sábado, 22 de julho de 2023

Colômbia

O banco central da Colômbia é parceiro da Ripple para explorar Blockchain através de programa piloto executado com intenção de demonstrar utilidade da tecnologia em XRP ao público em geral. O projeto supervisionado pelo MinTIC, Ministério de Tecnologias de Informação e Comunicação, utiliza a plataforma de moeda digital do banco central, CBDC, lançada pela Ripple, que serve de base à projetos-piloto semelhantes em Hong Kong, Butão Montenegro e Palau.  A intenção dos testes, segundo Ripple, é “educar entidades públicas nacionais e territoriais através da experimentação interativa e colaborativa”, verificar como a velocidade, escalabilidade e transparência blockchain "podem revolucionar sistemas de pagamento e gerenciamento de dados". A Ripple, em crescimento contínuo, enfrenta desafios legais decorrente processo da SEC, Securities and Exchange Commission, movido em 2020, alegando que a empresa vendeu US$ 1,3 bilhão em títulos não registrados na forma de seu token XRP, enquanto a Ripple afirma que XRP não é um valor mobiliário e nunca recebeu nenhum aviso da SEC. Recentemente a empresa gastou US$ 200 milhões para se defender do processo, embora não haja resposta definitiva de quando terminará, acreditando-se que a divulgação dos chamados "documentos de Hinman" sugerindo que a SEC não é órgão certo para regular ativos digitais, poderia afetar os procedimentos legais restantes. Documentos de Hinman fazem referência às comunicações internas da SEC relacionadas a discurso de 2018 de William Hinman, ex-chefe da divisão de finanças corporativas da SEC, na época, em que memorandos internos indicavam que a comissão estava preocupada com o fato de comentários de Hinman poderiam  tornar "difícil à agência assumir posição diferente sobre o Ether no futuro".

O MinTIC em comunicado destacou que através da plataforma Ripple Labs buscam avaliar eficiência blockchain e, “além disso, fornecer protótipo de solução tecnológica que permite simulações de diferentes casos de uso, sendo que o plano do banco central colombiano é usar a plataforma Ripple para testar sistema de pagamentos de alto valor. Pagamentos de elevado valor são os que têm a ver com transferência de dinheiro e cumprimento de operações derivadas de transações realizadas entre entidades financeiras ao longo do mesmo dia, incluindo compra e venda de títulos, empréstimos interbancários, compensação de cheques e transferência de impostos e divisas entre outros, geralmente pagamentos liquidados em tempo real. Nesse sentido,  o vice-presidente de Compromissos com Bancos Centrais e CBDC da Ripple, James Wallis, especificou que a Colômbia, ao aproveitar a plataforma CBDC, "abre caminho à avanços blockchain no setor público”, sendo que “a associação mostra compromisso de promover inovação e eficiência, permitindo entidades públicas usufruírem potencial de transações seguras e transparentes”. A plataforma Ripple CBDC destina-se desenvolver moedas digitais do banco central por governos, entidades monetárias e instituições estatais, permitindo  "levar serviços financeiros ao próximo nível de digitalização".

Moral da Nota: instituições de ensino ao redor do mundo utilizam Blockchain como estratégia para registro de diplomas e certificados, sendo que a área educacional não se limita facilitar o processo de ensino e aprendizagem utilizando tecnologias como realidade virtual e aumentada, animações e jogos, na forma como se comunicam com alunos e sociedade.  O CTO da Blockchain One avalia que “área de educação pode se beneficiar de avanços tecnológicos que tiveram impacto em outros setores”, como Blockchain que gera valor em finanças, logística, cadeia de suprimentos, proteção intelectual e etc, como estrutura de armazenamento de dados, descentralizada ou não. Destaca que oferece segurança e confiança aos dados armazenados, além de permitir que sejam compartilhados, sem necessidade de intermediários e, no contexto da educação, instituições de ensino utilizam Blockchain como estratégia ao registro de diplomas e certificados. Com uso da tecnologia é possível registrar com segurança informações dos diplomas e certificados,  possibilitando verificar veracidade de informações contidas nos documentos de conclusão. Várias universidades colombianas reconhecem a importância blockchain e das criptomoedas incorporando programas de estudo em seus currículos, com algumas instituições oferecendo programas de graduação, enquanto outras oferecem cursos ou diplomas específicos. UNIR Colômbia, em modo online, oferece "University Expert in Blockchain Development" em colaboração com a UCM, Universidade Complutense de Madrid e Alastria,  permitindo alunos desenvolverem software com blockchain mais solicitados e aprender sobre modelos de negócios e casos de uso. Desde 2018, a UNAL, Universidade Nacional da Colômbia, desenvolve blockchain e Inteligência Artificial com grupo de pesquisa chamado Blockchain UNAL, que se dedica estudar e desenvolver projetos baseados na tecnologia. Além das ofertas presenciais e virtuais das universidades, existem academias focadas em  cursos e/ou especialização à capacitação blockchain e criptomoedas com a Zverso, plataforma gratuita lançada pela rede social criada na Colômbia Crypto Blumer, oferece cursos sobre blockchain, Metaverso, criptomoedas, e NFT. A ITBA Innovation School, oferece curso em Blockchain, Criptomoedas e contratos inteligentes com certificação inclusa e a Platzi oferece cursos de criptomoeda e blockchain.