Em 2018, o Banco Mundial estimou que 1,7 bilhão de adultos no mundo não têm conta bancária, no entanto, 1,14 bilhão possui smartphone dando potencial acesso a serviços financeiros. Telefones celulares e internet aceleram inclusão financeira e, segundo o banco de dados Global Findex, 515 milhões de pessoas abriram contas a partir de 2014 e 1,2 bilhão o fizeram desde 2011, no entanto, os ganhos são desiguais entre países. Outro relatório do Banco Mundial aponta aos homens maior propensão que as mulheres possuir conta, e globalmente, 69% dos adultos ou 3,8 bilhões de pessoas têm conta em banco ou em provedor de dinheiro móvel, crucial, para afrontar a pobreza. Embora em algumas economias a propriedade das contas aumentou, o progresso tem sido mais lento. Disparidades entre homens e mulheres, ricos e pobres, travam o progresso com a diferença entre homens e mulheres nas economias em desenvolvimento permanecendo desde desde 2011 inalterada em 9%.
O Global Findex, com dados produzidos pelo Banco Mundial e financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates em colaboração com Gallup, Inc, sobre como 144 economias usam serviços financeiros, apontam que entre 2014 e 2017, celulares e internet contribuíram ao aumento no mundo de proprietários de contas que enviam ou recebem pagamentos digitalmente de 67% à 76% e no mundo em desenvolvimento de 57% para 70%. Na África Subsaariana, desde 2014, contas oriundas de dinheiro móvel se espalharam da parte Oriental à Ocidental abrigando as oito economias onde 20% ou mais dos adultos usam apenas uma conta de dinheiro móvel: Burkina Faso, Costa do Marfim, Gabão, Quênia, Senegal, Tanzânia, Uganda e Zimbábue. 95 milhões de adultos sem conta recebem pagamentos em dinheiro por produtos agrícolas e 65 milhões economizam com métodos semiformais. No Leste Asiático e Pacífico 71% dos adultos têm conta, mudando pouco desde 2014, com exceção à Indonésia onde a parcela com uma conta aumentou 13% saltando à 49%. Na Europa e Ásia Central em 2017 a titularidade de contas aumentou de 58% dos adultos em 2014 à 65%, auxiliados por pagamentos digitais governamentais de salários, pensões e benefícios sociais. Na América Latina e Caribe 55% dos adultos possuem celular e acesso à Internet, 15% a mais do que a média do mundo em desenvolvimento. Desde 2014, os que transacionam pagamentos digitais aumentou 8% na Bolívia, Brasil, Colômbia, Haiti e Peru e 20% dos adultos com conta usam celular ou Internet para transações via conta na Argentina, Brasil e Costa Rica. No Oriente Médio e Norte da África a inclusão financeira é forte entre mulheres, até 20 milhões de adultos sem conta enviam ou recebem remessas domésticas usando dinheiro ou serviço de balcão sendo 7 milhões no Egito. No Sul da Ásia a parcela de adultos com conta aumentou de 23% à 70% com ênfase na Índia via identificação biométrica e participação de 80%. Em Bangladesh os possuidores de conta aumentaram 10% entre as mulheres e dobrou entre os homens. Na região, a digitalização de pagamentos para produtos agrícolas reduziria o número de adultos sem conta bancária em 40 milhões.
Moral da Nota: o relatório aponta que 1,7 bilhão de pessoas continuam sem banco, dois terços com celular tirariam proveito das transações em dinheiro se inserindo no sistema financeiro. Pagamento de salários, pensões e benefícios sociais governamentais nas contas, levaria no mundo, serviços financeiros formais a mais 100 milhões de adultos sendo 95 milhões nas economias em desenvolvimento.