Climate TRACE é coalizão de especialistas em IA, pesquisadores, ciência de dados e ONGs patrocinando inventário do clima na coalizão, Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, Blue Sky Analytics, Carbon Yield, Earthrise Media, Al Gore, Hypervine.io, , OceanMind, TransitionZero e WattTime) e RMI, além de 90 organizações e pesquisadores contribuintes, incluindo: Carbon Mapper, CTREES, Descartes Labs, Global Energy Monitor, Google.org, Michigan State University, Minderoo Foundation/Global Plastic Watch, Planet Labs PBC, Synthetaic, Universiti Malaysia Terengganu e outros, que apresentaram na COP27 levantamento do efeito estufa e a contribuição de cada um. O Brasil está em 5º lugar, ,2,31%, como maior emissor de CO2 e em 1º a China, 27,99%, 2º EUA, 11,40%, 3º Índia, 6,91% e 4º Rússia 5,98%, seguem Japão, Indonésia. Analisando quantidade de emissões per capta, a Rússia aparece em primeiro seguido de EUA, China, Brasil e Índia.
Trata-se do primeiro inventário à identificar e rastrear fontes individuais de emissões em vinte setores da economia, conjunto de dados do Climate TRACE, disponível publicamente e sem custo e o papel de fontes individuais nas emissões globais. As 500 principais fontes individuais de emissões no mundo representam menos de 1% de instalações no conjunto de dados do Climate TRACE, responsáveis por 14% das emissões globais em 2021, mais que as emissões anuais dos EUA. As usinas de energia representam mais da metade das emissões e três quintos dos ativos na lista das 500 maiores, enquanto isso, 26 das 50 maiores fontes de emissões no mundo são campos de petróleo e gás e, seus associados de produção, processamento e transporte. Em nenhum setor o poder da abordagem de monitoramento das emissões do Climate TRACE é mais aparente que em petróleo e gás. O inventário de 2021 descobriu que as emissões da produção, transporte, refino de petróleo e gás é subestimada, em parte, a requisitos de relatórios limitados e subestimações consistentes de emissões de metano tanto de queima intencional quanto vazamentos. O Climate TRACE incorporou novos dados incluindo evidências de estudos de emissões detectadas por satélite de práticas como queima e vazamento de metano na Rússia, Turcomenistão, EUA e Oriente Médio produzindo dados que considerem emissões globais do setor e, entre os países que relataram emissões de produção de petróleo e gás à ONU, o Climate TRACE constata que são até três vezes maiores que os dados auto-relatados.
Moral da Nota: cientistas alertam que a falta de dados meteorológicos em grande parte da África significa que os fundos para perdas e danos não podem depender de um desastre comprovadamente causado pelas mudanças climáticas. A escassez de estações de monitoramento meteorológico no Sahel, na África Ocidental, difículta provar que um desastre foi causado pelo clima não impedindo que afetados por desastres como secas conseguir dinheiro para reconstruir suas vidas quando o gado morrer. Na Cop 27 os países concordaram estabelecer um fundo para apoiar as vítimas do clima e incumbiram um comitê de transição trabalhar nos detalhes até a Cop 28 em Dubai em 2023. Cientistas do World Weather Attribution disseram que não conseguiam entender o papel das mudanças climáticas na crise alimentar deste ano na região do Sahel Central, no noroeste da África já que chuvas erráticas em 2021 desencadearam grave crise alimentar, deixando 9,7 milhões de pessoas em Burkina Faso, Mali e Níger passando fome. Usaram três conjuntos de dados observacionais e três índices de características da estação chuvosa e concluíram que “não conseguiram detectar tendências significativas ou influência das mudanças climáticas na estação chuvosa de 2021” explicando que pode ser devido incertezas nos dados observacionais e problemas ao elaborar modelos climáticos à seca. Lacunas de dados devem-se em parte à falta de estações meteorológicas na África, com o Mali, por exemplo, possuindo 13 estações meteorológicas ativas, comparadas com 200 na Alemanha, país com um terço do tamanho do Mali. O fundo de perdas e danos será pago pelos países desenvolvidos e talvez por alguns países em desenvolvimento mais ricos ou mais poluentes indo aos “países em desenvolvimento vulneráveis”, sendo que comitê de transição trabalhará na definição de “vulnerável”. O líder climático da Comissão Europeia, Frans Timmermans, disse que deveria ser mais amplo, incluindo países como Paquistão que não estão entre os mais pobres do mundo. Em vez de olhar à atribuição do clima à cada evento específico, as tendências climáticas regionais sustentadas por dados e a vulnerabilidade de certos ecossistemas, como terras áridas, devem ser levadas em consideração.