O Fórum Econômico Mundial informa que são reciclados 14-18% das 400 milhões de toneladas de plásticos fabricadas anualmente e que a fabricação de novos plásticos a partir de reciclados é processo que requer conhecimento da composição química específica do material reciclado, neste ambiente, emerge o consórcio blockchain entre IBM Japão, Mitsui Chemicals e Nomura Research Institute para reciclagem de plástico. A parceria entre IBM e Mitsui existe para resolver a questão da composição química, construindo plataforma blockchain para rastrear materiais, com o Nomura Research Institute se associando para acelerar e expandir a operação. O consórcio promove métodos de reciclagem com base na rastreabilidade, ao lado de sistema de incentivo ao público e empresas que contribuam nos esforços de reciclagem. A IBM Japão e a Mitsubishi através da blockchain rastrearão e capturarão CO2, cuja produção contribui no aquecimento global, sendo que a Mitsubishi se encarregará da infraestrutura física à captura enquanto a IBM cuidará da infraestrutura digital do projeto.
Ainda no foco da sustentabilidade, a Tesla, fabricante de carros elétricos, usa blockchain para rastrear cobalto e níquel em projeto piloto de sua cadeia de suprimentos. A Glencore, empresa anglo-suíça de comercialização de commodities e mineração, revela que a Tesla colabora no rastreamento blockchain "da mina ao veículo elétrico", com pilotos na RDC e Europa além de planos para começar mais pilotos na Ásia e EUA. O piloto final em toda a cadeia de suprimentos da Tesla tem previsão no quarto trimestre deste ano, com a solução final da indústria prevista para 2022 e, após a conclusão, o sistema permitirá que os usuários rastreiem cobalto da mina a bateria com garantia de compreensão do volume de material rastreável e dos esforços de sustentabilidade dos fornecedores. A Tesla colabora com a BHP em programa piloto blockchain rastreando níquel, declarando que, “durante período de três meses, rastreamos embarques de níquel das operações de Nickel West da BHP na Austrália Ocidental através das várias fases de transformação até a produção de veículos na Gigafactory Shanghai".
Moral da Nota: a blockchain permite escalabilidade da tecnologia e rastreamento de CO2 validando pegada ambiental aos veículos da Tesla, permite que a cadeia de suprimentos ajuste estratégias de longo prazo nas emissões de gases estufa. A tecnologia Blockchain encontra uso nas cadeias de abastecimento pela criação de registro imutável compartilhado instantaneamente, com dados que podem facilitar aumento da colaboração entre entidades distintas incluindo o funcionário em campo, o de escritório ou supervisor, o regulador e outros participantes. A solução não garante precisão dos dados inseridos, necessita de supervisão manual e controle de qualidade evitando adulteração dos dados no sistema e permitindo compartilhamento com o usuário final. A blockchain, base do bitcoin, BTC, e outras criptomoedas, cada vez mais é adotada por empresas para rastreabilidade de CO2 com a Daimler AG da Mercedes Benz conduzindo piloto para rastreamento de emissões de CO2 na cadeia de fornecimento de cobalto e o National Australian Bank unindo forças com multinacionais para lançar o mercado de compensação de carbono movido pela blockchain Ethereum. Por fim, a IBM conduziu em maio de 2021 prova de conceito para sua solução de rastreamento em blockchain de CO2.