domingo, 2 de fevereiro de 2025

Agronegócio

A tokenização do agronegócio atingirá 75 milhões de transações em 2025 decorrente crescente adoção, com blockchain se consolidando como ferramenta crucial no desenvolvimento sustentável do agronegócio sendo que a implementação de recursos tecnológicos gera impacto crescente na economia brasileira com tokenização, por exemplo, como ferramenta discutida por produtores, investidores, startups do setor e organizações como recurso potencial para revolucionar o mercado agrícola, beneficiando pequenos produtores. A tokenização de ativos via blockchain, tanto no agronegócio quanto em outros setores, permite negócios rápidos com facilidade de negociação e resultados tangíveis, tanto para negociadores quanto investidores e, segundo estudo da MarketsandMarkets, o número de transações deste tipo no setor agrícola atingirá 75 milhões em 2025, com CEO da BBChain esclarcendo que “a tecnologia proporciona maior liquidez aos ativos agrícolas, permitindo fragmentação e negociação mais eficiente através de blockchain para para que os agricultores e investidores possam aceder a mercados e diversificar carteiras, além disso, reduz custos de transação e elimina intermediário tornando processos de compra e venda mais rápidos e transparentes”. Tokenização consiste na criação de arquivo digital criptográfico, sendo que os tokens são usados ​​para transacionar bens, ativos, direitos e projetos através de rede blockchain e seus valores são determinados pelo valor dos bens a eles associados surgindo no agronegócio como estratégia para transformar o modo de financiar, comercializar e administrar ativos do setor, processo que envolve conversão de ativos físicos ou virtuais em tokens digitais apresentando vantagens aos agricultores. A tokenização dos produtos agrícolas permite produtores aceder de forma eficiente ao capital, em vez de depender de empréstimos bancários tradicionais, podendo emitir fichas que representam ativos agrícolas, método vantajoso à pequenos e médios agricultores que enfrentam dificuldades ao tentar obter crédito por meios convencionais sendo que a prática da tokenização pode resultar em economia de custos aos produtores.

Contratos inteligentes são programas de computador que executam acordos entre partes automaticamente, sem participação de intermediários ao passo que durante anos foram apenas conceito até que a tecnologia pôde ser aplicada com o aparecimento do Bitcoin, podendo ser dito que cada cliente de um dApp funciona como um nó que forma em conjunto com outros usuários, espécie de “certificador” ou “notário” coletivo que valida e registra transações realizadas na plataforma ressaltando que este cadastro não requer autorização manual do usuário pois é feito de modo automático graças aos contratos inteligentes. Nas aplicações descentralizadas são os usuários que estão no controle, não usam servidores centrais e a cada operação ou transação realizada, dados são atualizados em cada nó significando que há backup do histórico da aplicação nos nós, portanto, caso um usuário desapareça as informações não serão afetadas já que existem centenas de cópias na rede, em linhas gerais, dizemos que o sistema se encarrega de tudo, ou, validar cada interação, realizar registro minucioso das operações, entre outros. Em termos gerais, um nó pode ser qualquer dispositivo conectado a uma rede de computadores funcionando como computador que faz parte de uma grande biblioteca digital na qual fica registrada toda transação, sendo que as redes de criptomoedas são formadas por nós que permitem compartilhamento e registro de informações de modo descentralizado, sendo que os dApps têm economia programada que define a moeda a ser utilizada, seu valor total e como é gerada, em alguns casos, a criação de tokens depende de validadores ou mineradores enquanto em outros é o próprio algoritmo que os gera automaticamente, por exemplo, quando se deseja gerar representação de bitcoin na Ethereum, o contrato inteligente é automaticamente responsável por salvaguardar fundos fornecidos e criar equivalentes a serem movimentados na Ethereum, conhecido como tokens empacotados. Aplicativos descentralizados podem ser classificados com base nas características, no entanto, a categorização mais comum é no fato dos dApps usarem ou não sua própria rede de criptomoeda e, segundo este critério, existem 3 tipos de aplicações descentralizadas, ou, aplicativos descentralizados do tipo I, aqueles que possuem sua própria rede de criptomoedas e dentro desta categoria encontramos Bitcoin, Litecoin, Ethereum, Tron, entre outros, aplicações descentralizadas Tipo II, que requerem rede de criptomoeda de aplicação descentralizada tipo I, sendo que esses tipos de dApps funcionam como protocolos e possuem tokens para funcionamento, um exemplo seria o protocolo Omni e MarkerDAO e, por fim, aplicações descentralizadas Tipo III sendo que dApps Tipo III usam protocolos dos aplicativos Tipo II, da mesma forma, funcionam como protocolos e possuem tokens para funcionamento, como exemplo a rede SAFE que se baseia no protocolo Omni para colocar em circulação “safecoins”. Em 2015, os dApps atingiram seu auge com o lançamento de plataformas como Ethereum que pretendia tornar-se blockchain capaz de realizar operações sem necessidade de depender de terceiros, porém, o que caracteriza um dApp é sua plataforma descentralizada que possui um algoritmo de consenso e, seguindo essa lógica, o primeiro dApp com estrutura acessível e funcionamento bem-sucedido é o Bitcoin, pois foi o primeiro sistema que permitiu a aquisição de serviços e produtos sem que houvesse autoridade para registrar movimentos e controlar transações. Uma das vantagens que os dApps oferecem é a segurança construída através de rede de criptomoedas, em tese, as transações são transparentes e imutáveis significando que uma vez adicionados ao blockchain os dados não podem ser alterados, da mesma forma, a transparência desta tecnologia permite aos utilizadores verificar não só transações mas o funcionamento da aplicação sem ter que recorrer a uma entidade central e, desta forma, as manipulações e fraudes são reduzidas. Aplicativos financeiros como plataformas DeFi foram projetados para oferecer serviços financeiros que não requerem intermediários tradicionais, nestes casos, um dApp financeiro permite por exemplo que seus fornecedores interajam com os utilizadores finais o que se traduz em maior flexibilidade e eficiência para todos, por outro lado, dApps oferecem confiabilidade aos usuários em aplicações centralizadas ou tradicionais, a operação pode falhar ou parar se o servidor cair, enquanto os dApps permanecem operacionais mesmo se alguns nós da rede falharem, além disso, dApps são caracterizados pela resistência à censura pois dificultam intervenção governamental ou corporativa, possível, porque a rede de criptomoedas dificulta qualquer tentativa de manipulação externa permitindo que os usuários exerçam maior controle sobre seus dados.

Moral da Nota: apesar de dApps dificultarem intervenção governamental, por vezes são inevitáveis, caso do Uniswap, bolsa que teve que alterar regras devido regulamentações, da mesma forma, investigação da SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, representou tentativa de monitorar o que acontece na plataforma trazendo resposta do usuário que expressou descontentamento. A utilização do dApp envolve carteira de criptomoeda compatível com a rede que funciona o dApp e dentre as carteiras mais populares estão a MetaMask, Coinbase Wallet e Trust Wallet, carteiras que permitem interação com dApps e armazenamento de criptomoedas, existindo também “exploradores de blocos” que são usados ​​para pesquisar e explorar diferentes dApps, com o Etherscan como um dos mais populares com o DappRadar, considerando que o termo “dApp” abrange muitos serviços, tudo dependerá do que o usuário procura, embora a maioria esteja relacionada a finanças muitos relacionados a videogames e stablecoins. Depois de selecionar seu dApp, solicitará conecção a uma carteira, desta forma, permite acesso ao endereço da carteira e sincronização dos aplicativos, o dApp com a carteira, e, após concluir esta etapa, poderá haver interação com o dApp da mesma forma que se usa qualquer outro aplicativo, observando algumas interações, como fazer transações, que podem exigir confirmimação da ação, Isto é necessário para manter a segurança dos fundos.