Análise mais recente tendo como pano de fundo o relatório do IPCC, identifica a atividade humana como principal fator no aumento da temperatura global, levando 50 cientistas climáticos avisarem que, de 2013 a 2022, "o aquecimento induzido pelo homem aumentou sem precedentes em mais de 0,2 º C por década", dado, que será confrontado na cúpula do clima, COP 28, em Dubai, valendo dizer que manter metas de temperatura de Paris exige reduzir a poluição de CO2 em 40% até 2030. Em estudo revisado por pares destinado a formuladores de políticas o, principal autor, Piers Forster, professor de física da Universidade de Leeds, avalia que "embora não estejamos no aquecimento de 1,5°C, o orçamento de carbono provavelmente se esgotará em alguns anos", sendo que a emissão de gases efeito estufa continua sendo o maior contribuinte ao aumento da temperatura. Esse orçamento encolheu pela metade desde que o órgão consultivo de ciência climática da ONU, IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, reuniu dados ao relatório de referência mais recente em 2021 e, de acordo com Forster e colegas, muitos dos quais foram os principais contribuintes do IPCC. A última análise tem como pano de fundo o relatório do IPCC, alertando que o planeta está à beira de danos irreversíveis ao clima, concluindo que, para ficar abaixo do limite de aquecimento estabelecido em Paris, o mundo precisa cortar 60% das emissões de gases efeito estufa até 2035, em comparação a 2019, acrescentando nova meta não mencionada antes em 6 relatórios emitidos desde 2018. Um "Banco Global" na COP 28 avaliará o progresso em direção às metas de temperatura do Acordo de Paris de 2015, sendo que atividades humanas por meio de emissões de gases efeito estufa, causaram inequivocamente o aquecimento global, com temperatura da superfície global atingindo 1,1°C acima de 1850–1900 em 2011–2020. Os cientistas explicaram que as emissões de CO2, metano e outros fatores de aquecimento gerados principalmente pela queima de combustíveis fósseis não devem exceder 250 bilhões de toneladas, Gt, se quisermos ter a menor chance de ficar abaixo do limite de 1,5°C. O IPCC acrescenta que manter metas de temperatura de Paris exigiria reduzir a poluição de CO2 em pelo menos 40% até 2030 e eliminá-la totalmente até meados do século, dando entender que, se o mundo continuar usar a infraestrutura movida a combustíveis fósseis, existente ou proposta, a Terra aquecerá pelo menos 2 º C desde os tempos pré-industrial.
A Coalition for Disaster Resilient Infrastructure, CDRI, liderada pela Índia, na tentativa de se concentrar em infraestrutura resiliente que possa resistir e se recuperar rapidamente de desastres naturais, está preparando um banco de dados global para rastrear risco à infraestrutura em nível nacional. Trabalha para entender vulnerabilidades da infraestrutura crítica em nível nacional decorrente desastres naturais, sendo que o relatório será o primeiro de seu tipo desenvolvido globalmente e divulgado no G20. O relatório bienal aborda 5 aspectos analisando risco global e avaliação de resiliência de sistemas de infraestrutura para desenvolver o Modelo Global de Risco de Infraestrutura e Índice de Resiliência, GIRI. Com a mudança climática causando eventos extremos mais frequentes e intensos, o papel da organização torna-se mais crítico à medida que países se preparam à aquecimento recorde, inundações e secas que interromperão infraestrutura crítica e paralisarão o sistema. O diretor geral do CDRI disse que "um banco de dados global, o primeiro de seu tipo, analisando risco à infraestrutura está sendo preparado, o que analisará o atual risco inerente à infraestrutura em nível nacional". Acrescentou que a coalizão analisou 8 tipos de infraestrutura, em seis tipos de perigo, sendo que o "relatório fornecerá estrutura, metodologia e perspectiva global sobre quanto risco estamos assumindo hoje". Ao considerar que 3-10 % do PIB é perdido devido perdas da infra-estrutura de desastres incluindo interrupções de energia, danos a aeroportos que afetam cadeias de abastecimento, ou, rodovias que bloqueiam redes, tendo maior impacto nos serviços, avaliando que "é preciso atenção aos desastres e como a infraestrutura é interrompida. e estabelecer estrutura global para examinar essas questões em coalizão de 31 países que se inscreveram ". O órgão, que começou funcionar em 2019, faz estimativa do risco enfrentado no país analisando efeitos das mudanças climáticas que estão perturbando sistemas ambientais globais, à medida que cientistas pedem infraestrutura resiliente ao clima que possa resistir a eventos climáticos extremos. A CDRI conduziu estudo de 3 partes em Odisha para ajudar aumentar a resiliência do setor de energia a desastres, que teve como objetivo examinar a preparação e gestão de desastres do estado, códigos e padrões de infraestrutura, capacidade institucional e financiamento para mapear nível existente de resiliência a desastres e recomendar roteiro à sua melhoria.
Moral da Nota: um ano de aquecimento de 1,5°C pode oferecer vislumbre de como seria cruzar esse limite no longo prazo, com base na média global de 30 anos, considerando que o mundo não fez progresso suficiente na redução das emissões de gases estufa, daí, possibilidade de ultrapassar limite crítico de aquecimento em 5 anos, segundo o painel meteorológico global. A OMM, Organização Meteorológica Mundial, informou que, pela primeira vez, as temperaturas globais estão mais propensas a ultrapassar 1,5 º C ou 2,7º F de aquecimento nos próximos 5 anos, não significando que o mundo cruzaria o limiar de aquecimento de longo prazo de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais estabelecidos no Acordo de Paris de 2015. Um ano de aquecimento 1,5°C poderia oferecer vislumbre de como seria cruzar esse limite de longo prazo, com base na média global de 30 anos e chance de 66% de atingir temporariamente 1,5°C até 2027, "é a primeira vez na história que é mais provável que excedamos 1,5°C", disse o chefe de previsão de longo alcance do Met Office Hadley Center da Grã-Bretanha, que trabalhou na Atualização Global Anual a Decadal do Clima da OMM. O relatório de 2022 colocou as chances em 50-50 de atingir 1,5°C, "indicação que, à medida que começamos a ter esses anos com 1,5°C cada vez com mais frequência, estamos chegando mais perto de ter o clima real de longo prazo nesse limiar". Responsável por aumentar a chance de atingir 1,5°C em breve é um padrão climático do El Niño que deve se desenvolver mais nos meses seguintes em que águas mais quentes do Pacífico tropical aquecem a atmosfera, elevando temperaturas globais. O fenômeno climático, distinto da mudança climática, provavelmente aumentará os extremos e trará clima mais quente à América do Norte e seca à América do Sul, com a Amazônia em maior risco de incêndios graves, sendo que a OMM encontrou 1 chance de 98% que um dos próximos 5 anos seja o mais quente já registrado, superando 2016, que viu temperatura global impactada em 1,3°C (2,3°F) de aquecimento.