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sábado, 12 de outubro de 2024

Nação Bitcoin

O CEO da JAN3, acompanhado pela senadora Indira Kempis, fervorosa defensora da adoção Bitcoin no país, delineou caminhos ao México tornar-se “nação Bitcoin” destacando medidas que poderiam acelerar a “hiperbitcoinização” mexicana transformando-o em líder global na adoção cripto, isto é, seguir os passos de El Salvador, o primeiro país a adotar Bitcoin como moeda legal. Esclarece que de início necessitaria a incorporação Bitcoin ao tesouro nacional tratando-o como um ativo de reserva semelhante ao ouro ou às reservas em moeda estrangeira, estratégia considerada como a mais simples de implementar, permitindo ao México diversificar ativos de reserva e potencialmente proteger a economia contra inflação e desvalorização monetária, sendo que adicionar Bitcoin ao Tesouro Nacional como ativo de reserva seria semelhante ao que os países fazem com reservas de ouro e moeda estrangeira, outro caminho envolve a emissão de títulos em Bitcoin sendo que no México país rico em energia, a emissão desses títulos seria oportunidade única para acumular Bitcoin e investir em mineração cripto o que levaria a grande acúmulo Bitcoin além de posicionar o país na vanguarda de novos instrumentos financeiros no cenário global e, por fim, sugeriu implementação de lei que reconheça o Bitcoin como moeda de curso legal, permitindo de modo livre, transações usando criptomoeda. A adoção Bitcoin como moeda oficial no México seria movimento sem precedentes, seguindo passos de El Salvador, o primeiro a adotar Bitcoin como moeda legal em 2021, ao passo que a JAN3, está envolvida no desenvolvimento da infraestrutura Bitcoin em El Salvador incluindo consultoria sobre os Volcano Bonds e a construção da Bitcoin City, projeto que pode levar até dez anos para ser concluído, sendo que a parceria do CEO da JAN3, Samson Mow, e a senadora Indira Kempis sinaliza cooperação crescente entre líderes de pensamento no espaço cripto e legisladores que buscam posicionar o México na linha de frente da revolução financeira global cujas estratégias poderão não só fortalecer a economia mexicana, mas transformar o país em modelo à nações que consideram adoção de criptomoedas parte das suas políticas monetárias.

Na Argentina, o presidente da CNV, Comissão Nacional de Valores Mobiliários, garantiu que não quer regulamentar de modo excessivo a indústria de criptografia argentina que avança na regulamentação dos PSAV, prestadores de serviços de ativos virtuais, buscando equilíbrio entre promoção da inovação e o cumprimento da lei, com o presidente da CNV dizendo “não queremos regulamentar excessivamente o setor, mas cumpriremos a lei” ao referir-se ao Registro de Provedores de Serviços de Ativos Virtuais no painel sobre Marcos Regulatórios Nacionais. Ao lado de autoridades e especialistas da Inspeção Geral de Justiça, IGJ, e Unidade de Informação Financeira, UIF, referiu que com “o mandato conferido pela Lei n.º 27.739, trabalharemos na regulação e fiscalização de do PSAV", afirmando ainda que, “somos a favor da tecnologia e inovação”, acrescentando que, “em paralelo, trabalhamos na tokenização”, ao explicar que “a regularização de cripto ativos será feita através de um PSAV registrado na CNV”, como “oportunidade muito boa para o fazer”, entretanto, o chefe da Inspeção Geral de Justiça, IGJ, sustentou que “a tecnologia não pode parar, os reguladores têm que levar o trabalho muito a sério” com o Diretor de Análise da UIF, concluindo que “por recomendação do GAFI, incorporamos os PSAVs como sujeitos obrigados”, esclarecendo que, para externalização de ativos, “boas práticas do GAFI e da UIF devem propor que entidades sujeitas, através da aplicação da abordagem baseada no risco, considerem a missão de reporte.” O governo argentino já eliminou retenções por conta de IVA e lucros sobre vendas eletrônicas buscando formalização e transparência, com a Câmara Fintech manifestando-se a favor da medida além de indicar que continuarão serem anunciadas medidas visando diminuir a carga fiscal no país com o Ministério da Economia lembrando que “na regulamentação do Pacote Fiscal ampliou benefícios ao setor privado e definiu que não haverá mais retenções por conta de Lucros e IVA às empresas nas vendas com cartão de débito, crédito, compra e similares, agrupadores, agregadores e demais processadores de meios eletrônicos de pagamento.” Indicou que a medida “promove formalização das transações, inclusão financeira e reduz custos dos sistemas de pagamentos” relacionado com o progresso nos objetivos “do Governo Nacional em promover atividade econômica e utilização do meios de pagamento que proporcionem transparência e formalidade à economia”, enquanto a Câmara Fintech comemorou a eliminação das retenções por conta do IVA e lucros das vendas através de meios eletrônicos de pagamento e, na perspectiva, observaram que o avanço representa passo crucial em direção a Argentina digital, onde a indústria financeira não só promove crescimento econômico mas formaliza atividades comerciais.

Moral da Nota: quanto ao futuro das moedas digitais no Brasil e o impacto das tecnologias emergentes no setor financeiro, o Diretor da Taurus para Latam defende que o Drex é o futuro digital do Brasil, destacando como a CBDC, moeda digital do Banco Central, posiciona o país como líder global no desenvolvimento de Moedas Digitais do Banco Central, CBDC, e que a adoção dessas inovações se acelera impulsionada pela demanda de bancos e consumidores à medida que o setor se prepara à futuro onde blockchain e IA coexistam como pilares da economia digital. Delineia que a adoção e integração ampla de ativos digitais, como CBDCs, criptomoedas e ativos tokenizados na economia digital, exigirá que a maioria dos bancos esteja com infraestrutura especializada para gerenciá-los, esclarecendo que, a Taurus “oferece plataforma integrada para gerenciar criptomoedas e moedas digitais de ponta a ponta incluindo tecnologia de custódia para proteger e armazenar ativos digitais, tecnologia de tokenização para emitir e gerenciar seu ciclo de vida e infraestrutura de nós para implantar em blockchains públicos e autorizados. No caso do Hyperledger BESU, blockchain utilizado, que conhecemos muito bem já que vários dos clientes o utilizam” destacando que “IA e blockchain são, de fato, complementares, e o sistema financeiro do Brasil necessita de ambos, sendo interessante notar que há 3 anos a maioria dos projetos blockchain eram liderados por departamentos de inovação separados e não pelo negócio principal dos bancos, agora, vemos que a mesma inovação se torna estratégica sendo liderada pela equipe principal do negócio”, fundamental ao uso generalizado blockchain no sistema financeiro brasileiro. Lembra que, globalmente, bancos entram no mercado de ativos digitais para oferecer serviços principais de custódia e negociação cripto e permitir que clientes comprem e vendam Bitcoin, por exemplo, emissão e gestão digital de títulos tokenizados como ações, dívidas, produtos estruturados e fundos e, por fim, emissão e processamento de moedas digitais caso do Drex por exemplo, atividades afetadas por diferentes estruturas regulatória que criptomoedas exigem conhecimento jurídico sobre classe de ativos a que pertencem, títulos tokenizados que exigem reconhecimento dos títulos baseados em livros contábeis registrados na blockchain como equivalentes aos títulos tradicionais e moedas digitais, sendo o Drex primeiro passo.


quinta-feira, 11 de julho de 2024

Evolução Bitcoin

Em 22 de maio de 2024 completaram 14 anos desde a 1ª transação comercial com bitcoin, ou, a compra de pizzas, a preço de 10 mil bitcoins cujo valor atual estaria em torno de US$ 670 milhões, fato que caracterizou o Bitcoin Pizza Day e, desde então, tornou-se ativo com potencial de reserva. Embora de comportamento volátil, apresentou tendência de alta, exemplo concreto em que no Bitcoin Pizza Day de 2023 um gasto US$ mil dólares em bitcoin, equivaleria um ano depois US$ 2.400 implicando aumento inter anual de 140%, que explica tendência na indústria cripto de resguardo a longo prazo, comportamento dos hodlers ou Hold On for Dear Life, ou, “aferrar-se à toda a vida”, que implica o holding extremo em que usuários que investiram em bitcoin confiaram na recuperação do mercado em tempos de baixa e não venderam ativos na esperança de novos “cripto-verãos” e no crescimento dos ativos. Atualmente existem 13,5 milhões de bitcoins ou US$ 900 milhões "holdados" por mais de um ano, dos quais 6,2 milhões de bitcoin foram resguardados por 5 anos ou mais, equivalendo a mais de US$ 415 milhões, sendo que a tendência de holding é impulsionada por investidores que preferem conservar bitcoin motivados pela confiança no crescimento, sendo que a curto prazo não há previsão no comportamento do Bitcoin, mas ao longo do caminho ficou demonstrado ser ativo com tendencia a subir impulsionando investimento de pessoas e empresas, mantendo demanda e aumentando o preço.

O Bitcoin é modo de dinheiro digital funcionando sem intermediários, censura ou fronteiras, tratando-se de rede descentralizada que permite enviar qualquer coisa e receber valor de forma rápida, segura e barata, no entanto, nem todos concordam com a visão que o Bitcoin não cumpre funções básicas do dinheiro, isto é, meio de troca, unidade de conta e reserva de valor, daí, a ideia que não é moeda, nem ativo especulativo, uma bolha, estafa ou ameaça. Dentre os céticos está Steve Forbes, da revista de negócios Forbes, que escreveu artigo mostrando-se um libertário, amante do ouro e crítico do Bitcoin, sendo que um dos argumentos é que Bitcoin não é moeda porque não é aceito pela maioria dos vendedores, depois disso, o dinheiro deve ser aceito universalmente para facilitar o comércio e a economia, argumento que ignora o fato que Bitcoin é moeda jovem, em desenvolvimento, com potencial de crescimento e, desde sua criação, registrou forte adoção, havendo hoje mais de 100 milhões de usuários no mundo e mais de 15 mil comerciantes que o aceitam como pagamento, além disso, plataformas permitem converter Bitcoin em outras moedas como PayPal, Visa ou Mastercard que amplia as possibilidades de uso. O Bitcoin não precisa ser aceito por todos para ser moeda, basta aceitação por parte significativa da população e que siga crescendo, tratando-se de moeda emergente que ganha terreno e com potencial de se converter em moeda global, sendo que, outro argumento é a volatilidade com o dinheiro devendo ser estável para que o usuário possa confiar e planejar decisões econômicas, no entanto, a volatilidade do Bitcoin decorre por tratar-se de mercado jovem em processo de descoberta do preço real tratando-se de ativo disruptivo que desafia status e gera reações emocionais, é volátil porque é moeda livre que não depende de governo ou autoridade central sendo oportunidade aos que creem no projeto e desejam aproveitar flutuações de mercado, sinal que o Bitcoin está vivo, crescendo e mudando o sistema. O argumento de que o Bitcoin não é moeda porque não há garantia nem respaldo, já que, o dinheiro deve ter algo que o respalde como o ouro, petróleo ou o poder de governo e, considerando que é baseado na criptografia, garante integridade e segurança das transações na blockchain, ou, registro público e imutável das operações, baseado no consenso que é acordo de partícipes para validar regulamentos e mudanças na confiança resultando em transparência, verificação e reputação. Por fim, o Bitcoin é moeda que pode ser usada para comprar bens e serviços, enviar e receber remessas, cancelar e investir com rapidez, segurança, privacidade, inclusão e liberdade usada para fins sociais políticos, econômicos e culturais, não sendo apenas objeto de especulação, mas de uso, além de moeda, plataforma, comunidade e filosofia, ou, moeda que tem valor, sentido e futuro.

Moral da Nota: a corrupção afeta padrões de desenvolvimento econômico, social e ambiental destruindo confiança nas instituições e na democracia já que a vida na sociedade é baseada em acordos e o não cumprimento para obter maiores benefícios leva a danos, sendo que blockchain é tecnologia que permite criar registro digital imutável, descentralizado e transparente de transação ou informação aplicada em finanças, saúde, educação, energia, comércio, identidade, voto, entre outros, auxiliando no combate da corrupção, fortalecendo transparência e transmissão de informações. Um dos fatores que facilitam a corrupção é a falta de transparência e entrega de informações, ocultando ou manipulando informações sobre as atividades em que blockchain melhora renderização de contas criando registros públicos e verificáveis das ações e decisões tomadas, por exemplo, blockchain é usado para registrar e auditar gastos públicos, contratos governamentais, doações, licitações, impostos e etc, desta forma, evita desvio, fraude, suborno, tráfico de influência, facilitando acesso à informação pública e permitindo consulta de dados registrados na blockchain sem intermediários ou burocracia, assim, fomenta participação cidadã, controle social e denúncia de irregularidades. A corrupção é favorecida pela vulnerabilidade do direito à privacidade quando dados pessoais são expostos, roubados, vendidos ou usados sem consentimento, gerando risco de extorsão, chantagem, coação, discriminação ou violência, com blockchain protegendo direito à privacidade, permitindo controle e propriedade de dados pessoais decidindo com quem, como e quando compartilham, daí, ser usado para criar sistemas de identidade digital permitindo identidade única, verificável e segura sem depender de entidades centralizadas ou autorizadas, ou, para criar sistemas de criptografia que permita comunicação privada e confidencial embora as mensagens possam ser interceptadas ou alteradas, além disso, pode ser usado para criar sistemas de consentimento e revogando permissão para uso de dados pessoais de forma transparente e rastreável. A corrupção é favorecida pelo estancamento e exclusão sem acesso a oportunidades, recursos, serviços ou direitos gerando frustração, desesperança, ressentimento ou violência e, com blockchain promovendo inovação e inclusão cria soluções que melhoram a qualidade de vida, bem-estar, equidade e justiça, daí, sua utilização em sistemas financeiros permite acesso a serviços bancários, pagamento, remessa, crédito e investimento, sem depender de intermediários ou instituições, além da criação de sistemas educativos que permitem acesso a conteúdos e certificados independendo de entidades centralizadas ou criação de sistemas sociais, permitindo acesso a benefícios, subsídios, doações, livres de sistemas ineficientes. Blockchain tem desafios e limitações, como escalabilidade, interoperabilidade, segurança, regulamentação e adoção, no entanto, pode resolver problemas sociais, políticos ou culturais sujeitos à corrupção tratando-se de ferramenta que depende de como é usado, por isso, é importante utilização ética, responsável e participativa envolvendo atores relevantes em seu design, na implementação e avaliação.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Conceitos Bitcoin

O Criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto, no white paper em 2008 se referiu como uma “versão ponto a ponto de dinheiro eletrônico, permitindo que pagamentos online fossem enviados diretamente de uma parte a outra sem passar por instituição financeira.” Ao descrever blockchain, escreveu que “a rede marca data/hora das transações, colocando-as em cadeia contínua de prova de trabalho baseada em hash, formando registro inalterado sem refazer a prova de trabalho. A cadeia mais longa não serve apenas como prova da sequência de eventos testemunhados, mas prova que veio do maior pool de energia da CPU.” Caso a maior parte do poder computacional, 51% ou mais, seja controlada por 'nós' que não abrigam intenção maliciosa de cooperar para atacar ou corromper a rede, a blockchain ficará mais longa ultrapassando invasores e, no white paper, observa que os 'nós' podem se juntar novamente à rede e, têm que aceitar cadeia mais longa como prova de transações que ocorreram enquanto estavam fora.

Para entender mais sobre como as transações funcionam na blockchain, um exemplo sobre como a blockchain Bitcoin é programada para funcionar. Convencionalmente para enviar R$ 1 mil de um usuário a outro, notifica-se o banco, entidade centralizada ao iniciar a transação e, após verificação de fundos para realizar a transação, o banco atualiza seu banco de dados sendo que o saldo no banco de dados deduzido em R$ 1 mil e o saldo do receptor aumentado no mesmo valor, neste exemplo, presume-se utilização do mesmo banco. Para enviar Bitcoins, o processo é diferente, aqui, entidade centralizada como um banco não realiza verificações e não atualiza saldos pois inexiste entidade singular responsável por isso e, em vez disso, os 'nós' daquela blockchain específica estarão envolvidos na transação decorrente ao design descentralizado. Para enviar um Bitcoin, o usuário deve saber a chave pública do receptor e, em seguida, transmitir mensagem na rede para que outros 'nós' possam vê-la, sendo que os 'nós', ou usuários, resolvem um quebra-cabeça estabelecido pelo protocolo exigindo que façam hash de transações e outras informações no bloco, processo conhecido como mineração e aqueles que executam a tarefa são chamados de mineradores que devem manter o hash dos dados, modificado a cada vez, até que uma solução válida seja encontrada ao quebra-cabeça e o Bitcoin possa ser enviado ao receptor. Ao encontrar a solução válida à transferência bem-sucedida de Bitcoin, cria-se um novo bloco, gerando recompensa de bloco ao minerador responsável e a transação adicionada ao blockchain do Bitcoin, com todos os outros 'nós' validando e atualizando suas cópias do razão para refletí-la, daí, a carteira de criptografia do usuário é atualizada para mostrar que enviou um Bitcoin, enquanto a carteira de criptografia do receptor é atualizada para mostrar que recebeu um Bitcoin, sendo impedido de enviar o mesmo Bitcoin a outra pessoa, conhecido como gasto duplo.

Moral da Nota: para receber Bitcoin ou outro tipo de dinheiro/criptomoeda na blockchain, o usuário precisa de uma chave pública e uma chave privada. A criptografia de chave pública prova propriedade dos fundos e, neste caso, o usuário precisa saber o endereço público do receptor gerado a partir da chave pública para que possa enviar o Bitcoin, sendo que a chave privada, deve ser mantida em segredo como senha que permite acesso pelo proprietário. A chave pública é derivada da chave privada sendo quase impossível fazer engenharia reversa do processo para obter a chave privada. Se o usuário não revelou sua chave privada só ele pode acessar e gastar o Bitcoin enviado a ele. Neste conceito se inserem, por exemplo, a Ethereum, uma das blockchains mais populares, distribuída e descentralizada, permitindo usuários executar código de programação de aplicativos descentralizados, ou, o Ripple que permite liquidações brutas em tempo real, câmbio e remessas através da blockchain.   

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Nova economia

Todo o Bitcoin do mundo só paga 2,43% da dívida nacional americana de US$ 30 trilhões, com previsão de chegar a 40 trilhões em 2025 significando 4 mil% maior que a capitalização de mercado do Bitcoin. Conforme estatísticas oficiais a dívida dos EUA está em níveis nunca vistos antes, quebrando a barreira psicológica com o Bitcoin valendo menos de 3% do seu total. Dois anos de liquidez alimentadas pela emissão de mais dívidas, levou o Federal Reserve tentar conter uma carga de dívida incompreensivelmente grande, um número que faz toda a capitalização de mercado da criptomoeda parecer uma gota no oceano,  daí, o Bitcoin com capitalização de mercado de US$ 731 bilhões é 2,43% da contagem da dívida nacional. Mesmo que os EUA comprassem todo o BTC em circulação, pagariam apenas pequena fração da dívida sendo que  apenas 10% da oferta total de Bitcoin ainda precisar ser minerada.

A inflação no mundo impacta no Bitcoin, caso domine a economia mundial, deixar de serferramenta especulativa e tornar-se ativo de refúgio. A verdade leva a pensar que a economia global está em território desconhecido em relação ao Bitcoin, cujo ambiente econômico geralmente tem sido favorável ao crescimento com preços estáveis e recentemente há alertas de tempestade inflacionária. Investidores  e instituições se voltarão ao BTC como porto seguro, em alternativa ao ouro o dólar americano, com relatórios indicando que o aumento de 6,2% em outubro no IPC dos EUA preocupou especialistas, embora esse aumento possa estar relacionado a reveses da cadeia de suprimentos e demanda do consumidor pós-pandemia que qualquer mudança secular nos mercados globais. Atualmente vivemos um preço do Bitcoin em baixa com índice de força do dólar atingindo máximas de 16 meses, no entanto, a criptomoeda tem um suprimento fixo máximo de 21 milhões de tokens ao passo que o  dólar, em comparação, é inflacionário e o crescimento da oferta monetária dos EUA aumentou mais de cinco vezes nos últimos cinco anos, de US$ 1,378 trilhão em setembro de 2016 à US$ 7,245 trilhões em setembro de 2021, 426%, segundo dados da o Federal Reserve Bank de St. Louis. Certamente a inflação global atingirá o mundo em desenvolvimento com mais força que o mundo desenvolvido e, em caso afirmativo, países mais pobres terão maior probabilidade de adotar o Bitcoin como um hedge de inflação.

Moral da Nota: Jon Matonis da Bitcoin Foundation, defendeu no Business Insider que a criptomoeda gerará novas ferramentas financeiras e não é uma bolha. Durante a conferência Innovate Finance em Londres,  aproveitou a oportunidade para dizer à principal publicação da mídia que o conceito de Bitcoin estar em uma 'bolha' era hipócrita. A recente desaceleração do Bitcoin levou a especulações renovadas em agências de notícias não criptográficas, que as altas de US$ 20 mil de 2017 eram comportamento característico de bolha e não seriam repetidas.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O Bitcoin

Desde sua criação o Bitcoin é alvo de discussões entremeadas por legislação restritiva ou amigável. Dentre os países que legalizaram o uso da principal criptomoeda ou não tiveram problemas com cidadãos negociando o ativo, Malta é conhecida como 'ilha blockchain', desenvolvendo regras compatíveis com governança e lucrativo sistema de incentivos fiscais à empresas do setor. Trata-se do primeiro Estado-Membro da UE definir estrutura legislativa ao espaço Blockchain e Criptomoeda, atraindo empresas como Binance, OKEx, Descentralized Ventures e Coinvest. A Austrália legalizou o Bitcoin e o classificou como propriedade sujeita a imposto sobre ganhos de capital (CGT), aumentando o uso da moeda líder no país. Agnes Water é a cidade australiana autodenominada 'cidade de moeda digital' com mais de 30 empresas locais aceitando Bitcoin, Bitcoin Cash, Litecoin e outros ativos de Criptografia. Nos EUA 36% das pequenas e médias empresas aceitam Bitcoin, com trocas como a 'Binance.Us' adaptadas à usuários. Notar que o maior número de caixas eletrônicos de Bitcoin está nos EUA, apesar da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) classificar Criptomoedas como mercadoria, enquanto o Internal Revenue Service (IRS) fala em propriedade intangível necessitando tributação. A Croácia conforme o Croatia Post, testa troca de criptomoedas permitindo via plataforma turistas e residentes locais comprar Bitcoin, Ethereum, XRP, Stellar e EOS, enquanto 55 agências postais no país permitem troca da Kuna croata (HRK) pelo Bitcoin.
Neste entrave, bancos alemães solicitaram licença ao regulador financeiro do país, Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha (BaFin), para oferecer Bitcoin, Ether, XRP e etc, enquanto o governo aprovou lei permitindo oferecer serviços de criptografia com adesão de 40 instituições. Tal número de solicitações ocorreu diante a nova Lei de Lavagem de Dinheiro, aprovada pelo governo alemão permitindo instituições financeiras oferecer ativos, incluindo criptomoedas, podendo ser custodiantes desses ativos. Os usuários alemães de criptomoedas não pagam impostos por transações inferiores a 600 euros, sendo isentos caso mantenham a posse do ativo criptográfico pelo menos por um ano. A Alemanha classifica criptomoedas como representação digital de valor e em seu projeto de lei, classifica ativos de criptografia como representações digitais de valor não sendo emitidos nem garantidos pelo banco central ou órgão público e não atingem status legal do dinheiro.
Moral da Nota: a Suíça via Autoridade Supervisora ​​do Mercado Financeiro (FINMA), regulador financeiro, aprovou um banco de Bitcoin, o SEBA, e com isso a Administração Federal Suíça (SFTA) considera criptomoedas como ativos sujeitos a imposto sobre riqueza suíça inseridas nas declarações fiscais anuais. O banco de criptomoedas, SEBA, totalmente operacional, suporta 5 moedas ou bitcoin (BTC), éter (ETH), Stellar (XLM), litecoin (LTC) e ether classic (ETC) podendo convertê-las on line em moedas fiduciárias e vice-versa. O The Block comunicou que o SEBA Bank AG inclui empresas, gestores de ativos e investidores privados profissionais, planejando embarcar clientes de jurisdições estrangeiras. A SEBA recebeu licença bancária da Autoridade Supervisora ​​do Mercado Financeiro da Suíça (FINMA) captando US$ 100,5 milhões de investidores, com licença bancária e de negociante de valores mobiliários da FINMA. O rival da SEBA, Sygnum, obteve licença em Singapura à serviços de mercado de capitais, permitindo prestação de serviços no gerenciamento de ativos. Na Suíça, criptomoedas e trocas são legais com postura progressiva em relação aos regulamentos de criptomoeda. O governo suíço indicou que trabalhará na direção a ambiente regulatório amigável às criptomoedas, ao passo que a cidade de Zug, torna-se centro global de criptomoedas com o Bitcoin como meio de pagamento de taxas da cidade.