O termo “economia do conhecimento” foi cunhado na década de 1960 por Peter Brucker que o utilizou para descrevera mudança de economias tradicionais, dependentes de mão de obra não qualificada e produção primária, à economias dependentes de indústrias de serviços e empregos que exigiam mais em análise de dados. Por definição, é sistema de consumo e produção de atividades intensivas em conhecimento, contribuindo ao desenvolvimento científico e tecnológico através da inovação. É auto-sustentável na inovação, pesquisa e avanço tecnológico, com força de trabalho em informática e ênfase no desenvolvimento de IA e algoritmos para criar negócio e atividade financeira . O professor da Harvard Business School, Michael Porter, avalia que a vantagem competitiva na economia do conhecimento está na empresa flexível, responsiva e inovadora, dedicando recursos à pesquisa e desenvolvimento. As economias do conhecimento se caracterizam pelo impacto de funcionários qualificados, cujas carreiras exigem conhecimento especializado ou especialização, com a transição da economia tradicional à do conhecimento se acelerando nos países desenvolvidos decorrente dependência da informatização, big data e automação. Na economia do conhecimento, a perícia humana é ativo produtivo ou negócio, produto que pode ser vendido ou exportado por lucro, ou, ativo baseado no conhecimento não perceptível conhecido como capital intelectual.
A CEO do Grupo argentino G&L, analisa a Economia do Conhecimento em 2022 e aponta desafios para 2023. Explica que em 2022 o foco foi escassez de talentos à indústria levando empresas enfrentarem desafio em retê-los, erguendo bandeiras da capacitação e educação como sinal de investimento e interesse no capital humano. Avalia que o desenvolvimento e promoção de ferramentas e recursos em tecnologia, treinamento e conhecimento, mostra como caminhos essenciais aos argentinos aproveitarem o potencial e capacidades do talento local. No entanto, fragilidades que o ecossistema laboral apresenta impedem o correto desenvolvimento da Economia do Conhecimento, nesse sentido, a distância entre necessidades, exigências das empresas e capacidades ou interesses dos profissionais, dificultam a construção de sistema que permita crescimento maior dessa economia.Sugere iniciativas e ações como a incorporação do ensino de tecnologia desde tenra idade nos currículos educacionais, vincular treinamento à prática de trabalho, trabalhar sobre desigualdade e inclusão trabalhista, gerar vieses em decisões de busca e contratação das empresas, dedicar tempo e recurso empresarial à formação e projeção de carreira a nível local, sendo que tais ações exigem redefinição interna de perfis e tipos de colaboradores de encontro às necessidades da força de trabalho. O crescimento sustentado exige dos responsáveis gerar oportunidades, além de impacto na sociedade para que os talentos continuem optando por estudar, formar e trabalhar no setor e indústria com potencial de gerar ecossistema de oferta e demanda. A realidade mostra que resultados melhores se obtém com integração e esforço conjunto dos atores ligados à Economia do Conhecimento, sendo assim, explica, devemos começar 2023.
Moral da Nota: o Banco Mundial define pilares que compõem a estrutura de economia do conhecimento, sendo o primeiro, o regime institucional com incentivos econômicos em ambiente econômico e regulatório apoiando o livre fluxo de conhecimento, encorajando empreendedorismo à economia do conhecimento, aberto ao comércio internacional e livre de protecionismo que inibe competição e inovação. O segundo emerge em trabalhadores educados e qualificados, exigências únicas à mão-de-obra que deve adquirir mais competências e experiência na vida profissional, com aprendizagem contínua promovendo coesão social, reduzindo criminalidade e melhorando distribuição de rendimentos de capitais. O terceiro pilar se apóia em sistema de inovação eficaz no conjunto das empresas, universidades, centros de pesquisa, consultores e organizações que ajudem disseminar, criar, adquirir e usar o conhecimento em ambiente que nutre desenvolvimento, pesquisa, inovação e progresso. Por fim, o quarto pilar se insere na Infraestrutura de informação disseminando o conhecimento pela população, descrevendo a eficácia da comunicação, disseminação, processamento de informação e tecnologia cujo fluxo de conhecimento e informação ao redor do mundo aumenta colaboração, produtividade e produção.