Estudo publicado na PlusOne revela que a crescente poluição plástica nos oceanos é composta principalmente por microplásticos, estimada em aproximadamente 82-358 trilhões de partículas de plástico pesando 1,1-4,9 milhões de toneladas. A concentração de plástico na superfície do oceano variou ao longo do tempo, aumentando após virada do século, onde foi observado rápido aumento na abundância do plástico oceânico desde 2005, aceleração, notada nas densidades de plástico e relatada em praias ao redor do mundo. Pesquisadores da Califórnia usaram dados publicados sobre plásticos oceânicos flutuantes de 11.777 estações para criar série temporal global, estimando contagem média e massa de pequenos plásticos na camada superficial do oceano de 1979 a 2019. Na virada do século acelerou importação, exportação, produção doméstica de produtos plásticos e embalagens e a quantidade de resíduos plásticos gerados, como resultado, a Rede Internacional de Comércio de Resina Plástica tornou-se cada vez mais interconectada sob efeito combinado de mais participantes, conforme artigo de 2020 publicado no Journal of Cleaner Production, resultando no aumento do envolvimento de mais países, proximidade de vínculos comerciais e aumento do volume comercial, crescendo 0,4 vezes, 7,7 vezes e 14,9 vezes, respectivamente.
Relatório de 2022 do World Wide Fund for Nature informa que os maiores contribuintes ao vazamento de plástico no continente africano são Egito, Nigéria e África do Sul, com Argélia e Marrocos juntando-se à lista dos 20 principais países costeiros que contribuem à poluição marinha por plásticos. O PNUMA informa que a Índia contribui com cerca de 15.343 toneladas de resíduos despejados diariamente nos mares do sul da Ásia, gerados em 60 grandes cidades indianas, sendo que em 1988, o tratado MARPOL, acordo Juridicamente Vinculativo entre 154 países para acabar com a descarga de plásticos de frotas navais, pesqueiras e marítimas, Convenção Internacional à Prevenção da Poluição por Navios que adicionou o Anexo V, dando fim na descarga de plásticos nos oceanos, intervenção, seguida à Convenção da ONU sobre Direito do Mar em 1982 e Convenção sobre Prevenção do Plástico Marinho por Despejo de Resíduos e outras Matérias em 1972. Em 1991 foi lançada a 'Operação Clean Sweep' pela Plastic Industry Trade Association visando perda zero de pellets, pós e flocos de plástico das fábricas, com a diminuição da ingestão de pellets na biota observada. Artigo publicado na Science em 2020 avalia que apesar desses esforços, “não existe estratégia global baseada em evidências que inclua intervenções práticas e mensuráveis para reduzir a poluição plástica”, sendo que em março de 2022, chefes de estado, ministros e representantes dos estados membros da ONU adotaram resolução para acabar a poluição plástica e forjar acordo internacional juridicamente vinculativo até 2024, resolução, que analisou o ciclo de vida do plástico, incluindo produção, design e eliminação. Dentre as principais ações em negociação à Conferência de Paris em maio de 2023, estão a proibição global de plásticos de uso único, um esquema de "poluidor paga" e um imposto sobre a nova produção de plástico. Relatório de 2020 da Pew informa que podemos reduzir fluxos anuais de plástico no oceano em 80% nos próximos 20 anos, com soluções e as tecnologias existentes, tomando ações imediatas e ambiciosas.
Moral da Nota: relatório produzido em conjunto pela Economist Impact e The Nippon Foundation, informa que, permanecendo tendências atuais, o uso plástico dobrará em relação a 2019 nos países do G20 até 2050, atingindo 451 milhões de toneladas/ano, sendo que em 1950, apenas 2 milhões de toneladas de plástico eram produzidas no mundo. Mesmo em países com sistemas avançados de gerenciamento de resíduos, a reciclagem pouco ajudou na resolução da poluição, considerando que pequena porcentagem dos plásticos é devidamente reciclada e, muitas vezes, acaba em aterros sanitários. As taxas de resíduos plásticos diminuíram em alguns pontos entre 1990 e 2005, em parte porque havia algumas políticas eficazes para controlar a poluição.
Em tempo: a poluição ameaça afluentes do Rio Negro no Amazonas e, Manaus, é usada como lixeira pela população, que, diariamente autoridades tiram até 30 toneladas de lixo do rio e, anualmente mais de 5 mil toneladas em operação que custa R$ 900 mil/mês.