A OMS e mais de 500 especialistas concordam sobre o que significa determinada doença se espalhar pelo ar e, na tentativa de evitar a confusão que ocorreu no início da pandemia de Covid-19, divulga documento técnico afirmando ser o primeiro passo para descobrir como melhor prevenir este tipo de transmissão tanto à doenças existentes como o sarampo por exemplo, além de futuras ameaças pandêmicas. O documento diz que o conceito “através do ar” pode ser utilizado para doenças infecciosas em que o principal tipo de transmissão envolve o agente patogênico, o causador da doença, que viaja pelo ar ou fica suspenso no ar, em linha com termos como doenças “transmitidas pela água”, compreendido nas disciplinas e pelo público, além de especialistas que contribuíram à definição como físicos, profissionais de saúde pública e engenheiros, muitos dos quais discordaram sobre o tema no passado. Historicamente exigiam elevados níveis de comprovação antes de considerarem as doenças transmitidas pelo ar, que solicitava medidas de contenção rigorosas e, com a nova definição, o risco de exposição e gravidade da doença devem ser considerados já que divergências anteriores também giravam em torno de se as partículas infecciosas eram “gotículas” ou “aerossóis” com base no tamanho, algo que a nova definição afasta. Nos primeiros dias da pandemia em 2020, cerca de 200 cientistas de aerossóis queixaram-se publicamente que a OMS não tinha avisado ao público sobre o risco do vírus poder espalhar pelo ar, levando à ênfase excessiva em medidas como lavagem das mãos para deter o vírus em vez de se concentrar na ventilação. A agência disse em julho de 2020 que havia "evidências emergentes" de propagação aérea, com o cientista-chefe à época, Soumya Swaminathan, iniciando o processo para obter uma definição abrindo nova guia que a OMS deveria ter sido mais enérgica "muito antes", enquanto seu sucessor, Jeremy Farrar, disse em entrevista que a nova definição ia além da Covid acrescentando que no início da pandemia faltavam provas disponíveis e, os especialistas, incluindo a OMS, agiram de "boa fé", já que, naquela época, ele chefiava a instituição de caridade Wellcome Trust e assessorava o governo britânico sobre a pandemia. Conseguir que a definição seja acordada entre especialistas de todas as disciplinas permitiria iniciar discussões sobre questões como ventilação em muitos ambientes, de hospitais a escolas, comparando à constatação que vírus transmitidos pelo sangue como o HIV ou hepatite B, poderiam ser transmitidos por médicos que não usassem luvas nos procedimentos.
Outra questão relevante consiste no fato que Tribos das Ilhas Salomão vendem créditos de carbono, não suas árvores, em nação do Pacífico Sul devastada pela exploração madeireira, unindo-se para vender créditos de carbono de “alta integridade” nos mercados internacionais sendo que o projeto não só preserva a floresta tropical altamente biodiversificada, mas canaliza rendimentos que mudam vidas dos proprietários de terras indígenas. Pesquisas identificaram cerca de 50 espécies de água doce, refúgio de biodiversidade, o que permitiu estabelecimento de ONG local de conservação, Fundação ao Desenvolvimento dos Recursos Naturais, NRDF, resiliente à ofertas de dinheiro de empresas malaias para exportação madeireira à China, buscando traçar planos de lucrar com a manutenção das árvores cujos mapas aéreos revelam a única extensão verde da ilha que não é marcada por estradas madeireiras. Em 2019, a floresta de 3 milhas quadradas da tribo tornou-se a primeira área legalmente protegida do país, “farol de conservação e gestão de recursos naturais”, de acordo com o ministro do Meio Ambiente das Ilhas Salomão e, em Fevereiro de 2022, tornaram-se os primeiros proprietários de terras do país a receber pagamentos de investidores internacionais por manterem suas florestas intactas com as tribos vizinhas também garantindo áreas protegidas e vendendo créditos de carbono de “alta integridade” à compradores que buscam compensar emissões de gases efeito estufa ou aprimorar credenciais verdes em que o Projeto de Conservação da Floresta Tropical Babatana, em homenagem ao grupo linguístico compartilhado pelas tribos, agora cobre 26 milhas quadradas de floresta tropical protegida. Os cálculos que subscrevem o valor do projeto no mercado internacional de carbono começaram com pesquisas minuciosas realizadas durante 6 meses, com a medição de tudo o que crescia e vivia dentro de uma lista de locais de pesquisa com 25 metros de diâmetro, levantamento que se repete a cada 10 anos e, além da realização anual de levantamentos que registram cada mudança e cada animal avistado, do patrulhamento rotineiro dos limites, verificando incursões cujos relatórios são analisados por auditores independentes com base em imagens de satélite. Os dados também são necessários para calcular o estoque ou inventário de carbono da floresta, já que desde 2022, receberam 5 pagamentos trimestrais pelo projeto florestal, sendo que o dinheiro deve continuar fluindo até 2045 quando o contrato será renovado e com pagamento feitos pela Nakau, operadora sem fins lucrativos baseada em direitos no Pacífico que coordena o projeto Babatana e trabalha em colaboração com o NRDF, além de pagamentos semelhantes em fase de preparação às tribos vizinhas à medida que projetos são verificados e adicionados à carteira de projetos de Babatana. O projeto Babatana é propriedade das tribos, que também mantêm direitos sobre o carbono, esperando-se que esta estrutura ajude superar críticas dirigidas a outros esquemas de comércio de carbono a nível internacional, incluindo o fato de perpetuarem a dinâmica colonial extrativa nas relações com povos da floresta e terem levado a episódios de conflito e desapropriação violenta, com especialistas criticando a falta de consulta dos projetos com a população local e a transparência enquanto há existência de provas que alguns projetos são pura lavagem verde.
Moral da Nota: muitos acreditam que IA será a próxima tecnologia de uso geral que impulsionará o crescimento da produtividade cuja adoção acontece a velocidade vertiginosa em praticamente todos os países e indústrias, embora esteja preparada para ter impacto profundo na economia sabe-se pouco sobre seu impacto no emprego e produção em setores bem como sobre suas implicações no crescimento e inflação, tanto a curto como a longo prazo. Estudos relativos ao impacto econômico IA utilizando modelo macroeconômico multissetorial calibrado à índice de exposição da indústria à IA, buscou responder questões como 'Até que ponto o impacto IA no emprego e produção de uma indústria depende da exposição direta dessa indústria à IA'?, ou, 'Como a adoção IA afetará a produção e inflação no curto e longo prazo'?, ou, 'Que lições podemos tirar para a política monetária, bem como para as políticas públicas'?. Concluiu-se que IA ao estimular o crescimento da produtividade aumenta significativamente a produção agregada, o consumo e o investimento no curto e longo prazo, cuja exposição direta de uma indústria à IA surpreendentemente impacta pouco nos resultados a longo prazo sendo que o aumento da procura total e as alterações associadas nos preços relativos e os custos dos fatores de produção são mais importantes que o aumento direto da produtividade resultante da adoção IA. Daí, decorre que os efeitos IA sobre a inflação são incertos, por um lado, ao aumentar a produtividade a adoção IA aumenta a oferta que é desinflacionário e, por outro lado, empresas necessitam investir para tirar partido da IA, isto, com rendimentos médios mais elevados que aumentará procura e inflação, sendo que o efeito líquido depende do momento que estas forças ocorrem, que por sua vez, depende de expectativas das famílias e das empresas, relativamente ao potencial transformador IA e da disponibilidade para agir conforme essas expectativas. Sob o ponto de vista global, o contributo positivo IA no crescimento poderá compensar desenvolvimentos seculares prejudiciais que ameaçam deprimir a procura no futuro, incluindo envelhecimento da população e mudanças nas cadeias de abastecimento global ao lado de tensões geopolíticas e fragmentação política.