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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Conhecimento e Sociedade

Publicado em 1945 na American Economic Review, o artigo de Hayek “The Use of Knowledge in Society” comenta o caráter peculiar da questão de uma ordem econômica racional determinada pelo fato do conhecimento das circunstâncias que devemos fazer uso e nunca existir de modo concentrado ou integrado, mas, como fragmentos dispersos de conhecimento incompleto frequentemente contraditório de posse dos indivíduos separadamente. Daí, a questão econômica da sociedade não é um problema de como alocar recursos, “dados”, entendido como significando dados a uma única mente que resolve deliberadamente o problema colocado por eles, tratando-se de assegurar a melhor utilização dos recursos conhecidos por qualquer um dos membros da sociedade para fins cuja importância relativa apenas estes indivíduos conhecem, Hayek quer dizer resumidamente que, o problema de utilização de conhecimento é que não são dados a ninguém na sua totalidade. Decorrente este evento, surge a discussão que o “conhecimento frequentemente é contraditório” o que não deveria ser, no entanto, opiniões, sim, avaliações, sim, mas, conhecimento, não, isto, considerando o conhecimento definido como conjunto objetivo de informações, no entanto, pode se definir conhecimento como interpretação subjetiva do conjunto de informações, isto é considerado, pois nas ciências o conhecimento está confinado ao que conseguimos determinar com base na tecnologia e teoria atuais, não sendo incomum contradições, daí, “pedaços dispersos de conhecimento incompleto” de Hayek poderem contradizer-se, por exemplo, nos mais de 100 anos de conhecimento adquiridos na Mecânica Quântica e Teoria Geral da Relatividade de Einstein, as 2 teorias testadas com maior sucesso se contradizem onde se cruzam e, por mais elaborados, aplicados e testados que sejam, o conhecimento sobre elas é incompleto. Ao dizer que “pedaços de conhecimento incompletos desembolsados” podem ser “contraditórios”, Hayek pode criar “problema” à coordenação da economia, situação, quando planos/intenções individuais à utilização de recursos econômicos exigem utilização de recursos já planejados, daí, planos contraditórios onde preços de mercado reconciliam planos individuais concorrer entre si pelos escassos recursos. Por isso, citações como “o conhecimento das circunstâncias as quais devemos fazer uso nunca existe de modo concentrado ou integrado”, “mas apenas como fragmentos dispersos de conhecimento incompleto e frequentemente contraditório que os indivíduos separadamente possuem” e por mais verdadeiro e preciso que seja, é finito, pois ninguém tem conhecimento tão completo de qualquer “situação completa” que seja mais do que trivial, muito menos de uma economia inteira para ser coordenada de modo eficiente, daí, diferentes “pedaços de conhecimento incompletos” detidos por pessoas diferentes, podem, de fato, levá-los de forma inteiramente racional a crenças e opiniões contraditórias em todos os segmentos da sociedade. De modo prático, fato real da guerra civil norte americana nos leva a 2 generais de campo com conhecimento de suas frentes de combate distintas, enquanto o estado-maior acima deles tinha conhecimento de questões logísticas e de coordenação, o político acima de todos tinha conhecimento dos efeitos políticos que se tornavam críticos, supondo ainda que o conhecimento de cada um fosse perfeito, todos compartilhando o mesmo objetivo de vitória, no entanto, cada um tinha conhecimentos diferentes dos outros 3, cada conjunto de conhecimentos tinha implicações diferentes, e este “conhecimento contraditório” levou-os racionalmente desejar cursos de ação conflitantes, fato é, que historiadores ainda hoje discutem e talvez de modo não tão claro, semelhante aconteceu entre nós na rebelião Farropilha, lembrando que até hoje não há consenso histórico também entre nós. Isto, parece combinar com a afirmação de Hayek, ou, o caráter peculiar do problema de uma ordem econômica racional é determinado pelo fato que o conhecimento das circunstâncias as quais devemos fazer uso, existe apenas como fragmentos dispersos de conhecimento incompleto e frequentemente contraditório, não sendo dado a ninguém em sua totalidade valendo aqui uma reflexão de Mark Twain que, “o problema do mundo não é que as pessoas saibam muito pouco, é que sabem muitas coisas que simplesmente não são assim” talvez caberia a ideia de conhecimento como a “soma ou extensão do que foi percebido, descoberto ou aprendido”.

O caso chinês estaria próximo do acima quando falamos da crise bancária norte americana de poupança causando por anos pânico entre bancos americanos e, desde a década de 1980, empréstimos agressivos, controles de risco deficientes e recessão imobiliária levaram à falência ou consolidação de mais de mil pequenas instituições financeiras, agora, parece a vez da China com bancos menores enfrentando semelhante questão, embora poucos tivessem falido ou feito fusões, no entanto, tudo muda, pois na semana de 24 de junho passado, 40 bancos chineses desapareceram ao serem absorvidos por entidades maiores superando taxas de desaparecimento na crise financeira global. Reguladores chineses implementam reformas e consolidações com bancos intermédios em colapso desde 2019, daí, gestores financeiros e de investimento estatal fundiram-se, no entanto, bancos rurais menores apresentam desafio mais complexo pois os 3.800 em toda a China representam 13% do sistema bancário com ativos avaliados em US$ 7,5 bilhões, historicamente mal geridos, acumulando empréstimos sem retorno representando 40% dos ativos, situação agravada pela exposição a empréstimos imobiliários e governos locais aumentando vulnerabilidade à crise no setor imobiliário chinês levando a preocupações com riscos sociais significativos. Limpar a confusão financeira é complicado, visto que muitos bancos foram criados para servir pequenas empresas em zonas menos desenvolvidas e com elevados níveis de dívida tóxica enfrentando dificuldades na concessão de novos empréstimos que pode impactar de modo negativo nas economias locais e no crescimento econômico, considerando ainda que em 2022, vários bancos foram forçados congelar levantamentos na sequência de fraudes massivas provocando agitação em uma capital provincial, no entanto, qualquer intervenção estatal para enfrentar crise é arriscada com rumores de crise ou reestruturação podendo desencadear levantamentos maciços de depósitos e abalar mais a estabilidade financeira e social chinesa. Como resposta à crise financeira dos bancos regionais, governos locais optaram por emitir obrigações especiais destinadas a diversas necessidades incluindo resgate bancário considerando que bancos rurais representam 13% do sistema bancário embora 1% dos ativos ponderados pelo risco dos bancos regionais tenham sido atribuídos a 2023 enquanto províncias mais problemáticas investiram montantes maiores e, das 40 entidades recentemente absorvidas, 36 se localizam em apenas uma província formando o Liaoning Rural Commercial Bank criado para absorver bancos em dificuldade e desde setembro de 2023 foram criadas outras instituições com o mesmo objetivo, esperando-se mais iniciativas no futuro, quer dizer, algo familiar entre nós. Para concluir, reguladores optam pela consolidação decorrente a falta de mecanismos que permitam falência de 2 bancos e a saída do mercado, considerando que na crise financeira foi aprovada nos EUA a Lei de Reforma, Recuperação e Execução de Instituições Financeiras, facilitando venda de ativos de pequenos credores que auxiliou resolver a crise de modo ordenado, no entanto, a China reluta em considerar legislação semelhante à dos últimos anos, embora projeto de lei denominado Lei de Estabilidade Financeira, proposto em sessão legislativa em Pequim em Junho 2023 foi novamente adiado.

Moral da Nota: a nota ambiental é que cidades dos EUA aumentam a ambição climática através da diplomacia subnacional, quer dizer, partícipes de mesa redonda sobre ação climática multinível e CHAMP na Daring Cities 2024, associações nacionais de cidades e líderes municipais incluindo os EUA, assumem metas climáticas a nível nacional defendendo participação mais forte dos governos subnacionais nas decisões climáticas. A Conferência de Autarcas dos EUA adotou resolução convidando cidades e vilas atualizarem metas climáticas e a comunicá-las ao governo federal, sendo que a resolução instou o governo norte americano agir conforme seu endosso à iniciativa da Coalizão à Parcerias Multiníveis de Alta Ambição, CHAMP, na 28ª sessão da conferência climática anual da ONU, COP28, compromisso de incluir governos subnacionais nas decisões climáticas sendo que a resolução segue esforços feitos por associações nacionais de governos locais na Alemanha e Brasil. “O governo dos EUA trouxe o CHAMP para casa ao endossar a iniciativa em promover a cooperação multinível sobre objetivos climáticos na COP28, em Dubai, em dezembro de 2023. Agora, em conjunto, trabalham para garantir concretização no plano do Acordo de Paris até 2025 por parte do governo americano orientado em torno de colaborações entre todos os níveis de governo. Cidades norte americanas estão defendendo ações ousadas em todos os níveis de governança atualizando metas climáticas e comunicando-as ao governo federal”, com a prefeita de Columbia, Missouri, EUA, atuando no Comitê Executivo Regional do ICLEI à América do Norte co-patrocinando resolução adotada pela Conferência de Prefeitos dos EUA convidando cidades e vilas atualizar metas climáticas para 2030, 2040 e 2050 e a comunicá-las ao governo federal, sendo que a resolução incentiva o governo norte americano agir conforme seu endosso à iniciativa CHAMP. Lançada pela Presidência da COP28 em Dubai, a iniciativa CHAMP aumenta a participação de governos locais e regionais no desenvolvimento de metas climáticas nacionais revistas e previstas para 2025 na COP30 em que os EUA são um dos 72 países que apoiaram comprometendo-se integrar no planejamento, financiamento e implementação dos objetivos climáticos do Acordo de Paris conhecidos como NDC,  governos locais, regionais e governos subnacionais, as Contribuições Nacionalmente Determinadas, representando passo na direção da integração de ações locais e regionais com planos climáticos nacionais para apresentar NDC melhorados e a vários níveis. Adotada na 92ª reunião anual da Conferência de Prefeitos, realizada em Kansas City, Missouri, com mais de 1.400 prefeitos representando cidades com 30 mil ou mais habitantes a resolução da Conferência dos Prefeitos demonstra disposição das cidades norte americanas apoiar o CHAMP, destacando sua contribuição ao processo de balanço global do Acordo de Paris ao longo de 2023 e abrindo caminho à contribuições oficiais dos governos locais à UNFCCC. A prefeita de Bonn, Alemanha, e presidente do Portfólio de Governança de Ação Climática do Comitê Executivo Global do ICLEI, apelou à ação instando prefeitos envolverem-se proativamente com seus governos nacionais e associações nacionais de governos locais para melhorar as NDCs até 2025 e apoiar o CHAMP, liderou esforço na Alemanha promovendo resolução na Associação de Cidades Alemãs, DST, primeira posição nacional dos governos locais de apoio ao CHAMP. Digno de Nota representantes de cidades do Brasil divulgarem carta de compromisso prometendo apoio ao CHAMP reafirmando compromisso das cidades brasileiras colaborar com governos estaduais e federal na execução e implementação de acordos climáticos internacionais assumidos pelo país, apoio que, “começou com as cidades alemãs e fortalecerá de elevar o papel dos municípios no processo climático nacional” e, segundo Axel Grael, Prefeito de Nitéroi, e Presidente do Portfólio de Apoio à Ação Climática do ICLEI e Vice-Presidente da FNP, convidando representantes nacionais e municipais interessados ​ participar do Daring Cities 2024 ao longo do ano, antes da COP29, em Baku, no Azerbaijão.


sexta-feira, 5 de abril de 2024

Conhecimento

Entendida por especialistas como “motor de trabalho do futuro” consolidada como um dos setores que mais cresce apesar das crises na economia, a indústria de Serviços Baseados em Conhecimento, SBC, enfrenta dilemas relacionados ao futuro dada a crise recorrente do Estado em que se questiona se a lista de benefícios fiscais é perene ou não. Neste contexto emerge a Economia do Conhecimento gerando empregos 4.0, sendo que em 2023, empresas do setor registraram recorde de contratações e, na argentina, representou aumento de 6% empregando 30 mil trabalhadores formais e 486 mil qualificados o que representou 7,4% do emprego privado total.  A principal incógnita argentina está na Lei da Economia do Conhecimento, LEC, que estabelece incentivos fiscais às empresas que se dedicam à exportação de serviços e promovem contratações, caso, do Mercado Livre que obteve reduções fiscais de US$ 140 milhões graças a esta regulamentação. O presidente da Argencon diz que o setor é um dos 5 principais exportadores argentino com “papel central no mercado local, não só entre empresas internacionais que investem no país mas entre empresas nacionais" e, até 2024, as vendas externas deverão crescer 30% e atingir US$ 10 bilhões o que implica em crescente procura de empregos, ponto fundamental. No caso argentino, o setor enfrenta atualmente falta de investimento local com a consultoria IDC alertando que, devido a limites na infraestrutura das empresas, até 2026 haveria lacuna entre oferta de oportunidades em IA e capacidade de adaptação do mercado, impactando tudo, de dispositivos e softwares a data centers”. A chave para manter crescimento sustentado das indústrias informáticas, concordam os especialistas, é aumentar o número de trabalhadores com elevado nível de formação e apostar na inovação e crescimento que permitam aumentar a estrutura necessária para acompanhar a expansão do mercado. 

Neste contexto, deputados argentinos propõem ajustes no regime para financiar universidades através do projeto de lei para modificar o Regime da Economia do Conhecimento e contribuir com financiamento à universidades públicas, sendo que a iniciativa pretende “dotar este Regime de sentido de justiça e solidariedade social, ajustando foco para que parte das medidas preferenciais que gozam grandes empresas e que hoje garantem lucros e benefícios milionários, sejam destinadas ao financiamento das universidades nacionais". Argumentaram que “acabar com serviços bancários com dinheiro do povo argentino à grandes empresas que não precisam de benefícios fiscais”, no artigo primeiro da lei estabelece que os beneficiários converterão percentuais das contribuições patronais em bônus de créditos tributários destinados à Previdência Social, sendo 70% à micro e pequenas empresas, 30% à médias empresas e 20% à grandes empresas. Especifica que não serão elegíveis ao benefício grandes empresas com volume de negócios anual superior a 5 vezes o limite estabelecido, enfatizando importância de manter apoio às PME e às médias empresas na lei da Economia do Conhecimento, criticando financiamento das grandes empresas com recursos públicos. A iniciativa destina poupanças fiscais geradas por modificações orçamentarias ao financiamento das Universidades Nacionais no ano fiscal de 2024 que cobrirá diversos aspectos como infra-estrutura, serviços, laboratórios, políticas de extensão, desporto, cultura, alimentação, refeitórios universitários, bolsas de estudo e formação de professores, assegurando atualização das rubricas orçamentais para cobrir compromissos salariais, incluindo resultados das negociações conjuntas e Garantia Salarial dos Professores. Daí, IA avança em 2023 em todas as áreas, circunstância que leva instituições de ensino aplicá-la em programas de estudo em que o próprio ChatGPT da OpenAI foi colocado à prova na Universidade de Minnesota em exame de Direito e passou com louvor nas avaliações. Conforme o “Guia IA e Educação” da UNESCO, IA tem capacidade de enfrentar desafios da educação com recursos de aprendizagem acessíveis a universo mais amplo e, na Argentina, especialistas argumentam que pode melhorar a cobertura e qualidade do ensino e sua implementação evoluirá em 2024 após o que se viu em 2023. A Nubiral, empresa tecnológica global especializada em inovação e transformação digital, propõe passos a considerar para garantir que educação e IA se complementem nas salas de aula através do estabelecimento de padrões ao uso e a aplicação IA na educação se inserindo em estruturas éticas claras e transparentes aos usuários ou participantes dos processos, reduzindo procedimentos e acelerando validação de textos de estudos para levá-los à IA, além de preparar escolas e professores para usar ferramentas IA e manter limites, não abusando seu uso. Simplificar a aprendizagem para que o acesso a professores e materiais didáticos seja acessível aos alunos além de buscar alternativas que permitam chegar novos horizontes, principalmente às populações com dificuldades de acesso ao sistema educacional. Adaptar educação aos alunos conforme capacidades, ou seja, personalizar o ensino em que casos usos IA ​​que os especialistas esperam serem usados na educação incluem a concepção de currículos para que professores acessem conteúdos relevantes e atualizados, ao passo que desenvolvimento de testes ou exames e detecção de erros comuns dos alunos meça seu aprendizado e descubra novas metodologias de aprendizagem. Destaca exemplos do que a tecnologia permitiria para estimular aprendizagem personalizada e colaborativa através do monitoramento do desempenho dos alunos em que algoritmos das plataformas educacionais identifiquem padrões de comportamento dos alunos com softwares capazes de avaliar o estado inicial do aluno e fazer projeções de sua evolução, além de facilitar o ensino e simplificar gestão educacional em que ações que seriam confiadas à IA, repetitivas e ocupando tempo dos professores, como delegar coordenação administrativa, apoiar decisões complexas com análises preditivas, ajudar conceber melhores programas educativos, responder dúvidas administrativas através de chatbots e atribuir tarefas diárias como monitorar e sugerir horários sejam inseridas no dia a dia. IA ajudaria prever padrões de comportamento entre jovens “além de facilitar, por exemplo, análise dos padrões de comportamento dos alunos para prever abandono, bem como responder perguntas sobre um tema e oferecer apoio técnico para resolver questões relacionadas com acesso e utilização", abraçando agilidade para que instituições de ensino, públicas ou privadas, vejam ferramentas tecnológicas como aliadas para apoiar desempenho, agilizar práticas comuns e atualizar sistemas administrativos.

Moral da Nota: na era da web3, IA e blockchain, conceitos matemáticos se inserem no já antiquado e superado conceito geopolítico esquerda direita em que esquerda estaria no marxismo dialético e ditadura do proletariado e direita no empreendedorismo e livre iniciativa através economia. Na ideia de substituir direita e esquerda, mocinhos e bandidos, substituindo o sistema cartesiano dual pelo sistema fracionário que se posiciona no numerador a já provada nas lutas do livre mercado através do bitcoin como meio de troca, deixando a questão de investimento e deflação à segunda etapa e, no denominador, moedas fiduciárias cuja cotação não é estabelecida pelo mercado e sim por bandas estabelecidas por governos. Na nova ordem geopolítica ou geopolítica matemática antes já discutida através da equação btc/moeda fiduciária em que no numerador se coloca o btc, quer dizer, a mesma cotação à todos e no denominador a cotação da moeda fiduciária estabelecendo a força relacionada ao valor, escassez, deflação ou inflação, enfim, critérios que fazem a moeda ser chamada de forte ou fraca.  No grupo do dólar estão Reino Unido, Canadá, Austrália, UE, EUA, sendo que a Russia é simétrica a Índia, África do Sul, México, Tailândia e Uruguai, enquanto no grupo do  Brasil estariam Arábia Saudita, China, Hong Kong e Bolívia em simetria e no grupo da Argentina se colocaria Nigéria, Guiana, Chile, ao passo que Paraguai ficaria em simetria matemática com a Colômbia. Como vimos se seguíssemos a lógica do equilíbrio financeiro argentinos negociariam com Guiana, Chile e Nigéria em moedas locais com mais equilíbrio considerando trocas de petróleo, trigo, soja, leite e tecnologia digital, o mesmo com o Chile e Nigéria. Devemos atentar que a parceria já feita fadada ao sucesso é China e Arábia Saudita, Bolívia, Brasil e China, sendo que o México se acertaria com o Uruguai, África do Sul, Índia e Rússia enquanto o Paraguai mostra-se simétrico a Colômbia. Isto baseado na ordem inspirada pela matemática em que se agrupariam moedas fiduciárias locais diminuindo discrepâncias cambiais que fazem com que um produto entre em outro país quase de graça quebrando a base econômica nacional.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Economia do conhecimento

O termo “economia do conhecimento” foi cunhado na década de 1960 por Peter Brucker que o utilizou para descrevera mudança de economias tradicionais, dependentes de mão de obra não qualificada e produção primária, à economias dependentes de indústrias de serviços e empregos que exigiam mais em análise de dados. Por definição, é sistema de consumo e produção de atividades intensivas em conhecimento,  contribuindo ao desenvolvimento científico e tecnológico através da inovação. É auto-sustentável na inovação, pesquisa e avanço tecnológico, com força de trabalho em informática e ênfase no desenvolvimento de IA e algoritmos para criar negócio e atividade financeira . O professor da Harvard Business School, Michael Porter, avalia que a vantagem competitiva na economia do conhecimento está na empresa flexível, responsiva e inovadora, dedicando recursos à pesquisa e desenvolvimento. As economias do conhecimento se caracterizam pelo impacto de funcionários qualificados, cujas carreiras exigem conhecimento especializado ou especialização, com a transição da economia tradicional à do conhecimento se acelerando nos países desenvolvidos decorrente dependência da informatização, big data e automação. Na economia do conhecimento, a perícia humana é ativo produtivo ou negócio, produto que pode ser vendido ou exportado por lucro, ou, ativo baseado no conhecimento não perceptível conhecido como capital intelectual.

A CEO do Grupo argentino G&L, analisa a Economia do Conhecimento em 2022 e aponta desafios para 2023. Explica que em 2022 o foco foi escassez de talentos à indústria levando empresas enfrentarem desafio em retê-los, erguendo bandeiras da capacitação e educação como sinal de investimento e interesse no capital humano. Avalia que o desenvolvimento e promoção de ferramentas e recursos em tecnologia, treinamento e conhecimento, mostra como caminhos essenciais aos argentinos aproveitarem o potencial e capacidades do talento local. No entanto, fragilidades que o ecossistema laboral apresenta impedem o correto desenvolvimento da Economia do Conhecimento, nesse sentido, a distância entre necessidades, exigências das empresas e capacidades ou interesses dos profissionais, dificultam a construção de sistema que permita crescimento maior dessa economia.Sugere iniciativas e ações como a incorporação do ensino de tecnologia desde tenra idade nos currículos educacionais, vincular treinamento à prática de trabalho, trabalhar sobre desigualdade e inclusão trabalhista,   gerar vieses em decisões de busca e contratação das empresas, dedicar tempo e recurso empresarial à formação e projeção de carreira a nível local, sendo que tais ações exigem redefinição interna de perfis e tipos de colaboradores de encontro às necessidades da força de trabalho. O crescimento sustentado exige dos responsáveis ​ gerar oportunidades,  além de impacto na sociedade para que os talentos continuem optando por estudar, formar e trabalhar no setor e indústria com potencial de gerar ecossistema de oferta e demanda. A realidade mostra que resultados melhores se obtém com integração e esforço conjunto dos atores ligados à Economia do Conhecimento, sendo assim, explica, devemos começar 2023.

Moral da Nota: o Banco Mundial define pilares que compõem a estrutura de economia do conhecimento, sendo o primeiro,  o regime institucional com incentivos econômicos em ambiente econômico e regulatório apoiando o livre fluxo de conhecimento, encorajando empreendedorismo à economia do conhecimento, aberto ao comércio internacional e livre de protecionismo que inibe competição e inovação. O segundo emerge em trabalhadores educados e qualificados, exigências únicas à mão-de-obra que deve adquirir mais competências e experiência na vida profissional, com aprendizagem contínua promovendo coesão social, reduzindo criminalidade e melhorando distribuição de rendimentos de capitais. O terceiro pilar se apóia em sistema de inovação eficaz no conjunto das empresas, universidades, centros de pesquisa, consultores e organizações que ajudem disseminar, criar, adquirir e usar o conhecimento em ambiente que nutre desenvolvimento, pesquisa, inovação e progresso. Por fim, o quarto pilar se insere na Infraestrutura de informação disseminando o conhecimento pela população, descrevendo a eficácia da comunicação, disseminação, processamento de informação e tecnologia cujo fluxo de conhecimento e informação ao redor do mundo aumenta colaboração, produtividade e produção.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Economia do conhecimento

Emerge o programa Argentina 4.0 considerado o mais ambicioso da história, buscando atingir 200 mil alunos via treinamento gratuito em programação, teste e habilidades digitais, destacando alcance da iniciativa com quase 77 mil aspirantes a programadores. “Conta com mais de 40 universidades, empresas de tecnologia e capacitação tecnológica da Argentina” "que darão  77 cursos durante 9 meses,  com possibilidade presencial ou virtual, de forma síncrona e assíncrona, garantindo oportunidades à que mais pessoas ingressem e ninguém fique de fora". Com base nos dados da Secretaria de Economia do Conhecimento, o setor de tecnologia argentino tem déficit de pessoal qualificado estimado em 10 mil buscas/ano em área com salários médios de US$ 267 mil/mês. O trabalho será articulado com o Estado junto ao sistema educacional e empresas do setor que apontem necessidades específicas e incorporem egressos do Programa Argentina 4.0 em seus quadros. O  Programa é nacional e federal, formará em conhecimentos de programação e idiomas, testes e habilidades digitais, aumentando empregabilidade no setor de software e tecnologia. Promovido pelo Ministério da Economia conta com apoio de um conselho consultivo especializado visando capacitar ao longo de um ano ao mercado de trabalho internacional emergente, articular necessidades do mercado com a formação de mais gente em tecnologia gerando valor agregado em setores industriais tradicionais e não tradicionais, proporcionando acesso a empregos de qualidade e boa remuneração. Para acessar os cursos gratuitos do Programa Argentina 4.0, os candidatos devem ser residentes argentinos, maiores de 17 anos, com nível médio. O secretário de Economia do Conhecimento da Nação, explica que  “é decisão política investir na educação,  produção,  capacitação da Economia do Conhecimento e, no futuro dos argentinos”.

Inserido no conceito de inovação, o governo do Canadá, divulgou plano de US$ 1,2 bilhão buscando mitigar perigos iminentes de um mundo em aquecimento, como inundações, incêndios florestais e calor extremo. Chamado de estratégia de adaptação climática, financiará programas de proteção das ondas de calor,  elevação do mar protegendo infraestrutura, inclusive no extremo norte que enfrenta degelo do permafrost, ou, terras eternamente geladas.  A tempestade Fiona, considerada a mais cara atingir a costa atlântica do Canadá foi amostra do que está por vir,  com o governo prevendo que os custos anuais com desastres naturais aumentem para 15,4 bilhões de dólares canadenses até 2030. A estratégia de adaptação apresentada pelo governo foi saudada como "grande passo à frente" pelo Greenpeace, enquanto o Bureau de Seguros do Canadá que representa seguradoras de residências, automóveis e empresas, chamou de "ambiciosa". Tem com objetivo tornar os canadenses mais conscientes dos riscos de desastres naturais nas comunidades, estabelecendo 15 parques nacionais urbanos, conservando 30% das terras e águas do Canadá para conter perda de biodiversidade evitando mortes futuras por calor extremo, sendo que as medidas de adaptação, de acordo com o governo, podem resultar em até 15 dólares canadenses de economia para cada dólar gasto.Padrões de construção em zonas de incêndio e inundação, economizariam  4,7 bilhões de dólares canadenses/ano,  observando que as florestas urbanas em Toronto reduziram custos de resfriamento, melhoraram a qualidade do ar e reduziram tensões nos esgotos pluviais, sendo que onovo financiamento se baseia em mais de 8 bilhões de dólares canadenses   comprometidos para adaptação e alívio de desastres desde 2009.

Moral da Nota : o Chile  lançará o primeiro trem movido a combustível obtido de fontes renováveis ​​reduzindo emissões poluentes usado para transportar mercadorias de maneira ecológica, pela empresa Ferrocarril de Antofagasta a Bolívia, FCAB,  que opera exclusivamente com hidrogênio verde. A FCAB adquiriu através de fornecedor chinês prevendo colocá-la em funcionamento no segundo semestre de 2024, marcando início da conversão da frota, atualmente movida a combustíveis fósseis. O país busca  tornar-se um dos maiores exportadores de energia limpa, embora o hidrogênio verde ainda não seja produzido em massa decorrente custos elevados de produção.Projeções oficiais indicam que a produção de hidrogênio verde gere lucros de até 30 bilhões de dólares/ano e posicione a empresa do setor ferroviário como uma das pioneiras a nível internacional na articulação da tecnologia.