Um terço dos participantes do 5º Congresso Internacional de Áreas Marinhas Protegidas, IMPAC5, são jovens cujas perspectivas moldarão discussões temáticas no Congresso em Vancouver de 3 a 9 de fevereiro de 2023. O IMPAC5 oferece oportunidade à comunidade global de gestores, profissionais, tomadores de decisão de conservação marinha trocar conhecimento, experiência e práticas de fortalecimento na conservação da biodiversidade marinha e proteção do patrimônio natural e cultural oceânico.Reúne profissionais de conservação dos oceanos traçando caminho rumo à proteção oceânica de 30% até 2030, oportunidade à comunidade global de gestores, profissionais e tomadores de decisão de conservação marinha trocar conhecimento, experiência e as melhores práticas fortalecerão a conservação da biodiversidade marinha e protegerão o patrimônio natural e cultural do oceano.
Hoje, protegemos 8% das áreas marinhas com meta de 30% em menos de 10 anos ou até 2030, exatamente o que está sendo debatido no fórum global que busca salvar ecossistemas marinhos ameaçados pela pesca predatória, poluição e mudanças climáticas. Após o acordo sobre biodiversidade na COP15 em Montreal em dezembro de 2022, ONGs, funcionários públicos, cientistas e grupos indígenas se reúnem até 9 de fevereiro em Vancouver para o 5º Congresso Internacional de Biodiversidade, IMPAC5. Segundo os cientistas, a meta é estabelecer um quadro que permita proteger 30% das terras e oceanos do planeta até 2030, passo gigante à conservação oceânica triplicando áreas proibidas à maioria das atividades humanas, visando preservar ecossistemas sensíveis e espécies ameaçadas. O congresso internacional sobre áreas marinhas protegidas, de 4 em 4 anos, se realiza com dois anos de atraso devido à pandemia sendo que os oceanos cobrem quase três quartos da superfície da Terra, abrigam um quarto das espécies conhecidas e absorvem 30% das emissões de CO2 da atividade humana. Para os cientistas, existem hotspots de áreas vulneráveis que merecem medidas de conservação da biodiversidade, sendo essencial discutir em nível global para “estabelecer rede global ecológica representativa protegendo toda a gama de tipos de ecossistemas”. Os Estados membros da ONU se reunirão em fins de fevereiro para elaborar tratado à proteção do alto mar, sessão que, em princípio, deveria ser a última, sendo que proteger águas internacionais, cobrindo quase metade do planeta é fundamental à saúde do oceano e a biodiversidade para limitar o aquecimento global.
Moral da Nota: o oceano enfrenta pressões crescentes de mudanças climáticas e atividades humanas, resultando em ecossistemas ameaçados e perda de biodiversidade. A Ministra da Pesca, Oceanos e Guarda Costeira Canadense, Joyce Murray, em nome do Governo do Canadá, deu boas-vindas aos participantes do IMPAC5, Congresso Internacional de Áreas Marinhas Protegidas, evento com profissionais de conservação dos oceanos e autoridades de alto nível para informar, inspirar e agir na proteção do ambiente marinho compartilhado. O Congresso explora temas ao longo de 5 dias, 'construindo rede global de áreas marinhas protegidas', 'promovendo a conservação na economia azul', 'gerindo ativamente as áreas marinhas protegidas e a atividade humana', 'conservando a biodiversidade e enfrentando a crise climática', 'conectando oceano, cultura e bem-estar humano'. O Canadá compromete proteger 25 % de suas áreas marinhas e costeiras até 2025 e 30 % até 2030, sendo que líderes internacionais se comprometeram com a meta de 30 % no Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework, adotado na 15º Conferência das Partes, COP15, à Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica em Montreal em dezembro de 2022. O Governo canadense anunciou Estrutura de Política e gestão de Áreas Nacionais de Conservação Marinha, NMCAs, avançando a meta de 10 NMCAs, sendo que a estrutura fortalece a contribuição do Canadá aos elementos qualitativos internacionais de conservação marinha, definindo como podem ser gerenciadas de forma eficaz e equitativa. O IMPAC5 será oportunidade para ouvir como os indígenas estão liderando iniciativas de conservação marinha no Canadá e no mundo prometendo ser oportunidade de aprendizado, discussão e colaboração em questões desafiadoras que os oceanos enfrentam. Até o momento, 52 países e territórios protegeram pelo menos 10% de suas áreas marinhas e estima-se que 7,65% do oceano seja coberto por áreas marinhas protegidas. Para concluir, em andamento a Estratégia de Ruído Oceânico desenvolvida no âmbito da iniciativa de Qualidade Ambiental Marinha do Plano de Proteção dos Oceanos, iniciativa, com parceiros para pesquisar e entender como o ruído relacionado às embarcações afeta as baleias, especificamente a baleia branca do Atlântico Norte, ameaçada de extinção, a orca residente do sul e a beluga do estuário de São Lourenço.