domingo, 12 de abril de 2020

Parceira do BRICS

O inverno russo 2019 quente e seco com ausência de neve aos moscovitas, segundo o serviço de meteorologia Hydrometcentre, deve colher 122 milhões de toneladas de grãos com potencial de exportação de 42,7 milhões de toneladas. Aves e suínos representam produção industrial de 84% a 89% da demanda doméstica e o restante para exportação. No norte do Cáucaso, segundo a Reuters, 14% das semeaduras de grãos de inverno não foram bem e os agricultores planejam em 2020 semeadura de primavera em 29,2 milhões de hectares, queda de 181 mil hectares em relação ao ano anterior. Os russos investiram no setor após imposição de sanções à importação de produtos agrícolas da UE e em 2019 a colheita foi de 100 milhões de toneladas, com recorde em 2017 de 135 milhões superando a era soviética e devendo crescer 2% no sexto ano consecutivo de avanços. A Rússia disputa com a Ucrânia o título de "maior exportador de grãos, perdendo ano passado quando os dois países exportaram 45 milhões de toneladas, com previsão em 2020 de US$ 24 bilhões e US$ 45 bilhões até 2024.
Nesta estrutura agrícola o produtor russo de fertilizantes Phosagro, principal produtor de potássio, adotou padrões verdes em vigor para melhorar a segurança alimentar. Notícia da IntneNews, avisa que na Semana Verde em Berlim promoveu seus fertilizantes ecologicamente corretos, pela necessidade de construir negócios sustentáveis promovendo segurança alimentar enfrentando novos desafios. Na PhosAgro, um dos maiores produtores de fertilizantes do mundo, a mineração de fosfato na Península de Kola ao norte do Círculo Polar Ártico se processam produtos à base de fosfato que melhoram o rendimento das culturas exportando produção à 102 países. Os depósitos de fosfato da PhosAgro são únicos em termos de pureza, não contêm oligoelementos prejudiciais a saúde como metais pesados. Em 2019 a PhosAgro produziu 9,5 milhões de toneladas de fertilizantes sendo um terço da produção para o mercado interno que cresceu mais de 35% nos últimos cinco anos. Embora o PhosAgro venda um fertilizante que ocorre naturalmente o produto cultivado não se qualifica na Europa como "bio".
Moral da Nota: o ministério da agricultura russo afirmou que introduzirá cotas de exportação garantindo assim suprimentos ao mercado interno, não apenas grãos suficientes aos consumidores mas suprimentos de ração ao  setor de criação animal. A exportação de aves, perus e laticínios à China aumentaram à medida que diminui restrições às importações agrícolas, em particular carne de porco, com exportações aos mercados mais lucrativos enquanto antes das agro-sanções da UE a Rússia era importador líquido. A agricultura russa possui 12 projetos nacionais de US$ 39,5 bilhões até 2025 ao desenvolvimento de áreas rurais. Questões verdes como a adoção pela UE em 2019 de um pacote de economia circular incluindo medidas de limites ao cádmio, metal pesado nocivo em fertilizantes à base de fosfato estão na pauta. A PhosAgro acolhe o limite dos níveis de cádmio nos fertilizantes desenvolvendo marca verde de fertilizantes lançada na convenção de Berlim. Líderes das indústrias de fertilizantes minerais, agronegócios e varejo na Rússia criaram associação independente, o Green Club, de fabricantes e fornecedores de produtos com melhor desempenho ambiental. A Rússia ratificou os Acordos de Paris e lança base legislativa para regular emissões de gases efeito estufa (GEE) via sistema de comércio de certificados verdes, para regular emissões de carbono enquanto a indústria de alimentos estabelece iniciativas paralelas.