O CPC, Centro de Previsão Climática do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, nos avisa que o El Nino deve terminar em junho, precisamente segunda metade de 2024, no entanto, alertam países latino-americanos à mudança rápida ao La Nina, com 49% de chance que o padrão La Nina se desenvolva entre junho a agosto aumentando à 69% em julho-setembro, cujo ciclo entre padrões climáticos geram incêndios florestais, ciclones tropicais e secas prolongadas. Na América Latina, afetam culturas como trigo, soja e milho prejudicando economias regionais, altamente dependentes da agricultura, ao passo que o clima quente e seco na Ásia no El Nino 2023 levou a Índia, principal fornecedor de arroz, restringir exportações pós monção ruim, enquanto a produção de trigo do 2º maior exportador, a Austrália, foi afetada, no entanto, chuvas fortes em partes das Américas aumentaram perspectivas de produção agrícola na Argentina e planícies do sul dos EUA. O padrão climático completo do El Nino, La Nina e fase neutra, dura de 2 a 7 anos em média, sendo que especialistas alertam que países latino-americanos estão inseridos em mudança rápida ao La Nina, desta vez deixando populações e colheitas com pouco tempo para se recuperar, enquanto o departamento de meteorologia da Austrália já se adiantou avisando que o evento El Nino terminou. O chefe de commodities da BMI esclarece que “é provável que o La Nina afete a produção de trigo e milho nos EUA e soja, cevada, trigo e milho na América Latina, incluindo Brasil, Argentina e Uruguai”, concluindo que “o fenômeno climático está associado a secas de longa duração nas Américas, baixa qualidade da safra e queda na produtividade, exacerbando problemas de abastecimento global.” A transição ao La Nina deixa populações e colheitas latino americanas com pouco tempo para se recuperar, inserido em contexto que o mundo sofre intensa onda de calor à medida que registros de temperatura batem recordes, com meteorologistas alertando à potencial transição do padrão El Nino, que desvanece, ao igualmente perturbador fenômeno La Nina na segunda metade de 2024, associado a secas prolongadas provocando má qualidade das colheitas e queda nos rendimentos médios.
Vale considerar o Plano de Ação de Serviços Climáticos Equitativos da NOAA, expandindo alcance e acessibilidade dos serviços climáticos e permitindo que a agência atenda necessidades das comunidades conforme feedback dos utilizadores dos serviços climáticos através de pedido de informação. A NOAA, Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, incorpora equidade nos dados climáticos, informações, ciência, ferramentas e apoio à decisão com lançamento do seu Plano de Ação à Serviços Climáticos Equitativos, expandindo alcance e acessibilidade dos serviços climáticos, permitindo responder necessidades de adaptação e resiliência climática das comunidades com ênfase em populações historicamente desfavorecidas, culminando feedback dos utilizadores dos serviços climáticos através de pedido de informação. Comunidades carentes, tribais e indígenas, têm menos acesso a recursos necessários para construir resiliência e adaptar-se à alterações climáticas com o administrador da NOAA esclarecendo que “está empenhada em fornecer ferramentas e informações para prosperar clima em mudança”, concluindo que, “o Plano de Ação de Serviços Climáticos Equitativos da NOAA garante que os serviços climáticos vitais atendem necessidades das comunidades e, em última análise, ajudam construir nação mais preparada ao clima.” Constitui-se de prioridades estratégicas à 'maior conscientização e acessibilidade à usuários das disciplinas e origens' concentrando em melhorar acesso equitativo e conscientização sobre dados, informações, ciência e ferramentas climáticas, 'garantindo equidade dos dados em produtos e serviços climáticos' reconhecendo que a prestação equitativa de serviços climáticos exige que comunidades, independente do tamanho ou localização, acessem informações climáticas críticas, por isso, investe no preenchimento de lacunas de dados climáticos, especialmente em comunidades rurais, no Alasca e ilhas do Pacífico. 'Atende necessidades locais de dados climáticos' com empenho em capacitar empresas, comunidades e indivíduos locais que acessam dados climáticos fundamentais e apoia os que necessitam tomar decisões informadas sobre adaptação e resiliência climática com base no contexto da comunidade, 'expande serviços climáticos para incorporar melhor impactos sócio econômicos das alterações climáticas' apoiando necessidades da comunidade, combinando ciência física do clima com dados sócio econômicos, priorizando equidade e investindo na coprodução de conhecimento e produtos com decisores, comunidades desfavorecidas e comunidades tribais e indígenas, por fim, 'cria ambiente propício na agência' para se envolver neste trabalho permitindo que a força de trabalho incorpore equidade climática, incluindo espaço para experimentar novos e inovadores meios de apoio a utilizadores dos serviços climáticos nas esferas da vida. O secretário adjunto de comércio para oceanos e atmosfera e administrador adjunto da NOAA esclarece que “os serviços climáticos da agência são tão bons quanto o valor que fornecem aos usuários” e que o “plano da NOAA garante que os serviços climáticos vitais atendam necessidades das comunidades e, em última análise, ajudam construir uma nação mais preparada ao clima” e, conclui que, o “plano de Ação à Serviços Climáticos Equitativos é passo crítico à garantir que esses recursos vitais sejam mais acessíveis as comunidades concluindo que o feedback inestimável ajudou moldar o plano de ação.” Por fim, a NOAA assinou Ordem Administrativa e estabeleceu equipe de Ação Preparada ao Clima para avançar Iniciativa de Nação Preparada ao Clima, que prevê prosperidade, saúde, segurança e crescimento contínuo beneficiando compreensão e construindo resiliência aos impactos do clima."
Moral da nota: cientistas da Universidade da Califórnia, San Diego, utilizam nova plataforma IA projetando medicamentos ao sintetizar 32 potenciais contra o câncer multi-alvo, sendo que a nova ferramenta IA gera candidatos a medicamentos ao câncer que poderia agilizar o processo trabalhoso de descoberta. Descrito na Nature Communications, cientistas da UC San Diego desenvolveram algoritmo de aprendizado de máquina que simula a química envolvida nas fases iniciais da descoberta de medicamentos, agilizando processo e abrindo portas ao tratamento, sendo que a identificação de drogas candidatas envolve experimentos individuais e, com a nova plataforma IA, potencialmente forneceria os mesmos resultados em uma fração do tempo com investigadores utilizando a ferramenta sendo que a tecnologia é parte de tendência na ciência farmacêutica de utilização IA visando melhorar descoberta e desenvolvimento de medicamentos. A plataforma denominada Polygon é única entre ferramentas IA para descoberta de medicamentos, pois identifica moléculas com múltiplos alvos enquanto protocolos de descoberta de medicamentos existentes atualmente priorizam terapias de alvo único, já que, medicamentos multi alvo são de interesse à cientistas pelo potencial dos mesmos benefícios que a terapia combinada em que medicamentos diferentes são usados em conjunto para tratar câncer mas com menos efeitos secundários. Treinaram o Polygon em banco de dados de mais de um milhão de moléculas bioativas conhecidas com informações sobre propriedades químicas e interações com alvos proteicos e, ao aprender padrões encontrados no banco de dados, o Polygon gera fórmulas químicas originais à novos candidatos a medicamentos que terão certas propriedades como a capacidade de inibir proteínas específicas. Pesquisadores usaram-no para gerar candidatos a medicamentos como alvo pares de proteínas relacionadas ao câncer e sintetizaram 32 moléculas com fortes interações previstas com as proteínas alvo promissor à terapia combinada do câncer, chamadas de sinteticamente letais, significando que a inibição é suficiente para matar células malignas mesmo que a inibição de uma isoladamente não o seja. Os cientistas esclarecem que “após ter os medicamentos candidatos, necessitam outros procedimentos químicos para refinar opções em um tratamento único e eficaz” e concluem dizendo que “não podemos, nem devemos eliminar a experiência humana no processo de descoberta de medicamentos, mas o que podemos fazer é encurtar etapas”.