Eventos climáticos extremos aumentam decorrente mudanças climáticas, aumentando necessidade de mais pesquisas sobre o aquecimento do planeta, para a NASA, a pesquisa climática envolve não apenas estudos dos eventos mas capacitação de pesquisadores externos para fazerem o mesmo, além de esforços IA liderados pela agência oferecendo ferramenta poderosa para atingir objetivos e, em 2023, NASA e IBM Research uniram esforços para criar modelo de fundação geoespacial IA, treinado em dados Harmonized Landsat e Sentinel-2, HLS, amplamente usados pela NASA, com o modelo fornecendo base à estudos alimentados por IA para enfrentar desafios ambientais em conformidade com princípios da ciência aberta, com acesso disponível gratuitamente à qualquer pessoa. Modelos de fundação servem como linha de base em que cientistas desenvolvem aplicações permitindo soluções eficientes, conforme o líder de ciência de dados no Office of the Chief Science Data Officer, OCSDO, da NASA, esclarecendo que “modelos de fundação só sabem quais coisas são representadas nos dados, como um canivete suíço, pode ser usado à várias coisas”, uma vez criado, pode ser treinado em pequena quantidade de dados para executar tarefa específica e, até o momento, a IMPACT, Interagency Implementation and Advanced Concept Team, demonstrou capacidades do modelo de fundação geoespacial ao ajustá-lo para detectar cicatrizes de queimadas, delinear águas de enchentes, classificar culturas e outras categorias de uso da terra. Devido recursos computacionais para criar o modelo de fundação inicial, parceria foi necessária e, neste caso, a NASA trouxe dados e conhecimento científico, enquanto a IBM poder de computação e expertise em otimização de algoritmos IA, sendo que o comprometimento compartilhado da equipe em tornar a pesquisa acessível via princípios de ciência aberta garante que o modelo possa ser útil ao maior número possível de pesquisadores, dando continuidade ao sucesso do modelo de fundação geoespacial, ambas, continuam a parceria para criar modelo similar à estudos de clima e tempo, colaborando com o Oak Ridge National Laboratory, ORNL, NVIDIA e universidades para dar vida ao modelo. O principal conjunto de dados será a Modern-Era Retrospective analysis for Research and Applications, Version 2, MERRA-2, coleção de dados de reanálise atmosférica abrangendo de 1980 aos dias atuais, assim como o modelo de fundação geoespacial, o modelo de clima e tempo desenvolvido com abordagem de ciência aberta e disponível ao público em futuro próximo, no entanto, cobrir todos os aspectos da ciência da Terra exigiria vários modelos de fundação treinados em diferentes tipos de conjuntos de dados com a Maskey acreditando que modelos futuros podem ser combinados em modelo abrangente, levando a “gêmeo digital” da Terra que forneceria análises e previsões inigualáveis à todos os tipos de eventos climáticos e ambientais.
Ainda no ecossistema climático, estudo encontrou 3.600 substâncias químicas no organismo humano provenientes de utensílios de cozinha e embalagens, com a imprensa francesa destacando publicação de 2 estudos de saúde pública, um mostrando quanto o Estado gasta para despoluir a água e tratar doenças geradas pelo uso de pesticidas na agricultura e a outra pesquisa aponta a toxicidade de moléculas contidas em utensílios de cozinha e embalagens de alimentos no organismo humano. Uma das substâncias tóxicas presentes na fabricação de plásticos usados na cozinha é o bisfenol e, segundo reportagem da FranceInfo, as consequências de alimentação de má qualidade, seja industrializada com acréscimo de aditivos e conservantes ou preparada com produtos contaminados por agrotóxicos, custa caro aos cofres públicos franceses com o sistema de saúde pública gastando 12 bilhões de euros por ano no tratamento de doenças como câncer de próstata, diabetes e obesidade, muitas vezes decorrentes o consumo de alimentação pouco saudável ou contaminada, além da despesa talvez evitada, o Estado francês ainda gasta 1,5 bilhão euros por ano na despoluição da água de rios e riachos contaminados por agrotóxicos, com o Le Monde detalhando resultados de estudo publicado no Journal of Exposure Science and Environmental Epidemiology cujos pesquisadores de institutos suíços e da Universidade Wayne, de Detroit, mostrando pelo menos 3.601 substâncias químicas, algumas delas perigosas à saúde, encontradas no organismo humano oriundos de utensílios de cozinha e embalagens de alimentos fabricados com os chamados "poluentes eternos" e outras moléculas nocivas. O Le Monde informou que Jane Muncke, do Food Packaging Forum, uma das coautoras do estudo, esclareceu que dentre as mais perigosas encontradas em embalagens estão o bisfenol A, presente nos plásticos para embalar garrafas de água mineral, unidades de latas de conservas ou bebidas, sendo que atualmente, a UE elabora projeto de regulamentação dessas embalagens, prevendo períodos de transição de 3 anos e, nesse meio-tempo, usuários continuarão expostas ao bisfenol A em embalagens que entram em contato com alimentos, no entanto, outras substâncias migram ao organismo com os cientistas apontando os ftalatos, conjunto de substâncias que transformam plásticos rígidos em plásticos maleáveis usados em garrafas de água, tintas de impressão de potes de comida para bebês, resinas de talheres de plástico e os "Pfas", ou, “per e polifluoralquiladas”, encontrados em panelas antiaderentes, embalagens fast food como caixas de hambúrguer, cones de batata frita ou pipoca e canudos, assim como, tigelas ou pratos feitos à base de fibras vegetais.
Moral da nota: relatório da ONG Mighty Earth, em parceria com a Repórter Brasil e AidEnvironment, aponta envolvimento de Claudecy Oliveira Lemes, das empresas JBS, Marfrig e Minerva, no maior desmatamento químico já realizado no Brasil e, segundo o documento, componente do "agente laranja" foi usado para devastar 81,2 mil hectares do Pantanal, cuja área afetada pelo desmate químico no Mato Grosso investigado pela "Operação Cordilheira" da Polícia do Mato Grosso". O relatório intitulado "Guerra Contra a Natureza, aponta que o desmatamento químico devastou "área, 4 vezes maior que Amsterdã", demonstrando que, "as descobertas ocorrem no momento que a seca extrema e mudanças climáticas alimentam incêndios com as autoridades culpando 'criminosos' por incêndios deliberados", coloca no centro da questão o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, 52 anos, proprietário de 11 fazendas em Barão de Melgaço, MT, no coração do Pantanal, maior planície inundável de água doce do mundo, tendo sido absolvido no início de setembro pela devastação de mais de 3 mil hectares, mas, investigado por mais de R$ 25 milhões em desmate químico. Em abril, a Repórter Brasil revelou que em 2023 vendeu gado à JBS, com a ONG Mighty Earth destacando que a Marfrig e Minerva compraram nos últimos anos animais criados em áreas devastadas por Lemes, segundo a ONG, oriunda da "Soberana", uma de suas fazendas, processada pela JBS, Marfrig e Minerva antes de ir ao Carrefour, Casino/GPA, Grupo Mateus and Sendas/Assaí, com as autoridades investigando devastações químicas nas fazendas do pecuarista desde 2022, que utilizaram "25 tipos de agrotóxicos, entre eles o 2,4-D", segundo a Repórter Brasil, um dos compostos do chamado "agente laranja" célebre pela toxicidade utilizado pelos EUA na Guerra do Vietnã, entre 1955 e 1975. O relatório, indica ter examinado mais de 1.600 peças de carne em 120 supermercados de 52 cidades brasileiras, entre 2023 e 2024, ressaltando que se apoiou em rastreamento realizado por satélite e transporte dos animais, com o Carrefour afirmando ter bloqueado negócios com 2 das 5 fazendas apontadas no documento, segundo a ONG enquanto mais da metade dos produtos bovinos, 56%, das lojas da rede analisadas é originária dos frigoríficos da JBS, "significando que a gigante francesa está potencialmente relacionada aos desmatamentos químicos" sendo que a Marfrig afirma que "a Fazenda Soberana forneceu animais para abate na unidade da Marfrig em Paranatinga, MT, em 2018 e 2019, diz que, na época dos abates a propriedade atendia aos critérios socioambientais considerados no protocolo oficial, Boi na Linha, desmatamento, áreas embargadas, unidades de conservação, territórios indígenas e quilombolas e relação de trabalho em condições degradantes ou forçado, ressaltando, que a unidade de Paranatinga não pertence mais à Marfrig desde março de 2019. Do ponto de vista da rastreabilidade, a Marfrig antecipou de 2030 à 2025, a meta de monitorar 100% dos fornecedores indiretos dos biomas brasileiros, neste momento, rastreia 100% dos fornecedores diretos e, até junho de 2024, o Programa atingiu 87% de rastreabilidade de indiretos no bioma Amazônia e 73% no bioma Cerrado, regiões estratégicas e de maior volume de animais fornecidos à empresa, além disso, fornecedores indiretos localizados nas áreas de maior risco estão 100% monitorados ao desenvolver Mapa de Mitigação de Riscos Socioambientais e sistema de geomonitoramento via satélite e em tempo real rastreando a cadeia de fornecimento 24 horas por dia assegurando conformidade das fazendas fornecedoras à critérios socioambientais da empresa.