Fabricantes de cigarros na Espanha devem pagar pela limpeza das bitucas, além de serem responsáveis por informar e educar o público para não jogar em espaços públicos, pagando pela limpeza das descartadas por fumantes a cada ano, inserida em regulamentação ambiental emitida pelo Ministério da Transição Ecológica e Desafio Demográfico. O regulamento, já em vigor, é parte da Lei dos Resíduos e Solos Contaminantes, pacote de medidas destinada reduzir resíduos e aumentar reciclagem, aprovado em 2023 cuja regra inclui proibição de talheres e pratos de plástico de uso único, copos de isopor, cotonetes e canudos plásticos, além da redução de embalagens de alimentos desse tipo. A determinação às empresas de tabaco, decorre ao fato que milhões de pontas de cigarro são jogadas nas ruas e praias espanholas anualmente ao lado dos novos regulamentos sobre utilização de talheres descartáveis e canudos de plástico de uso único, sendo que as decisões são parte da campanha na UE para reduzir desperdício e promover reciclagem. Por outro lado, as novas regulamentações ambientais da Espanha determinaram que empresas de tabaco devem pagar as contas para remover cigarros descartados das ruas e, segundo o Guardian, a medida já está em vigor, além de alertar consumidores não jogarem bitucas em locais públicos, no entanto, o custo do cumprimento da lei não foi estabelecido sendo que estudo catalão da "sociedade do lixo zero" Rezero estima custo entre € 12 e € 21 por cidadão por ano inserido em total de até € 1 bilhão. A probabilidade das empresas de cigarros transferirem custo ao consumidor é alta consequente aumento ao consumidor final, que pode funcionar como incentivo à parar de fumar já que pontas de cigarro descartadas nas ruas a cada ano são um dos tipos mais comuns de lixo levando 10 anos para se decompor e liberar substâncias tóxicas como chumbo e arsênico no processo. Vale ainda dizer que bitucas de cigarro são o tipo mais comum de poluição marinha, acima de garrafas e sacolas plásticas, conforme a Ocean Conservancy, organização sem fins lucrativos, sendo que pontas de cigarro são transformadas em repelente de mosquitos e enchimento para peluches em fábrica indiana, considerando que 5 bilhões de cigarros são jogados no oceano anualmente e a substância nociva que emitem na decomposição, letal, às criaturas marinhas. A atualização de legislação ambiental, está em linha com conferências promovidas pela ONU, já que Espanha e França proíbem talheres descartáveis de plástico de uso único visando combater resíduos nocivos e aumentar a reciclagem.
Por conta de descobertas, desde o início dos anos 1900 a Terra aqueceu 1,1 ºC à medida que mudanças climáticas tornam-se fator desestabilizador no mundo, sendo que a mais recente avaliação da Nasa revela como o planeta perde frescor à medida que os anos tornam-se mais quentes. Nova visualização aponta amostragem que nos últimos 2 séculos o mundo foi atingido pelo aquecimento global que, aumentou drasticamente nos últimos anos do século 20 e continuou inabalável no século 21, com a NASA recentemente anunciando que 2022 foi o 5º mais quente já registrado e, apesar do La Nina, resfriamento do Pacífico equatorial que reduz temperaturas médias globais, a NOOA, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, calcula que a temperatura média global de 2022 foi de 14,76 ºC, classificando-se como a 6ª mais quente registrada excluindo regiões polares. A Berkeley Earth, grupo sem fins lucrativos de cientistas independentes, esclarece que foi o 5º mais quente registrado e, para 28 países foi o ano mais quente já rvisto, incluindo China, Reino Unido, Espanha, França, Alemanha e Nova Zelândia, sendo que os últimos 9 anos foram mais quentes desde que registros apontam desde 1880 significando que a Terra em 2022 estava 1,11 ºC mais quente que a média do final do século XIX. A região do Ártico, experimenta tendências de aquecimento mais fortes, quase 4 vezes a média global, conforme pesquisa do GISS apresentada na reunião anual de 2022 da União Geofísica Americana, em estudo separado, pesquisadores mostram preocupação que com a provável dissipação La Nina e possível El Nino aumentando aquecimento em 2023 considera que 1976 foi o último ano que a Terra foi mais fria que a média do século 20, isto, de acordo com a NOAA. Esclarece que temperaturas médias não são o que realmente afeta as pessoas e sim ondas de calor, inundações, secas e tempestades, piores ou mais frequentes, ou, ambos, ao passo que 2022 viu os piores eventos climáticos extremos da história recente, com incêndios florestais, secas, chuvas incessantes, tempestades de neve e nevascas atingindo países com pesquisadores sustentando que a razão à tendência de aquecimento é que as atividades humanas continuam lançando gases efeito estufa na atmosfera e os impactos de longo prazo continuam.
Moral da Nota: vale dizer que a PepsiCo Portugal investe 7,5 milhões de euros em biodigestor para transformar resíduos orgânicos da fábrica do Carregado em biogás, o primeiro da empresa no sul da Europa referindo que o investimento "reflete compromisso da empresa com sustentabilidade e redução de emissões de carbono na fábrica de 'snacks' ". Explica que "é processo utilizado como fonte de energia renovável, onde biogás é utilizado como combustível nas várias fases da produção, assim como higienização das linhas de produção e aquecimento das águas sanitárias dos balneários e refeitório" mostrando que "além de conseguir redução de 30% nas emissões de carbono da unidade, o biodigestor contribui para reduzir o consumo de gás permitindo utilizar biogás produzido no processo de digestão anaeróbia, ausência de oxigênio, através da ação de bactérias orgânicas específicas, decomposto em produtos gasosos ou 'biogás. O biodigestor utiliza lamas produzidas na estação de tratamento de águas residuais da fábrica e cascas de batata, assim como resíduos alimentares impróprios ao consumo, pré-tratados e convertidos em composto orgânico limpo que posteriormente é transformado em biogás através de processo anaeróbico, sendo que o biogás é previamente pré-tratado em estação de purificação que o converte em biometano. O 'country manager' da PepsiCo em Portugal explicou que "este projeto pioneiro no sul da Europa é grande passo no processo de transformação rumo a cadeia de valor positiva e, com o biodigestor, opera de modo mais eficiente com o planeta através da criação de soluções de energia alternativa". O comunicado salienta que tal permitirá a unidade de negócio "continue ser 'case study' de boas práticas de sustentabilidade na PepsiCo Europa, exemplo de circularidade e reconversão a nível local, uma vez que o projeto prevê utilização de resíduos de origem externa à fábrica" considerando que desde 2012 Carregado tem sistema de produção de biogás que permite redução de 50% no consumo de eletricidade na ETAR, Estação de Tratamento de Águas Residuais, implementado em projeto de reutilização de calor nos fornos utilizados na produção dos Doritos que permite recuperação de energia desperdiçada da chaminé e produção de vapor, traduzindo em redução no consumo de gás na fábrica na ordem dos 5%. A iniciativa é parte da 'PepsiCo Positive', pep+, estratégia "centrada na sustentabilidade e pessoas" em que a empresa "acelera transformação à promover impacto positivo no planeta e nas pessoas".
Em tempo: ocorre entre 23 e 29 de abril em Otawa a 4ª e penúltima fase das negociações sobre desafios dos plásticos, buscando acordo vinculativo em novembro na Coréia. Resultado dos 7 bilhões de toneladas de material gerado no mundo desde 1950, sendo 98% produzido a partir de combustíveis fósseis em vez de materiais reciclados. A OCDE estima em 3,4 % das emissões poluentes e, caso não sejam tomadas medidas, um quinto do orçamento mundial de CO2 será absorvido pela produção e utilização de plásticos até 2040. Inquérito realizado em 28 países mostra que 75 % querem proibição dos plásticos descartáveis e apoia tratado para combater a poluição causada.