Os sauditas planejam estabelecer 59 zonas logísticas visando apoiar o crescimento das cadeias de suprimentos, plano do Ministério dos Transportes e Serviços Logísticos, parte da iniciativa de desenvolvimento da cadeia de suprimentos local que o governo esclarece que “desenvolveria cadeias de valor industriais para produtos”. O processo aumentará investimento na integração das cadeias de suprimentos, além de conexão com cadeias de suprimentos regionais e globais como produto principal. O ministro dos Transportes saudita, na Conferência da Cadeia de Suprimentos e Logística em Riad, explicou que o país selecionou 18 zonas para se tornar zonas logísticas industriais, enquanto o vice-ministro da Indústria e Recursos Minerais esclareceu que o governo tenta integrar o trabalho das PMEs com grandes indústrias estratégicas visando alcançar objetivos da Visão 2030 do reino saudita. Autoridades do país dizem que as metas da Visão 2030 de diversificar a economia longe dos hidrocarbonetos estão em vigor, apesar dos preços do petróleo impulsionarem crescimento do PIB saudita à maior taxa nos últimos 10 anos, conforme a agência de classificação S&P. que elevou a perspectiva da Arábia Saudita para positiva e que o PIB cresceria 7,5%. A SEC, Saudi Electricity Company, e a Bahri, empresa de logística, anunciaram na conferência, planos para aumentar cooperação nas operações de cadeia de suprimentos ao passo que o vice-presidente executivo de serviços técnicos da SEC explicou que o acordo levará a maior sustentabilidade da cadeia de suprimentos permitindo prestação de serviços logísticos inovadores, além de obtenção de conteúdo local aprimorando capacidades da indústria nacional.
A Saudi Aramco e a francesa Gaussin, empresa de transporte, investigarão instalação de fábrica de veículos a hidrogênio na Arábia Saudita, em comunicado explica que, “em primeiro passo, Gaussin e Aramco estudarão a viabilidade de fábrica e negócio de distribuição de hidrogênio atendendo a região do Oriente Médio”. Gaussin trabalhará com o centro de inovação avançada LAB7 da Aramco em Dhahran para desenvolver veículos movidos a hidrogênio e caminhão de corrida autônomo a hidrogênio, controlado remotamente, explicando que a “LAB7 integrará materiais da Aramco na linha de produtos existente da Gaussin para reduzir peso, consumo de energia e custo dos veículos”. O centro oferece suporte técnico e fabricação para projetos aceitos ao programa LAB7, orientação de desenvolvimento de negócios, em oficinas que acomodam 19 projetos apoiando projetos em energia e sustentabilidade, manufatura avançada e transformação digital. Atualmente, carros a hidrogênio são raros , esperando-se que o uso de energia de células de combustível à hidrogênio cresça de modo que governos exijam uso de tecnologias verdes nos veículos. A Hyundai é pioneira na tecnologia de células de combustível de hidrogênio e com seus fornecedores, gastará US$ 6,7 bilhões e produzirá 700 mil sistemas de células de combustível anualmente até 2030.
Moral da Nota: o reino saudita possui 17% das reservas globais de petróleo estabeleceu recentemente a meta de futuro de baixo carbono, compromisso, anunciado pelo príncipe herdeiro no primeiro Fórum da Iniciativa Verde Saudita, uma semana antes do início da COP26 em Glasgow. A Arábia Saudita é o décimo maior emissor de CO2 do mundo, com a promessa de ser neutro em carbono, marco importante ao reino, que exporta 6 milhões de barris de petróleo/dia, se associa a 100 países para reduzir emissões, sem a crença que comece a desacelerar sua produção de petróleo. A secretária-executiva da ONU para Mudanças Climáticas, Patricia Espinosa, elogiou a medida saudita chamando-a de “ousada e corajosa”, no entanto, os Emirados Árabes Unidos foram a primeira nação do Golfo declarar que neutralizaria suas emissões de carbono 10 anos antes de 2050, para isso, usaria a tecnologia de captura de carbono que extrai CO2 do ar para ajudar a atingir a meta. Acrescentou que US$ 187 bilhões seriam gastos em medidas de metas climáticas, reduzindo emissões de carbono em 278 milhões toneladas/ano até 2030. O plano de capturar de carbono ocorre quando o aumento do preço médio global do carbono por tonelada para US$ 100 é necessário para incentivar emissões líquidas zero até 2050. O FMI recomendou um preço médio global do carbono de US$ 75/tonelada até o fim da década, no entanto, pesquisa da Reuters com 30 economistas climáticos descobriu que 70% dos entrevistados disseram que o custo do carbono/tonelada deveria estar acima de US$ 75 imediatamente.