Emerge no Brasil a B4, ‘bolsa’ de tokens de crédito de carbono, com previsão de R$ 12 bilhões em negociações por ano. Se apresenta como a “primeira bolsa do Brasil voltada ao mercado de créditos de carbono”, B4, uma plataforma de tokens atrelados em projetos ESG, práticas ambientais, sociais e de governança, começou a operar no país e o lançamento da B4 aconteceu na no AYA Earth Partners, AYA Hub, em São Paulo conforme informações do Estado de São Paulo. A plataforma baseada na blockchain foca listagem de tokens atrelados a projetos voltados à sustentabilidade, que podem ser adquiridos por empresas visando compensar pegadas de CO2 na atmosfera. Os cofundadores da B4 avisam que a plataforma não representa alternativa à B3, Brasil, Bolsa, Balcão, Bolsa de Valores do Brasil, já que a proposta inicial é a listagem de utility tokens que acessam serviços e benefícios. A expectativa é a B4 movimentar R$ 12 bilhões no 1º ano de funcionamento, cifra estimada a partir da demanda de empresas que teriam pedido para serem listadas manifestando interesse na compra de tokens, cuja demanda, segundo eles, supera a oferta em 10 vezes. A B4 relatou pretensões de tornar “bolsa de ação climática”, iniciando operações com listagem de tokens de crédito de carbono, já que a plataforma não está regulamentada pela CVM para oferta de security tokens, tokens de segurança, criptoativos que espelham ativos reais, embora a B4 deve conseguir chancela da autarquia federal até dezembro 2023.
Na 1ª fase a bolsa permite negociação dos créditos, que se referem aos certificados emitidos para empresa que reduziu sua emissão de gases efeito estufa, como ativo financeiro via blockchain, cadeia de dados que permite o compartilhamento de bens e informações em base segura e imutável. A ideia da bolsa é atuar como facilitador à empresas compensar quantidade de carbono emitida em operações e impulsionar transição energética através de economia focada em regeneração dos recursos naturais. Listará ativos tokenizados e projetos voltados à sustentabilidade, no entanto, destacam com base nas empresas pedindo para serem listadas e nas que querem comprar a demanda é 10 vezes superior ao valor pensado com indústrias dos EUA, Canadá, Japão, França e Arábia Saudita demonstrando interesse em comprar e comercializar créditos da B4, entre nós, empresas de varejo que vendem o crédito dentro dos seus aplicativos como iFood e Uber, teriam demonstrado interesse. Facilitará acesso a empresas de negociação de ativos digitais lastreados em carbono positivo e impulsionará chegada de mais empresas ao carbono neutro através de plataforma controlada e, com blockchain, traz elementos à negociação de ativos em relação à segurança, rastreabilidade, auditoria e transparência, permitindo que mais empresas ingressem no mercado de carbono. A plataforma surge como resposta ao maior problema do mercado de crédito de carbono, ou, duplicidade dos créditos, e quando um crédito de carbono é emitido ou negociado mais de uma vez resulta em uso indevido de um ativo já debitado e, com rastreabilidade blockchain, haverá registro daquele ativo, solucionando o problema das empresas envolvidas no mercado de compensação de emissões, que, por vezes, acabam perdendo a confiança dos investidores. Ao contrário da B3 a empresa poderá se cadastrar na plataforma, preencher informações similares às solicitadas pelo banco e criar uma conta, podendo comprar os créditos de carbono após transferir a quantia à conta, por exemplo, a indústria que se interesse em começar sua compensação de crédito de carbono pode fazer o cadastro, comprar o crédito de carbono e mantê-lo na carteira da corretora. Para compensar a pegada de carbono basta trocar os tokens por “certificado” através de NFT, ativos digitais armazenados na blockchain, emitida pela própria B4 garantindo que a compensação está sendo feita sendo que o processo de compra livre acontece apenas da primeira vez, na segunda compra, a empresa deve demonstrar interesse em se tornar mais sustentável, de fato, ao invés de apenas compensar suas pegadas e, com ações práticas adotadas, como instalar sistemas para evitar emissões poluentes ou apoiar projetos de cunho sustentável. Em um primeiro momento, a B4 não será regulamentada pela CVM pois só negociará os utility token que dão acesso a algum serviço ou benefício, no entanto, a empresa afirma que comercializará o security tokens, títulos que representam um ativo real, como as ações, por exemplo, reguladas pela CVM, pedindo devidas autorizações com expectativa que aconteça até dezembro, caso alguma das empresas queira listar esse tipo de ativo.
Moral da Nota: a Plataforma de tokens de crédito de carbono que apoia projeto de preservação da Amazônia, Ambify se junta à ABCripto, sendo que o ABFY é utilizado em projetos de redução de pegada de carbono e outros programas de combate às mudanças climáticas. A Associação Brasileira de Criptoeconomia, ABCripto, anunciou o ingresso da Ambify, plataforma emissora do token ABFY, atrelado a investimentos em projetos neutralização ou redução de emissão de pegada de carbono, com isso, a associação passa a contar com 30 membros. Disponível em exchanges brasileiras e estrangeiras, o ABFY busca reduzir impactos gerados em mudanças climáticas e, com o utility token, pessoas físicas e jurídicas podem compensar a pegada de carbono na atmosfera e, dentre projetos desenvolvidos ou apoiados pela Ambipar Group, multinacional brasileira dona do aplicativo Ambify, está o Envira Amazônia, “criado para pagamentos pela conservação da floresta e serviços dos ecossistemas conhecida como redução de emissões por desmatamento e degradação projeto, redd+. O Envira Amazônia reduzirá a liberação de mais de 12,5 milhões de toneladas de emissões de CO₂ e preservará habitat à extraordinária quantidade de biodiversidade beneficiando as comunidades locais. Além da Ambify, a ABCripto tem como membros a Foxbit, Mercado Bitcoin, NovaDAX, Z.ro Bank, Travelex Bank, Uniera, OWS Brasil, Ripio, Bitso, Deloitte, VDV Advogados, KPMG, Chainalysis, 99Pay, VBSO Advogados, Hachi Investiments, Coinext, Vórtx QR Tokenizadora, Mastercard, Grupo GCB, PeerBR, Zero Hash, Bitybank, LIQI, Itaú Unibanco, Socios.com, Chiliz, Grupo Bancário Cainvest e Declare Cripto.