quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Solana

Em relatório publicado a Fundação Solana constata que consumidores encontram mais casos de uso onchain e, em consequência acessam mais público, com maiores desafios à desenvolvedores de protocolos DeFi, finanças descentralizadas, que através de casos de uso emergentes atraem consumidores compensados ​​por regulamentação inconsistente e acirrada concorrência, segundo a Fundação Solana. O relatório apresenta história detalhada da evolução DeFi acompanhando crescimento blockchain desde simples trocas de moeda digital a ecossistemas complexos que oferecem oportunidades de empréstimos, geração de rendimento e etc, criando mercado consumidor DeFi, sendo que a introdução de stablecoins foi ponto de virada com o relatório detalhando que “não é exagero dizer que stablecoins tornaram-se um dos ‘aplicativos matadores’ de criptomoedas”. Considera barreiras à expansão DeFi juntamente com sua utilização crescente citando procura instável, estruturas de incentivos insustentáveis, modelos de governança ineficazes e riscos de segurança sendo que papel do ambiente regulatório hostil nos EUA é examinado, além do que, a arquitetura MakerDAO mostra complexidade do design de aplicativos com diferenças técnicas entre blockchains, levando a casos de uso especializados às cadeias e à competição por usuários Blockchains com grande base e aqueles com taxas mais baixas atraindo desenvolvedores, segundo a Solana. A inovação pode ter lado negativo, “em muitos casos, usuários ficam sobrecarregados com grande número de aplicativos possíveis para escolher ou desconfiam dos aplicativos on-chain, tornando difícil aos existentes e menos às pessoas comuns encontrar valor sustentável visando interagir com aplicativos DeFi”, no entanto, a diversificação e o desenvolvimento de “superaplicações” beneficiaram as blockchains, com aquisição do Crypto The Game pela Uniswap e o lançamento da plataforma de fidelidade Bond da Solana são exemplos positivos além do movimento blockchain em direção às redes sociais de modo positivo, por exemplo, rápido desenvolvimento da rede TON incorporando ambas as tendências. Conclui que o desenvolvimento DeFi foi “rápido e dramático” criando novos mercados ou penetrando nos já existentes com “tendências emergentes apontando à maior integração com infraestrutura Web2 existente, melhor experiência do usuário e abordagens personalizadas para promover interações sociais e fidelidade” ao afirmar que desenvolvedores esperam que a concorrência intensifique à medida que os desafios se tornem mais agudos e a escolha blockchain mais crucial ao sucesso.

Neste ecossistema, a Solana Labs lança a Bond, plataforma blockchain de fidelização de clientes permitindo que marcas fora do espaço criptográfico aproveitem o poder blockchain para interagir com clientes, sendo que a Solana Labs, empresa por trás da blockchain Solana camada 1, em breve trará mais marcas fora do espaço cripto e seus clientes à Web3, sem que muitos deles sequer saibam disso. O Bond, lançado oficialmente em 12 de junho, através da nova plataforma de engajamento do cliente em blockchain, foca ajudar as marcas “impulsionar a fidelidade de longo prazo” com a Solana Labs afirmando que a plataforma aborda “limitações críticas” nos programas de fidelização atuais, nomeadamente perda de ligação com o cliente final se um produto for revendido ou doado. Embora Bond seja baseado em blockchain, difere de lançamentos recentes da empresa, como Solana Mobile, por não colocar as criptomoedas em primeiro plano, descrevendo-o como "experiência de usuário perfeita, onde clientes nem perceberão que é Web3” sendo que a Solana promete que as marcas não precisarão de nenhuma experiência blockchain pois o serviço será acessível através de interface única de programação de aplicativos. A plataforma aproveita a blockchain Solana, SOL, para fornecer “gêmeos digitais” colecionáveis ​​e produtos digitais de edição limitada para acompanhar produtos do mundo real que a Solana diz que podem “encorajar envolvimento repetido e aumentar o valor geral do produto ao cliente”, apresenta gêmeos digitais como experiência de realidade aumentada em que identidade digital dos produtos permite que clientes verifiquem autenticidade de um produto, enquanto as marcas podem rastrear os produtos, mesmo que revendidos ou dados como presente, dizendo que a plataforma adiciona o benefício de atrair “nova geração de clientes”, incluindo a “comunidade blockchain” de Solana seu “poder de compra da geração Y e Z”. A rede Solana hospeda memecoins populares como Dogwifhat, WIF, Bonk, BONK, Popcat, POPCAT, e Myro, MYRO, com aumento no interesse institucional desde que o PayPal lançou seu stablecoin PayPal USD, PYUSD, na rede, aumentando a eficiência de custos de compras com PYUSD planejando apresentar versão completa de atualização Firedancer em 2025 para aproveitar crescimento das Redes de Infraestrutura Física Descentralizada, DePINs. Os programas de fidelidade em Blockchain não são ideia nova com a empresa de marketing de software como serviço Open Loyalty, por exemplo, possuindo blockchain no Hyperledger Fabric, além de carteiras Open Loyalty usadas por pelo menos 7 organizações, embora sua página no GitHub mostre sinais limitados de atividade.

Moral da Nota: o movimento SocialFI, Finanças Sociais, expande a dinâmica entre criadores de conteúdo online, utilizadores e plataformas que os apoiam e, ao longo dos anos, o mundo das mídias sociais e criação de conteúdo consolida entre players, como Facebook, YouTube, Instagram, X,Twitter, e TikTok, por exemplo, a Statista mostra que o Facebook possui 3,03 bilhões de usuários ativos mensais, combinado com o fato que uma proporção da juventude de hoje nos países ocidentais, bem como América Latina, pretende tornar-se influenciador e criador de conteúdo, não sendo de admirar que a competição no espaço aumenta e, com ela, aumentam discussões sobre algoritmos das plataformas, censura e práticas de participação nos lucros, além disso, escândalos de manipulação narrativa e repetidas acusações de práticas duvidosas de recolha de dados do Facebook cimentam apelos à mudança por parte dos utilizadores e criadores. ‍Desafios nas redes sociais emergem de estruturas centralizadas e opacas cujos criadores ficam à mercê da plataforma em que se encontram, pela supressão arbitrária de conteúdo, bem como definição de regras de monetização, por exemplo, se um Youtuber estiver insatisfeito com sua remuneração ou descobrir que seu conteúdo é suprimido, será forçado cumprir políticas e diretrizes da plataforma, uma vez que existem poucas, ou, nenhuma, alternativa com base de utilizadores comparável, além disso, criadores são levados criar conteúdo que o algoritmo da plataforma tem maior probabilidade de promover, em oposição a conteúdo que desejam criar. A governança comunitária nas plataformas SocialFi, dirigida por DAOs, Organizações Autônomas Descentralizadas, desvia-se do modelo convencional de governança das redes sociais sendo que tal abordagem descentralizada oferece proteção contra a desplataforma arbitrária, por exemplo, o CultivatorDAO, primeiro DAO social à moderação de conteúdo descentralizada e aberta sendo que a rejeição de conteúdo não está mais nas mãos do julgamento de uma entidade centralizada, mas nas mãos da comunidade, na verdade, membros do DAO podem escolher seus líderes no DAO, responsáveis ​​por aceitar ou rejeitar conteúdo que mantêm 2 listas críticas, ou, uma de ‘spam’ e uma ‘verificada’, garantindo a qualidade do conteúdo e os padrões da comunidade.‍ Nas plataformas SocialFi, tokens sociais desempenham papel no envolvimento e monetização dos utilizadores, recompensando atividades como criação de conteúdos com tokens que governam a interação econômica, sendo que esses tokens permitem acesso exclusivo ao conteúdo criador e comunicação direta, melhorando a experiência do usuário, este mecanismo promove a participação à medida que utilizadores gastam tokens para ações como gostar ou partilhar, alinhando o crescimento da plataforma com envolvimento ativo dos utilizadores que não são participantes passivos, mas contribuintes ativos à economia da plataforma, por exemplo, Soundxyz, um mercado que além de plataforma NFT típica, permite que artistas se envolvam com fãs via experiências exclusivas, como shows, encontros de fãs, lançamentos de mercadorias e etc.