sábado, 17 de fevereiro de 2024

Tecnologia climática

O The Spark, boletim informativo sobre clima do MIT Technology Review, comentou os 10 Breakthrough Technologies, lista da MIT Technology Review sobre tecnologias que mudam o mundo ressaltando itens de tecnologia climática. Daí, emergem as células solares mais eficientes e mais baratas sabendo que a maioria das células solares usam silício para absorver luz solar e transformá-la em eletricidade, no entanto, outros materiais podem fazer esse trabalho incluindo as perovskitas, classe de materiais cristalinos que absorvem diferentes comprimentos de onda de luz e a associação dos 2 empilhados formam célula super eficiente. Definitivamente, há barreiras à comercialização da tecnologia pois as perovskitas são difíceis de fabricar e históricamente degradam rapidamente, mas algumas empresas dizem que estão perto de transformá-las em energia solar comercial. Outra tecnologia destacada são os Sistemas geotérmicos aprimorados que sugam calor da terra transformando energia geotérmica em eletricidade, necessitando conjunto de fatores para aproveitar  energia que irradia do núcleo do planeta, ou, calor próximo da superfície, rochas permeáveis e fluidos subterrâneos, que reduzem os locais potenciais para energia geotérmica utilizável. Já, as bombas de calor, dispositivos, que resfriam e aquecem usando eletricidade, super eficientes, não violando nenhuma lei, física ou não, superou as vendas dos fornos à gás em 2023 pela primeira vez nos EUA e, globalmente, as bombas de calor têm potencial de reduzir emissões em 500 milhões de toneladas métricas em 2030, tanto quanto retirar das estradas os carros que hoje rodam na Europa. Considerando que 2023 foi o ano mais quente registrado, conforme o serviço climático da UE, o laboratório nacional da Califórnia no final de 2022 alcançou marco na pesquisa de fusão, enquanto a Índia apressa em satisfazer procura de eletricidade recorrendo ao carvão e dobrando a produção até 2030. A Noruega abrirá partes do Mar da Noruega à mineração no fundo do mar, como o Japão, Nova Zelândia e Namíbia que considerarm permitir que esta nova indústria opere nas suas águas, segundo eles, a mineração do fundo marinho pode ser fonte de materiais à baterias, com ambientalistas preocupados em danos potenciais, ao passo que a montadora chinesa BYD se prepara para conquistar o mundo vendendo mais híbridos plug-in e EVs que a Tesla em 2023 em rápido crescimento à 2024.

Investigadores descobriram solução à enigma de longa data combinando conhecimentos teóricos recentes com requinte algorítmico prático, propondo abordagem eficiente à fixação de preços no mercado da eletricidade, sendo que a nova metodologia aborda complexidades da crescente prevalência de energias renováveis reduzindo tempo de execução computacional e pagamentos fora do mercado que oneram operadores, sendo que as conclusões foram descritas em estudo que estabelece base à atualização dos sistemas atuais que gerem eletricidade. O problema reside na utilização atual de modelos de programação linear inteira mista, PLMI, pelos operadores do mercado de eletricidade para alocar e precificar, embora eficientes, estes modelos têm custo podendo incorrer em déficet orçamentário devido aos necessários pagamentos fora do mercado aos participantes, enquanto à medida que as fontes de renováveis alteram a dinâmica tradicional do mercado com sua ascensão, estes modelos MILP enfrentam problemas de escala e complexidade que ameaçam viabilidade futura. A solução inovadora da investigação depende de mecanismo informado pela teoria do markup, que permite fixação de preços em mercados com não convexidades, áreas que tradicionalmente desafiam o equilíbrio de preços, sendo que os resultados experimentais demonstram redução no tempo computacional à problemas relevantes e perda mínima de eficiência na utilização do método, além disso, a abordagem evita a questão do déficit orçamentário, reduzindo pagamentos no mercado em comparação aos métodos padrão. O estudo imagina mercado energético eficiente e adaptável às mudanças em direção à sustentabilidade e, à medida que avançam as energias renováveis, as melhorias fora do mercado, questão espinhosa aos reguladores, tornam-se coisa do passado abrindo caminho à indústria que calcula preços e alocações justas, sem contratempos financeiros que distorcem sinais do mercado e pressionam orçamentos e, quanto a implementação, operadores do mercado poderão impulsionar nova era de preços da eletricidade tão dinâmica quanto os recursos dos quais  cada vez mais dependem.

Moral da Nota: o primeiro carro elétrico do mercado com bateria de sódio é lançado na China, alternativa às baterias de lítio, cujo fabricante chinês JAC Motors lidera a inovação com o Yiwei circulando em janeiro de 2023 e, atrás da JAC Motors, a Volkswagen exerce controle com participação de 50%, enquanto a outra metade pertence à Anhui Jianghuai Automobile Group Holdings, JAG, sob o governo chinês e, no caso da marca Yiwei, a influência da Volkswagen se expande à 75% ao apresentar o Sehol E10X, veículo com autonomia de 252 kms, bateria de 25 kWh e 120 Wh/kg. Com menor densidade energética, as baterias de sódio destacam-se pela acessibilidade e maior estabilidade térmica e, no Yiwei EV, mantém características do modelo anterior com bateria de íons de sódio fornecida pela HiNA e processo de rebranding em que a JAC Motors monta as baterias de sódio em sua estrutura modular, comparável ao CTP da CATL e ao Blade da BYD, com capacidade de carga de 3C a 4C, prometendo atingir de 10% a 80% de carga em 20 minutos. As baterias de sódio surgem como aposta na procura de alternativas às baterias de lítio, apesar da desvantagem na capacidade de armazenamento de energia, com o destaque da acessibilidade e maior estabilidade térmica, reduzindo riscos de incêndio e garantindo ótimo desempenho em condições climáticas extremas desempenhando papel fundamental na popularização dos veículos elétricos graças ao custo acessível.