O arquipélago da Madeira, observa o nascimento de hub de startups focado em tecnologias emergentes, como blockchain e IA, com o secretário das Finanças do governo regional afirmando que o setor tecnológico representa 30% dos negócios da ilha, aumento à economia impulsionada pelo turismo. Oferece incentivos às startups e uma das vantagens às empresas de tecnologia é sua zona de livre comércio, com benefícios fiscais como taxas de imposto sobre sociedades mais baixas da UE e isenção sobre ganhos de capital, sublinhando que a região não é paraíso fiscal, funciona sob conjunto de regulamentos e orientações estimulando crescimento econômico, ao passo que “empresas que pretendam estabelecer-se na região, o principal incentivo fiscal encontra-se na Zona Franca da Madeira ou no Centro Internacional de Negócios oferecendo regime fiscal preferencial, limitando taxa de imposto sobre sociedades a um máximo competitivo de 5%." Esclarece necessidade de estratégia clara sobre tipos de investidores que procuram e como participarão na governança, “portanto, bloquear ou não bloquear, adquirir, carregar, são questões estratégicas e exigentes às quais devemos estar atentos”, explorou o “dilema infinito” de lançar um token e construir um produto ao mesmo tempo, na sua opinião, nem todo projeto precisa de token e "nem sempre precisamos de token considerando que o número de startups que lançaram um token com sucesso e depois não conseguiram lançar o produto é significativo." Os fundadores muitas vezes não sabem para quem estão construindo e alguns projetos são mais uma demonstração de tecnologia que um produto “que leva ao dilema do que estamos tentando, ou, uma demonstração de tecnologia ou construir uma empresa”.
A comunidade tecnológica local promove a Madeira Blockchain Conference, evento de incentivo a networking de startups e discussões sobre como blockchain pode ser usada para resolver problemas do mundo real e como empresas exploram a tecnologia e, na conferência Madeira Blockchain 2023, apresentou esforços da região para se tornar centro tecnológico emergente no Atlântico a procura startups e talentos tecnológicos para impulsionar o crescimento econômico, com empreendedores Web3 migrando à região, elogiada pela beleza natural, com a questão do envelhecimento da população e necessidade de economia mais diversificada levando o governo local explorar tecnologias emergentes como blockchain. O secretário das Finanças do governo regional da Madeira avalia que empresas tecnológicas emergentes representam quase 30% das empresas da Zona Franca da Madeira, zona econômica especial que oferece vantagens fiscais às empresas como uma das taxas mais baixas de imposto sobre sociedades na União Europeia e isenção de imposto sobre ganhos de capital à empresas qualificadas, sendo que “às que pretendam estabelecer-se, o principal incentivo fiscal encontra-se na Zona Franca da Madeira ou Centro Internacional de Negócios, que oferece regime fiscal preferencial, limitando taxa de imposto sobre sociedades à máximo competitivo de 5%, importante notar que, este não é um paraíso fiscal, mas regime que opera inserido em conjunto estruturado de regulamentos e submetido a auditorias rigorosas tanto pelas autoridades fiscais nacionais como pela Comissão Europeia". Avisa que trabalha rede de pagamentos que liga comerciantes locais e simplifica o câmbio de moeda à turistas, embora em fase de estudo de viabilidade, a rede utilizará blockchain para permitir carregar e utilizar cartão de débito no arquipélago para todos os produtos e serviços, sendo que o mesmo sistema de cartões será utilizado para agilizar operações governamentais incluindo pagamento de benefícios sociais como bolsas de estudo aos residentes. Uma das empresas por trás do ecossistema Web3 da Madeira é a Yacooba Labs, empresa de desenvolvimento de software que utiliza blockchain para soluções de bilhética, consistindo em sistema de venda de bilhetes à transportes públicos, espectáculos, ou, concepção e desenvolvimento de bilhetes de acesso a determinados serviços, ou, local onde se vendem bilhetes, abordando questões como mercados secundários sobrevalorizados e fraude, além disso, incentivos fiscais estão associados a mudar o foco da região do turismo à economia baseada na tecnologia, incluindo ênfase na educação em tecnologia da informação nas escolas locais, contrastando com os 50% de analfabetos na ilha na década de setenta.
Moral da Nota: estúdios de videogame integram silenciosamente blockchain que enfrenta reações adversas de jogadores e desenvolvedores de jogos, forçando evitar “palavras-chave” ligadas à Web3. Na 2ª edição do Madeira Blockchain 2023 foram apresentados desenvolvimentos regionais Web3, bem como o modo como as ilhas portuguesas procuram startups e talentos tecnológicos para fazer crescer sua economia na era digital discutindo desafios associados à integração da tecnologia em jogos, incluindo a aceitação por desenvolvedores, jogadores e editores. A Redcatpig, tradicional estúdio de jogos, encontrou obstáculos ao adotar recursos blockchain com o CEO destacando dificuldade de fazer com que a startup explore vantagens potenciais da integração da tecnologia no desenvolvimento de jogos esclarecendo que "existe uma nova tecnologia, todos sabemos sobre NFT e tecnologia proprietária com jogos usando essas palavras da moda, sendo que os jogadores não precisam saber o que é Web3 ou blockchain necessitando conhecer que se comprarem uma skin serão donos dela e poderão vendê-la se quiserem". Em 2024 lançará jogo em blockchain oferecendo skins e drones não fungíveis que podem ser negociados e comprados no jogo com moeda fiduciária ou criptomoeda e, no evento, o head de ventures e estratégia da Subvisual, forneceu informações às startups Web3 em busca de capital, segundo ele, startups que buscam financiamento devem ter em mente que “nem todo dinheiro é igual”. A Redcatpig é um estúdio Web3 dedicado ao desenvolvimento de recursos blockchain, mas a empresa encontrou obstáculos na hora de integrar a tecnologia em seus projetos e “um dos desafios mais difíceis foi comunicar-se com a equipe interna para ajudá-los entender que blockchain pode beneficiar jogadores e melhorar jogos”, sendo que os desenvolvedores do Redcatpig colaboram em soluções blockchain com o primeiro jogo baseado na tecnologia, HoverShock, devendo ser lançado em 2024. Outra empresa que recebeu críticas por integrar blockchain no desenvolvimento é a VEU, fundada em Los Angeles, especializada em soluções IA para navegar mundos virtuais, no entanto, sua comunidade não apoiou a introdução blockchain e, segundo o gestor do produto, “os jogadores nem precisam saber o que fazemos só perceber o produto e, que esse é o pivô, é a viragem que é fazer e confrontar a indústria. Tal como antes, outras tecnologias não foram aceitas até que pararam de falar sobre elas". Mesmo após reação negativa, desenvolvedores de jogos não desaceleraram a integração blockchain e, em Portugal, tornou-se uma das mais importantes inovações incorporadas nas linhas de produtos de jogos e nas estratégias de investimento governamental através do eGames Lab, consórcio de 22 entidades públicas e privadas que busca apoiar a indústria dos videojogos no país rumo à internacionalização e “no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, existe agenda específica blockchain, incorporando componentes de formação bem como investigação e desenvolvimento, produção de software e comercialização”, de acordo com o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento Blockchain do plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, PRR.