sábado, 13 de janeiro de 2024

Infraestrutura

O modo como o mundo armazena e move informações muda inserido na blockchain e, com base no compromisso de ajudar desenvolvedores Web3 criar e implantar produtos em plataformas blockchain, emerge a Blockchain Node Engine do Google Cloud, daí, Blockchains consistem em dados de transações armazenados e criptografados, como bancos de dados descentralizados e, em vez de depender de entidade para validar e armazenar os dados, a infraestrutura governante da blockchain é um nó, um dispositivo, como um computador, laptop ou servidor, contendo cópia do histórico de transações da blockchain, sendo que os nós na blockchain formam rede peer-to-peer, trocando dados mais recentes para que todos os nós permaneçam sincronizados. Os nós auto gerenciados são difíceis de implantar e exijem gerenciamento constante, sendo que a Blockchain Node Engine é serviço de hospedagem de nó gerenciado minimizando a necessidade de operações de nó ao passo que empresas Web3 que exigem nós dedicados que retransmitem transações, implantam contratos inteligentes e lêem ou gravam dados blockchain com confiabilidade, desempenho e segurança na infraestrutura de computação e rede do Google Cloud. A Ethereum será a primeira blockchain suportada pelo Blockchain Node Engine, permitindo desenvolvedores fornecerem nós Ethereum gerenciados com acesso seguro ao blockchain, permitindo organizações Web3 desfrutarem benefícios como provisionamento simplificado, desenvolvimento seguro, operações gerenciadas escalando a inovação web3.

A implantação manual de um nó é processo demorado envolvendo provisionar instância de computação, instalando um cliente Ethereum, por exemplo, geth, e aguardando sincronização do nó com a rede que pode levar dias e, com a Blockchain Node Engine do Google Cloud, pode tornar esse processo mais rápido e fácil, permitindo desenvolvedores implantarem um novo nó com uma única operação e especificar a região e rede desejadas, mainnet, testnet. Já, clientes que desejam proteger suas infraestruturas blockchain, atualmente têm conjunto limitado de opções no mercado e com a Blockchain Node Engine configurações de segurança prevenem acesso não autorizado aos nós colocando-os atrás de um firewall de nuvem privada virtual, máquinas e usuários confiáveis se comunicarem com endpoints do cliente, além disso, outros serviços do Google Cloud, como Cloud Armor,  protegem os nós contra ataques DDoS. Assegura garantias que a blockchain esteja pronta e disponível significando ter equipe de DevOps disponível para monitorar o sistema e corrigir problemas na interrupção e, com a Blockchain Node Engine emerge serviço gerenciado, significando despreocupação com disponibilidade enquanto o Google Cloud monitora ativamente os nós e os reinicia nas interrupções, conforme necessário e, ao reduzir necessidade de equipe DevOps dedicada e oferecendo contrato de nível de serviço, SLA, do Google Cloud, a Blockchain Node Engine permite foco nos usuários, e não na infraestrutura, daí, aguarda organizações com serviço de hospedagem de nó blockchain confiável e fácil de usar, possam concentrar seu tempo em inovar e dimensionar aplicativos Web3. Embora considerado, o ensaio de Marco Andreessen de 2011 "Por que o software está comendo o mundo", provou ser mais presciente, ou, que prevê o futuro, ou, que antecipa, do que parecia na época em década que o software se mostraria inestimável aos aspectos da vida moderna, Andreessen, argumentou que toda empresa agora era ostensivamente uma empresa de software, gostasse ou não. Adaptando o argumento a empresas líderes de mercado na época, as ideias acabaram sendo aplicadas em empresas que não tinham mercados definidos ou nem existiam, mas acabariam ganhando bilhões em caixa como Uber, Lyft, TikTok/ByteDance, Robinhood e Coinbase, entre outros e em caso de unicórnio no século 21, o software provavelmente seria parte fundamental para ganhar esse chifre, no entanto, o condutor oculto por trás dessa ruptura das economias e da vida moderna foi o surgimento da computação em nuvem e dos gigantes da nuvem, indústria que o próprio Andreessen foi pioneiro em época que especialistas e fora da computação zombavam dela, daí, na segunda década do século 21, não eram mais tão ridicularizados e, na década de 2010, os gastos globais com computação em nuvem aumentaram 5 vezes, de US$ 77 bilhões à US$ 411 bilhões, espinha dorsal que tornaria tudo acessível com o apertar de um botão no laptop.

Moral da Nota: embora a revolução do software móvel tenha tornado a vida tão fácil quanto clicar um botão, veio com seu conjunto de compromissos, com software comendo o mundo, tornou-se província de muito poucas e muito grandes empresas de hospedagem em nuvem, Amazon, Google e Microsoft, agora respondendo por 65% do mercado de hospedagem em nuvem, criando seu monopólio oculto através da hospedagem na nuvem, por exemplo, com a hospedagem em nuvem em particular os hosts removem serviços das nuvens, como a Amazon fez com o notório serviço de mídia social Parler, também banido da Apple App Store, não importando concordância ou discordância de serviço como o Parler, o que o incidente demonstrou foi que foram necessárias apenas 2 empresas, Amazon e Apple, para fechar um serviço, efetivamente colocando-o fora do mercado no mundo pós-software. Em suma, a Internet tornou-se local onde não pode mais ser um mercado à idéias e desenvolvimentos gratuitos, especialmente se for percebido como ameaça à empresas como Amazon e Microsoft, sendo que a Web3 e os projetos que originará prometem redefinir o modo como a informação vive e transporta através da Internet de modo autônomo e transparente, em que ecossistemas que priorizam descentralização e comunidade devolvam poder aos desenvolvedores e, portanto, aos usuários que usarão aplicativos e softwares descentralizados, DApps, permitindo estrutura comum que promova práticas e economias em escala competindo com entidades centralizadas na Internet. Quaisquer desvantagens de confiar em empresas como Amazon, Google, Microsoft e Apple, elas construíram ao longo de décadas a confiança, credibilidade e familiaridade que torna difícil à desenvolvedores e usuários mudar o modo de fazer as coisas, sendo que parte da construção dessa confiança é reformular o modelo de incentivo que sustenta a Internet e, para que uma nova internet descentralizada funcione, será necessário que os usuários comprem nós e que os desenvolvedores usem esses nós para criar software simples para executar e acessar no telefone, como Uber ou Wordle e, caso a comunidade Web3 descentralizada seja capaz de fazer isso, restauramos o mundo devorado pelo software, um nó por vez.