Estudo de caso investiga como a Mastercard aplica estrategicamente a IA, dimensionando aplicações e mantendo processos de governança para garantir uso responsável e impactante da tecnologia inserida na evolução financeira, aproveitando IA para impulsionar inovação e eficiência operacional. O presidente e CTO da Mastercard, esclarece que “IA tem sido essencial à Mastercard há anos e vemos que só aumenta em importância e impacto”, já que a empresa integrou IA em suas operações, melhorando segurança e personalização dos serviços, sendo que uma dos modos pelos quais utiliza IA é na plataforma de gerenciamento de decisões que serve como o cérebro IA em execução em sua rede permitindo que a empresa tome decisões complexas em tempo real sobre transações, melhorando detecção e prevenção de fraudes, destacando que “nos últimos 12 meses, impedimos fraudes no valor de mais de US$ 20 bilhões”. A aplicação estratégica IA na Mastercard resulta de processo de tomada de decisão ao empregar mecanismo de revisão de 2 níveis para avaliar oportunidades IA, ou, um conselho de revisão IA e uma subsequente revisão técnica profunda, sendo que o conselho de revisão IA consiste em especialistas incluindo jurídico, privacidade, produtos e negócios que avalia intenção, proveniência dos dados e implicações éticas de potenciais projetos IA, esclarecendo que "questões jurídicas, de privacidade, de produto, de intenção comercial, importa entender". O passo seguinte é a avaliação técnica que envolve escalabilidade e eficiência operacional da aplicação IA proposta e “se não for escalável, não importa" destacando a importância da escalabilidade nas iniciativas IA para dimensionar a validação em modo silencioso, onde técnicas IA são testadas em paralelo com sistemas existentes permitindo medir impacto e eficácia IA sem interromper operações. A aplicação estratégica IA serve como exemplo à outras organizações que buscam aproveitar o potencial desta tecnologia através de estrutura de governança bem definida, processos de revisão rigorosos e compromisso com práticas éticas, garantindo que iniciativas IA proporcionam valor significativo, ao mesmo tempo mantêm padrões de responsabilidade e integridade e, à medida que IA evolui, a abordagem proativa e estratégica mantém a empresa na vanguarda da inovação no setor financeiro.
Ainda na busca por inovação e escala, uma área a 20 km da costa de Illawarra ao sul de Sydney, tornou-se a 4ª zona de energia eólica offshore da Austrália, no entanto, a mais controversa até à data, com consulta atraindo recorde de 14.211 submissões, das quais 65% se opuseram inflamando debate sobre o caminho à descarbonização, especialmente em regiões industriais em que Illawarra abriga indústrias pesadas como a maior fabricante de aço da Austrália, a BlueScope Steel. O líder do Partido Nacional declarou que a Austrália não precisa de “parques eólicos industriais em grande escala”, argumenta que o foco deveria ser o armazenamento doméstico de energia solar e de baterias, já que energia eólica offshore tem potencial de produção de energia e um único projeto de 100 turbinas é capaz de gerar até 1,5 gigawatts, GW, de energia e a zona de Illawarra poderia conter 2 projetos, 2,9 GW, sendo que a Eraring, maior central elétrica a carvão da Austrália, perto do Lago Macquarie, em Nova Gales do Sul, também produz 2,9 GW. A energia eólica offshore é mais consistente que a energia eólica onshore ou energia solar em telhados, modo mais prático de fornecer segurança de rede renovável urgente para grandes usuários de energia, sendo que esta fonte de energia consistente e de alta capacidade é crucial aos esforços de descarbonização industrial da Austrália com a BlueScope Steel, por exemplo, estimando que precisará de 15 vezes seu consumo atual de energia para fazer a transição à operações de produção de aço verde na região de Illawarra. Outra questão é que o vento offshore sopra de forma mais consistente que o vento onshore daí emergindo o conceito de “fator de capacidade” ou produção real de uma usina em determinado período de tempo, dividida pela potência teórica que seria gerada se a usina operasse em plena produção no mesmo período de tempo, considerando que energia eólica onshore tem fator de capacidade de 30%, significando que 1 GW de parques eólicos onshore podem fornecer 0,3 GW de produção a qualquer momento enquanto a energia eólica offshore tem fator de capacidade de pelo menos 50%. O plano da Coligação para centrais nucleares anunciado na Austrália inserido em resposta alternativa ao desafio da disponibilidade de energia, depende do carvão e de centrais elétricas alimentadas a carvão com vida útil limitada sendo altamente improvável que essas centrais nucleares possam ser construídas a tempo de substituir o carvão, já que a Agência Internacional de Energia Atômica publica passo a passo para se tornar nuclear dizendo que são necessários 10 a 15 anos para um país passar da consideração inicial da opção de energia nuclear à operação da sua primeira central nuclear, daí, a questão nuclear na Austrália é como garantir energia confiável no intervalo de 5 a 10 anos entre o momento em que a maior parte do carvão sai e a primeira usina nuclear é comissionada.
Moral da Nota: o degelo do permafrost acelera o aumento das emissões de carbono e desafia o objetivo de mitigação das alterações climáticas, no entanto, permanece desconhecido se a implementação de projetos de restauração ecológica em áreas alpinas compensa efeitos adversos do degelo do permafrost localmente. No planalto Qinghai-Tibete com base no modelo aprimorado do Bioma-BGCMuSo sugere que o futuro degelo do permafrost induzido pelas alterações climáticas diminuirá o sumidouro de carbono e que a melhoria dos sumidouros de carbono dos projetos poderia neutralizar a perda de carbono induzida pelo degelo do permafrost, além disso, futuros climas mais quentes e úmidos aumentarão a área adequada à restauração. O ciclo global do carbono é afetado pelo aquecimento climático com efeitos variados nas zonas climáticas e ecossistemas e, para os ecossistemas alpinos, o aquecimento climático não só promove crescimento da vegetação para absorver mais CO2, como estimula degelo do permafrost para emitir mais CO2 o que enfraquece o sumidouro regional de carbono e converte-o em fonte de carbono. Projetos de restauração ecológica, ERP, definidos como processo de auxiliar recuperação d ecossistema degradado, danificado ou destruído são o componente mais importante das soluções climáticas baseadas na natureza e provaram ser meio eficiente e rentável para aumentar sumidouros de carbono dos ecossistemas terrestres, no entanto, permanece desconhecido se a implementação de ERPs compensa o impacto negativo do degelo do permafrost nos sumidouros de carbono. A temperatura e a precipitação são as causas que restringem o crescimento da vegetação à absorção de carbono em que o aumento da temperatura prolonga o tempo de crescimento da vegetação e aumenta a taxa máxima de fotossíntese para absorver mais CO2 na atmosfera, enquanto a precipitação é a principal causa que afeta a taxa com que a vegetação sequestra carbono através da fotossíntese em terras áridas sendo que o aquecimento climático agrava escassez de água nas terras áridas encurtando períodos de crescimento da vegetação e reduzindo absorção de carbono. Análises anteriores descobriram que as recentes alterações climáticas aceleraram o crescimento da vegetação para obter maior sumidouro de carbono no Alasca, no Canadá e no Planalto Tibetano, além disso, avanços concluíram que futuras alterações climáticas estimulariam crescimento da vegetação para promover assimilação de carbono nestas áreas, enquanto o aumento da temperatura da superfície acelera o degelo do permafrost, aumentando emissões de carbono e que a quantidade de carbono armazenada nas regiões de permafrost é o dobro da existente na atmosfera, sendo que os ERP desempenham papel crucial na mitigação do aquecimento global como parte de soluções climáticas baseadas na natureza. Estudos apontam que a restauração florestal global pode sequestrar mais de 200 GtC, aproximadamente a quantidade total de CO2 emitida à atmosfera globalmente nos últimos 20 anos, além disso, os ERP são mais rentáveis que outras opções como tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono e melhoram os serviços ecossistêmicos, entretanto, a melhoria dos ERP no aumento dos sumidouros de carbono é afetada pelas alterações climáticas com pesquisas mostrando que o aumento da temperatura e do CO2 ampliaram o sumidouro de carbono da China, contribuído pela restauração florestal e restauração de pastagens em 28,94% e 54,75%, respetivamente, além disso, a seca agravada pelas alterações climáticas enfraquece a eficácia dos ERP no aumento do carbono.
Em tempo: neste 27 e 28 de agosto acontece em Moscou o 6º Fórum Municipal Internacional dos países BRICS, no Expocenter de Moscou, reunindo autoridades regionais, municipais e empresários das economias emergentes e parceiros. Busca melhores práticas em gestão municipal em questões, econômicas atuais, tecnologia digital, ambiente, infra-estruturas municipais, transportes, saúde, educação e cultura e, neste contexto, Moscou foi reconhecida pela ONU como a melhor cidade do mundo em qualidade de vida e infra-estrutura. O fórum conta com 5 mil participantes de 500 cidades provenientes de 126 países, modelo de relações benéfico e respeitoso, prelúdio à próxima cúpula do BRICS que acontecerá na cidade de Kazan em outubro de 2024.
Por fim, o Chefe da ONU lança "SOS global" climático face à rápida subida do nível das águas do Oceano Pacífico. O texto do Secretário-Geral diz: “estou em Tonga para lançar um SOS global: "salvem nossos mares” e conclui: "o nível médio global do mar sobe a ritmo sem precedentes nos últimos 3 mil anos. O oceano transborda devido às alterações climáticas. O mundo deve #ActNow e responder ao SOS antes que seja tarde".