quinta-feira, 17 de abril de 2025

Unindo Forças

A ADI, Alzheimer's Disease International e a OPAS, buscam acabar com estigma na demência ao lançar campanha #TimeToActOnDementia, iniciativa visando aumentar conscientização sobre a doença e abordar estigma que a cerca  nas Américas em que  DA, doença de Alzheimer, e distúrbios relacionados que afetam 10,3 milhões de pessoas nas Américas, entre as principais causas de morte em indivíduos com 60 anos ou mais, daí, quem vive nessas condições está sujeito a estigma e discriminação, com o número de pessoas vivendo com demência devendo triplicar até 2050. A campanha busca conscientizar a  demência nos meios de comunicação, redes sociais, jornais e rádio, abordando percepções e atitudes sobre a condição, com o diretor da OPAS dizendo que, "reconhecer demência como prioridade de saúde pública e investir na redução de riscos, continuidade da assistência social e de saúde em iniciativas favoráveis ​​à demência que promovam participação, segurança e inclusão às pessoas com demência e cuidadores". O Lancet mostrou que até 45% das demências poderiam ser adiadas, desaceleradas ou prevenidas, com a CEO da ADI dizendo que “tratamentos representam farol de esperança, mas precisamos mudar percepções sobre demência”, concluindo que, “muitos acreditam erroneamente que a demência é parte normal do envelhecimento, negando acesso ao diagnóstico, tratamento, cuidado e suporte oportunos e, ao aumentar a conscientização e combater o estigma, desbloqueia soluções de tratamento e cuidado combinadas, eficazes aos mais necessitados”. A OMS desenvolve Plano de Ação Global sobre saúde pública à demência 2017-2025, formalmente adotado por  Estados-Membros em 2017 na 70ª Assembléia Mundial da Saúde, descrevendo áreas de ação para reduzir o fardo da demência, incluindo aumento do apoio aos que cuidam de doentes e abordando fatores de risco relacionados, incluindo inatividade física, obesidade e dietas não saudáveis, entre outros. A OPAS e a ADI incentivam governos, ministérios da saúde, associações que trabalham com demência e sociedade civil participarem e compartilharem mensagens, focados que a demência não faz parte do envelhecimento normal, havendo modos de reduzir o risco de desenvolver doença. Vale a nota que a ADI, Alzheimer's Disease International, é a federação internacional de 105 associações de demência e Alzheimer do mundo mantendo relações oficiais com a OMS, na prevenção, cuidado e inclusão hoje, e, cura amanhã, na crença que  para vencer a luta contra demência há combinação de soluções e conhecimento, como tal, trabalha capacitando associações de Alzheimer e demência na promoção e oferecimento de cuidados e suporte à pessoas doentes e parceiros de cuidados, enquanto foca atenção na patologia e faz campanha por mudanças de políticas dos governos. 

Estudo identifica mudanças na capacidade funcional com progressão da demência em população caracterizada de pacientes diagnosticados com DFT, demência frontotemporal e DA, apresentações de doença de Alzheimer, em 126 pacientes com variante comportamental, 40 com afasia progressiva não fluente, PNFA, 64 com demência semântica, SD, 45 com afasia progressiva logopênica, LPA, e 115 com DA, cuja capacidade funcional foi medida anualmente ao longo de 7 anos usando a Disability Assessment for Dementia. Os Modelos lineares revelaram que o grupo bvDFT demonstrou comprometimento funcional desproporcional na linha de base e ao longo do período do estudo, com a capacidade funcional entre as outras síndromes mostrando padrão mais uniforme de declínio, comprometimento funcional menos grave na linha de base e declínio médio anual de 7%–10%, cujas correlações indicam diferentes mecanismos que dão suporte à proficiência funcional básica e complexa entre os grupos. Daí, inseridos em critérios diagnóstico à DFT, demência frontotemporal e DA, doença de Alzheimer em alterações cognitivas e comportamentais mais comumente encontradas nessas síndromes como comportamento e personalidade na demência frontotemporal variante comportamental, bvDFT, linguagem na demência semântica, DS, e afasia progressiva não fluente, PNFA, memória e linguagem nas apresentações amnésicas e de linguagem da DA, com outros distúrbios além da cognição e comportamento comumente observados, como dificuldades em completar tarefas ou ações essenciais à vida independente, características proeminentes na demência categorizadas em atividades básicas, BAVD, ou instrumentais, AIVD, da vida diária em que BAVD abrange atividades como cuidados pessoais, vestir-se e comer, que exigem esforço cognitivo mínimo, em contraste, AIVD envolve atividades com maiores demandas cognitivas como preparação de refeições, compras, manutenção da casa e gestão financeira, com distúrbios em AIVD surgindo nos estágios iniciais da doença, enquanto deficiências em ABVD se manifestam em estágios mais avançados. No geral, as descobertas revelam comprometimento funcional instrumental e básico maior na bvDFT em relação aos outros grupos de pacientes na linha de base e ao longo do período do estudo, em contraste, outras síndromes de demência mostraram perfis semelhantes caracterizados por déficits leves a moderados na avaliação inicial, mas um declínio mais rápido ao longo do tempo em associações ao comportamento e mudanças cognitivas. Em todos os grupos, a cognição geral foi positivamente relacionada às AIVDs, mas não às ABVDs, quer dizer, a capacidade de realizar tarefas de alto nível, compras, finanças, etc, foi afetada pela gravidade dos déficits cognitivos, independentemente do diagnóstico de demência, em contraste, a capacidade de realizar atividades básicas, tomar banho e se vestir, não foi relacionada à capacidade cognitiva, sendo que as descobertas demonstram presença de  mecanismos que dão suporte à proficiência em AIVD e ABVD, além disso, os resultados dão suporte à visão de que os pacientes com bvDFT apresentam deficiências generalizadas abrangendo tanto as ABVDs quanto as AIVDs na apresentação clínica, apesar da cognição permanecer menos comprometida em comparação com os outros grupos clínicos. Resuminido, o estudo demonstra distintos perfis funcionais entre síndromes de DFT e DA com progressão da doença, identificando como os perfis de capacidade funcional na avaliação inicial se relacionam com cognição e comportamento entre as síndromes, sendo que, as descobertas têm implicações com o perfil clínico, gestão e psicoeducação.

Moral da Nota: médicos e escolas médicas norte americanas estão mudando tratamentos e treinamento para responder ao aquecimento climático à medida que espalha doenças e toxinas, com programas desenvolvidos visando profissionais analisar saúde, estilo de vida e tratamentos através da lente climática. Nos EUA, escolas médicas observam que alunos solicitam treinamento específico sobre mudanças climáticas, o que tornou mais programas abrangentes e progressivos disponíveis no país, construindo rede de “médicos do clima” que buscam olhar ao quadro geral ao tratar pacientes, com o Dr. Jay Lemery, professor de medicina de emergência e codiretor do Programa Clima e Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, pedindo aos médicos que reformulem o diálogo para que, em vez de pensar em ursos polares em geleiras cada vez menores, a sociedade veja o aquecimento global como problema que afeta áreas de sua saúde. Por exemplo, poluição de aterro sanitário na Pensilvânia causou problemas por décadas com resíduos de fraturamento hidráulico piorando a situação, levou quase um mês para conter incêndios florestais que queimaram mais de 40 mil acres ao redor de Los Angeles, com médicos alertando que as implicações à saúde decorrente os incêndios estão começando a se desenrolar e provavelmente persistirão por mais tempo, embora os incêndios florestais produzam material particulado e cinzas cáusticas, os elementos tóxicos dos prédios, carros e infraestrutura em chamas diferenciam a fumaça e as cinzas dos incêndios do sul da Califórnia, com as crianças especialmente vulneráveis ​​às toxinas na fumaça e cinzas. O Dr. Anthony Gerber, pneumologista do National Jewish Health em Denver, Colorado, disse que os incêndios de Los Angeles podem conter toxinas como formaldeído, amianto, cádmio e metais pesados ​​de casas velhas e carros queimados, sendo que a abundância de materiais artificiais torna mais difícil aos médicos saberem a composição específica das partículas tóxicas de incêndios florestais urbanos. Yale, Columbia, Harvard, Emory e outras universidades desenvolvem programas de treinamento em medicina climática, apesar das diferentes especialidades, os médicos tem o mesmo interesse podendo ajudar uns aos outros em seus programas, trabalhando em direção ao mesmo objetivo, com Harvard por exemplo, com iniciativas parecidas  às da University of Colorado aos médicos que estão cursando a faculdade ou que já praticam, cujos programas preparam líderes no clima em tratamento médico, em vez de responder a crises ambientais, havendo necessidade de explicar efeitos das mudanças climáticas aos pacientes que buscam tratamento, como exposição a ameaças à saúde relacionadas ao clima, como o monitoramento da dosagem de medicamentos cardíacos nas ondas de calor devido propriedades diuréticas, devendo ser tópicos de conversa antes de prescrever medicamentos e tratamentos.