sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

ABCripto

A ABCripto, Associação Brasileira de Criptoeconomia, disse ter ultrapassado mais de 40 membros, entre eles, Visa, Mastercard, Itaú, Ripple e 1A1 Cripto, encerrando 2023, ano em que o Bitcoin saltou mais de 120% e levou o mercado cripto à alta geral de mais de 80%, a ABCripto anunciou que a 1A1 Cripto, corretora especializada em liquidez e transações over the counter, OTC, chamado mercado de balcão no Brasil, apresentando ambientes e operações paralelas para negociar ativos financeiros. Em operação desde 2017, a 1A1 Cripto, se estabeleceu como empresa focada na provisão de liquidez ao mercado de criptoativos, especializando-se em serviços de Market Maker e operações de mesa OTC, na prática, transações OTC permitem ao investidor negociar grande volume de ativos fora do livro de ofertas das negociações comuns. O diretor-presidente da ABcripto, salienta importância da entrada do mais novo membro afirmando que “com a chegada da nova parceira, a 1A1 Cripto, que desempenha papel crucial na modernização do sistema financeiro, queremos garantir segurança à quem opera em mercado balcão, principalmente, na transferência de dinheiro na compra dos ativos“, enquanto o CEO da 1A1 Cripto, avalia que o ingresso da empresa na ABcripto permite participação na formulação de políticas que regem a criptoeconomia, moldando ambiente regulatório favorável e sustentável. Concui que "a 1A1 Cripto é um dos maiores players brasileiros no que se refere provisão de liquidez de criptoativos e market maker, razão de sua entrada na ABcripto, buscando contribuir no desenvolvimento de políticas e práticas que promovam ambiente de negócios seguro, justo e transparente ao mercado, na crença que a união do setor é fundamental ao crescimento sustentável da criptoeconomia e à consolidação da empresa como referência no setor”. A Prefeitura de São Paulo, por meio da São Paulo Negócios, SP Negócios, agência de promoção de investimentos e exportações do município, assinou com a ABCripto acordo de cooperação técnica, visando promover desenvolvimento de atividades de estímulo à competitividade além de desenvolvimento tecnológico e econômico da capital paulista, buscando contribuir na realização de iniciativas e programas de aceleração à impulsionar novos e potenciais investidores no setor de tecnologia promovendo desenvolvimento de negócios através de eventos e programas de incentivo ao crescimento da criptoeconomia, bem como atividades educacionais. Dados do Banco Central indicam que a cidade de São Paulo concentra 58% das instituições financeiras do Estado e 18% do país, além disso, abriga 3 das 4 empresas do Sandbox regulatório da CVM, Comissão de Valores Imobiliários, e a região metropolitana concentra 64% das empresas inseridas no DREX, daí, a SP Negócios, agência de promoção de investimentos e exportações da cidade de São Paulo, atua junto à Prefeitura da capital à melhoria do ambiente de negócios e atração de investimentos ao município. Dentre as atividades da agência, está a realização de ações de indução setorial, via eventos de escuta ativa, produção de estudos e estímulo a iniciativas conjuntas entre setor público e privado, incluindo o acordo firmado com a ABcripto, com o diretor de Novos Negócios e Inovação da SP Negócios, destacando “ações e estudos em andamento ao setor cripto, olhando ao mapeamento de oportunidades, apoio a eventos e comunicação direcionada ao público, sendo que a parceria com a ABcripto dará força na transformação de São Paulo em hub da criptoeconomia”.

Buscando integração com o Drex focado em tokens RWA, Visa e Xp anunciam que o consórcio configurou, com sucesso, seu nó para integração à rede blockchain do Drex do Banco Central do Brasil e que os resultados dos primeiros testes na rede foram positivos, sendo que o foco das empresas no projeto é desenvolvimento de tokens RWA, representações digitais de ativos financeiros em rede blockchain e, segundo a Visa, o ponto focal do piloto é a segurança e privacidade das transações e, futuramente, interoperabilidade entre sistemas bancários domésticos e internacionais para que as transações ocorram com rapidez e segurança. O head de Moedas Digitais da Visa América Latina e Caribe, avisa que "a capacidade de tokenizar transações em tão pouco tempo após a integração no nó é motivo de satisfação e deixa passo mais próximo de tornar o Drex realidade no Brasil”, na prática, o nó funciona como ponto de entrada no piloto, permitindo que XP e Visa operem com a rede do Banco Central, interajam e validem transações de outros consórcios selecionados pelo BC à participar do projeto e testem transações relacionadas aos casos de uso do piloto que trata de tokens RWA de ativos do Tesouro. A sócia e diretora de Banking Services da XP Inc, informa que “cada nó instalado aumenta a estabilidade da rede blockchain, portanto, embora cada empresa desenvolva soluções de forma independente, a criação da moeda digital brasileira envolve esforço para desenvolver rede segura, estável e confiável com potencial positivo à digitalização da economia brasileira”. Comunicado da Visa diz que forma positivos os resultados dos testes na rede Drex e concluídos os marcos previstos no 1º estágio do piloto à realização de transações intra e interbancário Drex atacado, varejo e com títulos públicos federais tokenizados, sendo que a participação da Visa no Piloto Drex já fazia sentido após bem-sucedida participação no desafio LIFT Challenge, promovido pelo BC brasileiro em 2022, cujos resultados foram compartilhados em abril de 2023. A solução desenvolvida ao LIFT Challenge centra na interoperabilidade de moedas digitais à processos financeiros comuns no Brasil, desde então, a estratégia da Visa ao mercado brasileiro evoluiu à plataforma que oferece serviços de tokenização a instituições financeiras, como a XP, através de APIs e front-ends que necessitam de pouca integração, concluindo que "a XP, por sua vez, como parceira da Visa em outras frentes, agrega no Brasil estruturação do Drex com expertises técnicas e conexões com a rede SFN, Sistema Financeiro Nacional".

Moral da nota: 2024 pede passagem, com Drex, regulamentação, Web3 e blockchain impulsionando no Brasil as criptomoedas, segundo especialistas, com a gestora de VC e fintech considerando cenários às criptomoedas a partir dos avanços tecnológicos e regulatórios, além de relações com a macroeconomia. A gestora de VC, Venture Capital, capital de risco, Fuse Capital e a fintech de soluções blockchain Parfin estão otimistas em relação ao mercado de criptomoedas em 2024, com sócio fundador da Fuse Capital e o CEO da Parfin esclarecendo que fatores como o desenvolvimento do Drex, versão brasileira de moeda digital emitida por banco central, CBDC, a tokenização da economia associada a avanços na regulamentação, além de possível fim do aperto macroeconômico nas taxas de juros dos bancos centrais podem servir como catalisadores ao mercado de criptomoeda nacional em 2024. Esclarece quanto ao Drex, que o momento é propício à confiança e maturidade em relação às infraestruturas blockchain, cada vez mais confiáveis e operacionais no sentido de ser infraestrutura o mercado financeiro e, 2024, será período que vai se aproveitar mais as evoluções que já estão ocorrendo avaliando que “já se vê produtos e serviços financeiros que estão migrando à essa infraestrutura blockchain como, por exemplo, a Credix e o Kona, mostrando a evolução do mercado”. Em relação ao mercado Web3 o representante da Fuse Capital acrescenta que “estamos próximo do fim de apertos monetários no mundo com movimentos voltados à redução de juros” e que “melhora o ambiente à qualquer ativo de risco, incluindo oportunidades Web3”, ponderando que, “é difícil dar visão se investidores web3 preferirão outros ativos de risco, no entanto, considera o cenário macro bom para essa classe de ativos, no mínimo melhor que 2023”. Finaliza dizendo que “o Drex representa mudança no mercado financeiro, apesar de desafios, especialmente em relação à privacidade” e, justifica que, “a virada à economia tokenizada foi marca importante em 2023, com bancos adotando a tecnologia, muitos deles dedicando áreas específicas e talentos para explorar potencial blockchain e, atualmente, praticamente nenhum grande banco no mundo está ignorando essa tendência com notícias diárias destacando desenvolvimentos significativos nesse cenário dinâmico”.