O Banco de Compensações Internacionais, BIS, anunciou projetos para 2024 focado em segurança quântica, IA e finanças verdes, buscando aumentar resiliência do sistema financeiro global, sinalizando salto na integração de tecnologias financeiras emergentes como segurança quântica, IA e finanças verdes, demonstrando busca por aumentar resiliência e eficiência do sistema financeiro em era mais digital e ambientalmente consciente. Além disso, o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia do BIS, propôs medidas sobre ajuste direcionado ao padrão da exposição dos bancos a ativos criptográficos, resultado do trabalho de revisão realizado em 2023 que ajudou o comitê formular alterações nos padrões prudenciais originais à exposição dos bancos a stablecoins publicados em dezembro de 2022. Emitiu documento de consulta que propõe exigir que bancos forneçam dados quantitativos sobre exposições a ativos criptográficos e correspondentes requisitos de capital e liquidez, sendo que o Comitê de Basileia é composto por bancos centrais e autoridades financeiras de 28 jurisdições, fórum à cooperação regulamentar em questões de supervisão bancária, que sugere a introdução de limites de vencimento à ativos de reserva de moeda estável e, caso os ativos de longo prazo sejam permitidos como ativos de reserva, acredita que estes devem garantir as reivindicações dos detentores de stablecoins. As alterações propostas referem-se principalmente à composição dos ativos de reserva das stablecoins, especificamente à ativos criptográficos classificados no Grupo 1b nas normas prudenciais, “sujeitos a requisitos de capital baseados nas ponderações de risco das exposições subjacentes”.
O BIS Innovation Hub delineou o Projeto Leap, Centro do Eurosistema, focado em sistemas de pagamento “à prova quântica”, iniciativa para proteger infraestruturas financeiras contra ameaças dos avanços da computação quântica, sendo que o Centro do Eurosistema lidera o esforço, destacando importância de sistemas de pagamentos ao futuro digital. O Projeto Simbiose, Centro de Hong Kong, Aproveita IA e big data visando revolucionar rastreamento de emissões nas cadeias de abastecimento, concentrando-se nas emissões de Escopo 3, sendo que a iniciativa sublinha papel da tecnologia no combate às alterações climáticas e promoção de práticas empresariais sustentáveis. O Projeto Aurum, Centro de Hong Kong, investiga aspectos de privacidade das moedas digitais do banco central de varejo, CBDCs, colaborando com especialistas e em privacidade, refletindo compromisso do BIS em equilibrar inovação em moedas digitais com necessidade de privacidade do usuário. O Projeto NGFS Data Directory 2.0, Centro de Singapura, busca melhorar acessibilidade e usabilidade dos dados financeiros relacionados ao clima, projeto, que apoia a Rede à Ecologização do Sistema Financeiro, NGFS, abordando risco climático nas decisões financeiras. O Projeto Promissa, explora tecnologia de contabilidade distribuída testando tokenização de notas promissórias, componente no financiamento de instituições internacionais, destacando potencial blockchain na melhoria da eficiência e segurança das transações financeiras. O Projeto Hertha, Centro de Londres, aplica análises de rede para identificar padrões de crimes financeiros em sistemas de pagamentos em tempo real, demonstrando dedicação do BIS no combate ao crime financeiro e reforço da integridade do ecossistema financeiro. Os projetos se alinham aos esforços na crítica às criptomoedas, defesa de reformas de transparência e monitorização de títulos complexos, consolidando papel na promoção da estabilidade e solidez no sistema financeiro global.
Moral da nota: a Argentina abre Caminho a Tokenização de Ativos e Valores Mobiliários através de iniciativa da Câmara Fintech propondo Marco Regulatório para Transformar a Economia e o Comércio Global com Blockchain, se posicionando na vanguarda da inovação financeira global, buscando criar marco regulatório à tokenização de ativos e valores mobiliários, passo à economia e o setor financeiro do país e da região. A tokenização implica conversão de direitos de propriedade de um ativo em token digital na blockchain, transformando-o em espécie de criptomoeda, processo, que permite que os ativos sejam fracionados, comercializáveis e compartilhados de modo fácil, seguro e transparente a nível global, tal qual empresas como Agrotoken e TravelX já utilizam a tecnologia no país e, segundo a Câmara Fintech, a Argentina poderia tokenizar até US$ 120 milhões anuais em produtos agrícolas, no entanto, as possibilidades de tokenização vão além incluindo setores como imobiliário e pequenas empresas. A proposta define o que é considerado token de segurança e como diferenciá-lo de criptomoedas, o que requer regulamentação que reconheça efeitos jurídicos da emissão e transferência de tokens, semelhante às leis existentes sobre cheques e títulos de crédito com a ONG Bitcoin Argentina destacando a importância deste esclarecimento para facilitar o comércio e investimento e, com marco regulatório adequado, o país se converte em destino preferencial à emissão de tokens de nível mundial, seguindo exemplo de países europeus como Itália e Alemanha onde seus ativos tokenizados estão em ambiente regulamentado. A tokenização desempenha papel na captação de fundos, permitindo empresas financiarem projetos através do mercado de capitais, além disso, democratiza investimento, desde o imobiliário a pequenas e médias empresas, sendo que a Câmara Fintech sugere estabelecer Sandbox legislativo para permitir que empresas testem produtos em ambiente menos burocrático e mais inovador, o que implicaria colaboração de entidades como CNV, Comissão Nacional de Valores, a UIF, Unidade de Informação Financeira e o BCRA, Banco Central da República Argentina. A proposta da Câmara Fintech Argentina é passo significativo à modernização do sistema financeiro nacional e regional e, com marco regulatório adequado, a tokenização de ativos e títulos abre caminho ao investimento, inovação e crescimento econômico, consolidando a Argentina como hub global na economia do conhecimento e tecnologia blockchain.