A primeira transação entre Drex e Yuan abre caminho à democratização monetária em pagamentos internacionais, operação feita entre o Banco da China, Banco do Brasil e a Eldorado Brasil, empresa produtora de celulose, que exportou à China, sendo que a operação é parte de 2 processos em andamento na China e no Brics, ou, a desdolarização das economias e o avanço nos pagamentos digitais entre nações e, caso do Yuan Digital em operações internacionais que a China vem desenvolvendo e incentivando desde 2022 em que os primeiros testes de pagamentos internacionais com a CBDC chinesa, US$ 22 milhões foram transacionados através do m-Bridge, projeto com participação do BIS que testa pagamentos internacionais em moedas digitais emitidas por bancos centrais da China, Hong Kong, Tailândia e EAU, Emirados Árabes Unidos, com Yuan Digital usado em transações internacionais entre países, na época, o governo brasileiro fechou parceria com o governo chinês na qual transações entre nações serão realizadas usando Yuan. O Banco do Povo da China, banco central chinês, assinou MOU, memorando de entendimento, com o Banco Central brasileiro viabilizando pagamento do comércio entre países na moeda chinesa e, no caso da transação brasileira envolvendo Yuan Digital, produto enviado do porto de Santos ao de Qingdao e as operações financeiras executadas com a conversão dos valores em Reais ao pagamento do fornecedor nacional, sendo que a operação foi amplamente comemorada na China marcando primeira vez que o Yuan Digital foi usado no continente americano e, na rede de televisão CCTV e Weibo, membros do governo comentaram sobre o feito manchete nos principais veículos de comunicação em Singapura, China e Taiwan. Depois dessa operação com a Eldorado Brasil outras empresas nacionais já anunciaram que realizarão operações com Yuan Digital, como Suzano e Petrobras e, segundo as empresas, a demanda por pagamentos em CBDC vem sendo imposta pelos próprios importadores chineses que querem pagar usando a moeda digital abrindo caminho ao avanço do Drex, moeda digital do Brasil, como forma de pagamento à operações internacionais entre nações, embora o Drex seja CBDC de atacado, o Banco Central do Brasil não descarta possibilidade de uso em pagamentos internacionais entre empresas. Atualmente em fase de testes no Brasil e a primeira versão oficial deve ser lançada no 2º semestre de 2024, embora não tenha sido lançado oficialmente, o BC destaca que há problemas de interoperabilidades entre CBDCs já que os próprios Bancos Centrais não definiram tecnologia a ser usada e, no caso da moeda digital chinesa, embora o governo tenha blockchain própria, a BSN, o Yuan Digital não usa sistema blockchain enquanto o PBOC confirmou que não usa nenhum ledger distribuído ou blockchain porque seria inadequado para lidar com volumes de transações antecipados. O e-CNY exige que usuários associem informação de identificação com sua carteira digital antes de armazenar ou transacionar a moeda, sob princípio que os funcionários do PBOC chamam de anonimato controlável, ao passo que o Drex não tem tecnologia 100% definida e o Banco Central anunciou que nos testes da CBDC será usado o Hyperledger Besu, blockchain baseada na Ethereum EVM, porém não há garantia que o sistema será adotado oficialmente tendo em vista testes que avaliam privacidade e segurança do sistema, sendo que atualmente, diferentes instituições, empresas e organizações multilaterais trabalham em protocolos de interoperabilidade entre CBDCs com o SWIFT, BIS, FMI e Visa já divulgando provas de conceito sobre o tema e declararando que as operações foram bem sucedidas usando sistemas que permitem swap atômicos entre CBDCS em blockchains públicas, privadas e em sistemas que não usam blockchain, como o Yuan Digital.
Nessa rede de negócios, a Chainalysis avaliou que Hong Kong pode ser 'vento favorável' ao atraso da atividade criptográfica na Ásia, com os recentes desenvolvimentos das criptomoedas impulsionando atividade criptográfica que sofre devido proibição de atividades comerciais na China desde 2019, sendo que o valor das criptomoedas recebidas no Leste Asiático representou 8,8% do total global entre julho de 2022 e junho de 2023, conforme relatório da Chainalysis, tornando-o o 5º mercado de criptografia mais ativo, no entanto, afirmou que recentes medidas de Hong Kong poderiam ajudar aumentar este número. Dados da Chainalysis revelaram que a participação do Leste Asiático no valor das transações de criptomoedas caiu de 30% em 2019 para menos de 10% no 2º trimestre de 2022, após série de proibições relacionadas às criptomoedas na China, no entanto, observa que há “otimismo crescente” em Hong Kong que apesar de população menor, já é mercado de cripto “extremamente ativo” em termos de volume bruto de transações. Entre julho de 2022 e junho de 2023, o mercado recebeu US$ 64 bilhões em criptomoedas, comparados aos US$ 86,4 bilhões na China, apesar da população representar 0,5% do continente, parecendo ser “potencial vento favorável ao Leste Asiático onde iniciativas de criptografia e regulamentações favoráveis à indústria lançadas em 2022 promoveram otimismo crescente” e, em declarações à Chainalysis, a CryptoHK, centro de negociação de ativos digitais de balcão em Hong Kong, disse que criptomoedas estão se tornando elemento básico nas carteiras de investimento de bancos, empresas de capital privado e indivíduos de alto patrimônio líquido com aqueles que trabalham na região. Vale dizer que empresas estatais chinesas lançaram fundos de investimento focados em criptomoedas com a plataforma de ativos digitais OSL Digital Securities, informando à Chainalysis que, embora ativos digitais “não estejam desaparecendo” no Leste Asiático é cedo dizer se as ambições criptográficas de Hong Kong significam que a China abraçou o espaço das criptomoedas e que a “promoção de Hong Kong como potencial centro de criptografia não indica a posição do governo chinês em relação às criptomoedas algo que poderia ser visto como abordagem exploratória à compreender ativos digitais sem relaxar políticas no continente.” O chefe de pesquisa e estratégia da Matrixport, avalia que Hong Kong servirá como “campo de testes” à adoção ampla de criptomoedas na China, no entanto, observou que faz esforço em área específica que outros estados não conseguiram capitalizar, textualmente, “essencialmente, há interesse genuíno em atrair indústria de gestão de ativos criptográficos que até agora tem sido a peça que faltava no quebra-cabeça, já que a maioria das empresas criptográficas tendem ser rotuladas como prestadoras de serviços e não como usuários finais de criptomoedas”.
Moral da Nota: respondendo por 8,8% da atividade criptográfica global entre julho de 2022 e junho de 2023, o Leste Asiático é o 5º mercado criptográfico mais ativo parecendo menos impulsionado pela atividade institucional que os mercados maiores, mostrando maior propensão à DeFi que mercados de dimensões semelhantes, como MENA e América Latina e o declínio da atividade de criptomoedas na Ásia Oriental nos últimos anos é palpável, ainda em 2019, a Ásia Oriental era um dos mercados cripto de maior volume de transações grande parte impulsionado pela atividade comercial e mineira da China, embora ainda substancial, a atividade cripto na região em geral e na China especificamente diminuiu nos últimos 2 anos, talvez, em parte decorrente proibições do governo chinês. Um potencial vento favorável no Leste Asiático em Hong Kong onde iniciativa cripto e regulamentações favoráveis à indústria em 2022 promoveram otimismo, relação mais estreita entre China e Hong Kong leva a especulações que o estatuto crescente de Hong Kong como centro criptográfico pode sinalizar que o governo chinês está invertendo o curso dos ativos digitais ou pelo menos tornando-se mais aberto a iniciativas criptográficas e, como vemos, Hong Kong é mercado de criptografia ativo em volume bruto de transações com US$ 64,0 bilhões cripto recebidos entre julho de 2022 e junho de 2023, não ficando muito atrás dos US$ 86,4 bilhões recebidos pela China no mesmo período, apesar de população 0,5% do tamanho da China continental, sendo que grande parte é impulsionado pelo mercado OTC ativo de Hong Kong, com os OTC, ou, mesas de negociação “de balcão”, facilitando grandes transferências à investidores institucionais e indivíduos com elevado patrimônio líquido, realizadas de modo privado, a não afetar preços dos ativos ou atividade dos operadores de radiodifusão, além da inclinação de Hong Kong à atividade OTC manifesta-se na repartição do volume de transações da cidade por dimensão das transações, com vizinhos regionais e a média global. O Japão segue mercados globais, com maior parte da atividade dividida quase igualmente entre bolsas centralizadas e vários tipos de protocolos DeFi, a Coreia do Sul vê 68,9% do volume de transações associado a exchanges centralizadas, muito menos protocolos DeFi, decorrente sentimento negativo relacionado à explosão do TerraLuna que afetou grande número de usuários cripto sul-coreanos mesmo residentes que não perderam dinheiro e viram o incidente coberto pela mídia local e, na sequência da TerraLuna, aprovou regras que regem a conduta de bolsas centralizadas incluindo requisitos para deter fundos de reserva com as novas regras, podendo ter aumentado a fé sul-coreana nas bolsas centralizadas em altura que a reputação DeFi foi atingida. China e Hong Kon mostram quebras únicas nos tipos de plataformas criptográficas mais utilizadas, embora os números devam ser considerados com cautela dada evidência à parte da atividade criptográfica em ambos países ocorrendo via OTCs, ou, pares informais do mercado cinzento, empresas peer-to-peer mostrando que a relação da China com criptomoeda tem sido difícil de acompanhar nos últimos anos, já que em 2020, o país abrigava um dos mercados cripto mais ativos do mundo e liderava na mineração Bitcoin por ampla margem, no entanto, o governo chinês reprimiu a criptomoeda com o Banco Popular da China, administrado pelo Estado, declarando ilegais praticamente todas atividades criptográficas em 2021, no entanto, houveram especulações que o governo chinês pode voltar a criptomoeda e Hong Kong ser campo de testes à estes esforços. No geral, o mercado criptográfico único de Hong Kong permite variedade de casos de utilização, não apenas à utilizadores locais, mas à estrangeiros, além disso, embora incerto, a aparente aprovação das iniciativas cripto de Hong Kong poderia sinalizar que a posição do governo chinês em relação à criptomoeda evolui, significando que desenvolvimentos interessantes estão reservados à aquele que já foi um dos países mais importantes no cenário criptográfico.