Estudo no The Lancet Planetary Health alerta que mais de 5 milhões de mortes/ano estão ligadas a temperaturas anormalmente quentes e frias, com especialistas em saúde pública afirmando que poluição do ar produzida por incêndios florestais se associa a doenças respiratórias e cardíacas. O clima extremamente quente e ondas de calor, segundo especialistas, podem levar a insolação e exaustão piorando condições crônicas de saúde, ao passo que, inundações, uma das calamidades naturais mais comuns, causam ferimentos e afogamentos espalhando doenças transmitidas pela água, daí, afirmar que é óbvio o impacto da mudança climática na saúde humana. Os extremos das mudanças climáticas aumentam incidência de doenças cardíacas, derrame cerebral e doenças respiratórias como bronquite e rinite alérgica, exacerbação aguda da asma brônquica e doenças transmitidas pela água e alimentos como, hepatite viral, (A e E), Febre Entérica e Gastroenterite Infecciosa. O relatório de 2018 do Banco Mundial, mostra que o aumento das temperaturas e a mudança nos padrões de chuva das monções no sul da Ásia devido mudanças climáticas, podem custar à Índia 2,8% de seu PIB deprimindo padrões de vida de quase metade da população até 2050.
Estudo indiano intitulado '"Análise do futuro potencial eólico e solar usando modelos climáticos" do Instituto de Meteorologia Tropical sediado em Pune, mostra que o potencial solar e eólico provavelmente enfrentará tendência negativa no futuro decorrente mudanças climáticas. Cientistas usaram modelos climáticos de última geração elaborados pelo IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, para analisar projeções eólicas e solares no setor de energia renovável no subcontinente indiano, mostrando que a velocidade do vento sazonal e anual provavelmente diminuirá no norte da Índia e aumentará no sul. A costa sul de Odisha e os estados de Andhra Pradesh e Tamil Nadu mostram potencial promissor à energia eólica no cenário de mudança climática. Já, publicação na revista científica Current Science mostra que a análise regional do potencial eólico indica que a frequência de velocidades de vento de alta produção de energia, diminuirá, enquanto velocidades de vento de baixa produção de energia provavelmente aumentará no futuro. As previsões importam porque a Índia atualizou suas NDCs, Contribuições Nacionalmente Determinadas, para combater as mudanças climáticas incorporando dois compromissos na conferência de Glasgow, ou, reduzir a intensidade das emissões do PIB em 45% até 2030 a partir de 2005 e atingir 50% da capacidade instalada de energia elétrica acumulada a partir de recursos energéticos não fósseis até 2030.
Moral da Nota: projeções solares para o futuro, baseadas em modelos matemáticos, indicam que a radiação solar diminuirá em todas as estações na maior parte da massa de terra indiana. Para investimentos futuros no setor de energia solar, centro e centro-sul da Índia devem ser considerados durante meses anteriores às monções, pois a perda potencial é mínima nessas regiões. Um dos pesquisadores, Parthasarathi Mukhopadhyay, disse que “a indústria deve se adaptar às mudanças climáticas e as tecnologias acompanhar o ritmo. Tais previsões não devem ser tomadas como fatos, mas, possibilidades" “Em 2019, a Índia foi o 7º país ‘mais afetado’ pelas mudanças climáticas" segundo o Relógio Alemão, 2019, com o número de inundações subindo para 90 em 10 anos de, 2006 a 2015, contra 67 na década anterior entre 1996 e 2005, de acordo com o Escritório da ONU para Redução do Risco de Desastres.