Nice, cidade na Côte d'Azur, acolherá a conferência mundial dos oceanos em 2025, embora em 2024, seja realizada reunião intermédia na Costa Rica, à qual o Presidente francês confirmou presença, ao receber em Paris seu homólogo Costa Riquenho para preparar a próxima conferência da ONU sobre oceanos e organizada pelos 2 países. Países membros da ONU chegaram a acordo para criar tratado internacional à proteção do alto mar, destinado neutralizar ameaças sobre ecossistemas vitais, tratado, essencial para conservar 30% das terras e oceanos até 2030 conforme acordado pelos governos e assinado em Montreal, hoje, 1% do alto mar é protegido. Macron, enfatizou que "oceanos são o primeiro sumidouro de carbono”, necessários à combater mudança climática e abrigar “biodiversidade”.
Neste conceito de conservação, novo estudo sobre reparações climáticas da Universidade de Milão-Bicocca e Instituto de Responsabilidade Climática, CAI, publicado na 'One Earth: Time to pay the piper' e, revisado por pares, analisa a questão quem deve pagar pelos danos climáticos. Ao contabilizar fontes de aquecimento não fósseis, danos econômicos futuros decorrente emissões são estimados em US$ 69,6 trilhões de 2025 a 2050, atribui, de modo conservador, um terço desses custos climáticos à indústria global de combustíveis fósseis e um terço a governos e consumidores, sendo que a indústria global de combustíveis fósseis é, portanto, responsável por US$ 23,2 trilhões em perdas esperadas do PIB devido impactos das mudanças climáticas entre 2025 e 2050 ou US$ 893 bilhões por ano. O relatório propõe responsabilidade moral dos produtores de petróleo, gás e carvão de pagar reparações, com abordagem metodológica para sua implementação e, pela primeira vez, quantifica pagamentos anuais às principais empresas de combustíveis fósseis de 2025 a 2050. O Climate Accountability Institute, dedica-se pesquisar e educar sobre mudanças climáticas antropogênicas, sua interferência perigosa no sistema climático e contribuição da produção de carbono dos produtores de combustíveis fósseis de CO2 atmosférico. Conclui que 21 dos maiores produtores de combustíveis fósseis no mundo são responsáveis por US$ 5,4 trilhões em custos nas mudanças climáticas ao longo de 2025-2050, ou, US$ 209 bilhões por ano, em média. Baseado no banco de dados Carbon Majors, que registra emissões dos poluidores, o estudo quantifica pagamentos anuais pelas empresas de combustíveis fósseis de 2025 a 2050 na compensação pelo clima extremo esperado e danos causados pelas mudanças climáticas, emissões operacionais e produtos de 1988 a 2022. Estima-se que o total de danos econômicos globais esperados das mudanças climáticas em US$ 99 trilhões entre 2025 e 2050, avaliado por pesquisa com 738 economistas climáticos. Como incentivo à ação antecipada, os autores propõem que empresas sejam elegíveis à reparações reduzidas se pararem de produzir combustíveis poluentes ou atingirem metas líquidas zero verificadas, isentam 4 empresas em países de baixa renda e reduzem pela metade a responsabilidade para empresas em 6 países de renda média. Com base na parcela de emissões em 1988-2022, as 21 maiores empresas de petróleo, gás e carvão são, portanto, responsáveis por US$ 5,444 bilhões em PIB perdido esperado em 2025-2050, ou, US$ 209 bilhões por ano, com a Saudi Aramco, de maiores emissões entre 1988-2022 em fontes diretas e relacionadas a produtos, teria passivos de US$ 43 bilhões comparados à receitas de 2022 de US$ 604 bilhões e lucros de US$ 161 bilhões e, a Exxon, empresa de propriedade de investidores, teria pagamentos anuais de US$ 18 bilhões comparados a receitas de US$ 399 bilhões e lucros de US$ 56 bilhões em 2022. Os autores se referiram às emissões desde 1988, ano em que o IPCC foi estabelecido, argumentando que “desde 1988, alegações de incerteza científica sobre consequências das emissões de carbono não se sustentam", enquanto metade do aquecimento ocorrido até agora aconteceu desde aquela data, e, os impactos das mudanças climáticas nas próximas décadas serão, em grande parte, impulsionados pelas emissões produzidas desde o final dos anos 1980.
Moral da Nota: intitulado 'Mapping India's Energy Policy 2022: Tracking Government Support for Energy', estudo constata que os subsídios à energia renovável aumentaram na Índia de 5.774 rúpias em 2021 para11.529 rúpias em 2022, enquanto o apoio a veículos elétricos saltou 160% de 906 rúpias para um recorde de 2.358 rúpias. O estudo analisa que o aumento resulta de maior estabilidade política, salto de 155% na instalação de energia solar fotovoltaica e ressurgimento econômico pós pandemia, no entanto, para estabelecer essa tendência, o governo tem que aprimorar mais as medidas de apoio, incluindo subsídios, financiamento público e investimentos de empresas estatais nos próximos anos à atingir 500 GW de capacidade não fóssil até 2030 e tornar-se líquido -zero até 2070. Vale dizer que no ano financeiro de 2022, a Índia alocou 4 vezes mais apoio aos combustíveis fósseis que à energia limpa, embora a diferença tenha diminuído desde 2021, quando era 9 vezes maior, sendo que os subsídios ao carvão, gás fóssil e petróleo totalizam 60.316 rúpias no ano fiscal de 2022, queda de 76% desde o ano fiscal de 2014 em termos reais e os subsídios de petróleo e gás caíram 28% para 44.383 rúpias no ano fiscal de 2022, não incluindo receitas perdidas de cortes em impostos especiais de consumo e IVA sobre diesel e gasolina. Embora combustíveis fósseis gerem retornos financeiros importantes ao governo, com a energia respondendo por um quinto, 19%, da receita do governo no ano fiscal de 2022, especialistas descobriram que os custos sociais da energia eram pelo menos 4 vezes superior à receita do governo.