segunda-feira, 4 de março de 2024

Web3

O termo Web3 é usado para descrever iteração da Internet construída com base na blockchain e controlada comunitariamente pelos usuários, enqaunto futuristas da tecnologia apontam à Web3, termo cunhado por Gavin Wood, cientista da computação, como sinal do que está por vir. Trata-se de conceito de Internet nova e descentralizada construída em blockchains, livros distribuídos controlados comunitariamente pelos participantes e, devido à natureza coletiva das blockchains, se e quando chegar totalmente, alguns elementos já estarão em vigor, em teoria, sinaliza nova era da Internet em que uso e acesso são controlados por redes administradas pela comunidade em vez do atual modelo centralizado em que corporações presidem a Web2. A dinâmica dos elementos Web3 aumentou desde 2018 em áreas como investimento de capital, pesquisa online, registro de patentes, publicações científicas, ofertas de emprego e relatórios de imprensa, sendo que a indústria de serviços financeiros coloca-se na vanguarda das tecnologias e ativos emergentes Web3 e, a certa altura, o volume diário de transações nas bolsas financeiras descentralizadas ultrapassou US$ 10 bilhões.

De acordo com pesquisa de 2022 da Harvard Business Review, 70% das 50 mil pessoas que responderam admitiram não saber o que é Web3, daí, compreender Web1 e Web2, importa, considerando que Web1 foi o primeiro rascunho da internet que proliferou na década de 1990 e 2000 em que  grande parte foi construída usando "protocolos abertos", formas de troca de informações usadas por qualquer pessoa e não apenas por entidade ou organização, utilizada para ler páginas web e conversar com amigos ou estranhos, à medida progrediu com indivíduos e empresas utilizarando cada vez mais à comércio eletrônico, investigação acadêmica e científica. A Web2 emerge a partir dos anos 2000 quando nova safra de empresas internet como Facebook, Twitter depois X, e Wikipedia capacitaram usuários criar conteúdo, inserido em custo às "plataformas de software social emergentes" de uso gratuito, como descreveu Andrew McAffee, cientista pesquisador do MIT, em entrevista na McKinsey Quarterly em 2009, ou, custo do qual muitos usuários não estavam cientes pois as empresas monetizaram a atividade e os dados dos usuários, vendendo-os aos anunciantes, ao mesmo tempo que mantinham controle sobre decisões proprietárias de funcionalidade e governança. A Web3 descreve como seria a Internet em novos tipos de tecnologia preferencialmente Blockchain, livro-razão descentralizado e distribuído digitalmente que existe em uma rede de computadores e facilita o registro de transações, e, à medida que dados são adicionados a rede, novo bloco é criado e anexado de modo permanente à cadeia, considerando que os nós blockchain são atualizados para refletir mudança, significa que o sistema não está sujeito a um único ponto de controle ou falha. Outra tecnologia é a dos Contratos inteligentes, programas de software executados automaticamente quando condições especificas são atendidas como termos acordados entre comprador e vendedor, estabelecidos em código inalterado na blockchain e, por fim, ativos digitais e tokens, itens de valor que existem apenas digitalmente podendo incluir criptomoedas, stablecoins, moedas digitais do banco central, CBDCs, e NFTs, tokens não fungíveis, incluindo versões tokenizadas de ativos, coisas reais como arte ou ingressos à shows ou eventos esportivos.

Moral da Nota: na era Web2 prevalecia o controle centralizado sobre transações, conteúdo e dados nas corporações de tecnologia que em tese muda com o advento da Web3, na crença que utilizadores terão poder de controlar sua informação sem necessidade dos intermediário como hoje. A Web3 muda como a informação é gerida, como a Internet é monetizada e  como funcionam as empresas na Web, além de,  entre os dois, é como abordam a confiança, já que na Web2, uma transação, troca de dinheiro ou informação, depende de 2 partes e um facilitador central que confiam informações compartilhadas, por outro lado, a Web3 não pede ao usuário que confiem uns nos outros, em vez disso, a tecnologia é projetada para que a transação seja realizada apenas se determinados critérios são atendidos e os dados verificados. Nestes conceitos consideramos que o mercado de criptomoedas enfrenta futuro incerto, em 2022, perdeu 50% da capitalização de mercado à medida que as moedas perderam valor e as bolsas cripto fecharam, considerando que criptomoedas e Web3 são construídas em blockchains. Daí, emergem áreas da experiência Web3 como a contagem de vendas NFTs aumentando 68%, apesar da desaceleração NFTs, são representações digitais de ativo armazenado na blockchain, por definição, não fungível, que significa não ser replicado, servindo como prova digital de propriedade comprada ou vendida, além dos downloads de ferramentas básicas para Ethereum aumentando 87%, considerando Ethereum como blockchain de contrato inteligente as ferramentas são o que necessitam os  desenvolvedores para trabalhar, outra evolução é o volume de pagamentos de stablecoins na rede crescendo mais de 50%, considerando stablecoin  criptomoeda privada estabilizada vinculada a outra moeda, mercadoria ou instrumento financeiro. Consideremos que o número de usuários ativos de jogos Web3 aumentou 60%, o mercado global de tokenização cresceu  23%, sendo tokenização  processo pelo qual NFTs são criados com potencial de afetar a estrutura dos serviços financeiros e de mercados de capitais. Por fim, o número de transações suportadas pela Web3 cresce com a  McKinsey Technology Trends Outlook nos avisando que o JPMorgan Chase fez a primeira transação transfronteiriça blockchain em 2022, envolvendo depósitos tokenizados em dólares de Singapura e ienes japoneses, parte do Projeto Guardian, parceria entre o JPMorgan Chase e o DBS Bank, segue a Securitize, empresa de valores mobiliários de ativos digitais, parceira da empresa de investimento global KKR em fundo tokenizado emitido na blockchain Avalanche abrindo capital privado à mais investidores individuais, digitalizando operações e reduzindo mínimos de investimento, outro caso é a 100 Thieves, marca de esportes eletrônicos e estilo de vida, que ofereceu NFT de um colar de diamantes aos fãs caso criassem carteira digital na plataforma em 75 horas, mais de 300 mil pessoas resgataram o NFT. A Nike, depois de adquirir em 2021 o estúdio Web3 RTFK, lançou sua plataforma Web3 em 2022, chamada Swoosh, oferecendo NFTs em blockchain aos clientes sendo que a plataforma pretende servir como centro à lançamentos de produtos bem como espaço aos clientes compartilharem experiências virtuais, considerando que Web3 não é solução aos problemas da Web2, necessitando soluções para resolver velhos problemas de novos modos, exigidas pela nova geração da Internet.