Mais da metade dos gases que retêm calor do mundo vem de EUA, China e Europa, se acumulando a mais de 2,5 milhões de libras ou 1,1 milhão de kgs/segundo e, ao aprisionar calor na atmosfera, os efeitos são globais podendo ser rastreados a origem dos gases, portanto, quem é responsável.O CO2 leve e invisível, no ar através da queima de carvão, petróleo e gás e fabricação de cimento soma números maciços como desde 1959 com o mundo expelindo 1,55 trilhão de toneladas ou 1,41 trilhão de toneladas métricas de CO2, de acordo com o Global Carbon Project, cientistas que rastreiam as emissões e publicam em revistas científicas de revisão por pares. Em 2020, a China expeliu mais de 11,7 bilhões de toneladas de CO2 mais de 10,6 bilhões de toneladas métricas que representa 30,6% das emissões globais de CO2 mais que o dobro de poluição de carbono que os EUA, segundo maior emissor em 13,5%, com a UE, quando agrupada, em terceiro lugar com 7,5%, seguida por 7% da Índia. O problema é que o CO2 permanece na atmosfera por até 200 anos ou mais, portanto, as emissões históricas são importantes e olhando emissões de países de 1959 a 2020, o Projeto Global de Carbono avalia que os EUA, não a China, é o maior poluidor de carbono e não é tão próximo e, desde 1959, colocaram mais 334 bilhões de toneladas ou 303 bilhões de toneladas métricas de CO2 na atmosfera, 21,5% do total global.
Quando o Global Carbon Project analisa emissões com base onde são consumidas, remontam a 1990 para emissões históricas devido limitações de dados, aí, os EUA ainda são o número um em termos de emissões com base no consumo com 19,2% da poluição histórica. Ao olhar emissões per capita, novos países, principalmente Oriente Médio, saltam ao topo da lista de emissões, baseada em números de 2019 do Banco Mundial, mostrando "dimensões éticas do problema", segundo Michael Mann, cientista climático da Universidade da Pensilvânia. Estudo realizado por dois cientistas de Dartmouth visando calcular quanto impacto econômico grandes emissores causaram em outras nações e publicado na revista Climatic Change, diz que os números podem ser usados em tribunais e negociações internacionais sobre o clima em relação a pagamentos de nações ricas que queimam mais carvão, petróleo e gás a países pobres prejudicados por emissões. Dados mostram que o maior emissor de carbono ao longo do tempo, os EUA, causou mais de US$ 1,9 trilhão em danos climáticos a outros países de 1990 a 2014, incluindo US$ 310 bilhões em danos ao Brasil, US$ 257 bilhões em danos à Índia, US$ 124 bilhões à Indonésia, US$ 104 bilhões à Venezuela e US$ 74 bilhões à Nigéria,, ao mesmo tempo, a própria poluição de carbono americana beneficiou os EUA em mais de US$ 183 bilhões. Nações em desenvolvimento convenceram nações ricas prometer ajudá financeira e reduzir emissões de carbono no futuro, mas não conseguiram restituir os danos causados, um termo chamado "perda e dano" nas negociações climáticas globais com os maiores emissores de carbono, como EUA e China, tiveram um "véu de negação" que suas ações causaram danos específicos. Embora emissões de carbono tenham sido rastreadas por décadas em níveis nacionais e os danos calculados, estudos conectam os pontos dos países que produzem emissões aos países afetados por ela e contabilizam benefícios vistos em países do norte, como Canadá e Rússia e nações ricas como EUA e Alemanha. Cinco países, EUA, China, Rússia, Índia e Brasil, lideraram impactos econômicos causados pelo aquecimento associado às suas emissões de gases efeito estufa. Depois dos EUA os países que causaram mais danos desde 1990 quando um consenso científico se formou e as nações não têm mais desculpa para dizer que não sabem sobre o aquecimento global são a China US $ 1,8 trilhão, Rússia US$ 986 bilhões, Índia US$ 809 bilhões e Brasil US$ 528 bilhões e apenas os EUA e China juntos causaram um terço dos danos climáticos do mundo. As cinco nações mais atingidas em dólares globais foram Brasil, Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Indonésia, porque tinham as maiores economias na zona quente mais vulnerável e os países que sofreram o maior impacto com base no PIB são Emirados Árabes Unidos, Mauritânia, Arábia Saudita, Omã e Mali, com Brasil e Índia entre os que mais produzem emissões e danos e não entraram com ações judiciais para tentar ressarcir os danos climáticos.
Moral da Nota: a Agência Internacional de Energia disse esperar que as emissões de carbono da queima de combustíveis fósseis aumentem em 2022, menos que em 2021 devido o crescimento de energia renovável e carros elétricos e em 2021 houve forte recuperação nas emissões de CO2 após desaceleração econômica global causada pela pandemia em 2020. A AIE disse que as emissões de CO2 de combustíveis fósseis estão a caminho de aumentar quase 1% em 2022 comparada ao ano anterior, quase 300 milhões de toneladas métricas de CO2 a mais que em 2021, quando a queima de gás, petróleo e carvão liberou 33,5 bilhões de toneladas de CO2. Emissões de carvão cresceram 2% e o uso de petróleo aumentou à medida que as restrições relacionadas à pandemia diminuíram, com mais pessoas indo ao trabalho e aumento nas viagens aéreas. As emissões de CO2 e outros gases efeito estufa precisam diminuir nas próximas décadas para evitar que temperaturas globais subam além de 1,5 º C ou 2,7º Fahrenheit, com pouco espaço para manobra porque as temperaturas já aumentaram cerca de 1,2 graus Celsius ou 2,2 Fahrenheit computadas aos tempos pré-industriais. Relatório publicado pelo World Resources Institute descobriu que os planos atuais dos países para reduzir emissões fariam que diminuíssem 7% até 2030 em relação aos níveis de 2019, necessitando cair 43% nesse período para atingir a meta de Paris.