoas.

Moral da Nota: a economia circular tem potenciais, ou, oportunidades de mercado, impacto social e ambiental e, de acordo com os dados, é o futuro da moda ou “a melhor roupa é aquela que já existe”. A conexão entre impacto ambiental e social é comum na economia circular, caso do brechó online TROC cujo sucesso não se avalia pelo faturamento mas pelo impacto na economia de água, supondo que “uma peça de roupa gasta 2.700 litros de água na produção. Quando compramos usada, economizamos esse recurso” e, segundo a fundadora, “foram 500 milhões de litros de água economizados no projeto. O objetivo é chegar ao primeiro bilhão.” Investindo na moda consciente em 2015, “até 2029, as roupas de segunda mão devem ultrapassar o potencial das fast fashions. É movimento que nos EUA desde 2009 movimentando US$ 30 bilhões no país. No Brasil, esse mercado vale US$ 7 bilhões” possuindo “peças para os próximos 200 anos".


sexta-feira, 16 de abril de 2021

Economia digital

Mais de 150 milhões de turistas chineses viajaram ao exterior na fase pré pandêmica em 2019 facilitando aceitação do Alipay e WeChat Pay em 56 países, significando que mais de 60% dos turistas chineses no exterior utilizaram serviços Alipay, enquanto 35,2% do total o fizeram com o WeChat Pay. Dados sobre o comércio pela Internet, “e-commerce”, da China indicam que o número de compradores “on-line” subiu para 782,4 milhões em 2020 com 854 milhões de usuários de "e-commerce" que fazem pagamentos digitalmente aumentando 12%/14%/ano. O sistema de pagamentos chinês é essencialmente digital cobrindo mais de 40% das transações, devendo alcançar mais de 60% em 2025. O sistema de pagamento digital utilizado pela população entre 18 e 29 anos atua com tendência clara em considerar o uso do dinheiro físico como fenômeno marginal, ou, mero empecilho do passado.

O Bank of Communications e o China Construction Bank, segundo o Shanghai Daily, conduziram testes digitais do yuan em lojas de departamentos em Xangai, New World City e New World Daimaru, além do fornecedor de alimentos Taikang Food Store com milhares de transações digitais. O teste é parte de campanha de vendas oferecendo descontos atualizando o módulo de pagamento digital e estimulando compradores além da campanha de vendas existente. Os participantes do teste receberam cupons virtuais recompensando o pagamento com o yuan digital. O Banco of Communications deu cupons de 100 yuans ou US$ 15 a 6.500 compradores locais e o China Construction Bank ofereceu cupons de 150 yuans ou 23 dólares a 2 mil clientes quando fizeram compras de mais de 380 yuans ou US$ 58. Os testes CBDC são em quatro regiões, Shenzhen, Suzhou, Xiong’an e Chengdu e posteriormente Xangai, Hainan, Changsha, Qingdao, Dalian e Xi’an como parte da agenda 2021.

Moral da Nota: o detalhe é a diversificação setorial de negócios com o Alibaba em acordo relacionado a blockchain com a operadora portuária China Merchants Port, dona de 50 portos em 26 países, e a Ant Financial buscando  fortalecer adoção blockchain na indústria portuária. Pelo acordo desenvolvem plataforma blockchain com alvo em casos de uso permitindo compradores, vendedores, bancos, empresas de logística, autoridades alfandegárias e fiscais conduzirem transações de exportação e importação digitais sem contato. Promoverão integração blockchain na indústria portuária cujo objetivo é tornar-se porta digital blockchain do mundo com rede de colaboração aberta. O relatório detalha o porto como nó central conectando cadeia de comércio internacional e indústria de logística, aplicando compartilhamento de dados com blockchain e remodelando o comércio internacional e a logística; o detalhe disto é a chegada firme do Alibaba na Colômbia.