Enchentes nas áreas de captação de água do Nepal fizeram com que rios em Bihar, Índia, transbordassem e atingissem níveis perigosos ou acima deles em vários distritos na fronteira entre Índia e Nepal com milhares de pessoas, escolas e rede elétrica inundadas, mais de 42 mil pessoas sem energia elétrica, além de barragens rompidas, desabrigando causando danos à infraestrutura e terras agrícolas. O dique do Rio Bagmati rompeu em 4 pontos no distrito de Sitamarhi afetando milhares de pessoas nas margens, em West Champaran e Sheohar, os diques foram rompidos com o Rio Gandak em West Champaran enviando grandes volumes de água à Reserva de Tigres de Valmiki, situação grave à mais de 1,6 milhão de pessoas afetadas pelas enchentes, com a barragem de Valmikinagar no rio Gandak, liberando o maior volume desde 2003 antes de reduzir vazão, a barragem de Birpur no rio Kosi, marcou a maior vazão em 56 anos, com a região de Raisari em Darbhanga, uma escola pública ficou submersa após o transbordamento do riacho Kamla Balan. Relatórios da administração local informam que as chuvas no norte de Bihar e Nepal aumentaram o nível da água no Rio Kosi causando inundações em aldeias, conhecido como "Tristeza de Bihar ", o rio inunda o estado todos os anos na estação das monções sendo que o dilúvio causado pelo rompimento do rio Kosi afetou o gado na busca por forragem armazenada e alimento aos rebanhos para protegê-los da água. A maldição de Kosi em Bihar leva à IA na previsão de riscos de inundações e perdas com pesquisa desenvolvida em Kosi Megafan, área propensa a inundações, formada por séculos de acúmulo de sedimentos, desenvolvendo mapas de suscetibilidade à inundações, com pesquisadores do IIT Roorkee, Instituto Indiano de Tecnologia Roorkee desenvolvendo estrutura IA projetada para prever e mapear com precisão riscos de inundações em regiões vulneráveis. Utilizou imagens de satélite e dados de elevação para analisar 21 fatores ambientais que influenciam o comportamento das inundações, variáveis que incluíam padrões de precipitação, uso do solo, densidade de drenagem, tipo de solo e declive do terreno e, ao integrar o conjunto de dados, construíram modelo de conjunto ML, aprendizado de máquina, otimizado usando técnicas bayesianas à aumentar precisão das previsões. O estudo, publicado no Environmental and Sustainability Indicators, Fator de Impacto 5.6, incorpora métodos IA Explicável, XAI, ao contrário dos modelos tradicionais IA que operam como "caixas pretas" opacas, a abordagem XAI permite que o sistema forneça explicações claras por trás das previsões de risco de inundação, transparência, fundamental para construir confiança entre formuladores de políticas e autoridades locais permitindo compreensão por que áreas são sinalizadas como suscetíveis a inundações, daí, mapas de suscetibilidade a inundações resultantes oferecem informações que podem orientar esforços de planejamento, resposta a emergências e mitigação de inundações na bacia do Kosi, sendo que o diferencial da metodologia é sua escalabilidade e adaptabilidade através de dados de código aberto, algoritmos escaláveis focados na transparência do modelo, em que a estrutura transcende fronteiras regionais oferecendo alternativa aos modelos hidrodinâmicos tradicionais em ambientes com escassez de dados onde as condições de contorno e registros históricos detalhados de vazão não estão disponíveis.
Na busca por conhecimento, pesquisa mostra que os americanos não conseguem diferenciar alimentos processados saudáveis dos não saudáveis, daí, consumo de itens como bacon, mortadela e cachorro-quente e alimentos vegetais não processados, estarem associado a diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, quer dizer, 39 % dos entrevistados na pesquisa online afirmaram incorretamente que todos os alimentos processados são prejudiciais à saúde, de acordo com pesquisa do Comitê de Médicos à Medicina Responsável publicada no JAMA Network Open . Questionados sobre quais alimentos aumentam o risco de diabetes tipo 2, citaram o açúcar, 51%, sobremesas, 19%, e carboidratos em geral, 7%, de forma imprecisa, sendo que a pesquisa do Comitê de Médicos/Consulta Matinal foi realizada on-line entre 2.174 adultos norte americanos de 13 a 15 de dezembro de 2024, valendo considerar que estudos mostram que é o consumo de carne processada que está associado ao diabetes e às doenças cardiovasculares, e, não alimentos ultraprocessados de origem vegetal como cereais matinais, em verdade, associados à redução do risco dessas condições. Pesquisa de 2023 apresentou resultados semelhantes aos da pesquisa recente em que percepções dos entrevistados sobre nocividade dos alimentos apresentaram correlação com níveis de "processamento", enquanto na pesquisa anterior, a maioria dos jovens não identificou carne processada como "alimento processado", embora o consumo de carne processada e não processada esteja associado ao diabetes, ao câncer colorretal e ao risco cardiovascular, a maioria dos jovens participantes não identificou esses produtos como aumentando o risco de desenvolver diabetes tipo 2 mesmo considerando a incidência crescente de diabetes nesse grupo. Tal notícia surge inserida na nova política da Associação Médica Americana que apoia a conscientização e educação do público sobre diferenças entre alimentos ultraprocessados saudáveis e não saudáveis e, pouco antes da FDA, Administração Federal de Alimentos e Medicamentos, divulgar Solicitação de Informações à contribuição das partes interessadas na definição de alimentos ultraprocessados, embora o sistema NOVA de 4 níveis, desenvolvido por pesquisadores brasileiros em 2010 tenha sido usado para definir alimentos ultraprocessados, a FDA ainda não desenvolveu formalmente sua própria definição que poderia eventualmente ser usada nas próximas Diretrizes Alimentares à Americanos, buscando definir padrões nutricionais do Programa Nacional de Merenda Escolar e outros programas federais de assistência alimentar. A ciência mostra que os alimentos ultraprocessados diferem entre si com alguns associados a problemas de saúde enquanto outros estão associados à redução de riscos, com estudo da Universidade de Harvard mostrando que o consumo de carne processada estava associado a aumento de 44% no risco de diabetes enquanto o consumo de cereais ultraprocessados teve efeito oposto, redução de 22% no risco de diabetes, quer dizer, produtos de origem animal são fonte de gordura saturada na dieta americana, rica em gordura saturada e, não em carboidratos, demonstrou reduzir a sensibilidade à insulina em apenas 4 semanas em indivíduos com sensibilidade à insulina normal no início do estudo apesar de não haver alterações no peso corporal, enquanto isso, estudo da BMC mostrou que o consumo moderado de farelo de cereais está correlacionado à redução do risco de mortalidade relacionados a doenças cardíacas e câncer. O estudo ressalta necessidade urgente de educação alimentar baseada em evidências científicas e não em preconceitos ou modismos, implicando em revisão do impacto ambiental e metabólico dos alimentos, em suma, a mensagem é clara, não é o nível de processamento que determina se um alimento é saudável e, sim, sua composição nutricional e origem, quer dizer, flocos de aveia integral podem ser ótimo aliado enquanto um cachorro-quente pode ser risco real, tanto ao corpo quanto ao planeta.
Moral da Nota: o Eurasia Review, periódico de análise e notícias, informa que sedimentos expostos pelo derretimento de geleiras começam emitir gases efeito estufa ao longo do tempo, visto, em estudo conduzido por geólogos da Universidade da Flórida e Universidade de Maryland, em que, à medida que a terra é exposta pelo derretimento de geleiras reações químicas nos sedimentos glaciais recém-descobertos inicialmente suprimem emissões de gases efeito estufa e, com o tempo, à medida que o solo amadurece e a atividade microbiana aumenta começa produzir e liberar mais desses gases. Gases efeito estufa, CO2 e metano, mais abundantes, respondem por mais de 90% das emissões antropogênicas, atividade humana, são gerados ou consumidos por reações químicas naturais no solo e água e, à medida que as concentrações atmosféricas de gases efeito estufa aumentam, a terra se aquece, acelerando o derretimento das geleiras. Na esperança de compreender melhor o papel do solo e da água no ciclo das mudanças climáticas, equipe de geólogos liderada pelo Professor de Ciências Geológicas da UF, Jonathan Martin, Ph.D., e pela Chefe do Departamento de Ciências Geológicas, Ellen Martin, Ph.D., conduziu trabalho de campo. A pesquisa foi realizada no Fiorde de Kobbe, Groenlândia, poucos kms da capital do país, Nuuk, se insere na "hipótese central que a transferência de gases efeito estufa entre paisagens e atmosfera mudou desde o Último Máximo Glacial há 15 mil anos, à medida que as paisagens são expostas após a perda das camadas de gelo continentais", daí, a coleta e análise de amostras de água de 2 fontes, uma, da geleira local que fornece água de degelo que reage com sedimentos produzidos pelas geleiras e, a outra, de solos expostos às condições atmosféricas desde que a geleira começou a recuar há 10 mil anos, a seguir, mediram as concentrações de CO2 e metano nas 2 fontes de água supondo que a água do degelo glacial representa indicador dos processos de gases efeito estufa que teriam ocorrido após a camada de gelo começar a derreter pós o Último Máximo Glacial. A conclusão que as fontes atmosféricas de CO2 e metano eram limitadas quando a deglaciação começou provavelmente resultante de reações químicas entre água do degelo e sedimentos finos criados, à medida que camadas de gelo glacial com kms de espessura deslizavam e esmagavam o leito rochoso subjacente com exposição das paisagens, reações químicas nos solos em desenvolvimento começaram a produzir metano. Estudo de acompanhamento examina o terceiro gás efeito estufa mais prevalente, o óxido nitroso, que representa 6% das emissões totais com mais de 200 vezes o potencial de aquecimento que o CO2 e, entender a relação entre óxido nitroso e derretimento das camadas de gelo é o próximo passo que sugere padrão oposto ao do CO2 e metano.