O Departamento de Supervisão Financeira de Changshu, o Departamento Municipal de Finanças, funcionários públicos, incluindo do serviço público, de instituições e unidades estatais em todos os níveis da cidade, terão pagamento digital RMB ou yuan digtal a partir de maio de 2023, sendo que haverá nos terminais bancários opção de receber pagamento digital. A província de Jiangsu, onde fica a cidade de Changshu, iniciou programa piloto para RMB digital no primeiro trimestre de 2023, visando, conforme relatório local, estabelecer sistema de gerenciamento e operação de RMB digital eficiente e conveniente até 2025. A pressão do governo chinês pela adoção da CBDC não foi bem recebida pelos residentes de Honk Kong, sendo que nos primeiros 4 dias do lançamento da carteira digital de yuans, apenas 625 residentes de Hong Kong se inscreveram ficando evidente apesar do desconto de 20% nas compras de 1400 fornecedores locais subsidiados pelo governo aos proprietários da CBDC. Um código QR para pagar com yuan digital é exibido na loja de conveniência chinesa, bastando o usuário escanear o código e usar o e-CNY para pagar compras.
Neste ambiente, Nicolás Villegas, CTO da Unergy, avalia como a tecnologia blockchain ajuda cumprir objetivos ambientais na América Latina, ante a falta de financiamento para lograr alcançar emissões zero de CO2 no ano 2050, com blockchain como alternativa ao logro deste objetivo. Artigo na Bloomberg en Line avalia que nos países emergentes os níveis de investimento continuam iguais ou inferiores aos de 2015, necessitando quadruplicar investimento no setor energético para em 2030 ficar em torno de USD 1 bilhão, no entanto, governos destes países não tem capacidade fiscal de levar adiante estratégia de impacto positivo a longo prazo somando a isto a falta de apoio por parte do setor privado. O chefe da tecnologia de Unergy comentou que com a criação de um token respaldado por ativos de energia limpa, servindo como moeda de troca inclusive fora da mesma plataforma, pode-se promover economia que se baseia na geração de ativos sustentáveis na América Latina. Cabe destacar que é possível encontrar modelos ou programas que utilizam blockchain para gerar impacto positivo tanto ambiental quanto social e, entre eles, se encontra a compensação de carbono, geração de energia renovável e conservação da biodiversidade. Neste contexto, o executivo da Allinfra Climate acredita que a digitalização dos processos do mercado de carbono via tecnologia de livro distribuído trás eficiência e previsibilidade que não existiam até agora, com o mercado de créditos de carbono recebendo impulso graças à Blockchain. Sistemas automatizados e blockchain são utilizados para melhorar eficiência e precisão do mercado de carbono, fundamental na luta contra as mudanças climáticas.
Moral da Nota: a AySA, empresa fornecedora de serviços de água e esgoto à Cidade de Buenos Aires, implementa blockchain no programa EcoAySA recompensando usuários do serviço e incentivar consumo ecológico responsável dos recursos naturais. A tecnologia blockchain, segundo a AySa, é motor tecnológico para criar produtos ao sistema financeiro quanto indústrias ou setores que precisam trocar valor e informação, com isto, usa blockchain por meio da tokenização de recursos naturais otimizando seu consumo, através da Koibanx, fintech pioneira na tokenização de ativos e pagamentos blockchain na América Latina que criou o programa EcoAySA, um “eco token” que se integra a canais de pagamentos e descrições de comércios oferecendo benefícios a 9 milhões de pessoas. Ainda neste sistema, a Moss participa de sociedade com a canadense Invert contribuindo com US$ 1 milhão no desenvolvimento de projetos de conservação de bosques na amazônia. Especializada no financiamento de projetos de compensação de carbono, a Invert e a Moss Forest participam da primeira operação de conservação da empresa na América Latina financiando os projetos Jatobá e Seringueira no Estado do Amazonas. O investimento cobrirá custos de inventário, auditoria e certificação florestal, garantindo benefícios à comunidades e contribuindo à preservação da biodiversidade local. As áreas dos 2 projetos somam mais de 110 mil hectares, maior que a cidade de Nova York, com a Moss esperando gerar 800 mil créditos de carbono por ano de bônus de carbono tokenizados pela Moss. A Invert é empresa de redução de carbono operando no ecossistema de ação climática, através de projetos de origem, valorização e investimento, estabeleceu carta de projetos ao clima acessível tanto à particulares quanto empresas.