Pesquisa da CSIRO, agência nacional de ciências da Austrália, concluiu que a poluição plástica costeira australiana diminuiu 29%, descoberta que é parte de projeto que avalia esforços de redução de resíduos. A pesquisa apoia a missão Acabar com Resíduos Plásticos da CSIRO, cuja meta é sua redução no ambiente australiano de 80% até 2030. Publicado na One Earth, baseia-se em pesquisas de lixo costeiro concluídas em 2013 incluindo 563 pesquisas costeiras e entrevistas com gerentes de resíduos em 32 governos locais. A pesquisadora do CSIRO e coautora do artigo, Dra. Denise Hardesty, disse que a pesquisa mostrou a rapidez com que a mudança pode acontecer quando são implantadas estratégias eficazes de gerenciamento de resíduos. O estudo classificou ações de gerenciamento de resíduos em três categorias para evitar o descarte inadequado baseadas em teorias estabelecidas do comportamento humano. Daí, emerge o Comportamento planejado com estratégias como guias de reciclagem, programas informativos e educacionais e iniciativas voluntárias de limpeza para reduzir o lixo costeiro, segue a Prevenção ao crime ou estratégias de gerenciamento de resíduos como vigilância de despejo ilegal e limpeza de praias e a Racionalidade econômica com ações como coleta de lixo e reciclagem na calçada, coleta de lixo pesado e proibição de sacolas de compras. O estudo mostrou que municípios que não atualizaram estratégias de gestão de resíduos ao longo do tempo, ou, que retiraram do orçamento a gestão de resíduos costeiros, tiveram "litorais mais sujos" ao longo dos seis anos do estudo, no entanto, municípios que melhoraram informações sobre gestão de resíduos em seu site e aumentaram esforços orçamentários de resíduos costeiros, mostram reduções significativas na poluição plástica ao longo do litoral.
Neste conceito, estudo revela por modelo de computação que milhares de toneladas de microplásticos encontram-se na atmosfera, sendo as estradas o maior contribuinte e, transportados por grandes distâncias ao redor do globo mostrando que nenhum lugar está protegido contra a poluição. Os microplásticos medem menos de 5 mm de comprimento, de acordo com a NOAA, National Oceanic and Atmospheric Administration, sendo que estudos anteriores mostraram que partículas microscópicas podem ser encontradas no oceano, em água engarrafada e até nas fezes humanas. A autora principal, Janice Brahney, cientista ambiental da Universidade Estadual de Utah, avisa que “os microplásticos têm capacidade de perturbar quase todos os ecossistemas, sem mencionar a saúde humana” e "na verdade, estamos apenas começando a entender o escopo da poluição, independente dos impactos", questão interligada ao clima , "já que os plásticos são produto de combustíveis fósseis". A pesquisa mediu durante 14 meses a precipitação de partículas do ar no oeste dos EUA como resultado da gravidade e da chuva, estimando que mil toneladas métricas de microplásticos estão na atmosfera acima do oeste americano. A análise do plástico mostrou que as estradas são as maiores culpadas, responsáveis por 84% dos microplásticos atmosféricos, além dos oceanos com 11% e a poeira do solo agrícola com 5%, com a suspeita que contribuem à diferentes níveis de poluição em outras partes do mundo. A pesquisa descobriu que as partículas de plástico podem permanecer no ar entre uma hora e 6,5 dias, limite superior é tempo suficiente ao transporte intercontinental significando que até a Antártica corre o risco de poluição, apesar da ausência de fontes diretas de plástico.
Moral da Nota: no hemisfério norte é verão e quase todo Portugal estava em seca severa em maio de 2022, segundo o IPMA, serviço meteorológico do país, o mais quente nos últimos 92 anos. A temperatura média de pouco mais de 19º C ou 3 graus Celsius mais alta que o normal e, ao mesmo tempo, a precipitação média de maio foi pouco menos de 9 milímetros ou apenas 13% do esperado. Cientistas do clima dizem que Portugal pode esperar temperaturas mais altas e chuvas mais baixas como consequência do aquecimento global.