A brasileira Orizon, listada na Bolsa, anuncia presença no mercado de tokens de crédito de carbono, beneficiando o mercado de carbono brasileiro com mais um token lançado e lastreado em blockchain, sendo que é empresa voltada ao tratamento de resíduos com ações em bolsa, lançando no mercado de tokens de ativos ecológicos através de créditos de carbono e vendendo diretamente ao consumidor-investidor. A Orizon inova mesclando venda de tokens preparando plataforma blockchain para venda individual de créditos de carbono e reciclagem gerados em aterros sanitários, sendo que o crédito de carbono equivale a 1 tonelada CO2 que deixou de ser lançada na atmosfera considerando que o contrato Futuros de Crédito de Carbono é negociado a US$ 63.54, alta de 1,53%. Trata-se de diversificação da empresa, que venceu leilão federal para gerar energia com incineração de lixo, inédito na América Latina, já que tem posse de 5 aterros em que o chorume é processado virando água de reuso enquanto gases do lixo se transformam em energia limpa e, dos R$ 92,7 milhões que faturou no 2º trimestre de 2023, um terço veio do biogás, créditos de carbono e separação de recicláveis. Outra startup brasileira, a Moss, que também atua com tokenização de créditos de carbono, atingiu a marca de 2,3 milhões de MCO2 negociados, compensação de mais de 2 milhões de toneladas em emissões de carbono e, no total, através da iniciativa de compensação de créditos de carbono com tokenização foram destinados mais de R$ 100 milhões à projetos de sustentabilidade envolvendo a floresta amazônica e, segundo a Moss, o total de créditos de carbono compensados pela empresa representa mais de 2% dos créditos de carbono comercializados no mundo.
Relatório sobre blockchain e tecnologias emergentes da COP 27 publicado pela Climate Chain Coalition, CCC, constituída por rede de organizações dedicadas alavancar blockchain à ações climáticas eficazes, apresentou balanço na 27ª Conferência da ONU sobre Clima no Egito, sendo que a coalizão atua em iniciativas ao sistema de contabilização do consumo e emissões de gases efeito estufa. O presidente e fundador da Climate Chain Coalition, na ocasião, explicou que "nesses anos a coalizão cresceu de 12 organizações fundadoras à mais de 360 em 69 países", sendo que a missão da coalizão é resolver questões e desafios para promover inovações digitais climáticas transformadoras, criando recursos para apoiar infraestrutura digital e de dados compartilhada apoiando redes e capacitação além de parceria entre comunidades digital e climática. Na COP 27 houve painel sobre a importância Blockchain na luta contra mudanças climáticas esclarecendo que "educação é fundamental e responsabilidade da mídia é alta, considerando que a missão é falar não apenas sobre o que é intrínseco à indústria blockchain mas o que acontece além dela, pois a conferência é sobre ação climática muito mais que apenas mudança climática além de ser a sustentabilidade o futuro." O cofundador e CEO da Evercity, plataforma para gerenciamento, emissão e rastreamento de finanças sustentáveis, destacou no painel que esforços da coalizão apoiam organizações com casos de uso de implementação blockchain, bem como orientação a projetos que estão surgindo nos mercados, "garantindo que não sejam apenas inovadores, mas alinhados a valores e normas da ONU desenvolvidos por especialistas no processo da ONU e além".
Moral da Nota: Nova Zelândia proibiu venda de tabaco aos nascidos a partir de 1º de janeiro de 2009, em conformidade com diretiva da UE que limita o uso de plásticos descartáveis, juntamente com piteiras, itens comumente encontrados nas praias europeias sendo que as bitucas contêm acetato de celulose um dos resíduos mais comuns e demoram 10 anos para se decompor, liberando substâncias tóxicas como arsênico e chumbo no processo. Os fabricantes de cigarros serão responsáveis por informar e educar o público não jogar bituca em local público e, segundo o Comitê Nacional de Prevenção ao Tabagismo, as empresas de tabaco vão repassar o custo ao consumidor em que 20% dos espanhóis, por exemplo, com mais de 15 anos, fumam diariamente, ou, 16,4% de mulheres e 23,3% de homens, dados do Ministério da Saúde.