O NIH, Instituto Nacional de Saúde, dos EUA identificou 40 projetos que podem se enquadrar no conceito de pesquisa perigosa de ganho de função e, respondendo questionamento da Casa Branca, segundo a Science, sobre pesquisas supostamente arriscadas com vírus, bactérias e outros patógenos, os NIHs, Institutos Nacionais de Saúde, iniciaram repressão a estudos em andamento citando decreto executivo do presidente que promete maior supervisão do "ganho de função", GOF, em pesquisas potencialmente perigosas, a agência exigiu que cientistas que lideram tais estudos suspendam parte ou todo o trabalho propondo modificações em experimentos que limitem risco de criação de patógenos mais letais ou transmissíveis. Matt Memoli, vice-diretor do NIH, em carta à Casa Branca, descreve como “resposta provisória” do NIH à ordem executiva, carta, obtida pela Science indicando que mais 172 projetos foram sinalizados à potencial suspensão ou encerramento particularmente em universidades, enquanto 9 estão sendo conduzidos por cientistas internos do NIH, conforme planilha listando os 40 projetos, valendo considerar que o documento observa que esses pesquisadores internos já concordaram interromper ou modificar as pesquisas, com vários cientistas na lista de suspensões do NIH confirmando à Science que receberam notificações da agência. As seleções do NIH intrigam cientistas de doenças infecciosas e consternaram outros em que quase metade dos estudos sobre a micobactéria da tuberculose que causa a doença, tradicionalmente não suscita preocupações pois estima-se que um quarto da população esteja infectada e não sofra danos, já que o patógeno depende de exposição prolongada para se espalhar e a TB, tuberculose, é curável na maioria dos casos, sendo que os estudos visados pelo NIH incluem tanto trabalhos rotineiros de risco baixo quanto experimentos de alto risco, essenciais ao desenvolvimento de medicamentos e vacinas, conforme pesquisadores disseram à Science. JoAnne Flynn, pesquisadora de tuberculose da Universidade de Pittsburgh e co-pesquisadora principal de uma das bolsas suspensas, revisou a lista do NIH e a chamou de "louca" e "ridícula" já que envolvem técnicas padrão para criar mutantes de Mycobacterium tuberculosis, Mtb, resistentes a antibióticos enfatizando que seu trabalho não utiliza composto recomendado ao tratamento da tuberculose, portanto, não há risco de criar cepa capaz de minar as terapias, enquanto a toxicologista Sabine Pellett, da Universidade de Wisconsin-Madison, ficou perplexa com a suspensão de sua bolsa embora reconheça os riscos representados pelo trabalho de seu laboratório com Clostridium botulinum, bactéria que produz neurotoxina mortal dizendo que o “projeto está sendo realizado sob condições de alta segurança e passou por revisão de acordo com os processos do NIH” e conclui que, trata-se do “único laboratório acadêmico nos EUA que pode fazer o que eu faço, não há lugar mais seguro para trabalhar com o agente com o qual trabalho.” Daí, a suspensão não só impedirá melhor compreensão da bactéria que causa várias formas de botulismo como retardará novas terapias à neurotoxina, com a Sociedade Americana de Microbiologia, ASM, expressando preocupação dizendo que, “incentiva o NIH reconsiderar a abordagem para que seja mais transparente, justa e alinhada aos objetivos declarados da política”, no entanto, a preocupação com a pesquisa veio à tona em 2011 quando 2 laboratórios modificaram o vírus da gripe aviária H5N1 para determinar quais mutações permitiriam melhor transmissão entre mamíferos e, em 2014, autoridades federais suspenderam 18 projetos antes de divulgar as diretrizes de 2017 que permitiram avanço dos trabalhos e, durante a pandemia de COVID-19, alguns cientistas e políticos republicanos alegaram que o coronavírus vinha do trabalho realizado em laboratório em Wuhan, China, que recebeu financiamento do NIH, por fim, cientistas afetados dizem que o modo como o NIH comunicou as suspensões confundiu mais a situação.
A globalização acelerou e os desafios ambientais se intensificaram, com o desenvolvimento sustentável emergindo como prioridade global compartilhada e, em 2015, a ONU lançou os 17 ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, instando países alinhar o crescimento econômico com responsabilidade ambiental visando progresso até 2030 e garantir futuro mais equitativo, dentre os objetivos, a eficiência energética desempenha papel fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável e, diante crescentes tensões geopolíticas da intensificação das mudanças climáticas e crescente incerteza, o uso eficiente de energia se tornou essencial ao desenvolvimento. Pesquisas identificaram determinantes da eficiência energética incluindo desenvolvimento financeiro, comércio de emissões de carbono, descentralização fiscal, aglomeração industrial e incerteza política, fatores, fundamentados em estruturas teóricas que influenciam eficiência energética através de mecanismos diversificados em que tecnologias digitais atraem crescente atenção acadêmica pelo impacto transformador nos sistemas de energia cujos avanços tecnológicos remodelam processos de produção, operações e transmissão de energia. Em contexto mais amplo do desenvolvimento sustentável a inovação digital acelera a transição à práticas mais verdes e de baixo carbono via tecnologias que demonstraram aumentar eficiência energética, modernizar infraestrutura e reestruturar padrões de consumo de energia e, com base na teoria da inovação tecnológica, estudos ressaltam efeitos benéficos da transformação digital destacando papel na atualização de estruturas industriais, otimização do uso de energia e melhoria da eficiência geral, no entanto, estudiosos alertam que o desenvolvimento da infraestrutura digital pode acarretar consequências ambientais adversas, além de comprometer os objetivos de sustentabilidade. Tecnologias emergentes como IA se destacam como motor transformador da inovação futura, em 2022, o número de patentes relacionadas à IA concedidas anualmente ultrapassou 62 mil, ou, mais de 7 vezes o número registrado em 2018 e até fins de 2023, sistemas IA igualaram ou superaram desempenho humano em avaliações padronizadas em domínios como classificação de imagens, compreensão básica de leitura, raciocínio em linguagem natural, compreensão multilíngue e raciocínio visual e, segundo o Relatório do Índice de Inteligência Artificial 2024, em áreas como raciocínio visual de senso comum e resolução de problemas matemáticos complexos a IA ainda fica atrás das capacidades humanas. A integração IA no setor energético é reconhecida pelo potencial transformador de acelerar transição à fontes de energia sustentáveis e aumentar eficiência energética, por meio de análises avançadas de dados, modelagem preditiva e automação, facilita tomada de decisões, otimiza distribuição de energia e promove adoção de tecnologias de energia renovável contribuindo à sistema energético mais resiliente e sustentável, com proponentes argumentando que IA remodela cenário da gestão de energia e sustentabilidade, impulsiona desenvolvimento urbano de alta qualidade e gera benefícios ambientais mensuráveis incluindo melhor eficiência energética e melhores resultados ecológicos, no entanto, apesar dessas vantagens, a natureza intensiva em energia das tecnologias IA apresenta riscos potenciais à eficiência energética geral. Por fim, vale a nota que, de acordo com o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, a indústria IA do país ultrapassou 500 bilhões de RMB até 2023, abrangendo mais de 4.500 empresas e como maior consumidor de energia do mundo e nação líder em desenvolvimento, a busca da China por eficiência energética tem implicações à sustentabilidade global particularmente para outras economias em desenvolvimento.
Moral da Nota: eficiência energética é preocupação central em meio às mudanças nas condições econômicas globais, à intensificação da variabilidade climática e tensões geopolíticas que remodelam padrões de consumo e produção de energia, daí, ser vital para enfrentar desafios e avançar os ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com IA emergindo como ferramenta transformadora nesse contexto, oferecendo soluções à problemas relacionados à energia. Pesquisas anteriores examinaram impactos energéticos das tecnologias digitais de forma ampla e poucos estudos isolaram contribuições específicas IA, daí, utilização de modelo de efeitos fixos baseado em dados de nível de prefeitura na China levar a descoberta que IA melhora significativamente a eficiência energética mediado por promoção da inovação tecnológica verde e facilitação da racionalização de estruturas industriais. No entanto, análises de moderação revelam que o impacto positivo IA é mais pronunciado em cidades com fortes regulamentações ambientais informais e menos significativo naquelas com supervisão mais fraca, além disso, a adoção IA gera ganhos de eficiência em cidades baseadas em recursos em declínio e regeneração, comparadas com contrapartes em crescimento e maduras com descobertas que destacam o papel fundamental IA no avanço da eficiência energética e fornecem orientações práticas à formuladores de políticas, devendo fortalecer governança ambiental informal e priorizar implantação IA em cidades baseadas em recursos em transição que ajudam enfrentar desafios energéticos globais urgentes e acelerar o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável.