Consequente dificuldades de operar em dólares ou euros, El Salvador e Rússia negociam acordos comerciais tendo o bitcoin como protagonista facilitando transações com empresas russas, com o Primeiro Secretário da Embaixada russa destacando que El Salvador explora possibilidade de ser incluído no BRICS para diversificar opções comerciais e atrair investimentos estrangeiros. “Há empresários de El Salvador interessados em fazer negócios com a Rússia”, segundo a mídia russa, acrescentando que“há dificuldades com cálculos, porque a moeda oficial de El Salvador é o dólar americano, como alternativa, El Salvador sugere uso cripto em operações comerciais”, no entanto, o embaixador russo lamenta que “o bitcoin não esteja muito difundido na Rússia por isso há procura de outros meios de fortalecer o comércio. O diplomata russo avalia que o país centro-americano deveria criar um banco que processe transações em diversas moedas como o yuan, rupia indiana e rublo russo, no entanto, vale ressaltar que o Banco Central da Rússia está habilitando plataforma que permite uso de criptomoedas como alternativa de pagamento transfronteiriço para minimizar o impacto das sanções, além disso, El Salvador ao explorar possibilidade de aderir ao BRICS fica mais próximo da ideia de realizar pagamentos internacionais em cripto, considerando que o bloco desenvolve plataforma multilateral de pagamentos chamada BRICS Bridge. Os interesses entre El Salvador e Rússia apontam ao desenvolvimento do turismo, setor no qual o bitcoin pode desempenhar papel relevante, porque o turismo bitcoin no país centro-americano é reconhecido como destino que mais cresce no Hemisfério Ocidental já que El Salvador criou sua própria embaixada na Federação Russa e, por enquanto, os interesses da Rússia na nação latino-americana são representados pela embaixada da Nicarágua, assim, com objetivo de aproximação em diversas áreas foi organizada uma representação russa em El Salvador que se comunica em tempo hábil com autoridades do país.
O FMI e as autoridades salvadorenhas reconhecem necessidade de esforços adicionais na melhoria da transparência mitigando potenciais riscos fiscais, com o FMI emitindo declaração no seu site oficial, pós meses de discussões presenciais e virtuais com os salvadorenhos. A missão do Fundo concentrou-se em políticas que seriam apoiadas por programa do FMI para resolver desequilíbrios macro econômicos e reforçar perspectivas de crescimento e resiliência de El Salvador a médio prazo que, segundo o FMI, foram feitos progressos nas negociações à programa apoiado pelo Fundo centrando-se em políticas à fortalecer finanças públicas, aumentar reservas bancárias, melhorar governança e transparência mitigando riscos associados à utilização Bitcoin e demais criptos no país. Na frente fiscal, entendimentos preliminares buscam melhorar o saldo primário em 3,5% do PIB em período de 3 anos, cujo objetivo é colocar a dívida pública em trajetória sustentável esperando-se que a consolidação seja alcançada através de conjunto equilibrado de medidas, focadas na racionalização da folha de pagamento pública permitindo ao mesmo tempo espaço à despesas sociais e de infra-estruturas críticas. Registaram-se progressos no desenvolvimento de plano de reforço gradual das reservas do sistema financeiro, consistente com crescimento contínuo do crédito ao sector privado apoiado por iniciativas à reduzir dependência do governo no financiamento interno, através da consolidação planejada e apoio potencial do Fundo e bancos multilaterais de desenvolvimento. Alcançados entendimentos preliminares sobre estratégia plurianual abrangente à melhorar governança, transparência e clima de investimento, estando as autoridades salvadorenhas avançadas na preparação de propostas legislativas à abordar corrupção, vulnerabilidades a lavagem de capitais e deficiências nos quadros de contratação pública, trabalho, apoiado por parceiros de desenvolvimento buscando garantir que os quadros sejam consistentes com melhores práticas internacionais. Vale dizer que, embora muitos dos riscos associados ao Bitcoin não tenham se materializado, tanto o FMI como autoridades salvadorenhas reconhecem necessidade de esforços adicionais para melhorar transparência e mitigar potenciais riscos de estabilidade fiscal e financeira decorrentes adoção Bitcoin no país, já que desde a adoção do Bitcoin como moeda legal em 2021, El Salvador seguiu política agressiva de aquisição da criptomoeda e, segundo autoridades, a compra diária de 1 Bitcoin faz parte de estratégia para diversificar reservas financeiras e promover inclusão financeira.
Moral da Nota: Abu Dhabi inaugura centro blockchain visando impulsionar inovação em blockchain e estabelecer como hub aos principais eventos e workshops globais e conectando líderes da indústria, além disso, incorporará um braço de capital de risco para dar suporte e investir em startups Web3 servindo como plataforma ao lançamento de aplicativos de tecnologia Blockchain. Conhecido como Blockchain Center, busca estabelecer Abu Dhabi como líder global em tecnologia e inovação blockchain focado em criar ecossistema à startups, empresas e instituições acadêmicas e, conforme relatório, o Blockchain Center está pronto para sediar eventos e workshops globais conectando líderes na indústria, eventos, que servirão como plataformas para lançar aplicativos blockchain incorporando hub de incubação e aceleração startup. O CEO do Blockchain Center declarou entusiasmo em lançar o Blockchain Center para inovação, educação e colaboração em blockchain e fornecimento de hub de incubação e aceleração, programas educacionais para avançar o conhecimento, habilidades e inovação tecnológica blockchain, além de treinamento prático de recursos humanos visando garantir desenvolvimento contínuo de talentos, com o detalhe que um braço de capital de risco será incorporado ao centro para apoiar e investir em startups Web3.
Rodapé: no momento, transações na rede Bitcoin estão custando entre 6 e 8 sat/vB, menos que um dólar, valor que representa custo médio de comissões que não se via desde 2020 quando a pandemia trouxe queda nas taxas, porém, esse panorama traz desafios aos mineradores Bitcoin que veem rendimentos serem reduzidos embora o subsídio em bloco continue ser a principal fonte de lucros, em que taxas de transação foram previstas como receita fundamental pós halving mas à medida que os custos diminuem os mineiros relatam lucros menores levantando questões sobre o futuro.