quinta-feira, 13 de junho de 2024

Qualidade do ar

Estudo mostra a qualidade do ar em 15 rotas de trem utilizando dados retirados ao longo do tempo num total de 119 viagens de 3 campanhas no inverno de 2020 e verão de 2021 incluindo 13 classes, analisando concentrações de material particulado, PM10, PM2,5, ultrafino, UFP, número de partículas, PNC, fuligem, BC, dióxido de nitrogênio, NO2, e óxidos de nitrogênio, NOX,  medidas em vagões de trem a diesel e bi- trens modais em viagens interurbanas e de longa distância no Reino Unido, UK, usando sistema de medição móvel de alta qualidade. O modo de combustível do motor foi o fator com maior impacto no NO2, com melhorias de até 14 vezes maiores quando o trem funciona a diesel comparado com tempos de funcionamento elétrico em trens híbridos, sendo que classes de trens com idade menor que 10 anos observaram concentrações mais baixas de PM, BC e NOX, refletindo melhorias na tecnologia. A qualidade do ar nos comboios a óleo diesel é superior às concentrações ambientais, com menos PM2,5 e PNC que a maioria dos outros modos de transporte, incluindo metrô, automóveis diesel e gasolina, com evidências sobre exposição à má qualidade do ar em microambientes de transporte fornecendo à indústria e órgãos reguladores medições de nível de referência para estabelecer diretrizes de qualidade do ar nos trens.

O transporte ferroviário é considerado modo verde de transporte de passageiros devido menores emissões de carbono  comparado com outros meios de transporte, no entanto, emite poluentes motivo de preocupação tanto nas alterações climáticas como qualidade do ar e, no Reino Unido, estima-se que emissões ferroviárias contribuíram com 11%, 13% e 12% das emissões de transporte não rodoviário de óxidos de nitrogênio, NOX, partículas com diâmetro aerodinâmico menor que 10 µm, PM10, e menor que 2,5 µm, PM2. 5, respetivamente, em 2019. Em 2020, 62% das vias férreas não eram eletrificadas e as viagens de trem a diesel responderam por 1400 gr CO2 por veículo-km, 3 vezes mais que emissões das viagens em trens elétricos, sendo que emissões dos trens resultam de processos de desgaste do motor e desgaste não relacionado ao  subproduto da combustão do diesel NOX, SO2 e VOCs e partículas nas frações ultrafinas e finas. As emissões não provenientes do escapamento são comuns em trens a diesel e elétricos incluindo partículas do desgaste mecânico, por exemplo, interação entre rodas, trilhos, pantógrafos ou catenária e desgaste dos freios, principalmente fração grossa devido ao atrito, no entanto, partículas finas e ultrafinas podem ser geradas por fricção e vaporização a altas temperaturas e quando se utiliza lubrificante ferroviário. As emissões a diesel e elétricos impactam qualidade do ar nas estações ferroviárias, especialmente nas fechadas com configuração semelhante a túnel e em concentrações exteriores perto de linhas ferroviárias, tendo sido demonstrado que emissões dos trens elevam concentrações medidas no interior dos vagões penetrando através do sistema de ventilação, das janelas se abertas ou do material circulante mal vedado na circulação e das portas, uma vez abertas nas plataformas das estações. A OMS reclassificou as emissões de gases de escape dos motores diesel como “cancerígenas aos humanos” com base na exposição associada a risco aumentado de câncer do pulmão sendo que 1,3%, EUA e 4,8%, Reino Unido, das mortes anuais por câncer de pulmão aos 70 anos foram devidas a exposições ocupacionais ao diesel evidenciando que a exposição ocupacional aos gases de escape de diesel no ambiente ferroviário apresenta aumento no risco de câncer associado à inalação de gases de escape de diesel e exposição tanto ao pessoal como passageiros.

Moral da Nota:  aproveitando discussão sobre micro plásticos em Otawa, pesquisa mostra que 85% das pessoas querem proibição global de plásticos descartáveis em inquérito IPSOS com mais de 24 mil pessoas em 32 países, na crença que o tratado global sobre plásticos deveria proibir plásticos prejudiciais e desnecessários de utilização única sendo que plásticos descartáveis respondem por mais de 70% da poluição plástica oceânica. Encomendada pelo WWF e Plastic Free Foundation, descobriu que 9 em 10 pessoas pensam que devemos proibir produtos químicos perigosos usados em plásticos, que 87% querem redução na produção de plástico e 87% querem proibir plásticos que não podem ser facilmente reciclados nos países onde são utilizados. Os resultados da pesquisa, 3ª ronda de sondagens de opinião pública da Ipsos sobre ação internacional para combater poluição plástica reforça e baseia-se em resultados de sondagens anteriores, em particular,  cidadãos no desejo que governos cumpram regras vinculativas e aplicáveis às partes signatárias do tratado global sobre poluição plástica. Na primeira pesquisa, de março de 2022, os resultados mostraram que a média global de quase 9 em 10 pessoas acreditando que ter tratado global sobre poluição plástica é importante para acabar poluição plástica, enquanto a 2ª pesquisa, de 2022, destacou apoio internacional às regras globais que deveriam ser incluídas no tratado como responsabilizando produtores de plástico pela redução dos resíduos e poluição plástica dos produtos, 78%, e proibição de plásticos descartáveis, 75%, sendo que o resultado do 3º inquérito baseia-se nessas conclusões mostrando apoio às regras que exigem que governos transformem a economia global dos plásticos como a redução da quantidade plástica produzida globalmente, proibindo plásticos nocivos e evitáveis e garantindo que os plásticos restantes possam ser reutilizados com segurança e reciclado.