A República Centro-Africana tokenizará recursos naturais através do projeto de criptomoeda que inclui Bitcoin como moeda legal, atraindo investimentos e criando seu próprio metaverso. A declaração, assinada pelo Ministro de Estado e Chefe de Gabinete, fala em "acesso às riquezas de nossa terra, transformando-as em ativos digitais valiosos e importantes por meio de movimento administrativo e econômico sem precedentes." O próximo passo à RCA é a democratização e tokenização de recursos, capítulo com muitas possibilidades, lançando ainda o centro oficial de criptomoedas "Sango", adotando o Bitcoin como moeda legal, afirmando que o Banco Mundial aprovou fundo de desenvolvimento de US$ 35 milhões ao centro de criptomoedas, embora tenha declarado que não apoia a iniciativa.
O "Sango" chamado de primeiro grande hub de criptomoedas após a Assembleia Nacional adotar o Bitcoin como moeda legal, fornecerá infraestrutura de moeda digital. A criação do centro de criptomoedas busca remodelar o sistema financeiro nacional, anteriormente apresentado como plataforma legal de investimento em criptomoeda na página oficial do governo no Facebook, posicionada como a "primeira iniciativa de criptografia" recebendo o nome do segundo idioma oficial do país depois do francês. O presidente disse que seu maior desejo é que o projeto torne criptomoedas acessíveis a todos, observando que a "economia formal não é mais uma opção", acrescentando que novas plataformas reduzirão burocracia e promoverão concorrência. Em meio à crescente adoção de criptomoedas no continente, vários países africanos passaram a adotar ativos digitais e, em abril, Camarões, República Democrática do Congo e República do Congo revelaram planos de adotar a blockchain TON como criptomoeda para alimentar o futuro progresso econômico nacional.
Moral da Nota: usuários de criptomoedas na África cresceram 2.500% em 2021, segundo relatório da KuCoin, revelando que o número de transações de criptomoedas aumentou 2.670% em alguns países africanos. O forte influxo está relacionado aos baixos valores observados nos períodos anteriores com o número de transações criptográficas na África constituindo 2,8% dos volumes globais. O CEO da KuCoin disse que “a adoção de ativos digitais na África continuará a crescer exponencialmente”, acrescentando que “países africanos têm a maior taxa de adoção de criptomoedas do mundo superando EUA, Europa e Ásia". Transações globais de criptomoedas, segundo o relatório, em um período de 90 dias mostram que a África Subsaariana ocupa o segundo lugar com "mais de 88,5% realizadas por africanos em transferências internacionais". Graças aos altos níveis de inflação e à crescente penetração dos smartphones a África, com população jovem, nativa digitalmente e acostumada às moedas digitais é um sólido campo de testes aos problemas que as criptomoedas tentam resolver. Na África Ocidental e Central, por exemplo, a adoção do BTC cresce em contexto de desconfiança e desconforto com a moeda local, observando que “oportunidades econômicas apresentadas pela região são imensas”. A longo prazo, no entanto, a África abriga vantagens "que podem contribuir ao uso generalizado de ativos digitais entre os habitantes locais" cuja idade média é baixa, 19 anos, com mais de 40% da população urbana.