As ONGs, Germanwatch, NewClimate Institute e CAN, Climate Action Network International, publicaram o Índice de Desempenho de Mudanças Climáticas, CCPI, 2023, mostrando que a Índia subiu duas posições, oitavo lugar entre 63 países no Índice de Desempenho de Mudanças Climáticas 2023 sendo que nas categorias Emissões de Gases Efeito Estufa e Uso de Energia, classificada como “alto”e, em Política Climática e Energia Renovável, classificação “média”. O CCPI avalia 59 países e UE, que juntos geram mais de 90% das emissões globais de gases efeito estufa, utilizando critérios padronizados, analisa quatro categorias, com 14 indicadores, ou, Emissões de Gases Efeito Estufa, Energia Renovável, Uso de Energia e Política Climática. Na classificação geral, nenhum país ficou em primeiro, segundo ou terceiro lugar no índice, com a Dinamarca, com 79,61 pontos, em quarto lugar, seguida pela Suécia com 73,28 pontos e a Índia marcou 67,35 pontos, em GEEs, em 9º lugar, sendo que em Energia Renovável, 24º, Uso de Energia 9º e Política Climática 8º. Seguem Alemanha e Japão nas 2ª e 3ª posições deste agrupamento. Os piores desempenhos no ranking são Arábia Saudita, Cazaquistão e Iran, particularmente fracos, em energias renováveis e fortes dependentes do petróleo.
A crise alimentar sem precedentes afetando o mundo, a menos que sejam tomadas medidas para lidar com as causas, como conflitos, choques climáticos e possibilidade de recessão global, milhões correm o risco de passar fome. Globalmente, 828 milhões de pessoas passam fome e, desde 2019, o número de pessoas em insegurança alimentar grave aumentou de 135 milhões à 345 milhões, sendo que 49 milhões de pessoas em 49 nações diferentes estão à beira da fome, decorrente aumento das commodities alimentares desempenhando papel significativo na condução de mais 30 milhões de pessoas em países de baixa renda à insegurança alimentar. O conflito é a principal causa da fome, com 60% dos famintos residindo em regiões violentas e devastadas pela guerra, a Ucrânia é exemplo de como conflitos armados exacerbam a fome, expulsando pessoas das casas e destruindo meios de renda. Choques climáticos prejudicam a capacidade de se alimentar, destruindo vidas, colheitas e meios de subsistência com o “Círculo de Fogo” onde conflitos e choques climáticos levam milhões à beira da fome, estendendo-se do Corredor Seco da América Central e Haiti ao Sahel, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Chifre da África, Síria, Iêmen e Afeganistão. A fome está em alta consequente os efeitos financeiros da pandemia e, em 2021, o aumento dos preços das commodities alimentares desempenha papel na insegurança alimentar associado a forma como os alimentos são produzidos hoje. Estimativa de 2021 coloca a contribuição do sistema agrícola global às emissões de gases efeito estufa em um terço, tornando-se a segunda maior fonte de metano e perda de biodiversidade depois da indústria de energia, com 80% da população mundial vivendo na África Subsaariana, Sul da Ásia e Sudeste Asiático, com famílias agrícolas desproporcionalmente pobres e vulneráveis. Risco de quebra de safra e fome causada pelas mudanças climáticas levam a pobreza como resultado de seca catastrófica devido a padrão climático do El Niño, por exemplo, conduzem países com renda relativamente alta, como Filipinas e Vietnã a perda do PIB, queda no consumo e renda das famílias. A mudança climática terá progressivo impacto negativo na produção agrícola em regiões do mundo que já possuem recursos hídricos limitados pela diminuição da disponibilidade de água, aumento de eventos climáticos extremos, inundações e tempestades severas, estresse térmico, aumento de pragas e doenças. Culturas básicas são afetadas pelo aumento da temperatura, escassez de água, secas, inundações, concentrações de CO2, condições climáticas extremas, doenças de plantas contribuindo à queda na produtividade do milho e trigo, por exemplo. A FAO informa que 80% das razões pelas quais plantações de cereais em lugares como o Sahel na África sofrem colheitas erráticas se devem à variabilidade climática e, desafio diferente à segurança alimentar, representa o aumento do nível do mar em países como Bangladesh e Vietnã, com efeitos significativos porque no Delta do Mekong se concentra metade da produção de arroz do Vietnã.
Moral da Nota: as ONGs, Ecologistas en Acción e Greenpeace consideram o acordo final "in extremis" na 27ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que finalmente incluiu criação de fundo para financiar perdas e danos causados por eventos extremos nos países menos desenvolvidos, como avanço "histórico" e vitória da justiça climática e sociedade civil. O acordo garante dinheiro às nações mais pobres que lidam com inundações devastadoras, secas, ondas de calor, fome e tempestades, apesar de darem contribuição menor ao aquecimento global. Visto como vitória na reação contra grandes contribuintes às emissões de carbono, no entanto, esforços na redução de emissões esbarram em nações em desenvolvimento na dificuldade por reduzir emissões na próxima década e cumprir metas do acordo de Paris.