Vulnerabilidade significativa causada pelas alterações climáticas, coloca Bengladesh no olho do furacão como país situado nos deltas formados pelo Ganges, Brahmaputra e Meghna, tornando-o sujeito a destruição da natureza, cujo Índice Global de Risco Climático classificou o país como o sétimo mais propenso ao risco de desastres, em que ciclones, inundações e erosão costeira ocorrem causando grandes danos, neste ambiente, ondas de calor extremas são problema causado pela crise do clima com temperaturas extremamente quentes afetando a vida e o emprego, recentemente, tornada desconfortável e arriscada. O distrito de Chuadanga registrou temperatura mais alta do país, 43,7°C, com pouca trégua no calor implacável forçando fechamento escolas além de superfícies de estradas que derretem sob sol intenso enquanto agricultores, puxadores de riquixás e vendedores, as que mais trabalham debaixo do sol, enquanto grupos vulneráveis como crianças e idosos em risco enfrentam perigos de doenças relacionadas ao calor e desidratação, nos centros urbanos, ruas movimentadas e assentamentos informais não têm acesso a serviços básicos como água potável e abrigo saudável com ausência de infra-estrutura adequada e medidas de proteção social agravando mais a vulnerabilidade, deixando-os expostos à devastação meteorológica extrema. Ondas de calor afetam a produtividade econômica e subsistência à medida que as temperaturas sobem, as colheitas murcham sob o sol implacável levando à redução dos rendimentos e insegurança alimentar, com pequenos agricultores, que já enfrentam desafios da variabilidade climática enfrentando pressão crescente à medida que lutam para se adaptarem às mudanças nas condições ambientais em que altas temperaturas reduzem a eficiência do trabalho em indústrias externas como construção, agricultura e manufatura, em que as ondas de calor contribuem à maior consumo de energia, uma vez que as pessoas dependem mais da eletricidade para fins de refrigeração, como o ar condicionado. O governo implementa medidas à mitigar o impacto da onda de calor nas populações vulneráveis com emissão de alerta de calor no país pelo Departamento Meteorológico servindo como apelo à ação, sinalizando urgência da situação em que órgãos do governo local realizam campanhas para conscientizar e aliviar o sofrimento dos cidadãos com a Dhaka North City Corporation iniciando pulverização de água nas estradas da cidade, no entanto, a expansão da cobertura florestal é crucial em Bangladesh cujas terras florestais sob o departamento florestal representam 15,58% da área total do país obrigando investimentos na agricultura, recursos hídricos, infra-estrutura e saúde pública para aumentar resiliência e reduzir vulnerabilidade às ondas de calor e demais perigos relacionados ao clima.
Entre nós, especialista do Observatório do Clima diz que urge plano nacional de adaptação a eventos extremos no aguardo de situações piores, caso o planeta não priorize a pauta ambiental, com a tragédia climática no sul produzindo relatos e imagens fortes deixando à mostra destroços do que eram casas, mercados, igrejas e escolas, com o secretário-executivo do Observatório do Clima falando em reconstrução do que assistimos defendendo necessidade de programa nacional que disponha recursos, monitoramento e medidas para lidar com o tema, parte do dia a dia do planeta. O Rio Grande do Sul terá regime especial de recuperação e plano de prevenção à tragédias climáticas, com políticos se comprometendo agilizar medidas de recuperação, enquanto a pasta do Meio Ambiente fará plano de prevenção a tragédias climáticas, além das chuvas, eleva a preocupação com o nível de tensão no Rio Grande do Sul por conta de frente fria em estado onde há famílias isoladas à espera de ajuda, alojadas em escolas, teatros e galpões, com o frio como desafio a mais e, dentre prioridades, assegurar condições à possibilitar retorno de crianças e adolescentes às aulas, quanto antes, reconstruir rodoviais estaduais destruídas pelas enchentes e elaborar plano de prevenção a acidentes climáticos além do fato em meio à tragédia da clara relação de questões ambientais, mudanças no clima e redes sociais. Tarefas de primeira ordem são salvamentos, logística e alongamento da dívida dos produtores que vence em junho, segundo o presidente da Farsul, pois o agricultor espera por janela sem chuvas para colher o restante do arroz e soja ainda na lavoura, com o detalhe que nas áreas com precipitações de 500 mms, muitas acima de 600 mms, as lavouras estão perdidas, enquanto regiões em que a chuva foi menos intensa, 200 a 300 mms, a soja começa se levantar depois do pico das tempestades e, se o tempo não secar, o grão encharca, incha dentro da vagem, estourando, tornando impossível a colheita”, no entanto, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado, Emater-RS, informou que restam colher 1,6 milhão de hectares equivalente a 24% da área cultivada. A catástrofe ocorre em região altamente produtiva de soja, milho, hortifrutis, uvas para vinhos, além de agroindústria de aves, suínos e leite sendo que o presidente-executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, esclarece que 12 indústrias paralisaram ou reduziram abates para lidar com as chuvas sendo que a atenção imediata são os hortifrutis, segundo a Emater/RS, fruticultura e olericultura, legumes e verduras, com papel estratégico no abastecimento e segurança alimentar pelo valor agregado por hectare nas pequenas propriedades respondendo pela maior parte da produção com alta ocupação de mão de obra, com estudo da Emater de 2023 apontando que a geração de renda na fruticultura era de R$ 47,4 mil por hectare e olericultura R$ 85,7 mil por hectare.
Moral da Nota: o Canal do Panamá, com 80 km de extensão, liga o Pacífico ao Atlântico e movimenta 6% do comércio marítimo mundial cujos principais utilizadores são EUA e China, terminado pelos norte americanos em 1914 pós tentativa fracassada da França, sendo que durante 86 anos a Zona do Canal foi um estado dentro do estado e, em 1977, o presidente Carter dos EUA transferiu o canal ao Panamá, ampliado em 2016, motor da economia do Panamá que cresceu 7,3% em 2023. Estudo ainda não publicado em revista científica, revisado por pares, seguindo técnicas cientificamente aceitas, mostra que alterações climáticas causadas pelo homem não foram o principal fator da estação de monções invulgarmente seca do país da América Central, conclusão do grupo World Weather Attribution, depois de comparar níveis de precipitação com modelos climáticos para um mundo simulado sem aquecimento atual. Descobriu que o El Niño, aquecimento do Pacífico central que altera o clima no mundo, duplicou a probabilidade da baixa precipitação que o Panamá recebeu na estação chuvosa 2023, seca que reduziu os níveis de água no reservatório que fornece água doce ao Canal e água potável à mais da metade do país centro-americano. A Autoridade do Canal restringiu o número e tamanho dos navios que o atravessam devido aos baixos níveis de água no Lago Gatun, a principal reserva hidrológica do canal e, em paralelo, cientistas analisaram dados meteorológicos comparando com simulações para captar a precipitação na região, cujos modelos simulam mundo sem os 1,2 ºC de aquecimento desde os tempos pré-industriais avaliando probabilidade de falta de chuva num mundo sem aquecimento carregado de combustíveis fósseis. Os modelos não mostraram tendência semelhante à seca que o Panamá viveu em 2023, na verdade, mostram tendência mais úmida na região devido às alterações climáticas decorrentes emissões de CO2 e metano produzidas pela queima de carvão, petróleo e gás natural, entretanto, a análise mostrou que o El Niño reduziu as chuvas de 2023 em 8%, sendo improvável que o Panamá tivesse experimentado uma estação chuvosa tão seca sem a influência do fenômeno meteorológico. A metodologia mostra que Investigadores no Panamá, EUA e Europa examinaram e, revistos por pares, precipitações de maio a dezembro na região que alimenta o Lago Gatún no centro do Panamá e, como variou ao longo do tempo, descobrindo que os dados estabeleceram ligações claras entre a seca no Panamá e o El Niño. Usaram mais de 140 anos de registros pluviométricos coletados de 65 estações meteorológicas sendo que o grupo World Weather Attribution foi lançado em 2015, em que estudos como o deles no âmbito da ciência de atribuição, utilizam observações meteorológicas do mundo real e modelos computacionais para determinar probabilidade de um acontecimento antes e depois das alterações climáticas e se o aquecimento global afetou sua intensidade. O estudo climático é do grupo World Weather Attribution sendo que os cientistas afiliados ao projeto descobriram que alterações climáticas causadas pelo homem aumentaram probabilidades e gravidade de eventos meteorológicos e climáticos extremos de grande impacto, particularmente ondas de calor e eventos de precipitação intensa.