segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Crédito agrícola

Chega ao Brasil a Agrotoken para facilitar acesso ao crédito a produtores rurais na cadeia produtiva. A Startup argentina desenvolveu sistema de tokenização de produtos agrícolas visando incrementar acesso ao crédito a produtores rurais,  permitindo pessoas físicas exposição ao mercado de commodities de modo simples sem burocracia. Inaugurou operações no Brasil com escritório em São Paulo buscando dinamizar crédito aos produtores rurais, aumentando sinergia na cadeia produtiva e permitindo pessoa física investir no mercado de commodities de modo simples com liquidez assegurada. O processo de tokenização consiste na criação de ativos digitais registrados em rede blockchain, atrelados a ativos reais,  sendo que a Agrotoken emite três tipos de tokens cada um vinculado a produto específico: soja, trigo e milho, diretamente atrelados ao valor da tonelada dos produtos no mercado internacional. Os tokens são validados por sistema intitulado "Prova de Reserva de Grãos" PoGR, em infraestrutura tecnológica multi-chain nas blockchains Ethereum, Polygon e  Algorand. Os tokens emitidos equivalem uma tonelada de grãos confiadas pelo produtor à empresa, sendo que a Agrotoken garante liquidez na cadeia, remunerando produtores com os tokens e garantindo investidores e comerciantes receberem pagamento quando liquidar posições. Os produtores podem utilizar os Agrotokens para adquirir produtos e serviços, como, sementes, maquinário, fertilizantes ao lado de comerciantes credenciados, ou, oferecê-lo como garantia para empréstimos, diminuindo exposição a riscos de insolvência uma vez que a Agrotoken garante liquidação dos ativos, caso queiram, há opção de receber valores diretamente em moeda fiduciária e conta com cinco centros de distribuição em Mato Grosso, com meta para 2023 tokenizar um milhão de toneladas da produção brasileira de grãos. A companhia lançou cartão em parceria com a Visa,  solução, que permite pagamento de compra com o Agrotoken, sem intermediários, nos 80 milhões de estabelecimentos comerciais vinculados à rede da Visa. No Brasil, o cartão ainda não está disponível podendo ser solicitado pelos usuários com liberação dependendo de testes e definição do design do produto.

A Visa, permitirá pagamentos com grãos tokenizados na Ethereum, Polygon e Algorand em mais de 80 milhões de estabelecimentos, integrrando a rede, emitindo cartões que possibilitem pagamento cripto. A parceria consiste na cocriação no setor agro permitindo a produtores pagamento de compra com grãos tokenizados, sem intermediários, nos estabelecimentos que aceitam Visa. Na Agrotoken, cada token representa uma tonelada de grãos vendida entregue pelo produtor a um armazém, com toneladas validadas por meio da "Prova de Reserva de Grãos, PoGR, utilizando infraestrutura de segurança multi cadeia das tecnologias Ethereum, Polygon e Algorand. Com grãos entregues o produtor recebe os tokens correspondentes a produção e, de posse dos ativos digitais, pode usá-los em operações como solicitação de empréstimos e, com a Visa,  usar os tokens como pagamento nos locais que aceitem cartões da bandeira. Já, a  Tribal Credit,  plataforma de pagamento empresarial em criptomoedas é  parceira  da Visa para expandir opções de crédito e financiamento a pequenas e médias empresas na América Latina, destacando sinergias entre provedores de pagamento tradicionais e blockchain. A parceria com a Visa permite à Tribal emitir cartões de crédito empresariais em denominações e moedas locais na América Latina, incluindo México, Brasil, Colômbia, Argentina, Chile, Peru, Panamá, Uruguai e República Dominicana.  A parceria com a Visa está centrada em fornecer soluções de financiamento tradicionais à pequenas empresas, sendo que a tecnologia da Tribal permite  empresas utilizar criptomoedas e  blockchain para aceitar pagamentos e transferir fundos, sendo que a Tribal fez parceria com a  Bitso e Stellar Development Foundation para criar serviço de pagamento internacional corporativo utilizando a stablecoin USD da Stellar. A Tribal destacou a Lei Bitcoin de El Salvador e a crescente aceitação de criptomoedas na América Latina como razões para desenvolver soluções de pagamento em blockchain.

Moral da Nota: a Visa trabalha em hub de interoperabilidade blockchain para pagamentos em criptomoedas projetado para servir como 'rede de redes  blockchain. O projeto busca tornar-se  “adaptador universal” blockchains conecta v, criptomoedas, stablecoins e moedas digitais do banco central, CBDC. A Visa trabalha em iniciativa "Universal Payment Channel" UPC,  hub de interoperabilidade  blockchain conectando redes blockchain e permitindo transferências de ativos digitais de diferentes protocolos e carteiras. O projeto UPC é desenhado para estabelecer canais de pagamento entre diferentes redes blockchain, conectando redes CBDC entre países, bem como CBDCs com redes privadas stablecoin. A Visa trabalhou no conceito de UPC em 2018, desenvolvendo estrutura de interoperabilidade executada independente de mecanismos blockchain subjacentes, fez mudança na indústria de criptomoedas em 2020 formando  parceria com a Circle, empresa blockchain, para permitir o stablecoin USD Coin.