Em 22 de maio de 2024 completaram 14 anos desde a 1ª transação comercial com bitcoin, ou, a compra de pizzas, a preço de 10 mil bitcoins cujo valor atual estaria em torno de US$ 670 milhões, fato que caracterizou o Bitcoin Pizza Day e, desde então, tornou-se ativo com potencial de reserva. Embora de comportamento volátil, apresentou tendência de alta, exemplo concreto em que no Bitcoin Pizza Day de 2023 um gasto US$ mil dólares em bitcoin, equivaleria um ano depois US$ 2.400 implicando aumento inter anual de 140%, que explica tendência na indústria cripto de resguardo a longo prazo, comportamento dos hodlers ou Hold On for Dear Life, ou, “aferrar-se à toda a vida”, que implica o holding extremo em que usuários que investiram em bitcoin confiaram na recuperação do mercado em tempos de baixa e não venderam ativos na esperança de novos “cripto-verãos” e no crescimento dos ativos. Atualmente existem 13,5 milhões de bitcoins ou US$ 900 milhões "holdados" por mais de um ano, dos quais 6,2 milhões de bitcoin foram resguardados por 5 anos ou mais, equivalendo a mais de US$ 415 milhões, sendo que a tendência de holding é impulsionada por investidores que preferem conservar bitcoin motivados pela confiança no crescimento, sendo que a curto prazo não há previsão no comportamento do Bitcoin, mas ao longo do caminho ficou demonstrado ser ativo com tendencia a subir impulsionando investimento de pessoas e empresas, mantendo demanda e aumentando o preço.
O Bitcoin é modo de dinheiro digital funcionando sem intermediários, censura ou fronteiras, tratando-se de rede descentralizada que permite enviar qualquer coisa e receber valor de forma rápida, segura e barata, no entanto, nem todos concordam com a visão que o Bitcoin não cumpre funções básicas do dinheiro, isto é, meio de troca, unidade de conta e reserva de valor, daí, a ideia que não é moeda, nem ativo especulativo, uma bolha, estafa ou ameaça. Dentre os céticos está Steve Forbes, da revista de negócios Forbes, que escreveu artigo mostrando-se um libertário, amante do ouro e crítico do Bitcoin, sendo que um dos argumentos é que Bitcoin não é moeda porque não é aceito pela maioria dos vendedores, depois disso, o dinheiro deve ser aceito universalmente para facilitar o comércio e a economia, argumento que ignora o fato que Bitcoin é moeda jovem, em desenvolvimento, com potencial de crescimento e, desde sua criação, registrou forte adoção, havendo hoje mais de 100 milhões de usuários no mundo e mais de 15 mil comerciantes que o aceitam como pagamento, além disso, plataformas permitem converter Bitcoin em outras moedas como PayPal, Visa ou Mastercard que amplia as possibilidades de uso. O Bitcoin não precisa ser aceito por todos para ser moeda, basta aceitação por parte significativa da população e que siga crescendo, tratando-se de moeda emergente que ganha terreno e com potencial de se converter em moeda global, sendo que, outro argumento é a volatilidade com o dinheiro devendo ser estável para que o usuário possa confiar e planejar decisões econômicas, no entanto, a volatilidade do Bitcoin decorre por tratar-se de mercado jovem em processo de descoberta do preço real tratando-se de ativo disruptivo que desafia status e gera reações emocionais, é volátil porque é moeda livre que não depende de governo ou autoridade central sendo oportunidade aos que creem no projeto e desejam aproveitar flutuações de mercado, sinal que o Bitcoin está vivo, crescendo e mudando o sistema. O argumento de que o Bitcoin não é moeda porque não há garantia nem respaldo, já que, o dinheiro deve ter algo que o respalde como o ouro, petróleo ou o poder de governo e, considerando que é baseado na criptografia, garante integridade e segurança das transações na blockchain, ou, registro público e imutável das operações, baseado no consenso que é acordo de partícipes para validar regulamentos e mudanças na confiança resultando em transparência, verificação e reputação. Por fim, o Bitcoin é moeda que pode ser usada para comprar bens e serviços, enviar e receber remessas, cancelar e investir com rapidez, segurança, privacidade, inclusão e liberdade usada para fins sociais políticos, econômicos e culturais, não sendo apenas objeto de especulação, mas de uso, além de moeda, plataforma, comunidade e filosofia, ou, moeda que tem valor, sentido e futuro.
Moral da Nota: a corrupção afeta padrões de desenvolvimento econômico, social e ambiental destruindo confiança nas instituições e na democracia já que a vida na sociedade é baseada em acordos e o não cumprimento para obter maiores benefícios leva a danos, sendo que blockchain é tecnologia que permite criar registro digital imutável, descentralizado e transparente de transação ou informação aplicada em finanças, saúde, educação, energia, comércio, identidade, voto, entre outros, auxiliando no combate da corrupção, fortalecendo transparência e transmissão de informações. Um dos fatores que facilitam a corrupção é a falta de transparência e entrega de informações, ocultando ou manipulando informações sobre as atividades em que blockchain melhora renderização de contas criando registros públicos e verificáveis das ações e decisões tomadas, por exemplo, blockchain é usado para registrar e auditar gastos públicos, contratos governamentais, doações, licitações, impostos e etc, desta forma, evita desvio, fraude, suborno, tráfico de influência, facilitando acesso à informação pública e permitindo consulta de dados registrados na blockchain sem intermediários ou burocracia, assim, fomenta participação cidadã, controle social e denúncia de irregularidades. A corrupção é favorecida pela vulnerabilidade do direito à privacidade quando dados pessoais são expostos, roubados, vendidos ou usados sem consentimento, gerando risco de extorsão, chantagem, coação, discriminação ou violência, com blockchain protegendo direito à privacidade, permitindo controle e propriedade de dados pessoais decidindo com quem, como e quando compartilham, daí, ser usado para criar sistemas de identidade digital permitindo identidade única, verificável e segura sem depender de entidades centralizadas ou autorizadas, ou, para criar sistemas de criptografia que permita comunicação privada e confidencial embora as mensagens possam ser interceptadas ou alteradas, além disso, pode ser usado para criar sistemas de consentimento e revogando permissão para uso de dados pessoais de forma transparente e rastreável. A corrupção é favorecida pelo estancamento e exclusão sem acesso a oportunidades, recursos, serviços ou direitos gerando frustração, desesperança, ressentimento ou violência e, com blockchain promovendo inovação e inclusão cria soluções que melhoram a qualidade de vida, bem-estar, equidade e justiça, daí, sua utilização em sistemas financeiros permite acesso a serviços bancários, pagamento, remessa, crédito e investimento, sem depender de intermediários ou instituições, além da criação de sistemas educativos que permitem acesso a conteúdos e certificados independendo de entidades centralizadas ou criação de sistemas sociais, permitindo acesso a benefícios, subsídios, doações, livres de sistemas ineficientes. Blockchain tem desafios e limitações, como escalabilidade, interoperabilidade, segurança, regulamentação e adoção, no entanto, pode resolver problemas sociais, políticos ou culturais sujeitos à corrupção tratando-se de ferramenta que depende de como é usado, por isso, é importante utilização ética, responsável e participativa envolvendo atores relevantes em seu design, na implementação e avaliação.