Internet das Coisas é tópico em tecnologia no momento impactando no que fazemos, do modo como compramos, até a maneira como os fabricantes controlam o estoque, com empresas como Apple, Google e Amazon competindo no dia a dia, com geladeiras, relógios e alarmes de incêndio, se conectando à IoT. Conhecida como IoT ou Internet of Everything, IoE, rede de objetos físicos se conectam e trocam dados com dispositivos e sistemas na internet, com mais de 27 bilhões de dispositivos conectados e especialistas esperando que suba à mais de 100 bilhões de dispositivos até 2030. A IoT consiste em sensores e dispositivos coletando dados no entorno e enviando à nuvem via Wi-Fi, Bluetooth, LPWAN, satélite ou conectado diretamente à internet e processados por programas de software disponibilizado de modo amigável, comunicado ao usuário para verificar o sistema ou tomar ação. Os sensores em nossos eletrodomésticos inteligentes permitem entender e ajustar configurações e regras predefinidas economizando energia ou reduzindo custos de aquecimento.
Em 1999 o termo “internet das coisas” foi cunhado por Kevin Ashton usando a frase como título de sua apresentação à novo projeto de sensor que estava trabalhando. O conceito de dispositivos conectados remonta a 1832 quando o primeiro telégrafo eletromagnético foi projetado permitindo comunicação direta entre duas máquinas via transferência de sinais elétricos, no entanto, a história da Internet das Coisas começou com a invenção da Internet no final dos anos 1960. O primeiro dispositivo IoT do mundo foi inventado no início dos anos 80 na Carnegie Melon University, por um grupo de estudantes criando modo de fazer com que a máquina de venda automática de Coca-Cola do campus informasse sobre seu conteúdo via rede para salvá-los da jornada se estivesse sem Coca-Cola, avisando quantas latas estavam disponíveis e se estavam geladas. Em 1990, John Romkey conectou pela primeira vez uma torradeira à internet e, um ano depois, um grupo de estudantes da Universidade de Cambridge usou a webcam para fazer reportagem sobre o café, tendo a ideia de usar o primeiro protótipo de câmera web para monitorar quantidade disponível na cafeteira do laboratório de informática, programando a câmera web para tirar fotos três vezes por minuto da cafeteira e enviando à computadores locais para que pudessem ver se havia café disponível. IoT foi tema comum usado pela mídia no início do século 21, com desenvolvimentos importantes abrindo caminho ao futuro com a LG Electronics introduzindo a primeira geladeira do mundo conectada à internet em 2000, permitindo consumidores fazerem compras online ou com videochamadas. Esta invenção foi seguida por um robô em forma de coelho em 2005 que relataria as últimas notícias, previsões meteorológicas e mudanças no mercado de ações, ao passo que a primeira Conferência Internacional sobre IoT foi realizada em 2008 na Suíça.
Moral da Nota: IoT tem futuro ilimitado tornando-se base da vida cotidiana economizando tempo e dinheiro à consumidores e empresas e reduzindo as emissões de gases efeito estufa, no entanto, espera-se alto risco de violação de privacidade e segurança, que uma vez resolvidos, levará a mundo muito mais conectado com cada indivíduo usando e dependendo da IoT. No setor de saúde é estimado aumento de 28,6% em 2022, crescimento quase um terço maior que em 2015, quando o setor valia US$ 14,28 bilhões, sendo impulsionados por aumento na demanda, uso mais amplo de plataformas de nuvem e aumento no número de aplicativos móveis. A Forbes estima que 646 milhões de dispositivos IoT foram usados em hospitais, clínicas e consultórios médicos em 2020, embora estatísticas de dispositivos de saúde IoT pareçam encorajadoras, o setor de saúde certamente se beneficia da proliferação da tecnologia IoT, apesar da grande quantidade de dados gerados diariamente causar desafios. Em uma indústria movida a IoT, o volume de dados médicos dobra a cada 73 dias em média, significando que implementar segurança e encontrar soluções de armazenamento tornar-se-á prioridade. A Grand View Research, avisa que o tamanho do mercado global de saúde IoT deve atingir US$ 534,3 bilhões até 2025 e, em 2018, 57% das empresas adotaram IoT de alguma forma, até o final de 2022, o número deve chegar a 94%. Em 2016, a Roche lançou sistema de coagulação habilitado à Bluetooth e IoT, permitindo rapidez na análise da coagulação do sangue. Em 2018, a Apple lançou novo dispositivo IoT 'Movement Disorder API', que permite o Apple Watch monitorar sintomas da doença de Parkinson. Os gastos anuais com medidas de segurança IoT, segundo a Forbes, chegam a US$ 631 milhões em 2022, com 83% dos dispositivos de imagens médicas usando sistemas operacionais não suportados e, decorrente ao suporte descontinuado do Windows 7, tornaram-se mais vulneráveis a ataques cibernéticos e malware 56% dos dispositivos em comparação a 2018.