Em associação com a Conflux Network o governo chinês lança plataforma pública de infraestrutura blockchain, apesar da atitude hostil em relação às criptomoedas, sendo que a nova plataforma apelidada de “Plataforma de Infraestrutura Blockchain de Escala Ultra-Grande à Iniciativa Cinturão e Rota”, oferece blockchain pública subjacente à aplicações transfronteiriças, de acordo com notícia da Conflux Network. A plataforma apoia implementação de projetos de cooperação transfronteiriça ao longo da Iniciativa Cinturão e Rota, fornece base ao desenvolvimento de aplicações que demonstrem colaboração além-fronteiras, sendo que a Conflux Network é ecossistema blockchain multichain operado pela Conflux Foundation conhecida como Shanghai Tree-Graph Blockchain Research Institute. Apesar da proibição comercial a criptografia prospera na China, com a iniciativa governamental blockchain ocorrendo apesar da atitude hostil continental em relação à cripto ao reforçar controle sobre a indústria desde 2017 quando o governo ordenou fechamento das bolsas chinesas Bitcoin, sendo que apesar da proibição do comércio, 33,3% dos investidores chineses detêm grande quantidade de stablecoins, atrás do Vietnã com 58,6%, coforme relatório de 2023 da empresa vietnamita de capital de risco Kyros Ventures. A maioria dos investidores no país opta por negociar em bolsas de criptografia centralizada, CEXs, de acordo com a Kyros Ventures, sendo que Pequim proibiu comércio e mineração cripto em 2021 e bolsas offshore, antes da intensificação da repressão em 2021, a China controlava dois terços do hashing da mineração Bitcoin. A China deve alterar regulamentos contra lavagem de dinheiro, AML, e incluir transações relacionadas a criptomoedas, primeira grande revisão desde 2007, impondo diretrizes mais rigorosas para coibir lavagem de dinheiro em que as chamadas “plataformas de negociação de moeda virtual” supostamente facilitaram operação bancária clandestina de US$ 2,2 bilhões para contornar restrições cambiais do país, conforme relatório de 24 de dezembro.
Através de conta oficial do WeChat, o Shanghai Tree Map Blockchain Research Institute anunciou desenvolvimento de infraestrutura recebendo apoio colaborativo de instituições como a Universidade Jiao Tong de Shanghái, Universidade Fudan e, ao mesmo tempo, da Universidade Marítima de Shanghái Academia China de Tecnologia da Informação e Comunicações. O projeto blockchain do governo chinês adota abordagem transnacional, cujas características e demandas do marco de cooperação da Iniciativa Belt and Road visando desenvolver plataforma blockchain em vários países, além de permitir supervisão colaborativa de partes interessadas. Permitirá aplicações à intercâmbios econômicos, comerciais e culturais, com especialistas afirmando que o projeto é estrategicamente importante ao alcance global e expansão da influência da China sinalizando potencial blockchain e aplicações na cooperação e desenvolvimento internacional. O Shanghai Tree Blockchain Research Institute é desenvolvedor do blockchain Conflux, no entanto, dada a proibição das criptomoedas por parte do governo chinês é pouco provável que a associação com o Conflux implique atividades relacionadas à cripto já que “o governo chinês proíbe qualquer instituição de participar de atividades de criptomoeda e blockchain não deve incluir criptomoeda nem token”, embora a Conflux tenha participado da iniciativa o recente anúncio aumentou o preço do CFX, token nativo da Conflux. De acordo com relatório da Kyros Ventures, 33,3% dos investidores chineses detêm stablecoins ficando atrás dos 58,6% do Vietnã, indicando maior apetite pelo risco com entusiastas da criptografia na China mais dispostos investir em criptomoedas que os homólogos no Vietnã, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia e conforme o relatório da vietnamita de capital de risco Kyros Ventures com a assistência de 10 agências de comunicação social da China, Tailândia, Coreia, Taiwan e Vietnã mostrando que mais de 70% dos participantes disseram que criptomoedas representam mais da metade de seu portfólio de ativos. No entanto, 33,3% de investidores chineses com stablecoins estão em 2º lugar atrás do Vietnã, com 58,6%, e exceção do Vietnã e China, a maioria dos investidores de outros países reduziram participações em stablecoins indicando que são mais avessos ao risco com investimentos em ativos cripto. Pequim proibiu comércio de criptografia em 2021 e as autoridades detiveram, multaram e prenderam os que trabalham no setor e apesar da proibição de agências governamentais, a maioria dos investidores na China opta por negociar em bolsas centralizadas de criptografia, CEXs, segundo o relatório enquanto Tailândia, em particular, tem taxa mais baixa de detentores stablecoins, 22%, no entanto, a China deve alterar regulamentos contra lavagem de dinheiro e incluir transações relacionadas a criptomoedas. O relatório indica que ao longo de 2023, pesquisa, notícias criptográficas, grupos comunitários e líderes de opinião, KOLs, foram os 3 canais de informação preferidos por investidores nos 5 países sendo que a mídia noticiosa é preferida por 70% dos investidores tailandeses e chineses. O cenário regulatório à indústria cripto na Ásia viu desenvolvimentos significativos com impulso crescente, Hong Kong, em particular, está na vanguarda dos esforços para se estabelecer como centro de inovação em criptografia e Web3 ao emitir as primeiras licenças de troca de criptomoedas em 2023. A Coreia do Sul aprovou legislação em 2023 para proteger usuários de criptomoedas, aumentar transparência das transações e promover disciplina de mercado, ao passo que o Serviço Nacional de Pensões da Coreia do Sul mostrou perspectiva positiva sobre a indústria de criptomoedas adquirindo ações da Coinbase avaliadas em US$ 19,9 milhões e o principal regulador financeiro de Taiwan, a Comissão de Supervisão Financeira, considerou permitir fundos criptografados negociados em bolsa somente após analisar desenvolvimento do produto em outros mercados no mundo.
Moral da nota: a Austrália avança ao ‘ponto de inflexão’ da demanda cripto, com o CEO da Kraken Austrália dizendo que a demanda institucional por criptografia está atrasada no país mas stablecoins e medidas políticas corretas podem ajudá-la se recuperar sendo que a adoção stablecoin e a decisão da BlackRock lançar fundo de tokenização de US$ 100 milhões na Ethereum são razões para ter perspectiva otimista em relação à criptografia. No entanto, explicou que houve aumento no interesse de investidores de varejo e empresas relacionadas à criptografia no país observando que muitos dos negócios de cripto australianos são focados em stablecoins, descrito como “aplicativo matador” da indústria de criptografia sendo que o maior obstáculo à adoção doméstica da criptografia decorre da falta de clareza regulatória e progresso lento na legislação. Por fim, vale dizer que a China superará o G7 como motor do crescimento econômico mundial e principal contribuinte ao desenvolvimento global nos próximos 5 anos, segundo a Bloomberg usando pronósticos do FMI, avisando em artigo que representará 21% da atividade econômica mundial de 2024 a 2029. A cifra crescente é ponto maior que o total da contribuição vaticinada aos países do G7, conforme crescimento projetado, além disso, a contribuição estimada da China em relação ao desenvolvimento econômico nos próximos 5 anos é quase o dobro dos 12% estimados ao EUA.