Estudo sobre economia climática superestimou a queda projetada na renda global devido mudanças climáticas, com pesquisadores reconhecendo erros de dados econômicos falhos do Uzbequistão e levando a revista Nature retirar o artigo pós meses de escrutínio sobre os enganos discutidos, quer dizer, pesquisadores do Instituto Potsdam de Pesquisa em seu estudo de abril de 2024 sobre Impacto Climático da Alemanha originalmente projetaram que as mudanças climáticas reduziriam a renda global em 19 % até 2050, ao passo que, análise revisada coloca esse número em 17 %. No entanto, vale dizer que, apesar dos erros, o autor principal Maximilian Kotz avalia que a mensagem fundamental do estudo permanece intacta, ao dizer que, "a mudança climática será enormemente prejudicial à economia mundial se não for controlada e o impacto atingirá com mais força áreas de menor renda que contribuem com menores emissões". Leonie Wenz, coautora, observa que as estimativas revisadas mostram danos globais de US$ 32 trilhões em termos ajustados pelo poder de compra, abaixo dos US$ 38 trilhões originais, enquanto Gernot Wagner, economista climático da Columbia Business School que não participou da pesquisa, avalia que as conclusões principais permanecem significativas independente do valor específico, literalmente diz, "a mudança climática já atinge os lares, cujos prêmios de seguro residencial nos EUA já registraram, em parte, duplicação apenas na última década". Os dados do estudo haviam sido incorporados aos cenários climáticos usados pela Rede ao Esverdeamento do Sistema Financeiro, com bancos centrais do mundo confiando à testes de estresse climático, daí, os autores buscaram revisar e reenviar o artigo. A retratação decorre após economistas da Universidade de Stanford liderados por Solomon Hsiang, descobrirem anomalias nos dados subjacentes do estudo, em que, o conjunto de dados do Uzbequistão mostrava PIB nacional despencando 90% em 2000, em seguida, se recuperando em mais de 90% em regiões até 2010, no entanto, tais números são inconsistentes com dados do Banco Mundial que mostravam crescimento anual real entre -0,2% e 7,7% nesse período, daí, Hsiang dizer, "quando removemos Uzbequistão, tudo mudou". Para finalizar, ao remover um único país da análise reduziu o impacto estimado pelo estudo das mudanças climáticas no PIB mundial de 62% à 23% até 2100 e, de 19% à 6% até 2050, com pesquisadores de Potsdam revisando estimativa que custos dos danos excederiam custos de construção de resiliência reduzindo a probabilidade de 99% à 91%.
Considerando melhores instrumentos visando estimativas e impactos futuros, John Martinis, Prêmio Nobel de Física de 2025 que alcançou supremacia quântica no Google em 2019, falando à Bloomberg News em Tel Aviv, nos alerta que a China fechou o que antes era lacuna de 3 anos na tecnologia da computação quântica estando atrás dos EUA por meros "nanossegundos", quer dizer, "é definitivamente muito competitiva nisso," concluiu. Alerta ainda que "as pessoas devem estar preocupadas que há uma corrida real" e o agora professor na Universidade da Califórnia, Santa Barbara, enquanto ambas as nações competem para construir computadores quânticos com aplicações práticas, marco que, especialistas dizem ainda estar entre 5 e 10 anos de distância, sendo que seus comentários ecoam preocupações similares levantadas pelo CEO da Nvidia, Jensen Huang, ao alertar que a China está "nanossegundos atrás dos EUA em IA". Vale a nota que, Martinis, liderou a equipe de desenvolvimento de computação quântica do Google, esclarecendo que cientistas chineses replicam rapidamente avanços ocidentais e, diz, "eu leio seus artigos, eles entendem o que estão fazendo muito claramente" e, conclui, "quando pessoas no Ocidente publicam artigos sobre avanços recentes, frequentemente em alguns meses publicam artigo com capacidades similares" e o progresso da China é evidente em desenvolvimentos de hardware. Para finalizar, em março de 2025, cientistas chineses revelaram o Zuchongzhi 3.0, processador quântico supercondutor de 105 qubits que supostamente opera 10^15 vezes mais rápido que os principais supercomputadores clássicos à tarefas específicas, daí, as métricas de desempenho do sistema incluindo 99,90% de fidelidade rivalizam de perto com as do chip Willow do Google, anunciado em dezembro de 2024. Quer dizer, a China mobilizou investimento em escala estatal para dominar tecnologias quânticas e, com apoio governamental, totalizou US$ 15,3 bilhões em 2023, mais que o dobro do apoio combinado dos setores público e privado norte americano e já lidera globalmente em comunicações quânticas com rede quântica se estendendo por mais de 10 km através de 17 províncias e 80 cidades.
Moral da Nota: a União Europeia acordou adiar a lei de desmatamento do bloco por um ano, estendendo o prazo à grandes empresas cumprirem até 30 de dezembro de 2026 e, o acordo, entre a Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho da UE, marca o 2º adiamento da regulamentação pela pressão da indústria e estados membros em encargos burocráticos e impactos comerciais. Duplica a proposta original da Comissão de um período de carência de 6 meses e elimina necessidade de fase de transição adicional, com pequenas e microempresas tendo até 30 de junho de 2027 para atender requisitos que proíbem venda de produtos vinculados a desmatamento pós dezembro de 2020 com especialistas avaliando que, proteger florestas, deveria ser do interesse de todos, mas as regras da UE sobre desmatamento colocam Estados-membros, ambientalistas e grupos de interesse uns contra os outros e, por enquanto, aqueles que são a favor da simplificação e de regras mais brandas levam vantagem. Para ambientalistas europeus, este é mais um revés pós término da COP30 que não apresentou plano de ação à conter desmatamento, enquanto o Parlamento Europeu votava pela simplificação do regulamento da UE sobre produtos livres de desmatamento, EUDR, apoiado no Partido Popular, PPE, e grupos de extrema-direita, desenvolvimento que repercutirá políticas duradouras. Além do adiamento da lei, requisitos de reporte às empresas serão flexibilizados, incluindo obrigações em relação à apresentação de declaração de due diligence ao colocar produto no mercado da UE. A Diretiva de Desenvolvimento da UE, EUDR, adotada em 2023, foi saudada por ambientalistas como avanço na luta à proteger a natureza e combater mudanças climáticas, sendo que a lei proíbe produção de bens em áreas desmatadas pós dezembro de 2020 incluindo itens como café, cacau, soja, madeira, óleo de palma, papel de impressão e borracha, além de gado. Por fim, a indecisão em relação às regras irritou defensores do meio ambiente e empresas que já investiram para se adequarem, com a Ferrero e a Nestlé entre as que alertaram que o novo adiamento “prolonga incerteza jurídica e de mercado, penaliza pioneiros e recompensa inação”, com Pierre-Jean Sol Brasier, do grupo ambientalista Fern, dizer que a medida envia “sinal desastroso em todos os níveis”, com as idas e vindas sobre a lei como “caricatura da incompetência política da UE”, alertando que, “estamos criando instabilidade às empresas que investiram milhões” na adequação às normas e acrescentou que agora a porta está aberta “à que legisladores esvaziem” o texto.